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quarta-feira, 3 de março de 2010

[Entrevista exclusiva - Bruno Farias] Hipnose - tirando algumas dúvidas.


Valeu Neto!


Tenho acompanhado muitas discussões, e visto surgirem diversas dúvidas a respeito da hipnose. Há um tempo já fiz um curso, até, mas não me lembro de muita coisa - falta de prática. Diante da quantidade de dúvidas que tenho visto a respeito do tema, convidei o hipnoterapeuta Bruno B.V. Farias para uma entrevista ao blog Comporte-se. Ele atendeu-nos prontamente. Primeiro quero, em nome de todos os leitores, agradecer a disponibilidade do Bruno. As perguntas colocadas são algumas das que me são feitas, e que vejo em conversas a respeito do tema, tanto pessoalmente, quanto em fóruns da internet.
- Olá Bruno. É um prazer poder contar com sua participação aqui no Comporte-se. Primeiro, eu gostaria que você contasse um pouco de sua história.
-O prazer com certeza é todo meu. Desde já mando um forte abraço para todos os leitores do comporte-se. Comecei a estudar Hipnose aos 11 anos de idade, influenciado pelos gibis de super-heróis e graças também as influências de familiares médicos que sempre falavam e discutiam sobre as maravilhas da Hipnose.
Comecei de brincadeira, mas durante esse tempo fiz diversos cursos, me formei em hipnose e possuo duas pós graduações em Hipnose clínica.
Entrei para a faculdade de Psicologia em 2006 por estar muito apaixonado pela Hipnose e pelo Psicodrama, então decidi fazer a faculdade para aumentar mais meus conhecimentos.
Hoje trabalho com atendimentos clínicos em Hipnose na baixada santista.
- Pode falar um pouco a respeito de sua formação profissional?
-Comecei com pouca idade fazendo cursinhos de fins de semana sobre Hipnose, fiz diversos cursos.Me formei na Sociedade Brasileira de Hipnose e fiz especializações em Hipnose Ericksoniana e hipnose Letárgica. Tive a honra de aprender letargia com o co-criador da técnica, o psicólogo Paulo Paixão, Mineiro que hoje está com 96 anos de idade e mais de 80 de Hipnose.
Me formei em Programação Neurolinguística, sou Máster Practitioner em PNL.
Hoje trabalho em clínica aplicando essas técnicas. Também fiz alguns cursos muito interessantes como neurociência, sexologia, Psicodrama, Hipnose aplicada para educação, para o esporte, etc.
-Qual a diferença entre a Hipnose e a PNL?

- Hipnose é um conjunto de técnicas que visam a alteração da consciência, e a partir daí aplicar técnicas ou sugestões que melhorem a vida do paciente.
PNL é uma ciência de comunicação que usa diversas técnicas lingüísticas para deixar a comunicação humana excelente. Foi criada por um gênio da psicologia chamado Richard Bandler. Ele fez modificações na Hipnose com suas técnicas de PNL que melhoraram muito o que já existia sobre hipnose.
Tanto Hipnose quanto PNL na minha opinião são ferramentas importantíssimas para o médico, o Psicólogo, e demais profissionais da saúde.

- Como chegou, e o que te atraiu na Hipnose?

- Eu era criança e numa festa da família uma mulher queixava-se de dor de cabeça. Ela fazia tratamento psicológico e medicamentoso há anos contra a enxaqueca crônica. Na festa ela sentia-se muito mal, com dor e vomitava.
Um homem se aproximou dela, falou que era Hipnólogo e começaram a conversar. Em poucos minutos eu a vi dormir no ombro dele enquanto ele falava (e até então eu não estava entendendo nada do que estava rolando ali).
Resumindo. Essa mulher abriu os olhos e foi correndo ao banheiro, acho que ela vomitou um pouco e saiu de lá sentindo-se ÓTIMA.
Parecia mágica, a expressão do rosto dela mudou completamente. Depois disso ela nunca mais teve um crise sequer de enxaqueca... Nem uma única crise. Ela morava no meu prédio e eu a acompanhei por anos.Esse foi meu primeiro contato real com a hipnose. Eu vi funcionar.
- Quais são as principais escolas de Hipnose hoje em dia, e quais são as suas principais características e diferenças?Com qual delas você se identifica mais?
- Que pergunta difícil! Risos. Demorei alguns anos pra aprender isso.
Bom, existem 18 principais escolas de Hipnose. Podemos destacar a escola Alemã, a Russa e até mesmo a Brasileira com a Letargia.
Porém a hipnose basicamente é dividida em duas: A Clássica, que possui métodos de indução de transe que variam desde o cansaço palpebral, relaxamento progressivo, poder pessoal do hipnotista, e a escola moderna, conhecida como Hipnose Ericksoniana.
Milton Erickson criou diversas técnicas para se chegar ao transe, e muitas técnicas para serem utilizadas em transe. É fantástico e tem uma eficácia gigantesca. É muito difícil responder a essa pergunta de forma sintética, são muitas técnicas e a ciência da Hipnose vem evoluindo muito com o tempo, mas eu recomendo ao iniciante conhecer mais sobre Hipnose Ericksoniana.
-Qual o diferencial da Hipnoterapia com relação às outras terapias psicológicas?
-A Hipnoterapia é uma abordagem que mira a mudança, a melhora da pessoa, sua mudança de comportamento e/ou a extinção dos sintomas que lhe afligem.
O hipnólogo não deve tratar quem desejar se “conhecer melhor”, ou entender melhor sua relação com a família, com o mundo, etc. Hipnoterapia é para mudanças, precisa ter um objetivo.
Outra característica são as técnicas, não existe em nenhuma outra ciência da mente humana uma diversidade tão grande de técnicas como na Hipnose.
-O que pensa a respeito da Hipnose de palco?

- É polêmico esse assunto. Mas sinceramente eu gosto!
São fenômenos honestos que acontecem no palco, mas eu acredito que deveria ter mais ética entre muitas pessoas que praticam e estudam a Hipnose.
Faça brincadeiras leves, apenas com pessoas que se ofereçam para as técnicas.Nunca ofenda nem humilhe ninguém hipnotizando-a.
Eu geralmente faço quando estou com amigos, é divertido. Mas tenho ética, ninguém se ofende e não há mal nenhum para ninguém. Infelizmente no Brasil as pessoas pensam que hipnose é só a Hipnose de palco. Pois já está muito difundida no senso comum essa idéia. Tenho vontade de divulgar as duas como coisas diferentes.
Por isso, em todas as vezes que fui a televisão, me recusei a fazer hipnose de palco.
-Tem experiência com hipnose de palco? Se sim, fale um pouco dela?
Sim, tenho muita experiência com essa prática.
-Já vi e fiz coisas incríveis, são fenômenos inacreditáveis. Pessoas que respondem perguntas em idiomas que não conhecem, ou quando regredimos a memória da pessoa até a fase intra-uterina. É muito curioso.
Como também já brinquei de leve como fazer um amigo ficar mudo, ou ficar gago, ou esquecer o nome da namorada, essas coisas. Risos. Mas, para você saber como a hipnose de palco pode ser útil: eu estava numa manhã indo para Santos e vi um acidente de moto logo a minha frente. Um motoqueiro estava com a perna muito machucada e gritava terrivelmente de dor. Eu parei, me aproximei dele e fiz uma técnica de Hipnose de Palco (na Hipnose chamamos de técnicas de impacto) a vítima dormiu e fiquei alguns minutos ao lado dela esperando a ambulância.
Quando o socorro chegou eu fui junto e só despertei o rapaz no hospital, depois que estava medicado e bem cuidado. Os médicos, enfermeiros e socorristas se impressionaram em como o rapaz não sentia dor e puderam cuidar dele de uma forma muito mais fácil e sem tantas dificuldades.Depois desse episódio muitos profissionais desse hospital viraram meus alunos.
-O que é, e quando uma pessoa está em transe?

- Transe é um relaxamento muito profundo em que sua atenção fica focalizada num único ponto. Isso é o transe. Você está acordado, mas se alguém entra na sala e bate a porta, você não reage, nada incomoda, a atenção fica apenas no trabalho sendo realizado. E isso não acontece só na hipnose, se você pensar bem, em nossa vida acordada entramos e saímos de transe o tempo todo. Transe é concentração e muito relaxamento.A pessoa está em transe na hipnose pois sua fisiologia apresenta características especificas, por exemplo:A musculatura se contrai, o lábio inferior diminui, os olhos se mexem rapidamente por baixo das pálpebras. Há palidez, espasmos musculares. Analisa-se muito a comunicação não verbal na hipnose, sabemos que a pessoa atingiu o transe olhando para ela, verificando sua comunicação corporal e facial.
- O que pensa da hipnose aplicada à sedução?

-Se usada com ética, e com muita moderação, principalmente para ajudar na comunicação com a pessoa amada, eu acho maravilhoso! Essas técnicas ajudam na aproximação, na comunicação, na conquista.Com ela é possível conquistar a pessoa amada várias vezes por dia, é absolutamente fantástico!Agora, usar essa técnica para conquistas pessoas deliberadamente, sem limite, sem sentimentos, apenas para conseguir status e sexo, acho um crime.
-Há o risco de não conseguirmos tirar alguém do transe? Se sim, o que pode acontecer?

-Isso é mito, ninguém fica em transe pra sempre. No máximo a pessoa acorda em 40 minutos. E se acontecer alguma coisa, por exemplo a sala começa a pegar fogo e o hipnólogo fogo para se salvar e deixa o hipnotizado lá, a pessoa acordará instantaneamente, ninguém dorme ou ficar bobo estando em transe. É apenas concentração, nada mais.
- Existem riscos em hipnotizar alguém? Se sim, quais são e como lidar com eles?

-Ótima pergunta! Sim, há riscos.O risco é quando o hipnólogo não domina muito a técnica. Mesmo formado em Hipnose não podemos sair Hipnotizando a torto e a direito por aí. Antes de aplicar a técnica é necessário uma entrevista completa com o cliente, uma anamnese etc. Hipnotizar não tem contra indicação, agora o que se faz com a pessoa em transe é que se vê as conseqüências.
Conheci uma história nos EUA em que um Hipnotista disse que poderia fazer uma determinada mulher parar de crer em deus. Essa mulher era fervorosa em sua fé.Ela topou o desafio e participou na televisão de uma sessão em que esse hipnotista idiota excluiu a fé que ela possuía. Em menos de 2 semanas a mulher cometeu o suicídio...
Os familiares disseram que após a técnica ela entrou em depressão profunda e nada que antes ela amava lhe fazia feliz. E sempre dizia que a vida perdera o sentido, que nada mais importava etc...Isso foi uma grande idiotice feita por um asno que nem se tocou que mexer com coisas desse tipo desestruturaria a vida toda da pessoa. É necessário muito estudo e muito domínio para se saber exatamente o que fazer. Quando se procura um bom profissional, não existem riscos.
-Pode dar alguns exemplos de aplicação da hipnose na clínica?
-Sim, posso dar centenas. (Risos)
Recentemente veio até meu consultório um rapaz de 19 anos sofrendo de agorafobia, relatava que ao sair do portão de casa pra fora já tinha ataques de pânico. Estava há 4 anos em tratamento psiquiátrico com poucos resultados e não queria mais se medicar. Fiz 4 sessões para conhecê-lo até aplicar a primeira técnica.Quando apliquei uma técnica de cura de fobia, eu e esse rapaz andamos mais de um quilômetro pelas ruas de Santos, fiquei sabendo que ele foi pra balada, arrumou namorada e estava levando-a para praia constantemente.Eu adoro esse poder da Hipnose, cura com uma única técnica.Também fui atender no hospital a pedido de um cardiologista muito meu amigo uma senhora que estava com a pressão muito alta e mal conseguia respirar. O Dr. Me contou que achava que o estresse dessa senhora era que originava as crises. Fiz uma técnica que durou mais de uma hora, no fim do transe mediram sua pressão e marcava 12 por 8 exatamente.Uma garota que sofria de ciúmes violento fez um tratamento com Hipnose e nunca mais sentiu as crises violentas. O noivo me agradeceu muito pela melhora dela e disse que graças ao tratamento eles ainda estavam juntos.Fora as pessoas que largaram as drogas depois da hipnose... São histórias maravilhosas. Eu amo minha profissão.
- Como são as leis que regulamentam a hipnose no Brasil?
-Poderiam ser mais pesadas essas leis. Hoje qualquer um que se filiar a qualquer órgão de terapeutas holísticos e fizer um cursinho mixuruca de hipnose (ou qualquer coisa como reiki, PNL, Grafologia etc) Pode atender em consultório.
O importante é que, se você está procurando alguém para lhe atender com hipnose, procure conhecer esse profissional o mais profundo possível. Conheça suas formações, seus antigos clientes, e faça algumas sessões sem compromisso e sem aplicação de técnica. Conheça ao máximo quem irá te tratar.
O Brasil é considerado o país com os melhores Hipnólogos do Mundo. Os maiores clínicos que atuam com Hipnose são Brasileiros. Há dezenas de grandes mentes atuando com seriedade, ética e competência.
-Sugere alguma escola para quem quer estudar e aprender seriamente hipnose?

-Sim! Sugiro o Instituto Vencer de programação Neurolinguística: http://www.institutovencer.com.br são treinadores sérios que conhecem e amam o assunto.Existem muitos cursos ruins no Brasil, ruins mas populares, nem tudo que é mais conhecido é melhor.Para quem procura qualidade e uma excelente formação na área de Hipnose, Coach e PNL, procure pelo instituto Vencer.
-Deixe um recado para os leitores do site
-Quero deixar um enorme abraço a todos pela oportunidade de divulgar essa maravilhosa ciência que é a Hipnose. Procurem por bons Hipnólogos, irão se impressionar com a mudança que terão em suas vidas.
Deixo meu e-mail pessoal a disposição para quem quiser entrar em contato e tirar dúvidas: Bv_manvantara@hotmail.com
Um fortíssimo abraço a todos!
Clique aqui para ter acesso ao orkut de Bruno.
Obs. de João Oliveira: Nós temos, no Brasil, grandes profissionais, vamos valorizar o que é nosso!
Bruno é um deles. Pela sua fala percebe-se que tem conhecimento de sobra sobre o assunto.

terça-feira, 2 de março de 2010

Induções Rápidas parte 1 de 3


O Júnior Bocelli postou uma palestra minha no You Tube, valeu Júnior!

Durante o I Congresso de Hipnose Clínica Hospitalar realizado no Hospital Philippe Pinel, Rio de Janeiro nos dias 6 e 7 de setembro de 2008, o Psicólogo João Oliveira apresentou técnicas de induções rápidas para hipnólogos clínicos. Mais sobre o assunto em: http://www.hipnose.com.br e http://www.isec.psc.br

Induções Rápidas parte 2 de 3

Induções Rápidas parte 3 de 3

Terremoto no Chile pode ter encurtado duração dos dias, diz Nasa

Do Yahoo Noticias, siga o link no título

Washington, 2 mar (EFE).- O forte terremoto que atingiu o Chile no último fim de semana pode ter movido o eixo da Terra e encurtado a duração dos dias, segundo cientistas da Agência Espacial Americana (Nasa).

O pesquisador Richard Gross e seus colaboradores do Laboratório de Propulsão da Nasa avaliaram, com a ajuda de computadores, de que forma o abalo de 8,8 graus na escala Richter poderia ter alterado a rotação do planeta.

De acordo com o estudo, o tremor fez com que um dia na Terra passasse a ter 1,26 microssegundos - um microssegundo é a milionésima parte de um segundo - a menos.
Além disso, os cientistas chegaram à conclusão de que o eixo da Terra - sobre o qual a massa do planeta se mantém equilibrada e que é diferente do eixo norte-sul, de polo a polo - mudou em 2,7 milissegundos (cerca de oito centímetros).

Ainda segundo o cientista, o mesmo modelo de cálculo foi usado para fazer a mesma avaliação no caso do terremoto que atingiu a ilha de Sumatra (Indonésia) em 2004. Por causa daquele tremor de 9,1 graus na escala Richter, os dias foram reduzidos em 6,8 microsegundos, e o eixo do planeta sofreu redução de 2,32 milisegundos - cerca de 7 centímetros.

Gross afirmou que apesar do terremoto no Chile ter sido menor do que aquele, provocou mais alteração no eixo terrestre por ter ocorrido mais longe da linha do equador, e porque a falha geológica na qual aconteceu o terremoto chileno foi mais profunda e ocorreu em um ângulo ligeiramente mais acentuado do que a responsável pelo terremoto de Sumatra. EFE.

segunda-feira, 1 de março de 2010

Numa tarde no Pré-Sal ...


Baseada nas melhores fotos da National Geographic.

Projeto de Lei do Pré-Sal será votado nesta Quarta !

Do site de notícias URURAU, siga o link

O líder do governo na Câmara, deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP), disse nesta segunda-feira que quer concluir nessa semana todas as votações relativas ao pré-sal.

Mesmo com o risco de o governo sofrer novas derrotas nas votações, Vaccarezza pretende antecipar para quarta-feira a votação do projeto que trata dos royalties, prevista apenas o próximo dia 10.

A ideia é votar o projeto que trata da capitalização da Petrobras e, na quarta-feira à noite, a emenda apresentada pelos deputados Ibsen Pinehiro e Humberto Souto (PPS-MG) que redistribui os royalties e prejudica o Rio de Janeiro.

O governo sabe que deve perder a votação da questão dos royalties, suspensa desde o final de 2009. Na verdade, o projeto que trata do regime de partilha na exploração do pré-sal foi aprovado no final do ano passado, faltando essa emenda - o ponto mais importante.

Vaccarezza disse que se empenhará para que a emenda seja derrubada, mas reconheceu que ela deve ser aprovada. - Prevejo dificuldades (na votação do FGTS e dos royalties). Mas acho que essa emenda dos royalties não é constitucional e não ajuda o país - disse Vaccarezza.

Carta aberta a Ibsen Pinheiro

Nobre Deputado, boa tarde.

Tomei conhecimento de vossa pessoa quando ainda era estudante da 8ª série ginasial, onde converssava com uma professora de historia e perguntava a ela o que aconteceria se o Vice-Presidente Itamar Franco também fosse cassado, quem iria assumir. Lembro que Vossa Excelência era o Presidente da Câmara e ela (a Professora) me disse que não deveria ter preocupações pois o Senhor parecia ser um bom político.

O resto da história o senhor e todos nós conhecemos...

É sabido por todos que vossa excelência deu a volta por cima e retornou a Brasília, à Câmara dos Deputados.

Estou aqui para fazer um apelo que o Sr. reconsidere a sua proposta de emenda constitucional. E que começasse fazendo de uma forma muito interessante: Visitando a Região Norte do estado do Rio de Janeiro.

Venha conhecer a realidade das pessoas, das cidades, se realmente essa sua emenda tem a função de uma redistribuição mais justa.

Digo isto porque é muito fácil tentar ser justo com alguns sendo injusto com outros que nem conhecemos, não sabemos de suas realidades e necessidades e o que os royaltes (segundo o wikipédia:Royalty é uma palavra de origem inglesa que se refere a uma importância cobrada pelo proprietário de uma patente de produto, processo de produção, marca, entre outros, ou pelo autor de uma obra, para permitir seu uso ou comercialização) pagos a regiões produtoras, são fundamentais para a vida dessa região no curto e médio prazo.

Não Deputado, não somos os "donos do petróleo", mas o senhor também não o é!

O petróleo pertence a União e o royalte é uma forma de compenssação a ser paga para a região produtora afim de que ela seja convertida em melhorias para a cidade.

Ora Sr. Deputado, por que o interesse em redistribuir os royaltes do petróleo?

Será que devemos redistribuir também o que se ganha com Artesanato, Criação de gado, agricultura (teria coragem, deputado de ir de encontro aos seus eleitores e propor uma mudança que impactasse a produção e arrecadação local?), Mineração ( falando nisso, o que o senhor achou da privatização da Nossa Vale? Quanto o país perdeu em royalte que poderia ser bem distribuído e em riqueza que foi vendida?
Nem venha me dizer que ganhamos com isso...), Turismo ( Que projeto o senhor nos apresenta para podermos utilizar mais a capacidade turística das belíssimas cidades do nordeste, e que traria bem mais dinheiro e trabalho para os cidadãos de lá?) E nas demais atividades?

O petróleo é nosso deputado!

É tão nosso que iremos lutar por ele!

Aguardo vossa reflexão,
Grato,

Leonardo da Silva Ferreira,
cidadão de Campos dos Goytacazes,
da região norte do Estado do Rio de Janeiro, Brasil!

De Quissamã-RJ, nos fala João Direnna:

Em 1997, o Brasil aprovou a Lei nº 9478, conhecida como Lei do Petróleo, instituindo novos critérios de cálculo e de distribuição de royalties para os municípios produtores ou afetados pela produção de petróleo.

É lei.

É constitucional.

Foram criados novos critérios para a distribuição das rendas da exploração de petróleo para as localidades afetadas por tais atividades. Está lá na Carta Magna de nosso país. Portanto, é legal.A distribuição de tais recursos para estados e municípios afetados pela exploração e transporte visa compensá-los por eventuais efeitos deletérios de tais atividades.

Nada disso foi inventado.

Foi, sim, minuciosamente estudado até tornar-se lei.

Passados 13 anos, mais precisamente no dia 10 de março, os congressistas vão votar proposta do deputado Ibsen Pinheiro que trata de emenda ao projeto de lei sobre o modelo de partilha do pré-sal que prevê que até mesmo os royalties dos campos de petróleo já licitados - e que hoje se destinam principalmente aos estados e municípios produtores - sejam distribuídos pelos 27 estados da federação, sem o que ele chama de “privilégios”.

Como cidadão, independente da naturalidade, sinto-me na obrigação de me engajar na luta pela manutenção das atuais regras do “jogo” que, previamente estabelecidas, permitem que muitos municípios fluminenses, responsáveis por mais de 80% de todo o petróleo extraído, desenvolvam , por exemplo, projetos sociais capazes de dar dignidade ao seu povo e sejam dotados de uma infra-estrutura mais compatível com os recursos recebidos e tudo isto com um custo.

Não devemos discutir, agora, se os royalties distribuídos aos municípios contribuíram para o crescimento de seus PIBs, sua ineficiência produtiva resultante de common pool, tão pouco se as estimativas diff-in-diff dos municípios contemplados com as receitas apresentaram, em média, taxas de crescimento menores que os não afetados e o quanto contribuíram.

A questão fundamental é: deve-se extinguir ou interromper tudo o que foi feito, jogando no lixo programas de resgate social, a busca da auto-estima de milhares de pessoas, o caminho da auto-sustentabilidade e o trabalho desenvolvido por homens públicos sérios e comprometidos ou deve-se lutar para que haja tratamento diferenciado para quem produz e isto seja efetivamente reconhecido independente de possíveis questões políticas? Afinal de contas, não se pode ignorar uma lei como estas em pleno exercício e com tamanha responsabilidade social, rasgar uma constituição e não aceitar que diferenças existem.

João Direnna - Quissamã - RJ

Ciclone em Campos-RJ ?


Foi muito rápido e não durou mais que dois ou três minutos, uma formação estranha com um zumbido de vento forte.
Nunca, claro, tinha visto algo assim.
O evento foi fotografado no domingo as 16h00 no Jockey Clube, estremo leste da Cidade de Campos dos Goytacazes-RJ.
Torço para que não seja uma dessas novidades que vem para ficar.
Já ouvi relatos na Praia do Açú, na BR 101, em Rio Preto mas nunca ninguém tinha conseguido fotografar.
Foi sorte, ou azar ... só o futuro dirá.

Projeto de Lei que Altera a Lei dos Royalties

O problema está aqui, nesta emenda a Lei. Leia:
PROJETO DE LEI 5.938/2009

EMENDA
(Dos Srs. Humberto Souto e Ibsen Pinheiro)


Inclua-se o seguinte art. 45 ao substitutivo, renumerando-se os demais, e suprimindo-se, por conseguinte, as alíneas de “a” a “e” do inciso II do art. 44:


“Art. 45. Ressalvada a participação da União, a parcela restante dos royalties e participações especiais, oriundos dos contratos de partilha de produção e de concessão de que trata a Lei 9.478, de 6 de agosto de 1997, quando a lavra ocorrer na plataforma continental, mar territorial ou zona econômica exclusiva, será dividida entre Estados, Distrito Federal e Municípios da seguinte forma:

I – 50% para constituição de Fundo Especial a ser distribuído entre todos os Estados e Distrito Federal, de acordo com os critérios de repartição do Fundo de Participação dos Estados – FPE;

II – 50% para constituição de Fundo Especial a ser distribuído entre todos os Municípios, de acordo com os critérios de repartição do Fundo de Participação dos Municípios – FPM.”


Sala das Sessões, em de de 2009


Deputado Humberto Souto Deputado Ibsen Pinheiro
PPS/MG PMDB/RS

Projeto de Lei que Altera a Lei dos Royalties

Leia na integra o texto e tire suas próprias conclusões sobre o que pode ocorrer com os munícipios produtores de petroléo. Segundo a Prefeita de Campos, Rosinha Garotinho afirma que 95% dos recursos serão cassados. O que significa de imediato a quebra de Campos dos Goytacazes.
Uma mobilização está marcada para a próxima quinta feira as 16h00 quando toda a cidade está sendo convocada para participar.
O comércio vai fechar as portas e muitas universidades e faculdades suspederão suas aulas.
Os onibus, por exemplo, estarão transportanto de graça todas as pessoas que desejarem estar presentes ao ato.
Leia na integra:

http://www.camara.gov.br/sileg/integras/686063.pdf

sábado, 27 de fevereiro de 2010

Facções do tráfico ocupam o Interior do Rio



publicado em 23/02/2010 às 08h54 texto de Mario Hugo Monken, do R7, no Rio


Ministério Público investiga presençaõ de facções criminosas no interior do Rio de JaneiroO Ministério Público do Rio de Janeiro está fazendo um mapeamento sobre a presença de facções criminosas e milícias que atuam na capital, no interior e no litoral fluminenses. Os promotores tentam identificar os principais chefes do tráfico de drogas e de milícias nesses municípios com base em denúncias. O trabalho deve ser concluído até o fim deste semestre.

O levantamento ganhou peso após surgirem informações de que, com a implantação das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) em favelas, os traficantes cariocas poderiam estar rumando para o interior e o litoral fluminense.Com base em informações de fontes das polícias Civil e Militar, o R7 confirmou que as facções atuam nas principais cidades do interior e do litoral como Volta Redonda e Angra dos Reis - no sul fluminense -, Petrópolis, Nova Friburgo e Teresópolis - na região serrana -, Macaé e Campos dos Goytacazes - no norte do Estado -, e em Cabo Frio, na região dos Lagos.

Segundo policiais, essas favelas são abastecidas por traficantes cariocas. São frequentes as apreensões de drogas nessas localidades com as siglas dos grupos criminosos que atuam na capital. Um agente ouvido pelo R7 disse que as quadrilhas mais poderosas se encontram em Macaé e em Angra dos Reis, que são rotas para a entrada de drogas no Estado.

Nesses dois municípios, haveria armas pesadas, como fuzis. MigraçãoEm Macaé e em Cabo Frio, os traficantes já cultivam os mesmos hábitos dos cariocas: atacam ônibus nas ruas e ordenam toques de recolher para protestar contra mortes de comparsas em ações da polícia ou em confrontos com rivais. Nessas cidades, há disputas entre as facções rivais com registros de várias mortes.

Foto por Wilton Junior/AE/Arquivo/28.12.2009

Certificado da Universe Awareness for Young Children, UNAWE

Não era necessário essa lembrança dos diretores do Universe Awareness for Young Children (UNAWE ).
Eu gosto de olhar o céu, astronomia para mim é a prova da obra Dele.
O que faço nessa área não é absolutamente nada...
Mas agradeço a Carolina Odman.
Abaixo o texto e o certificado que recebi:In appreciation of your excellent work reaching young children, we are delighted to send you this certificate of appreciation from Universe Awareness International. We congratulate you on your efforts and send our encouragements. We would be delighted to assist you further in any way we can.

With best wishes,

Carolina Odman
on behalf of UNAWE International

Tradução:
Na apreciação do seu excelente trabalho atingindo crianças, estamos muito satisfeitos em lhe enviar este certificado de apreciação do Universo Consciência Internacional. Parabenizamos você em seus esforços e enviamos os nossos incentivos. Ficaríamos felizes em ajudá-lo no que for possível.
Com os melhores cumprimentos,
Carolina Odman
em nome do unawe Internacional

Hipnose - IMPORTANTE

Assistam hoje dia 26/02 no SBT repórter de meia noite uma reportagem sobre hipnose com Paulo Paixão e Clystine Abram, se não passar hoje passará na segunda dia 01/03 á meia noite no SBT.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Campanha tardia

Entrou em exibição uma campanha da prefeitura de Sao Joao da Barra-RJ
intitulada: Verao Sem Drogas.
Uma ótima iniciativa, não fosse o fato deste verão já ter terminado nas praias da região.
Quem sabe já é uma atitude para o verão 2011?

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Um dia a tarde no ISEC ... (01)

ISEC 01


Um dia a tarde no ISEC ... (02)

ISEC 02


PECADO X DOENÇAS

Está um assunto que pode dar muitos quilômetros de escritos. Como podem estar relacionados os ditos pecados e o aparecimento de doenças. Em uma primeira olhada pode não ter relação nenhuma uma coisa com a outra, mas podemos elaborar um raciocínio da seguinte forma:


1) A pessoa que comete um pecado, uma falha, um erro, sabe que cometeu, pois está infligindo um código estabelecido por alguém ou ele mesmo.

2) Isso cria (ou não) na pessoa um sentimento de culpa.

3) Isso pode (ou não) baixar seu sistema imunológico e permitir que alguma doença, bactéria, vírus se manifeste.

Faz algum sentido essa idéia?

Então podemos criar uma metodologia para avaliar se essa situação ocorre, ou não, no nosso meio social.

Vejamos as pessoas que estão doentes, numa entrevista cuidadosa poderemos avaliar se elas tem algum sentimento de culpa por ter transgredido alguma norma. Isso pode não ser tão simples pois esse modelo pode estar associado a uma manifestação inconsciente e, sendo desta forma, a pessoa não saberia relatar se sofre por algum motivo especifico.

Vamos agora pousar nosso olhar naqueles que tem sempre uma postura saudável, os que não reclamam dos males da vida e vivem, aparentemente, bem de saúde. Como será a postura destas pessoas diante do que julgamos erros e pecados?

Outro foco desta nossa pesquisa social são as pessoas portadoras de distúrbios de personalidade e, por causa disso, não sentem remorsos. Será que essas pessoas são mais saudáveis?

Se formos mesmo aprofundar neste pensamento teremos que procurar saber se das pessoas que se confessam (na religião e na lei) recuperam sua saúde. Caso estivessem doentes antes, claro!

E as cadeias? E presídios? Onde milhares de pessoas estão presas por terem cometidos crimes? Como reage o corpo diante da postura mental de aceitação ou não do seu ato?
Vamos lá! Isso é o exercício da nossa capacidade mental de questionar, especular diante da realidade!

Como seres humanos não podemos nos permitir viver na admiração sem querências. Eu quero saber! Não sei direito ainda o que eu quero saber,. Mas sei que quero saber! É meu direito, no mínimo, questionar.

Não fique na passividade, o mundo pode ser um lugar maior: limpe a lente!

João Oliveira - Psicólogo CRP 05/32031
Mestrando em Cognição e Linguagem - UENF

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Transtornos do Sono na Infância


O primeiro mundo da criança é o útero materno e, ao nascer, seu mundo inicial torna-se sua mãe: o colo, o seio, o aconchego materno. Os gestos e carinhos com que a mãe toca seu filho recém nascido, a conversa simbólica cujo significado é mais sentido que compreendido pela criança, a sensação tranqüilizadora que a criança sente ao ter seu corpo aconchegado ao corpo da mãe e ao perceber os batimentos cardíacos no peito da mãe, são experiências primordiais que ficarão eternamente presentes na vida afetiva da criança.

A formação psicológica do adulto tem início na infância. Uma vida afetiva segura e saudável entre mãe e bebê é muito importante, mas no seu desenvolvimento, apesar da criança demonstrar maior independência de sua mãe quanto a suas atitudes individuais, entre os 3 e 10 anos de idade, as crianças necessitam do relacionamento afetuoso com os adultos, de um contacto que estimule segurança, confiança e proteção. Alterações e disfunções nas relações familiares e de cuidados maternos desde o nascimento e durante toda a infância, poder ter consequências ao longo de toda a vida.

Os cuidados essenciais na infância estão em oferecer à criança: relações afetivas saudáveis, vínculo seguro, autonomia, confiança e liberdade para expressar suas emoções. Deve-se evitar os cuidados excessivos e superproteção, pois a criança também precisa aprender a “cair e levantar”. Uma criança que fica no colo o dia inteiro para não se sujar, por exemplo, não aprender a engatinhar e, consequentemente, não aprende a andar. Superproteção gera insegurança na criança, que, futuramente, pode ocasionar o sentimento de dependência e incompetência.

Falhas ou excessos nas relações afetivas familiares com a criança, bem como dificuldades em organizar horários para dormir, sobrecarga de tarefas domésticas para a mãe, medo da perda dos pais, geralmente são as principais causas dos transtornos de sono na infância. Eis alguns exemplos:

Transtorno de associação com o início do sono – geralmente a criança, nos dois primeiros anos de vida não dorme “direito” (relatam os pais). A criança pode insistir em ser amamentada para dormir ou pedir a um dos pais que se deite com ela até que ela adormeça. O transtorno tem esse nome em função da associação que a criança faz com o ato de mamar ou ter um dos pais ao seu lado para conseguir dormir. Quando ela acorda, tem dificuldades para voltar a dormir, pois o objeto de associação não está presente. Então, a criança pode ficar irritada, chorar, acordar os pais etc. Neste caso se faz necessário uma mudança: perceber quando a criança está com sono e colocá-la para dormir; caso ela acorde no meio da noite, deve-se ir até o quarto e conversar num tom de voz lento e baixo, que passe segurança para a criança, para ajudar a acalmá-la e confortá-la, dizendo frases do tipo “é hora de dormir, é gostoso dormir, você está seguro(a) e protegido(a) porque estou aqui com você”. E quando a criança se acalmar saia do quarto. Pode ser necessário fazer isso muitas vezes até a criança desassociar a presença dos pais ou a mamadeira com o início do sono.

Transtornos do sono de 0 a 1 ano de idade – o sono é intimamente relacionado à saciedade, pois, durante os primeiros meses, o despertar está estreitamente vinculado à sensação de fome e o adormecimento à sensação de satisfação. No primeiro trimestre as dificuldades em conciliar o sono podem ser causadas por vários fatores: inadequação do regime alimentar, incompatibilidade dos horários da criança com os horários da mãe, falta de estímulos em geral, superestimulação capaz de provocar hiperexcitabilidade, ausência de contato materno, personalidade hiperativa da criança, falta de um ambiente mais acolhedor e tranqüilo, transtorno de Associação.

Transtornos do sono de 1 a 2 anos de idade - Nessa fase a criança se excita com todas novidades e possibilidades (engatinhar, andar, pegar...) e dormir não é somente uma resposta automática ás necessidades fisiológicas, pois a criança precisa abstrair-se de seus interesses, do brincar, por exemplo, para poder dormir, o que muitas vezes causa ansiedade e dificuldades com o sono. A criança busca manter sua mãe por perto (ansiedade de separação) e pode se utilizar de choro, birras, manhas etc. Os rituais para pegar no sono podem se tornar comuns, como: canções de ninar, histórias, bichinhos de pelúcia etc. Alguns fatores externos podem perturbar o sono nesta fase: irregularidade dos horários, ambientes barulhentos e agitados e a superestimulação de familiares.

Transtornos do sono de 2 a 5 anos de idade – a evolução do sono, a maturação cerebral e cognitiva e o funcionamento do organismo, caminham juntos. A partir do segundo ano de vida, a possibilidade de separação da mãe, pode se tornar um grande problema para a criança. Se durante o dia, quando a criança está acordada, não há uma estimulação e uma relação adequada entre mãe e filho, provavelmente, o sono será prejudicado em qualidade. Essa é uma fase muito propícia para o aparecimento do terror noturno, em função das fantasias da criança de separação da sua mãe. Entretanto, de modo geral, entre 3 e 5 anos de idade, o sono tende a entrar em um padrão de normalidade, muito embora, ainda possam haver episódios de pesadelos e as crianças solicitarem dormir com os pais. Ainda é possível nesta etapa: medo de ficar sozinho, medo de fantasmas e monstros, medo de escuro etc. Algumas crianças criam rituais, como chupar dedo, dormir com bichinhos, paninhos ou objetos para facilitar o dormir. Os medos tendem a diminuir com o tempo e a boa relação e apoio familiar.

Terror Noturno – é o terror durante o sono, em que a criança acorda gritando, gesticulando e chorando, num despertar abrupto, geralmente começando com um grito de pânico. A criança se agita e pede ajuda aos pais tentando se livrar daquilo que ela acredita que a está atacando. O terror noturno dura cerca de 1 a 10 minutos e os episódios são acompanhados de intenso medo. Durante um episódio, é difícil despertar ou confortar a criança mas, se ela é desperta após o episódio de terror noturno, nenhum sonho é recordado, ou então existem apenas imagens fragmentadas e isoladas. Os episódios de terror noturno para ser considerados Transtorno de Terror Noturno, devem causar sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no funcionamento social ou ocupacional. Nas crianças, assim como em adultos, podem ocasionar um “dia seguinte” cansativo e extenuante. Alguns sinais autonômicos: taquicardia, respiração rápida, rubor cutâneo, sudorese, dilatação das pupilas, tônus muscular aumentado. Durante o episódio de terror noturno, a criança permanece meio dormindo e, em função disso, pode não reconhecer as pessoas e dizer palavras sem sentido ou irreconhecíveis, contudo, quando desperta e ciente da presença dos pais, tende a sentir-se segura.

Sonambulismo – Caracteriza-se por episódios repetidos de comportamento motor iniciado durante o sono, incluindo levantar-se da cama e andar. Tanto o adulto quanto a criança podem apresentar dificuldades de comunicação com outras pessoas. Os episódios de sonambulismo podem incluir uma variedade de comportamentos, desde simplesmente se sentar na cama, olhar em volta ou remexer no cobertor ou no lençol ou até se levantar, ir ao banheiro, sair do quarto, subir ou descer escadas, comer, falar e mesmo sair de casa. A criança sonâmbula se levanta durante a primeira parte da noite, agindo automaticamente, com os olhos abertos, olhar fixo e movimentos inseguros. Depois de andar algum tempo, costumam voltar à cama ou se deixam levar facilmente por qualquer pessoa. A idade de aparecimento do sonambulismo se dá entre os 7 e 8 anos, com mais freqüência em meninos.

Pesadelos - A criança com pesadelos se mexe muito, geme e geralmente acorda solicitando a presença dos pais e explicando aos mesmos os seus pesadelos. Elas são tranqüilizadas, embora tenham medo de voltar a dormir. Normalmente os pesadelos são expressão da ansiedade, concretizada em imagens dos sonhos que a criança vive como reais. O conteúdo do sonho focaliza, mais comumente, um perigo físico iminente, perseguições, ataques, ferimentos, morte. Em outros casos, o perigo percebido pode ser mais sutil, envolvendo fracasso ou embaraço social, como estar em situação vexatória, nu, mal vestido, enfim, qualquer situação traumática para (e só para) a pessoa que sonha.

Ao perceber que a criança apresenta um dos sintomas dos transtornos do sono, os pais ou responsáveis devem procurar especialistas no assunto para ajudar a criança a atravessar a etapa, que, dependendo do tipo de disfunção ou transtorno, pode ser muito difícil, tanto para a criança quanto para os pais. Existem terapias e orientações específicas para cada caso.

Beatriz Acampora – Psicóloga CRP 05/32030
Mestre em Cognição e Linguagem pela UENF