Raramente paramos para analisar os assuntos que permeiam nossa mente, nossos diálogos internos e externos, o que falamos e o que pensamos. Podemos e devemos fazer isso para conseguir um melhor padrão ou apenas para um breve diagnóstico.
Numa forma simplificada de análise podemos contabilizar três tipos de assuntos em nível temporal: passado, presente e futuro.
1) Estamos sempre pensando ou conversando sobre o passado?
Você poderia imaginar que essas pessoas são as mais velhas e que ficam sempre se lamentando as coisas boas dos idos anos 60 e etc. Não são, só, os idosos. Hoje vemos jovens, que não chegaram a adolescência, se posicionando no passado em suas falas. Um índice temporal diminuto para referência entre adultos. O passado era melhor, pior, igual, diferente... não importa a conotação, o foco, é que nos importa: ele vive no passado!
2) Estamos sempre pensando ou conversando sobre os fatos do dia?
Pessoas que falam sempre nos problemas do dia a dia, sem projetos futuros e, nem buscam exemplos no passado que possam auxiliar na resolução de seus dilemas atuais. Na maioria das vezes estão presas a factualidades. Essas pessoas ocupam, além da fala, seus pensamentos somente nos acontecimentos cotidianos, que mudam a cada telejornal ou novo capítulo da telenovela. Isso é bom ou ruim? Vamos discutir daqui a pouco sobre isso.
3) Estamos sempre pensando ou conversando sobre o futuro?
Mais uma vez não importa se o futuro vai ser bom ou ruim e sim o deslocamento do pensamento fora do momento presente como uma dissociação para evitar a vida presente. Nunca existe uma decisão em andamento por conta das possibilidades futuras. Espere mais um pouco, o dólar vai baixar (ou subir)!
O que é bom?
O que é ruim?
O aprisionamento do pensamento em qualquer uma destas posições é ruim. Quem vive no passado não vê o presente, que só enxerga o presente não faz planos e não aproveita o aprendizado das experiências vividas e, para terminar, quem só olha para frente, sem presente e passado, deve estar constantemente ansioso e preocupado sem aproveitar o que está a sua volta agora.
Bom mesmo é equilibrar e se permitir a uma experiência plena de vida. Devemos ter o passado, presente e futuro em seus devidos lugares sem excessos de valorização.
Existe uma tribo, no pacífico sul, que coloca o passado na frente do corpo (nós sempre pensamos nele atrás, certo?) isto porque o passado pode ser visto e o futuro não. Por isso o futuro deve estar atrás e não na frente dos nossos olhos. Só isso basta para pensarmos um pouco mais sobre como interpretamos nossas vidas.
Ser completo é coletar do passado, usar no presente e projetar o futuro. Sem fixações, afinal estamos todos nessa viagem temporal onde o destino final é o que nos iguala. Antes dele, o fim, todos podemos ser diferentes em nossas escolhas. Eu, por exemplo, escolho ser mais feliz.
Você pode fazer essa escolha também! Preste atenção nos argumentos que usa, nos pensamentos que tem e use o poder do livre arbítrio que lhe foi concedido no único ambiente que é seu de verdade: sua mente!