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segunda-feira, 22 de março de 2010

A Luta da ADUENF NA UENF

A universidade se tornou o principal foco de esclarecimento e progresso das sociedades ao longo dos séculos. Nos países ricos, o circuito sociedade-universidade-produção se mostrou a mola mestra do desenvolvimento. Nos países remediados, como o nosso, tal circuito ainda sofre os constrangimentos de um Estado bacharelesco e um empresariado sem apetite para investimentos em C&T. Ao lado disso, não se conhece país pobre que tenha se desenvolvido exclusivamente por causa do petróleo. Ao contrário, é comum vermos países produtores afundarem em guerras e conflitos sem serem capazes de construírem uma base moderna de pesquisa e produção.
A nossa campanha de aumento salarial visa repor perdas inflacionárias, superar a defasafem média em face das universidades federais, reverter o quadro da baixa atratividade dos nossos salários iniciais, mas também colocar as coisas em seu devido lugar. Olhando-se a remuneração média do setor público, o que se percebe é que a educação, declarada como prioritária nas eleições, se transforma em quase nada durante os governos ao passo que as carreiras burocráticas se transformam em quase tudo, não obstante nosso sistema administrativo seja quase nada em matéria de eficiência.
É preciso reverter esse quadro, pois somos nós que formamos os quadros mais qualificados do país. A hipotética "escassez de recursos" por causa da redistribuição dos royalties é apenas a nova justificativa para uma velha tendência: a de sonegar investimentos em setores de longa maturação, que não geram impacto eleitoral imediato nem oportunidades para os famosos "caixas de campanha".
Quando dizemos 82% de reposição salarial, na verdade, estamos clamando por um giro de 180 graus na direção das nossas prioridades públicas. Em outros termos, lutamos por nossos salários também como um modo de inverter a lógica dominante e passar a tratar o investimento público em educação e inovação como prioritários em relação aos supergastos com juros, com a burocracia ineficiente e com a corrupção.
Texto distribuído pela ADUENF

domingo, 21 de março de 2010

Um dia na Bacia de Campos

Um(a) certo(a) prefeito(a) da Bacia Petrolífera de Campos está passeando pelas obras do porto do Açú, em São João da Barra. Numa casa velha ele(a) vê uma estátua de um rato em bronze em tamanho natural sendo vendida. A estátua é realmente muito bonita e ele(a) resolve comprá-la.
- Quanto é? - pergunta ele(a) ao vendedor.
- R$ 120,00 pela estátua, e R$ 1.000,00 pela história dela - responde o vendedor.

- Vou levar a estátua - diz o prefeito(a) - mas não quero essa história cara.
Ele(a) sai da casa humilde com a estátua do rato debaixo do braço. Ao atravessar a rua, dois ratos saem de um monte de lixo e o seguem. Mais adiante, saem mais ratos de outros locais que vão se juntando e formando uma multidão. Ao olhar para trás, e vendo esta horda, o prefeito(a) se desespera e começa a correr. Mas todos os ratos correm atrás. Ele(a) então vai até a ponte do cais, corre até o final, e arremessa a estátua o mais longe possível para dentro do mar. E todos os ratos pulam para dentro do mar, afogando-se. Ainda tremendo com o susto, ele(a) volta para a casa do vendedor.
- Ah! O senhor(a) veio para comprar a história - diz o homem.
- Não! De jeito nenhum... - responde o prefeito(a) - Eu queria saber se o senhor tem a estátua de um certo Deputado Gaúcho.

quinta-feira, 18 de março de 2010

Pezão minimiza declaração de Lula e alfineta Rosinha




A declaração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que alegou “deixar por conta do Congresso” a questão dos royalties, não deixou o vice-governador do Estado do Rio, Luiz Fernando Pezão, preocupado. Ele comentou agora que “Lula cumpriu tudo o que foi acordado com o governador Sérgio Cabral e que no momento o assunto deve ficar mesmo por conta do Congresso. Ele também disse que quando chegar o momento de vetar, isso será estudado”, disse Pezão,

O vice-governador também comentou sobre a irritação da prefeita Rosinha Garotinho (PMDB), que saiu do evento reclamando por não ter tido a oportunidade de discursar. “Estou em Brasília e vejo de perto a repercussão positiva que o evento teve. Quem está reclamando é porque não viu o que realmente aconteceu. Nossa festa teve a cara do Rio e está ajudando a defender o Estado”, afirmou.

quarta-feira, 17 de março de 2010

Curso de Hipnose Clínica em Copacabana


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Saiba mais sobre o que é um hipnoterapeuta

O hipnoterapeuta é um profissional que realiza uma terapia psicológica e aconselhamento onde procura tratar diversos tipos de transtornos emocionais e psicológicos, além de muitos hábitos e sentimentos ​​indesejáveis.

Assim, o objetivo deste profissional é procurar ajudar seus clientes no processo de encontro de alternativas que sejam significativas em relação as suas atuais formas de pensar, sentir e agir.
Além disso, o hipnoterapeuta também procura ajudar diversos clientes a aceitarem mais a si mesmos e os outros, sendo este um grande efeito quanto ao desenvolvimento pessoal, pois é possível atingir a libertação do potencial interior.

Com isso, diferente de muitas outras terapias psicológicas, o tratamento de hipnoterapia é avaliado como uma abordagem em curto prazo em que a mudança pode trazer muitos benefícios com um número relativamente pequeno de sessões.

Normalmente, na prática, a maioria dos hipnoterapeutas irá procurar fazer uma combinação de procedimentos hipnóticos, como o aconselhamento apropriado e outras técnicas terapêuticas. E mesmo que ocorra qualquer dúvida sobre a combinação de habilidades que serão utilizadas, o terapeuta deve ser requerido para possa fazer uma explicação da metodologia que está preferindo.
Muitas pessoas ainda possuem dúvidas sobre quem pode ser hipnotizado, e a resposta é praticamente todos. Entretanto, é importante fazer uma observação de que alguns são mais facilmente hipnotizáveis ​​do que outros, além de depender também de uma disposição para ser hipnotizado naquele momento.

Além disso, esta vontade própria irá depender de diversos fatores, além da confiança no terapeuta em questão. Assim, entender qual é o nível de transe deve ser necessário na intenção de conseguir alcançar um resultado benéfico, mesmo que ainda haja alguma discordância, pois as maiorias dos estudiosos concordam que o nível ou a profundidade do transe obtido não possui nenhum relacionamento com os resultados benéficos que podem ser obtidos.

Dessa forma, a hipnoterapia pode ser considerada como extraordinária e eficaz. Mas, é necessário que as técnicas corretas estejam sempre presentes, pois se você estiver no momento certo e com um profissional adequado, então todos as suas metas poderão ser alcançadas.

Assim, considerando que a hipnoterapia pode ser utilizada para poder ter um acesso ao potencial interno de uma pessoa, então a maioria das pessoas que realizam o tratamento com um hipnoterapeuta podem se beneficiar. Entretanto, não irá depender apenas do potencial ou se a hipnoterapia está bem posicionada, mas também de recursos internos da pessoa para que se tenha uma mudança benéfica.

Assim, pode-se dizer que a capacidade de cura natural do próprio corpo pode ser estimulada pela hipnoterapia, e consequentemente, os diversos problemas que podem ser passíveis de hipnoterapia são muitos e variados incluindo problemas, como o stress, ansiedade, pânico, fobias, hábitos e vícios indesejáveis, perturbações de sono, falta de confiança e baixa autoestima, medo de ter comunicação em público, alergias e doenças de pele, enxaqueca e síndrome do intestino irritável, entre muitos outros problemas.

É importante salientar também que a hipnoterapia vai além da Medicina, podendo ser muito usada na área de Odontologia, Psicologia, na Fisioterapia, na Enfermagem e outras profissões de saúde.
Assim, o hipnoterapeuta pode ser extremamente útil quando coloca em prática métodos que podem auxiliar em vários pontos da vida das pessoas, incluindo a saúde mental e emocional, um melhor bem-estar físico, o trabalho no desenvolvimento espiritual, na criatividade, na motivação, nas preocupações de negócios, na realização dos mais diversos objetivos, e muitos outros pontos que pode ser positivos.


Veja mais em:

Curso de Hipnose Presencial

Curso de Hipnose Online

Atendimento com Hipnose em Copacabana, no Rio de Janeiro.

Vamos todos para a manifestação no Rio!

terça-feira, 16 de março de 2010

Julio Lopes apresenta os avanços na estrutura metroferroviária do Estado

A implantação do trem de alta velocidade e a ampliação da malha metroferroviária no estado do Rio de Janeiro foram temas da abertura do VIII Seminário Nacional Metroferroviário, nesta quinta-feira (11.03), no Hotel Everest, em Ipanema. O secretário estadual de Transportes, Júlio Lopes, participou de dois painéis, e falou sobre a extensão do metrô até a Barra da Tijuca e sobre a viabilização do TAV, que ligará o Rio a São Paulo.

- Depois de décadas sofrendo com falta de investimentos, o estado do Rio está avançando no que diz respeito a viabilização de projetos que prezem pela reestruturação do transporte de massa, principalmente o metroferroviário. Acabamos de comprar 30 novos trens para circular nos ramais operados pela SuperVia, o metrô também receberá 114 novos carros a partir do início de 2011. Estes e muitos outros investimentos, impulsionados pela realização da Copa e das Olimpíadas, somados à chegada do trem de alta velocidade serão responsáveis pelo surgimento de um novo paradigma no que diz respeito à mobilidade em nosso estado – explicou o secretário Julio Lopes.

Durante o evento, as atenções se voltaram para o projeto de implantação do TAV e para a construção da Linha 4 do metrô, que terá sua pedra fundamental lançada no próximo dia 20 de março. A nova linha de metrô deverá estar concluída antes das Olimpíadas de 2016, e beneficiará diretamente, mais de 800 mil pessoas, passando por seis estações ao longo de Ipanema, Leblon, Gávea, São Conrado e Barra.

O projeto do trem de alta velocidade foi apresentado pelo diretor da ANTT, Roberto Dias David, que falou sobre os impactos gerados por este meio de transporte. Com a implantação do TAV, o Brasil entra para time de países modernos e tecnologicamente avançados em termos de estrutura de transportes de alta velocidade. A ferrovia terá 510,8 km de extensão, e será muito importante para o intercâmbio entre as duas principais metrópoles do país. Atualmente, sete milhões de pessoas viajam entre Rio de Janeiro e São Paulo, e outras 25 milhões circulam entre as cidades do eixo, somando 33 milhões de passageiros. Segundo as pesquisas desenvolvidas pela ANTT, com a implantação do TAV, 17 milhões de pessoas passariam a utilizar o trem como meio de transporte.

O Seminário, com dois dias de duração, discutiu ainda os investimentos que estão sendo feitos na ferrovia que escoará a produção do Porto do Açu, responsável pela criação de 30 mil empregos. Para o secretário Julio Lopes, as ligações ferroviárias são fundamentais para efetuar os deslocamentos de cargas, por conta da agilidade proporcionada e em função da redução do número de caminhões pesados nas rodovias, baixando a quantidade de congestionamentos.

O primeiro dia do seminário reuniu importantes personagens do setor metroferroviário, tanto industrial, como operacional, entre os quais o presidente da ANTP, Ailton Brasiliense Pires, o presidente da ABIFER, Vicente Abate, o diretor técnico da CBTU, Marcus Vinícius Quintella, o presidente do Metrô-Rio José, Gustavo de Souza Costa, além de representantes da Alston e da Trends.
Foto: Fábio Ferreira

domingo, 14 de março de 2010

Campos terá um Centauro?


Bom, nossa história começa em 1908, exatamente no dia: 10 de outubro de 1910.
Personagens principais - o Exc. Sr. Presidente da República Dr. Afonso Pena e um Centauro.

CENTAURO ?????????

Sim, um Centauro.

Em 1908 o Brasil, com recursos mal gastos, verbas indo parar nos sobrados da Capital Federal em bailes da belle-epoque, as pestes assombrando as periferias, ruas com buracos enormes, bem ao gosto de ainda hoje.

Nossos governantes tiveram uma belíssima ideia, realizar a maior e histórica Exposição Internacional do Rio de Janeiro.

Foram feitos os preparativos, quiosques bem ao gosto europeu, os ilustres intelectuais receberam do governo tecidos e alfaiates franceses de graça para se apresentarem nos congressos e salões de valsa.

Enfim, tudo organizado... mas a tal fama de mal cuidada nossa Capital da República tinha então...

Ideia! - Vamos trazer para a Exposição um Centauro, ser magnífico e brilhante. Peça rara que todos os governantes e países desejarão possuir!

E acredite que nosso Presidente e demais ministros compraram um Centauro, mas não da Grecia, ou qualquer ilha grega. Tinha de ser de Amsterdã: Amsterdã, Terra da Poesia, da Lira, da Beleza.

Assim o Centauro chegou, um filhote barbudo. Recebido no cais do Rio.

Revistas estamparam a fotografia do espécime.

O mito era verdade - um Centauro e comprado com os Recursos do Banco Central. Caríssimo, agora o Brasil era um país rico e afamado.

Assim, no dia em que Machado de Assis faleceu quase ninguem foi ao seu enterro ou se importou com o Pai de nossa literatura. Quem quer um Machado se tem um Centauro?????

E na edição da revista Fon! Fon! Logo depois de uma rápida nota sobre o enterro do imortal escritor, lá estava a foto e manchete de destaque em página inteira: nosso presidente Afonso Pena observando o pobre centaurinho - aquisição graças aos royalties do Tesouro Nacional.

Bom, João. Esta é uma história real. O Brasil tem um centauro, não sei onde estão os despojos do ser mitológico. Sei que ele pertence ao Povo Brasileiro, pago com o dinheiro honesto dos impostos e etc. etc.

A foto e toda propaganda foi uma fraude, milhares correram para a Exposição Internacional do Rio, o resultado se viram ou não; não sei te afirmar. Antes do A5 a imprensa ja era barrada de noticiar certos fatos. Assim "nosso Centauro" se perdeu no tempo. Não sabemos da reação dos brasileiros que foram vê-lo. Mas fica sim o registro de "Nosso Presidente quase perdendo a dentadura se admirando do Serzinho filho de Zeus".

É João, será que teremos que passar por um Centauro em Campos?

Fica a parábola (mas fato real) dos perigos futuros da Terra Goytacá "espelho do Brasil".

O passado não retorna, mas temos que olhar para trás pois são nossos exemplos de transformação. Na dança da Vida o Princípio é o Fogo da Purificação. Você sabe do que estou falando.

Bom, clique na foto e leia a reportagem de época sobre o centauro.

Saudades do sempre amigo e fã;
Lutiane

sábado, 13 de março de 2010

Hare Krisnha - Iníco da tarde de sábado

Hare Krisnha - Chegada de Guru Marahaj

Hare Krisnha - Início da Palestra

Hare Krisnha - Palestra de Marahaj aos pais

Hare Krisnha - Palestra de Marahaj

Hare Krisnha - Cerimonia de Fogo

Hare Krisnha - O Fogo da Cerimonia

Hare Krisnha - Cerimonia de Fogo : As Mães

Hare Krishna!

Batizado e quebra de grãos

ISEC: Cursos Presenciais: Rio, Macaé e Campos:

Hipnose Clínica Início 27/03 Campos

Psic. Organizacional - Início 27/03 Campos

Orientação Vocacional - Início 22/03 Campos

Testes Psicológicos - Início 26/03 Campos

Psic. Organizacional - Início 20/03 Rio

Teste Psicológicos - Início 21/03 Rio

Testes Psicológicos - Início 03/07 Macaé

Psic. Organizacional - Início 10/04 Macaé

quinta-feira, 11 de março de 2010

Petroleiros promovem ato para lembrar 9 anos da P-36

Ato público nesta segunda-feira, 15, marca a passagem dos nove anos do acidente com a plataforma P-36, na Bacia de Campos, que causou a morte de 11 petroleiros e provocou o afundamento da unidade em 2001. A manifestação acontece antes dos vôos de troca de turma, no heliporto do Farol de São Thomé, às 10h20, às 13h05 e às 14h50.

Organizado pelo Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense (Sindipetro-NF), o ato vai reunir petroleiros, familiares das vítimas da P-36 e dirigentes sindicais. O presidente da CUT-RJ (Central Única dos Trabalhadores), Darby Igayara, também confirmou participação.

Para o coordenador geral do Sindipetro-NF, José Maria Rangel, o ato que lembra a P-36 tem o objetivo de prestar homenagem aos mortos e alertar para a continuidade das condições inseguras de trabalho no setor petróleo.

“Sabemos que acidentes considerados menores são avisos que antecipam grandes tragédias. E temos convivido com constantes problemas nas unidades e nos voos para a Bacia de Campos. A Petrobras não parece ter aprendido a lição da tragédia da P-36”, disse o sindicalista.

Somente após a tragédia da P-36, outros 32 petroleiros morreram na Bacia de Campos, vítimas de acidentes de trabalho, e sete morreram em acidentes automobilísticos, no trajeto para o trabalho. Casos de infarto a bordo e até um desaparecimento também têm, para o sindicato, relação com as condições estressantes da atividade petroleira.

Protesto Fecha BR 101

O leitor deste blog esta no Km 76 da BR 101, entrada de Campos, onde um protesto por causa da aprovação da emenda que retira os royalties do Estado, interdita o trânsito.
O protesto começou as 8h00 e o congestinamento já tem vários kilometros.

Feita pelo leitor Novarino.

quarta-feira, 10 de março de 2010

COOBA E A TOMADA DE DECISÃO

Há muito tempo atrás existia uma pequena civilização que vivia em algumas ilhas dos mares do sul. Lá, conta-se em lenda, uma estranha relação foi mantida entre o deus local e seu povo.
COOBA, como era chamado, criou aquele povo à sua imagem e semelhança e tinha muito apego à sua criação. Esse apego era tanto, que ele atuava diretamente nas vidas das pessoas.

Pode parecer estranho, mas COOBA aconselhava, pessoalmente, todas as suas criaturas humanas. Sendo onipresente, como um bom deus deve ser, estava atento a todos os momentos de dúvidas da população. Se alguém ia casar... consultava COOBA! Se a moça ia viajar e a família tinha dúvidas se deixava ou não... perguntava-se a COOBA! Na hora de trocar de canoa por um modelo mais atual... de novo, vamos ouvir COOBA!

Não! Não pense que ele achava isso chato ou enfadonho. Ele adorava! Mas, os problemas logo começaram a surgir. Quando alguma coisa não dava certa, ou exatamente do jeito que a pessoa queria, a culpa era de COOBA! E lá ia o cidadão se queixar com o senhor seu deus.

Imagine então que ele participava de todas as demandas de seu povo. Milhares e milhares de pessoas e suas indecisões. Das mais simples, como: - o quê vestir? Ou das mais complexas como: - Vamos guerrear?

Matematicamente podemos imaginar o número enorme de insatisfeitos. COOBA começou a se aborrecer com tantas reclamações.

Não aguentou mais que uns punhados de milhares de anos e teve uma súbita idéia: livre arbítrio! Um pensamento brilhante! Coisa de um deus mesmo: cada um que tomasse a sua decisão daqui para frente e ponto final! Mas, COOBA foi, além disso, e resolveu agir diferente.

Ele se posicionou acima da cabeça das pessoas, ficava sentado, se equilibrando, bem no alto da cabeça de cada um dos seus seguidores. Todos podiam ver! Como se fosse pequenos Budas sendo equilibrados pelas pessoas.

Dessa posição, ele olhava tudo, acompanhava as pessoas, ouvia todas as conversas, mas não se manifestava! De quando em vez, quando uma pessoa ficava em dúvida diante da necessidade de tomar uma decisão, ele se desequilibrava e caia sobre a pessoa. No tombo sempre batia no ombro, no braço, no joelho ou pé. Isso doía muito. Sempre tinha alguém se queixando da dor que COOBA havia lhe imposto.

Tudo por culpa do livre arbítrio!

Então se tornou um hábito naquele antigo povoado nas ilhas dos mares do sul comentar nas ruas: - Onde COOBA está lhe doendo hoje?

Vamos transportar isso para os nossos dias!

Viver é estar constantemente tomando decisões. Lógico que isso gera angústia em vários níveis diferentes. E nem sempre é só pelo resultado, que pode até ser positivo, mas pela própria dissonância cognitiva criada no processo, pela ansiedade desencadeada após a tomada e, isso é o pior, pelo grande número de decisões que temos de tomar todos os dias.

Esse movimento, quando não devidamente resignificado e transformado em gasolina para o nosso motor, pode gerar as tão conhecidas doenças psicossomáticas.

Então a culpa é do livre arbítrio?

Sem ter alguém para culpar pelas nossas decisões (somos ou não somos responsáveis por elas?) nos vemos imediatamente sozinhos com a responsabilidade. Isso é bom, quando sabemos administrar com equilíbrio e bom senso. O segredo está em como pensamos isso e não como pensamos sobre isso.

Nós não conseguimos lidar direito com coisas óbvias como a morte, por exemplo.

Pense bem! Mas só responda depois de pensar bem. Porquê choramos quando morre alguém? Pelo destino cruel dele que se foi, ou pela falta que ele vai fazer para nós? Melhor ainda: por que diante da morte dele, eu me recordo que também vou morrer?

Então, COOBA deve estar caindo agora pelos seus ombros, não dá para ficar se equilibrado em cima de uma cabeça que gira!

Provocações como estas nos fazem refletir um pouco sobre nosso projeto individual. O que estamos realmente preparando para a pessoa mais importante do mundo? (Lógico! Estou falando de você!)

Para onde estão indo todos os minutos gastos em pensamentos perdidos sem construções objetivadas? E de que nos serve lamentar o que não pode ser resolvido? Aceito ou não aceito o poder que me foi concedido de ser dono do meu destino?

Eu aceito!

E tem mais, não reclamo quando algo me cai da cabeça e machuca o ombro, o braço, o joelho ou o pé. Sei que serei capaz de levantar de novo e me equilibrar.

Me salve Pablo Neruda...

“Sou só uma rede vazia diante dos olhos humanos na escuridão e de dedos habituados à longitude do tímido globo de uma laranja. Caminho como tu, investigando as estrelas sem fim e em minha rede, durante a noite, acordo nu. A única coisa capturada é um peixe dentro do vento.”

João Oliveira é Psicólogo – CRP 05-32031