Os alunos do SPA de Psicologia e Marketing estão neste momento no
Instituto Precisão para uma amostra de Pesquisa Qualitativa.
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joaooliveira.com.br
quarta-feira, 25 de agosto de 2010
terça-feira, 24 de agosto de 2010
Bianca e a Caixa de Areia de Jung
Bianca Acampora, dando uma força na minha turma de nono período de
Psicologia no Isecensa, afinal ela é especialista neste assunto.
Psicologia no Isecensa, afinal ela é especialista neste assunto.
segunda-feira, 23 de agosto de 2010
Liderança Inteligente - Conhecendo um pouco mais -
Este curso não está ligado diretamente a nenhuma área de conhecimento específica e pode ser feito por qualquer pessoa a partir dos 18 anos. Na verdade este é o tipo de curso que deveria ser uma prioridade para quem está começando na vida profissional. Pois apresenta mecanismos que tornam qualquer pessoa capaz de ser um elemento modificador de comportamentos.
Além, é claro, do seu próprio.
Para explicar melhor podemos dividir o curso em suas principais áreas de abordagem:
● Conceituação de Liderança Inteligente - o saber lidar com as pessoas de modo a obter o comando sem criar áreas de atrito; conquistando a confiança e exercendo a liderança de modo emocional;
● Técnicas de Persuasão – Nesta área estudamos as estratégias de convencimento e de como direcionar as pessoas para sigam nossas orientações da forma mais cooperativa possível acreditando, muitas vezes, que foi por vontade própria. A persuasão pode ser um bom escudo pois conhecendo os métodos, podemos nos defender deles.
● Neurolinguística – Para facilitar a comunicação devemos identificar os tipos psicológicos e saber como usar a linguagem global para acessar melhor o outro. Qual o canal sensorial preferencial do sujeito que está a sua frente? Como ele gostaria de ser tratado a nível de linguagem processual? Desta forma, podemos ter uma melhor abordagem e diminuir os riscos de ruídos possíveis no dialógo. Saber o que o outro entende e absorve melhor para usar isso em prol de uma comunicação impecável.
● Leitura Fria - Abordagem atual que visa a compreensão humana sobre a comunicação não verbal ou corporal: gestos, postura, olhar, modo de sentar, etc. Ler o outro e ter a noção de como está o seu interno para melhorar a sua abordagem no momento oportuno. O corpo expressa nossa emoção, nosso pensamento primário e o contrário também é verdade. Se alterarmos o corpo e sua postura podemos alterar a emoção reinante.
● Reconhecimento das expressões faciais e suas respectivas emoções - Você poderá aprender a reconhecer micro expressões facial em menos de um segundo. E responder as seguintes perguntas: Quantas são as emoções humanas? Como reconhecer no outro o que ele sente por nós? Qual o melhor momento para desistir de uma conversa e tentar de novo outro dia? Tenho certeza que você, após fazer o curso, estará muito bem preparado para responder todas essas perguntas com facilidade, pois estará usando, no seu dia a dia, todo esse conhecimento.
● Autohipnose – Como aproveitar o máximo do seu potencial humano com técnicas relativamente simples. Sua vida pode mudar literalmente se você se dedicar a uma prática diária de autohipnose. Fazendo da maneira correta não há contra indicação. Esse curso ensina isso de uma forma direta e sem mistérios.
● Neuroplasticidade – Como nosso cérebro pode se recuperar ou evitar danos? Essa capacidade pode ser boa ou ruim, depende de como nós focamos nossas realidades. Como aproveitar melhor essa capacidade natural para viver sempre ampliando nossa inteligência e saúde? Manter o cérebro saudável não é tão difícil e pode-se aprender.
● Interpretação dos próprios sonhos - Para se conhecer melhor é necessário saber como o inconsciente está lidando com a evolução das emoções e dissonâncias diárias. Os sonhos são capazes de nos informar sobre como estamos reagindo por dentro e antecipar sintomas que podem surgir. Não existe um único dicionário de sonhos, isso não é possível pois as experiências são individuais e cada um tem sua própria interpretação de mundo. Os sonhos funcionam como um amigo leal, que quer nos ajudar, mas não fala a nossa língua e escreve muito mal. O pior é que, nem sempre o que é bom para ele, é o ideal para nós. No curso aprendemos a lidar com os símbolos oníricos e interpretar nossos sonhos todos os dias para nos ajudar nas tomadas de decisões.
Nas cidade de Campos, Rio de Janeiro e, em Dezembro, na Ilha de Fernando de Noronha, você poderá ter acesso a essas informações de maneira didática. Em nosso Curso Liderança Inteligente.
O Curso também existe no formato empresarial. Solicite uma proposta para sua empresa ou seu grupo familiar pelo email: isec@isec.psc.br
Visite o site do ISEC em: http://www.isec.psc.br e se inscreva em nossa próxima turma na sua cidade. O certificado, de papel, não é nada diante do certificado impresso, na sua mente, durante o curso.
Se assim você o desejar.
LIVRO SOBRE SONHOS DE JOÃO OLIVEIRA E BEATRIZ ACAMPORA, CLIQUE AQUI!
Além, é claro, do seu próprio.
Para explicar melhor podemos dividir o curso em suas principais áreas de abordagem:
● Conceituação de Liderança Inteligente - o saber lidar com as pessoas de modo a obter o comando sem criar áreas de atrito; conquistando a confiança e exercendo a liderança de modo emocional;
● Técnicas de Persuasão – Nesta área estudamos as estratégias de convencimento e de como direcionar as pessoas para sigam nossas orientações da forma mais cooperativa possível acreditando, muitas vezes, que foi por vontade própria. A persuasão pode ser um bom escudo pois conhecendo os métodos, podemos nos defender deles.
● Neurolinguística – Para facilitar a comunicação devemos identificar os tipos psicológicos e saber como usar a linguagem global para acessar melhor o outro. Qual o canal sensorial preferencial do sujeito que está a sua frente? Como ele gostaria de ser tratado a nível de linguagem processual? Desta forma, podemos ter uma melhor abordagem e diminuir os riscos de ruídos possíveis no dialógo. Saber o que o outro entende e absorve melhor para usar isso em prol de uma comunicação impecável.
● Leitura Fria - Abordagem atual que visa a compreensão humana sobre a comunicação não verbal ou corporal: gestos, postura, olhar, modo de sentar, etc. Ler o outro e ter a noção de como está o seu interno para melhorar a sua abordagem no momento oportuno. O corpo expressa nossa emoção, nosso pensamento primário e o contrário também é verdade. Se alterarmos o corpo e sua postura podemos alterar a emoção reinante.
● Reconhecimento das expressões faciais e suas respectivas emoções - Você poderá aprender a reconhecer micro expressões facial em menos de um segundo. E responder as seguintes perguntas: Quantas são as emoções humanas? Como reconhecer no outro o que ele sente por nós? Qual o melhor momento para desistir de uma conversa e tentar de novo outro dia? Tenho certeza que você, após fazer o curso, estará muito bem preparado para responder todas essas perguntas com facilidade, pois estará usando, no seu dia a dia, todo esse conhecimento.
● Autohipnose – Como aproveitar o máximo do seu potencial humano com técnicas relativamente simples. Sua vida pode mudar literalmente se você se dedicar a uma prática diária de autohipnose. Fazendo da maneira correta não há contra indicação. Esse curso ensina isso de uma forma direta e sem mistérios.
● Neuroplasticidade – Como nosso cérebro pode se recuperar ou evitar danos? Essa capacidade pode ser boa ou ruim, depende de como nós focamos nossas realidades. Como aproveitar melhor essa capacidade natural para viver sempre ampliando nossa inteligência e saúde? Manter o cérebro saudável não é tão difícil e pode-se aprender.
● Interpretação dos próprios sonhos - Para se conhecer melhor é necessário saber como o inconsciente está lidando com a evolução das emoções e dissonâncias diárias. Os sonhos são capazes de nos informar sobre como estamos reagindo por dentro e antecipar sintomas que podem surgir. Não existe um único dicionário de sonhos, isso não é possível pois as experiências são individuais e cada um tem sua própria interpretação de mundo. Os sonhos funcionam como um amigo leal, que quer nos ajudar, mas não fala a nossa língua e escreve muito mal. O pior é que, nem sempre o que é bom para ele, é o ideal para nós. No curso aprendemos a lidar com os símbolos oníricos e interpretar nossos sonhos todos os dias para nos ajudar nas tomadas de decisões.
Nas cidade de Campos, Rio de Janeiro e, em Dezembro, na Ilha de Fernando de Noronha, você poderá ter acesso a essas informações de maneira didática. Em nosso Curso Liderança Inteligente.
O Curso também existe no formato empresarial. Solicite uma proposta para sua empresa ou seu grupo familiar pelo email: isec@isec.psc.br
Visite o site do ISEC em: http://www.isec.psc.br e se inscreva em nossa próxima turma na sua cidade. O certificado, de papel, não é nada diante do certificado impresso, na sua mente, durante o curso.
Se assim você o desejar.
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domingo, 22 de agosto de 2010
Mágoa!
Uma vez encontrei um desafeto.
E gritei: - Não chegue mais perto!
Ele respondeu, todo modesto: - Não lembro de você nesta vida.
Ora, a bronca era só minha! O cara nem me reconhecia!
Quem sabe essa mágoa que sente,
que te faz chorar num repente.
Só existe para você! Na sua mente!
Neste mundo, cheio, de gente, que não nos entende!
E gritei: - Não chegue mais perto!
Ele respondeu, todo modesto: - Não lembro de você nesta vida.
Ora, a bronca era só minha! O cara nem me reconhecia!
Quem sabe essa mágoa que sente,
que te faz chorar num repente.
Só existe para você! Na sua mente!
Neste mundo, cheio, de gente, que não nos entende!
sábado, 21 de agosto de 2010
Aula de Hipnose Clínica no ISEC
Estamos em aula até as 17hs, este módulo é sobre a utilização da
Hipnose como ferramenta auxiliar aos pacientes oncológicos.
Hipnose como ferramenta auxiliar aos pacientes oncológicos.
quinta-feira, 19 de agosto de 2010
Liderança Inteligente em Fernando de Noronha
De 20 a 23 de dezembro o Curso de Liderança Inteligente estará em Fernando de Noronha.
De segunda a quinta de 18 às 22 horas.
Um bom motivo para você viajar, conhecer a ilha e ainda fazer uma forte alteração na sua estrutura cognitiva.
Entre no site do ISEC e faça a sua pré matrícula: http://www.isec.psc.br
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Matando as saudades da Ilha e dos amigos de lá
Acabei do conversar com o Anderson Mabuia, grande amigo em Fernando de Noronha e, estamos preparando para Dezembro o Curso de Liderança Inteligente na Ilha.
Que ótimo! Além de estar na Ilha ainda vou estar fazendo o que mais gosto!
Show !
Hoje não durmo!
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SONHOS 01
Nossos sonhos são como um amigo leal que fala sobre você, para o seu bem, mas não sabe bem o nosso idioma e escreve muito mal. E, o que pode ser ainda pior: nem sempre o que é bom para ele é o melhor para nós!
Para identificar, nos sonhos, as informações necessárias no intuito de praticarmos mudanças nas nossas vidas é necessário ter a capacidade de decodificação dos elementos oníricos. Isso não é tão difícil, mas é preciso muita atenção e não se fazer julgamentos precipitados para acabar tendo uma leitura equivocada.
Um exemplo claro disso é quanto temos sonhos de conjunção carnal. Às vezes podemos ficar perturbados, pois as pessoas envolvidas não poderiam, pela ordem moral, estar praticando tal ato e extraindo prazer dele. Isso pode criar, inclusive, angústia e sofrimento ao sonhador. No entanto o sonho não se preocupa com o corpo físico e, do seu jeito, ele simboliza uma união de personalidades, um apego psicológico. Faz isso da maneira mais forte que tem em sua simbologia: sexo! Ou seja, sonhou que está fazendo sexo com alguém significa desejo de proximidade maior a nível psicológico, união de personalidades.
É possível ainda, segundo Jung, o psicodiagnóstico precoce de várias alterações psicológicas. O sonho alerta mesmo antes de surgirem no mundo vígil. Um exemplo é o sonho que você está chegando atrasado para uma prova ou não consegue chegar a tempo para embarcar em um trem, avião. Este sonho relata o nível de ansiedade que se avizinha. Algo em seu comportamento diário está causando forte pressão e precisa ser revisto antes que o dano seja mais evidente.
Sonho ruim é bom e sonho bom é ruim. As pessoas que estão próximas a morte sonham com coisas espetaculares. Mesmo não estando cientes que vão morrer em poucos dias, seus sonhos, relatados, dão conta de compromissos a longo prazo. Elas falam que sonham com casamentos, viagens longas, que estão entrando numa faculdade, que adotam uma criança. Óbvio que nem todo mundo que sonha com isso está destinado a morrer em breve, mas isso demonstra o caráter compensatório dos sonhos. Eles vêm para apaziguar a mente, um conforto já que nada mais pode ser feito.
O não lembrar dos sonhos é um elemento complicador, coisas da modernidade, de uma carga emocional tão grande que o mundo onírico, em suas elaborações, não dá conta de resolver. Claro que existe solução, mas isso é outra longa história.
Bons sonhos!
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quarta-feira, 18 de agosto de 2010
Amor
Quer me matar?
Suma!
Morro sem ar!
Suma!
Morro sem ar!
Festa
A festa é a vida!
Não vivemos plenamente, só percebemos sombras e sobras.
Quando chegamos à mesa, alguém tira o prato de prata e coloca o de plástico.
Não vivemos plenamente, só percebemos sombras e sobras.
Quando chegamos à mesa, alguém tira o prato de prata e coloca o de plástico.
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Certa Idade
E quando ouvi o barulho da chuva pensei,
A idade do frio finalmente chegou!
Terei construido abrigos seguros?
No escuro palavras iluminam?
O passado agora caminha na minha frente,
o que não fiz está diante de mim: cobrando juros!
A idade do frio finalmente chegou!
Terei construido abrigos seguros?
No escuro palavras iluminam?
O passado agora caminha na minha frente,
o que não fiz está diante de mim: cobrando juros!
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Efeito borboleta é detectado no cérebro
Cérebro não-confiável
Da próxima vez que sua memória lhe pregar uma peça, você já tem uma desculpa: de acordo com uma pesquisa feita por cientistas britânicos, e publicada no último exemplar da revista Nature, o cérebro é intrinsecamente não-confiável.
Isto pode não ser muito surpreendente para a maioria de nós, sempre às voltas com esquecimentos e erros de raciocínio, mas o fato tem confundido os neurocientistas há décadas.
O problema parece começar no fato de que os cientistas comparam o cérebro com um computador.
E, assim sendo, o cérebro seria também o dispositivo de computação mais poderoso que se conhece, como poderia ele funcionar tão bem se o comportamento dos seus circuitos é variável?
Efeito borboleta no cérebro
Uma hipótese levantada há muito tempo é que os circuitos do cérebro são de fato confiáveis, e a variabilidade aparentemente alta se deve a que o cérebro está envolvido em muitas tarefas simultaneamente, uma afetando as outras.
É esta hipótese que os cientistas da Universidade College London agora testaram diretamente.
A equipe se inspirou no chamado efeito borboleta - que estabelece que o bater das asas de uma borboleta no Brasil pode gerar um tornado no Texas, devido a uma longa cadeia de causalidades que se espalha sem controle a partir de um evento inicial.
Efeito multiplicador
O experimento consistiu em introduzir uma pequena perturbação no cérebro, o equivalente neural do bater de asas de uma borboleta, e acompanhar o que aconteceria com a atividade nos demais circuitos cerebrais.
Os resultados mostraram que o pequeno evento inicial gera um gigantesco efeito multiplicador.
A perturbação inicial consistiu de um único impulso nervoso - um disparo de neurônio - induzido no cérebro de um rato.
Esse único disparo extra causou cerca de trinta novas sinapses nos neurônios próximos, a maioria dos quais geraram outros trinta disparos extras, e assim por diante.
Isso pode não parecer muito, dado que o cérebro produz milhões de sinapses a cada segundo, mas os pesquisadores estimaram que o impulso extra induzido artificialmente afetou uma quantidade de neurônios no cérebro que também atinge a casa dos milhões.
Ruído no cérebro
"Este resultado indica que a variabilidade que vemos no cérebro pode ser na realidade devido ao ruído, e representa uma característica fundamental da função cerebral normal," afirma o Dr. Mickey Londres, coautor do artigo.
Esta rápida amplificação de disparos neuronais significa que o cérebro gera muito mais ruído do que os computadores.
No entanto, o cérebro pode realizar tarefas muito complexas com enorme velocidade e precisão - com muito mais rapidez e precisão do que o computador mais poderoso já construído, e provavelmente a ser construído em um futuro imaginável.
Os pesquisadores sugerem que, para que o cérebro funcione tão bem frente a níveis tão elevados de ruído, ele deve estar usando uma estratégia chamada de código de frequência (rate code).
Em um código de frequência, os neurônios consideram a atividade de um conjunto de muitos neurônios, ignorando a variabilidade individual, ou ruído, produzido por cada um deles.
Fiação cerebral
Se a hipótese estiver correta - e o cérebro produzir mesmo muito ruído - restaria saber o porquê.
Os pesquisadores sugerem que uma possibilidade é que este seja o preço que o cérebro paga pela alta conectividade entre os neurônios - cada neurônio conecta-se a cerca de 10 mil outros, resultando em mais de 8.000 mil quilômetros de "fiação" no cérebro humano.
Os cientistas consideram que a alta conectividade é pelo menos em parte responsável pela capacidade computacional do cérebro.
No entanto, como mostra a pesquisa, quanto maior a conectividade, mais ruidoso será o cérebro. Portanto, embora o ruído não seja um recurso útil, ele seria, pelo menos, um subproduto de um recurso útil.
Fonte: Diário da Saúde
Da próxima vez que sua memória lhe pregar uma peça, você já tem uma desculpa: de acordo com uma pesquisa feita por cientistas britânicos, e publicada no último exemplar da revista Nature, o cérebro é intrinsecamente não-confiável.
Isto pode não ser muito surpreendente para a maioria de nós, sempre às voltas com esquecimentos e erros de raciocínio, mas o fato tem confundido os neurocientistas há décadas.
O problema parece começar no fato de que os cientistas comparam o cérebro com um computador.
E, assim sendo, o cérebro seria também o dispositivo de computação mais poderoso que se conhece, como poderia ele funcionar tão bem se o comportamento dos seus circuitos é variável?
Efeito borboleta no cérebro
Uma hipótese levantada há muito tempo é que os circuitos do cérebro são de fato confiáveis, e a variabilidade aparentemente alta se deve a que o cérebro está envolvido em muitas tarefas simultaneamente, uma afetando as outras.
É esta hipótese que os cientistas da Universidade College London agora testaram diretamente.
A equipe se inspirou no chamado efeito borboleta - que estabelece que o bater das asas de uma borboleta no Brasil pode gerar um tornado no Texas, devido a uma longa cadeia de causalidades que se espalha sem controle a partir de um evento inicial.
Efeito multiplicador
O experimento consistiu em introduzir uma pequena perturbação no cérebro, o equivalente neural do bater de asas de uma borboleta, e acompanhar o que aconteceria com a atividade nos demais circuitos cerebrais.
Os resultados mostraram que o pequeno evento inicial gera um gigantesco efeito multiplicador.
A perturbação inicial consistiu de um único impulso nervoso - um disparo de neurônio - induzido no cérebro de um rato.
Esse único disparo extra causou cerca de trinta novas sinapses nos neurônios próximos, a maioria dos quais geraram outros trinta disparos extras, e assim por diante.
Isso pode não parecer muito, dado que o cérebro produz milhões de sinapses a cada segundo, mas os pesquisadores estimaram que o impulso extra induzido artificialmente afetou uma quantidade de neurônios no cérebro que também atinge a casa dos milhões.
Ruído no cérebro
"Este resultado indica que a variabilidade que vemos no cérebro pode ser na realidade devido ao ruído, e representa uma característica fundamental da função cerebral normal," afirma o Dr. Mickey Londres, coautor do artigo.
Esta rápida amplificação de disparos neuronais significa que o cérebro gera muito mais ruído do que os computadores.
No entanto, o cérebro pode realizar tarefas muito complexas com enorme velocidade e precisão - com muito mais rapidez e precisão do que o computador mais poderoso já construído, e provavelmente a ser construído em um futuro imaginável.
Os pesquisadores sugerem que, para que o cérebro funcione tão bem frente a níveis tão elevados de ruído, ele deve estar usando uma estratégia chamada de código de frequência (rate code).
Em um código de frequência, os neurônios consideram a atividade de um conjunto de muitos neurônios, ignorando a variabilidade individual, ou ruído, produzido por cada um deles.
Fiação cerebral
Se a hipótese estiver correta - e o cérebro produzir mesmo muito ruído - restaria saber o porquê.
Os pesquisadores sugerem que uma possibilidade é que este seja o preço que o cérebro paga pela alta conectividade entre os neurônios - cada neurônio conecta-se a cerca de 10 mil outros, resultando em mais de 8.000 mil quilômetros de "fiação" no cérebro humano.
Os cientistas consideram que a alta conectividade é pelo menos em parte responsável pela capacidade computacional do cérebro.
No entanto, como mostra a pesquisa, quanto maior a conectividade, mais ruidoso será o cérebro. Portanto, embora o ruído não seja um recurso útil, ele seria, pelo menos, um subproduto de um recurso útil.
Fonte: Diário da Saúde
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sábado, 14 de agosto de 2010
Induções de Auto Hipnose pela Internet
É verdade que o tema Hipnose e Induções nem sempre é algo fácil e simpático de abordar, tanto para o público leigo, como para a comunidade científica e de profissionais especializados na saúde e comportamento humano. O assunto foi frequentemente envolvido, desde tempos ancestrais, numa aura associada geralmente ao misticismo, a poderes sobrenaturais questionáveis, ao eventual uso indevido e inconseqüente de forças desconhecidas da mente humana e, não raro, na pior das hipóteses, ao simples sensacionalismo, quando não ao charlatanismo.
A partir de 1998 a hipnose saiu do campo da especulação para o campo científico através de uma experiência coordenada pelo psicólogo e neurologista da Universidade de Harvard, Stephen Kosslyn, que contou com auxílio de psiquiatras, radiologistas e neurologistas da Universidade de Stanford nos EUA. Com o auxílio de um equipamento de última geração na área da tomografia computadorizada (PET - tomografia por emissão de pósitrons) foi possível visualizar com precisão quais regiões cerebrais estavam sendo ativadas no momento em que um grupo experimental encontrava-se em estado hipnótico, sugestionando os mesmos para verem em cores uma tela de computador que era preto e branco e vice-versa. Esta experiência foi um marco definitivo para a validação da hipnose como método científico pela Organização Mundial da Saúde em 1998.
A hipnose passa a ser uma técnica reconhecida pela ciência moderna no tratamento de doenças físicas e psicológicas, ganhando cada vez mais reconhecimento entre os profissionais da Medicina e da Psicologia. No Brasil no dia 20 de agosto de 1999 o Conselho Federal de Medicina emitiu um parecer (nº 42/99) reconhecendo a hipnose como "uma valiosa prática médica", que pode ser utilizada em diagnóstico e tratamento. Em 20 de dezembro de 2000 foi a vez do Conselho Federal de Psicologia reconhecer a hipnose como um recurso terapêutico (resolução 013/00).
A palavra Hipnose, deriva do grego (hypnos - sono). Essa definição vem do médico inglês, Dr. James Braid de Manchester e remonta ao século XIX. Partiu dele a idéia de sono, dado as características que a pessoa apresenta em estado hipnótico, que é semelhante ao estado de sono, como se ela estivesse dormindo. A hipnose é um estágio anterior ao sono. O transe, estado alterado de consciencia, parece sono do ponto de vista físico (atividade diminuída, relaxamento muscular, respiração suave, etc.), mas, do ponto de vista mental, a pessoa está relaxada de forma alerta e consciente (como também comprova o PET).
A hipnose faz parte do nosso dia-a-dia. Segundo Milton Erickson, entramos em transe espontaneamente, por algumas vezes, num mesmo dia. Exemplo, dirigir, andar quilômetros e só depois verificar que havia andado muito sem se dar conta, rezar, meditação, concentração no computador, numa palestra, numa conversa...
A hipnose é então um estado de concentração com um foco específico, que facilita a comunicação interna do sujeito, aumentando as probabilidades da mudança efetiva de hábitos e comportamentos.
Dentro da Psicologia e da Medicina, suas aplicações são incontáveis, mas é importante ressaltar que a hipnose não substitui a psicoterapia nem a medicação, e sim é uma ferramenta valiosa que ajuda a otimizar e encurtar o processo psicoterápico.
Hipnose é um assunto que deve ser tratado com o maior respeito e prudência do ponto de vista ético, científico, técnico, profissional e não incentivamos o seu uso e aplicação por leigos e pessoas não apropriadamente qualificadas para lidarem com esta poderosa ferramenta de terapia. Para o psicólogo aplicar a técnica da hipnose, segundo a própria resolução do Conselho de Psicologia, requer capacitação para a utilização deste recurso, através de cursos e especializados.
A partir de 1998 a hipnose saiu do campo da especulação para o campo científico através de uma experiência coordenada pelo psicólogo e neurologista da Universidade de Harvard, Stephen Kosslyn, que contou com auxílio de psiquiatras, radiologistas e neurologistas da Universidade de Stanford nos EUA. Com o auxílio de um equipamento de última geração na área da tomografia computadorizada (PET - tomografia por emissão de pósitrons) foi possível visualizar com precisão quais regiões cerebrais estavam sendo ativadas no momento em que um grupo experimental encontrava-se em estado hipnótico, sugestionando os mesmos para verem em cores uma tela de computador que era preto e branco e vice-versa. Esta experiência foi um marco definitivo para a validação da hipnose como método científico pela Organização Mundial da Saúde em 1998.
A hipnose passa a ser uma técnica reconhecida pela ciência moderna no tratamento de doenças físicas e psicológicas, ganhando cada vez mais reconhecimento entre os profissionais da Medicina e da Psicologia. No Brasil no dia 20 de agosto de 1999 o Conselho Federal de Medicina emitiu um parecer (nº 42/99) reconhecendo a hipnose como "uma valiosa prática médica", que pode ser utilizada em diagnóstico e tratamento. Em 20 de dezembro de 2000 foi a vez do Conselho Federal de Psicologia reconhecer a hipnose como um recurso terapêutico (resolução 013/00).
A palavra Hipnose, deriva do grego (hypnos - sono). Essa definição vem do médico inglês, Dr. James Braid de Manchester e remonta ao século XIX. Partiu dele a idéia de sono, dado as características que a pessoa apresenta em estado hipnótico, que é semelhante ao estado de sono, como se ela estivesse dormindo. A hipnose é um estágio anterior ao sono. O transe, estado alterado de consciencia, parece sono do ponto de vista físico (atividade diminuída, relaxamento muscular, respiração suave, etc.), mas, do ponto de vista mental, a pessoa está relaxada de forma alerta e consciente (como também comprova o PET).
A hipnose faz parte do nosso dia-a-dia. Segundo Milton Erickson, entramos em transe espontaneamente, por algumas vezes, num mesmo dia. Exemplo, dirigir, andar quilômetros e só depois verificar que havia andado muito sem se dar conta, rezar, meditação, concentração no computador, numa palestra, numa conversa...
A hipnose é então um estado de concentração com um foco específico, que facilita a comunicação interna do sujeito, aumentando as probabilidades da mudança efetiva de hábitos e comportamentos.
Dentro da Psicologia e da Medicina, suas aplicações são incontáveis, mas é importante ressaltar que a hipnose não substitui a psicoterapia nem a medicação, e sim é uma ferramenta valiosa que ajuda a otimizar e encurtar o processo psicoterápico.
Hipnose é um assunto que deve ser tratado com o maior respeito e prudência do ponto de vista ético, científico, técnico, profissional e não incentivamos o seu uso e aplicação por leigos e pessoas não apropriadamente qualificadas para lidarem com esta poderosa ferramenta de terapia. Para o psicólogo aplicar a técnica da hipnose, segundo a própria resolução do Conselho de Psicologia, requer capacitação para a utilização deste recurso, através de cursos e especializados.
As induções que disponibilizamos, são de auto hipnose, e construídas e gravadas pelos psicólogos hipnólogos clínicos João Oliveira e Beatriz Acampora. Nós dois temos larga experiência em consultório com atendimetnos diários no ISEC (Instituto de Psicologia Ser e Crescer) e em salas de aula, pois são professores universitários e ministram cursos de extensão, palestras e seminários sobre Hipnose Clínica.
Os aúdios tem, em média, de 20 a 40 min. e devem ser ouvidos pelo menos uma vez por dia, num momento reservado exclusivamente para isso. Toda indução é na verdade auto-hipnose e portanto, não deve ser feita enquanto você pratica qualquer atividade que vá requerer sua atenção. Em hipotése alguma as induções devem ser ouvidas enquanto você dirige, caminha ou faz qualquer atividade que envolva movimento atenção pois estará pondo em risco sua segurança e de outros. O foco total nas induções, durante a audição, é fundamental para seu pleno funcionamento.
INDUÇÕES PRONTAS:
São gravações onde o psicólogo estará direcionando uma indução específica.
Você poderá optar pela voz masculina ou feminina e se deseja receber a gravação diretamente em seu computador pela internet.
Temas frequentes:
- Emagrecimento
- Melhorar auto-estima
- Ampliar Memória
- Saúde e rejuvenescimento
- Mais energia e vigor sexual
- Diminuir o medo de falar em público
- Relaxamento anti-estresse
- Transtornos alimentares
- Medos e fobias
- Enurese e/ou encoprese
Os aúdios tem, em média, de 20 a 40 min. e devem ser ouvidos pelo menos uma vez por dia, num momento reservado exclusivamente para isso. Toda indução é na verdade auto-hipnose e portanto, não deve ser feita enquanto você pratica qualquer atividade que vá requerer sua atenção. Em hipotése alguma as induções devem ser ouvidas enquanto você dirige, caminha ou faz qualquer atividade que envolva movimento atenção pois estará pondo em risco sua segurança e de outros. O foco total nas induções, durante a audição, é fundamental para seu pleno funcionamento.
INDUÇÕES PRONTAS:
São gravações onde o psicólogo estará direcionando uma indução específica.
Você poderá optar pela voz masculina ou feminina e se deseja receber a gravação diretamente em seu computador pela internet.
Temas frequentes:
- Emagrecimento
- Melhorar auto-estima
- Ampliar Memória
- Saúde e rejuvenescimento
- Mais energia e vigor sexual
- Diminuir o medo de falar em público
- Relaxamento anti-estresse
- Transtornos alimentares
- Medos e fobias
- Enurese e/ou encoprese
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sexta-feira, 13 de agosto de 2010
SEJA UM LÍDER INTELIGENTE
Começa no sábado dia 28, mais uma turma de Liderança aos sábados de 08h às 18h00, serão três sábados dias :28/08, 25/09 e 23/10.
Já as turmas das segundas começa no dia 23 e vai pelos dias 30/08 e 06, 13, 20 e 27 de setembro. Sempre de 18h às 22 hs.
Conhecendo mais um pouco do curso que está mudando a vida de muita gente:
De todos os cursos que o ISEC, Instituto de Psicologia Ser e Crescer, oferece O Liderança Inteligente é único aberto a todos sem restrições quanto formação ou linha de atuação!
Este curso não está ligado diretamente a nenhuma área de conhecimento profissional. Os outros cursos do ISEC, são voltados para psicólogos, profissionais de saúde ou ligados a área da educação. O Liderança Inteligente não!
Ele pode ser feito por qualquer pessoa a partir dos 18 anos e, acredite, deveria ser uma prioridade para quem está começando na vida profissional.
Os mecanismos apresentados neste curso tornam qualquer pessoa, que tenha o aparelho cognitivo funcional, capaz de ser um elemento modificador de comportamentos. Além, claro, do seu próprio.
Para explicar melhor podemos dividir o curso em algumas das suas abordagens:
● Técnicas de Persuasão – Nesta área estudamos as estratégias de convencimento. Como atuar de modo a facilitar a comunicação em um nível que as pessoas sigam nossas orientações de boa vontade. Conhecendo os métodos podemos, também, nos defender. Muitas estruturas utilizam metodologias de convencimento e, quase sempre, somos levados a praticar algum tipo de comportamento por conta disso. Teríamos uma decisão diferente caso percebecemos a técnica sendo utilizada?
● Neurolinguística – Para facilitar essa comunicação devemos identificar os tipos psicológicos e saber como usar a linguagem global para acessar melhor o outro. Desta forma podemos ter uma melhor abordagem e diminuir os riscos de ruídos possíveis na comunicação. Saber como o outro entende e absorve o mundo e como usar isso da melhor forma possível. Casamentos são defeitos, sociedades acabam, irmãos não se entendem e, o pior, guerras podem ter começado apenas porque um interlocutor não foi capaz de identificar o canal sensorial preferencial do outro. Neste curso você conhecerá todos os recursos possíveis e se tornará capaz de evitar muitos atropelos na vida comum.
● Técnicas de Leitura Fria - Abordagem atual que visa a compreensão humana sobre a comunicação não verbal ou corporal: gestos, postura, olhar, modo de sentar, etc. A Linguagem Corporal e sua leitura facilita o acesso ao inconsciente emocional da pessoa. No entanto é também uma via de mão dupla. Você pode "ler" o outro, modificar a sua disposição para aceitação motivando uma nova postura e, ainda mais, propagar a sua própria emoção pelo controle dos seus gestos e postura. Não é incrível? Expomos nossas emoções pelo gestual mas se, os controlamos, podemos modifica-las também!
● Técnicas de reconhecimento das expressões faciais e suas respectivas emoções - reconhecimento de micro expressões em menos de um segundo – Essa é a grande novidade, o diferencial desse curso. Quantas são as emoções humanas? Como reconhecer no outro o que ele sente por nós? Qual o melhor momento para desistir de uma conversa e tentar de novo outro dia? Após fazer este curso, você estará preparado para responder todas essas perguntas com facilidade, pois estará usando, no seu dia a dia, todo esse conhecimento.
● Técnicas de Auto Hipnose – Como aproveitar o máximo do seu potencial humano com técnicas relativamente simples. Sua vida pode mudar literalmente caso você se dedique a uma prática diária de auto hipnose. Fazendo da forma correta não há contra indicação. Esse curso ensina a auto hipnose como um aditivo cerebral capaz de modelar comportamentos e equilibrar funções internas do organismo.
Hoje na cidade de Campos e na Capital do Estado, Rio de Janeiro, você pode ter acesso a essas informações de maneira didática. Em nosso Curso Liderança Inteligente.
O Curso também existe no formato empresarial. Solicite uma proposta para sua empresa ou seu grupo familiar pelo email: isec@isec.psc.br
Visite o site do ISEC em: http://www.isec.psc.br/ e se inscreva em nossa próxima turma na sua cidade.
O certificado, de papel, não é nada diante do certificado impresso, na sua mente, durante o curso.
Se assim você o desejar.
INFORMAÇÕES: (22) 2731-2272
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terça-feira, 10 de agosto de 2010
A Reconstrução do Cérebro
Vale a pena assitir esse documentário todo!
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É Hoje! O Experimento do Sonho Compartilhado
Não tem mais como participar do experimento dos sonhos compartilhados, os e-mails com os textos de cada um já foram enviados.
Aproveitando a onda do filme A ORIGEM, onde este assunto é tratado de forma cinematográfica e cheia de efeitos fantásticos, lançei aqui a proposta de experimento esperando podendo contar com nossos amigos que acompanham o BLOG para formar uma forte estrutura de sonho compartilhado. Lógico que este experimento não tem rigor científico, mas dependendo do resultado pode gerar, sim, um estudo dentro dos paramentros metodológicos mais sérios.
Aproveitando a onda do filme A ORIGEM, onde este assunto é tratado de forma cinematográfica e cheia de efeitos fantásticos, lançei aqui a proposta de experimento esperando podendo contar com nossos amigos que acompanham o BLOG para formar uma forte estrutura de sonho compartilhado. Lógico que este experimento não tem rigor científico, mas dependendo do resultado pode gerar, sim, um estudo dentro dos paramentros metodológicos mais sérios.
Segundo Jung, todos sonhamos o mesmo sonho mas, cada um com os seus símbolos particulares. Se for possível anotar todos os sonhos de toda uma população, na mesma noite, veremos uma única história que pode ser montada com trechos de diversos sonhos de pessoas que nem se conhecem.
Elementos que participam hoje a noite:
Na noite do dia 10/08 (terça feira) para amanhecer no dia 11/08 (quarta feira) alguns deverão acordar as 03h00 (nem todos terão da fazer isso, apenas os portadores dos símbolos) e ler um texto que eu já enviei por e mail. Logo depois devem voltar a dormir. Pela manha, os que lembrarem dos sonhos que tiveram deverão enviar esse relato para que eu possa fazer uma tabulação com os resultados.
São três papeis para os sonhadores:
Arquitetos, os que mantém a estrutura do sonhos - São estes os responsáveis por manter a estrutura do sonho funcional para que os atores e os simbolos possam ser manifestos. Para estes são enviados textos com pedaços do cenário que, se tudo correr bem, deverá ser ativado no ambiente onírico.
Atores ativos, os que vão ativar os símbolos - Em menor número estes são os responsáveis em ativar os símbolos arquétipos primários que podem (ou não) ser recuperados pela memória após o despertar. Se marcarem bastante o ambiente do sonhador compartilhado poderão ser recordados depois, caso a estrutura do cenário se perca ao despertar.
Observadores, os que irão assistir ao desenrolar do cenário montado no sonho - O papel mais tranquilo. Depois de ler o texto podem dormir e, ao despertar, anotar o que se recordar. Estes receberam uma parte bem menos elaborada do cenário pois esperamos que, no ambiente onírico, possa encontrar as peças que faltam para completar a história deste sonho compartilhado
Todos são importantes e o resultado completo será divulgado aqui mesmo neste espaço logo depois que receber os e mails de resposta dos participantes. Tenho certeza que, no mínimo, será uma noite bem diferente.
E, caso você seja uma dessas pessoas que não lembre normalmente dos sonhos, esta poderia ser uma grande oportunidade de ativar de novo a mecânica interna do recordar.
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domingo, 8 de agosto de 2010
Darwin psicólogo, o lado desconhecido do gênio
Autor da teoria da evolução também fez experiências com psicologia
Charles Darwin é famoso pela prolífica obra sobre biologia. Além de publicar sua teoria da evolução, escreveu livros sobre recifes de coral, minhocas e plantas carnívoras. Mas o eminente naturalista fez importantes contribuições além das ciências da vida: também foi um psicólogo experimental.
Darwin conduziu um dos primeiros estudos sobre como as pessoas reconhecem a emoção nos rostos, de acordo com pesquisa de Peter Snyder, neurocientista da Brown University. Snyder se baseou em documentos biográficos inéditos, agora divulgados na edição de maio do Journal of the History of the Neurosciences.
Lendo cartas de Darwin na University of Cambridge, na Inglaterra, Snyder observou várias referências a uma pequena experiência sobre emoções que o cientista realizara em sua casa. Com a ajuda de bibliotecários, Snyder descobriu notas com caligrafia ilegível das mãos idosas de Darwin e com a letra de sua esposa, Emma. Embora o fascínio de Darwin com a expressão emocional seja bem documentado, ninguém tinha reunido os detalhes de sua experiência caseira. Agora, surge uma narrativa completa.
“Darwin aplicou um método experimental que, na época, era muito raro na Inglaterra vitoriana", disse Snyder. "Ele avançou nas fronteiras de todos os tipos de ciências biológicas, mas suas contribuições para a psicologia são pouco conhecidas."
Em 1872, Darwin publicou o texto "A expressão das emoções no homem e nos animais”, no qual argumentava que todos os seres humanos e até mesmo outros animais expressavam emoções por meio de comportamentos notavelmente similares. Para Darwin, a emoção tinha uma história evolutiva que poderia ser rastreada através de culturas e espécies. Hoje, muitos psicólogos concordam que certas emoções são universais para todos os seres humanos, independentemente da cultura: raiva, medo, surpresa, nojo, alegria e tristeza.
Ao escrever o livro, Darwin correspondeu-se com vários pesquisadores, incluindo o médico francês Guillaume-Benjamin-Amand Duchenne, para quem os rostos humanos poderiam expressar pelo menos 60 emoções distintas, dependendo do grupo específico de músculos faciais. Em contraste, Darwin acreditava que as musculaturas faciais trabalhavam juntas para criar um conjunto de apenas algumas emoções.
Duchenne estudou a emoção através da aplicação de uma corrente elétrica nos rostos. Ao estimular a combinação correta de músculos faciais, Duchenne imitou expressões emocionais genuínas. Ele produziu mais de 60 fotos de suas cobaias humanas, demonstrando o que acreditava ser emoções distintas.
Mas Darwin discordou. "Comecei a olhar para o álbum dos fotogramas que Darwin tinha recebido de Duchenne", disse Snyder. "E Darwin escreveu essas notas críticas nele, dizendo: ‘Eu não acredito nisso. Isso não é verdade’".
Segundo Darwin, apenas alguns slides de Duchenne representariam emoções humanas universais. Para testar essa ideia, ele realizou um estudo duplo-cego em sua casa no condado de Kent, Inglaterra. Darwin escolheu 11 de slides de Duchenne, colocou-os em uma ordem aleatória e apresentou-os um de cada vez para mais de 20 dos seus convidados, sem quaisquer sugestões ou questões de liderança. Então pediu aos amigos que adivinhassem qual emoção cada slide representava. “Esse tipo de controle experimental seria considerado rudimentar atualmente, mas foi avançado no tempo de Darwin”, ressalta Snyder.
De acordo com as notas nos manuscritos e nas tabelas de dados estudados por Snyder, os convidados de Darwin concordaram quase unanimemente sobre a felicidade, tristeza, medo e surpresa, mas discordaram sobre outras emoções. Para Darwin, apenas os slides fotográficos de emoções básicas eram relevantes.
Darwin utilizou os resultados de seu experimento do século 19 para melhorar a própria compreensão da emoção e da expressão. Mas seus métodos pioneiros continuam a ser relevantes para psicólogos atuais.
"Hoje usamos quase a mesma técnica, e até mesmo os estímulos, para avaliar o reconhecimento emocional de uma variedade de doenças psiquiátricas, como o autismo e a esquizofrenia", disse Snyder. "Os métodos de abordagem de Darwin não estão presos no tempo.”
por Jabr Ferris no site da UOL clique e siga o link
Charles Darwin é famoso pela prolífica obra sobre biologia. Além de publicar sua teoria da evolução, escreveu livros sobre recifes de coral, minhocas e plantas carnívoras. Mas o eminente naturalista fez importantes contribuições além das ciências da vida: também foi um psicólogo experimental.
Darwin conduziu um dos primeiros estudos sobre como as pessoas reconhecem a emoção nos rostos, de acordo com pesquisa de Peter Snyder, neurocientista da Brown University. Snyder se baseou em documentos biográficos inéditos, agora divulgados na edição de maio do Journal of the History of the Neurosciences.
Lendo cartas de Darwin na University of Cambridge, na Inglaterra, Snyder observou várias referências a uma pequena experiência sobre emoções que o cientista realizara em sua casa. Com a ajuda de bibliotecários, Snyder descobriu notas com caligrafia ilegível das mãos idosas de Darwin e com a letra de sua esposa, Emma. Embora o fascínio de Darwin com a expressão emocional seja bem documentado, ninguém tinha reunido os detalhes de sua experiência caseira. Agora, surge uma narrativa completa.
“Darwin aplicou um método experimental que, na época, era muito raro na Inglaterra vitoriana", disse Snyder. "Ele avançou nas fronteiras de todos os tipos de ciências biológicas, mas suas contribuições para a psicologia são pouco conhecidas."
Em 1872, Darwin publicou o texto "A expressão das emoções no homem e nos animais”, no qual argumentava que todos os seres humanos e até mesmo outros animais expressavam emoções por meio de comportamentos notavelmente similares. Para Darwin, a emoção tinha uma história evolutiva que poderia ser rastreada através de culturas e espécies. Hoje, muitos psicólogos concordam que certas emoções são universais para todos os seres humanos, independentemente da cultura: raiva, medo, surpresa, nojo, alegria e tristeza.
Ao escrever o livro, Darwin correspondeu-se com vários pesquisadores, incluindo o médico francês Guillaume-Benjamin-Amand Duchenne, para quem os rostos humanos poderiam expressar pelo menos 60 emoções distintas, dependendo do grupo específico de músculos faciais. Em contraste, Darwin acreditava que as musculaturas faciais trabalhavam juntas para criar um conjunto de apenas algumas emoções.
Duchenne estudou a emoção através da aplicação de uma corrente elétrica nos rostos. Ao estimular a combinação correta de músculos faciais, Duchenne imitou expressões emocionais genuínas. Ele produziu mais de 60 fotos de suas cobaias humanas, demonstrando o que acreditava ser emoções distintas.
Mas Darwin discordou. "Comecei a olhar para o álbum dos fotogramas que Darwin tinha recebido de Duchenne", disse Snyder. "E Darwin escreveu essas notas críticas nele, dizendo: ‘Eu não acredito nisso. Isso não é verdade’".
Segundo Darwin, apenas alguns slides de Duchenne representariam emoções humanas universais. Para testar essa ideia, ele realizou um estudo duplo-cego em sua casa no condado de Kent, Inglaterra. Darwin escolheu 11 de slides de Duchenne, colocou-os em uma ordem aleatória e apresentou-os um de cada vez para mais de 20 dos seus convidados, sem quaisquer sugestões ou questões de liderança. Então pediu aos amigos que adivinhassem qual emoção cada slide representava. “Esse tipo de controle experimental seria considerado rudimentar atualmente, mas foi avançado no tempo de Darwin”, ressalta Snyder.
De acordo com as notas nos manuscritos e nas tabelas de dados estudados por Snyder, os convidados de Darwin concordaram quase unanimemente sobre a felicidade, tristeza, medo e surpresa, mas discordaram sobre outras emoções. Para Darwin, apenas os slides fotográficos de emoções básicas eram relevantes.
Darwin utilizou os resultados de seu experimento do século 19 para melhorar a própria compreensão da emoção e da expressão. Mas seus métodos pioneiros continuam a ser relevantes para psicólogos atuais.
"Hoje usamos quase a mesma técnica, e até mesmo os estímulos, para avaliar o reconhecimento emocional de uma variedade de doenças psiquiátricas, como o autismo e a esquizofrenia", disse Snyder. "Os métodos de abordagem de Darwin não estão presos no tempo.”
por Jabr Ferris no site da UOL clique e siga o link
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sexta-feira, 6 de agosto de 2010
Cientista conta como se recuperou sozinha de um derrame, num tratamento de oito anos que se tornou uma história de superação pessoal
SÃO PAULO - Na manhã do dia 10 de dezembro de 1996, a neurocientista Jill Bolte Taylor acordou com uma dor aguda atrás do olho esquerdo. O quadro foi evoluindo para uma progressiva disfunção motora e confusão mental que a deixaram apavorada. Mais de quatro horas depois, ela recebia o diagnóstico do qual já tinha certeza: sofria um derrame no hemisfério esquerdo do cérebro. Jill viu o lado direito de seu corpo paralisar e perdeu até mesmo a habilidade de falar. Mas o que parecia um trágico relato pessoal de derrota para uma doença que atinge milhões de pessoas no mundo inteiro todos os anos acabou virando uma história de superação pessoal incomum.
Oito anos depois de um paciente - e persistente - tratamento, Jill Taylor recobrou todas as funções perdidas no derrame e, com uma clareza impressionante sobre cada momento durante a hemorragia no lado esquerdo do cérebro, escreveu um livro - "A cientista que curou o seu próprio cérebro", Editora Ediouro - e passou a se dedicar a palestras mundo afora, nas quais conta sua experiência.
Anteontem, Jill Bolte Taylor foi uma das convidadas do V Fórum da Longevidade, realizado pela Bradesco Seguros em São Paulo, onde especialistas de vários países discorreram sobre envelhecimento, qualidade de vida e longevidade. Ali, ela fez questão de falar sobre os avanços das neurociências e mandou a quem passa por um derrame a sua mensagem, repetida como um mantra ao longo dos anos desde a sua recuperação: "Não percam as esperanças".
O GLOBO: A senhora acha que o fato de ser uma neuroanatomista lhe ajudou, de alguma forma, enquanto sofria o derrame?
JILL BOLTE TAYLOR: Ser uma neuroanatomista me deixou mais curiosa sobre o que estava acontecendo comigo. Em vez de me deixar dominar pelo medo, eu me deixei levar pela curiosidade. Então vi meu cérebro atravessar todo o processo e nunca me intimidei.
O GLOBO: Curioso que a senhora tenha se lembrado de detalhes durante o derrame em si.
JILL: O hemisfério direito (o da emotividade) está passando um vídeo da sua vida e você tem como acompanhá-lo. Ele acontece na sua mente. Na manhã do derrame, eu tinha o sentimento, eu tinha o vídeo, eu só não tinha a linguagem porque o coágulo atingiu o lado esquerdo do cérebro. E foi só no fim daquela manhã, depois de quatro horas no processo de derrame, que todo o meu hemisfério esquerdo, o da racionalidade, se foi. Até então eu usava basicamente o lado direito, entrando e saindo do lado esquerdo. Então eu ainda tinha a habilidade de pensar, que foi se reduzindo à medida em que a manhã chegava ao fim.
O GLOBO: A senhora falava?
JILL: Eu ouvia pessoas e me ouvia fazendo sons como um cão golden retriever. Mais tarde tive que trabalhar com um terapeuta Gestalt, gente que não se importa com o que você diz mas com o que o seu corpo está querendo dizer. Ele olhava para o meu corpo e buscávamos recuperar a minha história, colocar a linguagem de volta nesta história, de forma que eu pudesse me comunicar e contar sobre o vídeo que passava pela minha cabeça.
O GLOBO: A habilidade de se lembrar do que aconteceu não foi afetada, então?
JILL: A recuperação não foi imediata. Meu cérebro inchou muito, comprometendo os dois hemisférios, e se danificou. Depois da cirurgia, duas semanas e meio após o derrame, eles removeram um grande coágulo que estava pressionando o hemisfério esquerdo. Depois que o cérebro começou a desinchar, eu comecei a recuperar minhas habilidades de aprendizado e a me lembrar das coisas. No início, o trabalho é muito básico, com a ajuda de uma terapeuta que vai lhe mostrar um livro e associá-lo à palavra "livro". E você olha e repete: "livro", colocando significados em sons. Eu primeiro tive que reaprender os sons, depois as palavras e mais tarde, os significados.
O GLOBO: E isso foi todo o processo de recuperação nos oito anos?
JILL: Não, isso foi só no começo porque no início, o que eu queria reaver primeiro era a linguagem, ser capaz de falar, de ser capaz de me comunicar com o mundo. Eu não pude lidar com matemática por quatro anos. Foram cinco anos até que eu pudesse ser multitarefa, ou seja, que eu pudesse por água num copo e falar ao telefone ao mesmo tempo. Por anos teve que ser uma coisa de cada vez.
O GLOBO: Isto é o contrário de muitas teorias médicas que dizem que se uma pessoa após um derrame não consegue recuperar determinada habilidade em certo tempo, ela nunca vai recuperá-la.
JILL: Nos EUA, nosso médicos costumam dizer que, após um derrame, se não for possível recuperar determinada habilidade em seis meses, o paciente provavelmente não irá recuperá-la. E se não conseguir em um ano, nem vale a pena continuar tentando. Como assim? Então estou condenada a nunca mais falar porque alguns médicos disseram para parar de tentar? Nós documentamos todo o meu processo de recuperação em oito anos. E eu estou aqui.
O GLOBO: É possível ter uma derrame e não ter a ideia de que se está sofrendo um?
JILL: Sim. Eu não tive a ideia de que estava tendo um derrame até meu braço direito ficar paralisado. E o fato é que se a pessoa não tiver alguma dificuldade motora, ela pode não ter a idéia de que está sofrendo um derrame. Eu comecei a me sentir mal de manhã e só uma hora, uma hora e meia depois me dei conta de que era um derrame.
O GLOBO: A senhora critica muitos médicos dizendo que eles não estão preparados para lidar com pessoas vítimas de derrames.
JILL: Nos últimos dez anos, a ciência já demonstrou que o cérebro pode se recuperar. Existe a possibilidade de que se criem novas conexões. Nós precisamos de médicos que saibam disso e que ajam sabendo disso. Precisamos de médicos que se dirijam ao paciente com um nova abordagem: houve um trauma, mas vamos traçar um plano positivo de ação e nunca desistir. Primeiro, ninguém deve entrar em pânico. Pode levar até seis semanas para que o cérebro desinche e todos tenhamos mais informações sobre até onde vão os problemas. Muitos médicos e familiares ficam cobrando: aperte minha mão, aperte minha mão e no início isto não é possível porque há um cérebro afetado. Então todo mundo entra em pânico e isso não pode acontecer. O paciente precisa de alguém que tome conta dele. O papel da família é demonstrar amor e confiança no paciente. Os médicos devem apoiar a família e explicar que o paciente precisa de tempo até que o cérebro desinche e se recupere. Esta é uma mensagem completamente diferente do típico "não há esperanças".
O GLOBO: A medicina evoluiu muito do tempo em que a senhora teve o derrame até agora?
JILL: Sim. Nos EUA, temos agora os centros especializados em derrame que sabem como agir nos casos mais diversos. Então são lugares melhores para receber os pacientes, equipados apropriadamente e que podem agir para evitar ou reduzir sequelas com muito mais rapidez.
O GLOBO: E o que a senhora tem a dizer a quem passa pelas dificuldades advindas de um derrame?
JILL: Não percam as esperanças. No fim do meu livro, eu cito 40 procedimentos que eu mais precisava de médicos e da família durante a minha recuperação. Coisas simples como "não sou estúpida, estou ferida"; "seja repetitivo, não tenha pressa e controle a ansiedade", "seja tão paciente comigo na vigésima vez em que me ensinar alguma coisa quanto foi na primeira", "estimule meu cérebro quando eu tiver energia para aprender algo novo, mas saiba que uma pequena quantidade pode me esgotar rapidamente", "use ferramentas adequadas (pré-escolares) e livros para me ensinar", entre outras recomendações.
Assista os Vídeos onde ela mesma conta a sua experiência.
Oito anos depois de um paciente - e persistente - tratamento, Jill Taylor recobrou todas as funções perdidas no derrame e, com uma clareza impressionante sobre cada momento durante a hemorragia no lado esquerdo do cérebro, escreveu um livro - "A cientista que curou o seu próprio cérebro", Editora Ediouro - e passou a se dedicar a palestras mundo afora, nas quais conta sua experiência.
Anteontem, Jill Bolte Taylor foi uma das convidadas do V Fórum da Longevidade, realizado pela Bradesco Seguros em São Paulo, onde especialistas de vários países discorreram sobre envelhecimento, qualidade de vida e longevidade. Ali, ela fez questão de falar sobre os avanços das neurociências e mandou a quem passa por um derrame a sua mensagem, repetida como um mantra ao longo dos anos desde a sua recuperação: "Não percam as esperanças".
O GLOBO: A senhora acha que o fato de ser uma neuroanatomista lhe ajudou, de alguma forma, enquanto sofria o derrame?
JILL BOLTE TAYLOR: Ser uma neuroanatomista me deixou mais curiosa sobre o que estava acontecendo comigo. Em vez de me deixar dominar pelo medo, eu me deixei levar pela curiosidade. Então vi meu cérebro atravessar todo o processo e nunca me intimidei.
O GLOBO: Curioso que a senhora tenha se lembrado de detalhes durante o derrame em si.
JILL: O hemisfério direito (o da emotividade) está passando um vídeo da sua vida e você tem como acompanhá-lo. Ele acontece na sua mente. Na manhã do derrame, eu tinha o sentimento, eu tinha o vídeo, eu só não tinha a linguagem porque o coágulo atingiu o lado esquerdo do cérebro. E foi só no fim daquela manhã, depois de quatro horas no processo de derrame, que todo o meu hemisfério esquerdo, o da racionalidade, se foi. Até então eu usava basicamente o lado direito, entrando e saindo do lado esquerdo. Então eu ainda tinha a habilidade de pensar, que foi se reduzindo à medida em que a manhã chegava ao fim.
O GLOBO: A senhora falava?
JILL: Eu ouvia pessoas e me ouvia fazendo sons como um cão golden retriever. Mais tarde tive que trabalhar com um terapeuta Gestalt, gente que não se importa com o que você diz mas com o que o seu corpo está querendo dizer. Ele olhava para o meu corpo e buscávamos recuperar a minha história, colocar a linguagem de volta nesta história, de forma que eu pudesse me comunicar e contar sobre o vídeo que passava pela minha cabeça.
O GLOBO: A habilidade de se lembrar do que aconteceu não foi afetada, então?
JILL: A recuperação não foi imediata. Meu cérebro inchou muito, comprometendo os dois hemisférios, e se danificou. Depois da cirurgia, duas semanas e meio após o derrame, eles removeram um grande coágulo que estava pressionando o hemisfério esquerdo. Depois que o cérebro começou a desinchar, eu comecei a recuperar minhas habilidades de aprendizado e a me lembrar das coisas. No início, o trabalho é muito básico, com a ajuda de uma terapeuta que vai lhe mostrar um livro e associá-lo à palavra "livro". E você olha e repete: "livro", colocando significados em sons. Eu primeiro tive que reaprender os sons, depois as palavras e mais tarde, os significados.
O GLOBO: E isso foi todo o processo de recuperação nos oito anos?
JILL: Não, isso foi só no começo porque no início, o que eu queria reaver primeiro era a linguagem, ser capaz de falar, de ser capaz de me comunicar com o mundo. Eu não pude lidar com matemática por quatro anos. Foram cinco anos até que eu pudesse ser multitarefa, ou seja, que eu pudesse por água num copo e falar ao telefone ao mesmo tempo. Por anos teve que ser uma coisa de cada vez.
O GLOBO: Isto é o contrário de muitas teorias médicas que dizem que se uma pessoa após um derrame não consegue recuperar determinada habilidade em certo tempo, ela nunca vai recuperá-la.
JILL: Nos EUA, nosso médicos costumam dizer que, após um derrame, se não for possível recuperar determinada habilidade em seis meses, o paciente provavelmente não irá recuperá-la. E se não conseguir em um ano, nem vale a pena continuar tentando. Como assim? Então estou condenada a nunca mais falar porque alguns médicos disseram para parar de tentar? Nós documentamos todo o meu processo de recuperação em oito anos. E eu estou aqui.
O GLOBO: É possível ter uma derrame e não ter a ideia de que se está sofrendo um?
JILL: Sim. Eu não tive a ideia de que estava tendo um derrame até meu braço direito ficar paralisado. E o fato é que se a pessoa não tiver alguma dificuldade motora, ela pode não ter a idéia de que está sofrendo um derrame. Eu comecei a me sentir mal de manhã e só uma hora, uma hora e meia depois me dei conta de que era um derrame.
O GLOBO: A senhora critica muitos médicos dizendo que eles não estão preparados para lidar com pessoas vítimas de derrames.
JILL: Nos últimos dez anos, a ciência já demonstrou que o cérebro pode se recuperar. Existe a possibilidade de que se criem novas conexões. Nós precisamos de médicos que saibam disso e que ajam sabendo disso. Precisamos de médicos que se dirijam ao paciente com um nova abordagem: houve um trauma, mas vamos traçar um plano positivo de ação e nunca desistir. Primeiro, ninguém deve entrar em pânico. Pode levar até seis semanas para que o cérebro desinche e todos tenhamos mais informações sobre até onde vão os problemas. Muitos médicos e familiares ficam cobrando: aperte minha mão, aperte minha mão e no início isto não é possível porque há um cérebro afetado. Então todo mundo entra em pânico e isso não pode acontecer. O paciente precisa de alguém que tome conta dele. O papel da família é demonstrar amor e confiança no paciente. Os médicos devem apoiar a família e explicar que o paciente precisa de tempo até que o cérebro desinche e se recupere. Esta é uma mensagem completamente diferente do típico "não há esperanças".
O GLOBO: A medicina evoluiu muito do tempo em que a senhora teve o derrame até agora?
JILL: Sim. Nos EUA, temos agora os centros especializados em derrame que sabem como agir nos casos mais diversos. Então são lugares melhores para receber os pacientes, equipados apropriadamente e que podem agir para evitar ou reduzir sequelas com muito mais rapidez.
O GLOBO: E o que a senhora tem a dizer a quem passa pelas dificuldades advindas de um derrame?
JILL: Não percam as esperanças. No fim do meu livro, eu cito 40 procedimentos que eu mais precisava de médicos e da família durante a minha recuperação. Coisas simples como "não sou estúpida, estou ferida"; "seja repetitivo, não tenha pressa e controle a ansiedade", "seja tão paciente comigo na vigésima vez em que me ensinar alguma coisa quanto foi na primeira", "estimule meu cérebro quando eu tiver energia para aprender algo novo, mas saiba que uma pequena quantidade pode me esgotar rapidamente", "use ferramentas adequadas (pré-escolares) e livros para me ensinar", entre outras recomendações.
Assista os Vídeos onde ela mesma conta a sua experiência.
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