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domingo, 13 de junho de 2010

A serpente negra de listras amarelas

A cada morte que eu tomar ciência na Br 101 duas linhas serão acresentadas ao final do texto.

Estrada faminta e miserável!
Se alimenta de almas.
Quando será minha vez?
Não se iluda!
Temos chances: eu e você!

Impiedosa não vê sexo, tamanho,
compromissos inadiáveis e a pressa.
Ao viajar de tudo se despeça.

Ela é negra e fica vermelha.
Listrada, muito venenosa.
Oleosa engana a si mesma.
O pedágio, pago no crédito.
Pois, no meu azar, pode ser,
que ela nunca receba.

Nos dias que chove, gente morre.
No calor, presos nas ferragens, dor.
E o socorro rápido vem.
As vezes, para ninguém.
A Br mata a vista resolvendo na hora.
E a prazo, busca no leito, cobrando juros de mora.

Mesmo sem carro paga-se caro.
Levando a vida, do pedestre desavisado.

Antecipadamente a mãe chora.
Se o filho viaja para o rio, niterói ou vitória...
Estrada que leva a um outro universo
e a cada passagem, eu aumento dois versos.(03/06/2010 + +)

Na chuva os buracos na água nivelados
Não se sabe se são largos, fundos ou rasos.
(04/06/2010 +)

Pela estrada, de moto, fica família agora
Pela vida, que vai, é o filho quem cobra. (13/06/2010 +)

quinta-feira, 20 de maio de 2010

A Experiência de Quase Morte de Carl G. Jung


Trecho de "Memórias, Sonhos, Reflexões" de 1961, que terminou de escrever seis dias antes de morrer em 6 de junho.

“No início de 1944, fraturei um pé e logo depois tive um enfarte cardíaco [aos 69 anos]. Durante a inconsciência tive delírios e visões que começaram quando, em perigo de morte, administraram-me oxigênio e cânfora. As imagens eram tão violentas que eu próprio concluí que estava prestes a morrer.


Disse-me minha enfermeira mais tarde: “O senhor estava como que envolto por um halo luminoso”… Eu tinha atingido o limite extremo e não sei se era sonho ou êxtase. Seja o que for, aconteceram coisas muito estranhas.


Parecia-me estar muito alto no espaço cósmico. Muito ao longe, abaixo de mim, eu via o globo terrestre banhado por uma maravilhosa luz azul. Via também o mar de um azul intenso e os continentes… sob os meus pés estava o Ceilão e na minha frente estendia-se o subcontinente indiano.


Meu campo visual não abarcava toda a Terra, mas sua forma esférica era nitidamente perceptível e os contornos brilhavam como prata através da maravilhosa luz azul… Bem longe, à esquerda, uma larga extensão – o deserto vermelho-alaranjado da Arábia. Adiante o Mar Vermelho…


Evidentemente via os cumes nevados do Himalaia, cercados de brumas… Não olhava “à direita”. Sabia que estava prestes a deixar a Terra.


Mais tarde informei-me de que distância dever-se-ia estar da Terra para abarcar tal amplidão: cerca de l.500 km! O espetáculo da Terra visto dessa altura foi a experiência mais feérica e maravilhosa de minha vida”.


“Após um momento de contemplação eu me voltei… Parecia-me agora virar em direção ao sul. Algo novamente surgiu no meu campo visual. A uma pequena distância percebi no espaço enorme bloco de pedra, escuro como um meteorito… A pedra flutuava no espaço e eu também.
Vi pedras semelhantes nas costas do Golfo de Bengala. São blocos de granito marrom escuro, nos quais às vezes se escavavam templos. Minha pedra era como um desses escuros e gigantescos blocos”.


“Uma entrada dava acesso ao pequeno vestíbulo; à direita, sobre um banco de pedra estava sentado em posição de lótus, distendido e repousado, um hindu de pele bronzeada vestido de branco. Esperava-me sem dizer palavra. Dois degraus conduziam ao vestíbulo: no interior, à esquerda, abria-se o portal do templo.


Vários nichos cheios de óleo de coco, ardiam em mechas cercando a porta de uma coroa de pequenas chamas claras. Isso eu vira em Kandy na ilha do Ceilão, quando visitava o templo do Dente Sagrado; lâmpadas a óleo cercavam a entrada.


Quando me aproximei dos degraus…do rochedo, ocorreu-me algo estranho: tudo o que tinha sido até então se afastava de mim. Tudo o que acreditava, desejava ou pensava, toda a fantasmagoria da existência terrestre se desligava de mim ou me era arrancada – processo extremamente doloroso.


No entanto, alguma coisa subsistia, porque me parecia então ter ao meu lado tudo o que vivera ou fizera, tudo o que se tinha desenrolado a minha volta. Poderia da mesma maneira dizer: estava perto de mim, e eu estava lá; tudo isso, de certa forma, me compunha. Eu era feito de minha história e tinha a certeza de que era bem eu. “Eu sou o feixe daquilo que se cumpriu e daquilo que foi”.


Esta experiência me deu a impressão de uma extrema pobreza, mas ao mesmo tempo de uma extrema satisfação. Não tinha mais nada a querer nem a desejar; poder-se-ia dizer que eu era objetivo; era aquilo que tinha vivido.


No princípio, dominava o sentimento de aniquilamento, de ser despojado; depois, isso também desapareceu. Tudo parecia ter passado, e o que restava era um fato consumado sem nenhuma referência ao que tinha sido antes. Nenhum, pesar de que alguma coisa se perdesse ou fosse arrebatada. Ao contrário: eu tinha tudo o que era e tinha apenas isso.


Tive ainda uma outra preocupação: enquanto me aproximava do templo, estava certo de chegar a um lugar iluminado e de aí encontrar o grupo de seres humanos aos quais na realidade pertenço.


Então finalmente compreenderia – isso também era para mim uma certeza – em que relação histórica me alinhava, eu ou minha vida. Eu saberia o que houvera antes de mim, porque me tornara o que sou e para o que minha vida tenderia…


Minha vida parecia ter sido cortada por uma tesoura numa longa corrente e na qual muitas perguntas ficaram sem resposta. “Por que aconteceu isso? Por que trouxera comigo tais condições prévias? Que fizera eu dela? O que resultaria?”


Eu tinha certeza de que receberia uma resposta a todas essas perguntas, assim que penetrasse o templo de pedra. Aí compreenderia porque tudo fora assim e não de outra maneira. Eu me aproximaria de pessoas que saberiam responder à minha pergunta sobre o antes e o depois”.


“Enquanto pensava nessas coisas, um fato atraiu minha atenção: de baixo da Europa, ergueu-se uma imagem: era meu médico, ou melhor sua imagem, circundada por uma corrente de ouro ou por uma coroa de louros dourada. Pensei imediatamente: “Ora veja! É o médico que me assistiu! Mas agora aparece em sua forma primeira…a encarnação temporal da forma primeira, que existe desde sempre. Ei-lo agora em sua forma original”.


Sem dúvida eu também estava na minha forma primeira… Não cheguei a percebê-lo, somente imagino que deva ter sido assim. Quando ele chegou diante de mim, pairando como uma imagem nascida das profundezas, produziu-se entre nós uma silenciosa transmissão de pensamentos.
Realmente meu médico fora delegado pela Terra para trazer-me uma mensagem: protestavam contra a minha partida. Não tinha o direito de deixar a Terra e devia retornar. No momento em que percebi essa mensagem a visão desapareceu.


Decepcionei-me profundamente; tudo parecia ter sido em vão. O doloroso processo de “desfolhamento” tinha sido inútil: não me fora permitido entrar no templo, nem encontrar os homens entre os quais tinha o meu lugar.


Na realidade, passaram-se ainda três semanas antes que me decidisse a viver; não podia alimentar-me, tinha aversão pelos alimentos. O espetáculo da cidade e das montanhas que via do meu leito de enfermo parecia uma cortina pintada com furos negros ou uma folha de jornal rasgada com fotografia que nada me diziam.


Decepcionado, pensava: “Agora é preciso voltar ‘para
dentro das caixinhas!’”. Parecia, que atrás do horizonte cósmico, haviam construído artificialmente um mundo de três dimensões no qual cada ser humano ocupava uma caixinha. E de agora em diante deveria de novo convencer-me que viver nesse mundo tinha algum valor!


A vida e o mundo inteiro se me afiguravam uma prisão e era imensamente irritante pensar que encontraria tudo na mesma ordem. Apenas experimentara a alegria de estar despojado de tudo e eis que de novo me sentia – como todos os homens – preso por fios dentro de uma caixinha. Quando estava no espaço não tinha peso e nada podia me atrair. E agora tudo terminado!


Sentia resistência contra meu médico porque ele me conduzira à vida. Por outro lado, inquietava-me por ele: “Por Deus, ele está ameaçado! Não me apareceu sob a forma primeira? Quando alguém chega a essa forma é que está para morrer e desde então pertence à sociedade de “seus verdadeiros semelhantes”.


Tive repentinamente o terrível pensamento de que ele deveria morrer – no meu lugar! Procurei fazê-lo entender, mas não compreendeu… Era minha firme convicção de que ele estava em perigo porque eu o vira em sua forma original.


E, com efeito, fui seu último paciente. Em 4 de abril de 1944 – sei ainda exatamente a data – fui autorizado pela primeira vez a sentar-me à beira da cama e neste mesmo dia ele se deitou para não mais se levantar. Pouco depois morreu de septicemia [estado infeccioso]. Era um bom médico; tinha algo de gênio, senão não teria aparecido sob os traços do príncipe de Cos”. [Cos, foi onde nasceu Hipócrates e lugar famoso na Antigüidade, por causa do templo de Esculápio]. [.]
Obs. Iuri Gagarin disse a mesma coisa, só que em 12 de abril de 1961.

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Parábola da Raposa

" - A gente só conhece bem as coisas que cativou, disse a raposa.

- Os homens não têm mais tempo de conhecer coisa alguma. Compram tudo prontinho nas lojas, mas como não existem lojas de amigos, os homens não têm mais amigos. Se tu queres um amigo, cativa-me!

- O que é preciso fazer? perguntou o principezinho.

- É preciso ser paciente.- respondeu a raposa.- Tu te sentarás primeiro um pouco longe de mim, assim, na relva. E eu te olharei com o canto do olho e tu não dirás nada. A linguagem é uma fonte de mal-entendidos. Mas, a cada dia, te sentarás mais perto...

Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas"

Saint-Exupéry

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Fatos Marcantes na História de Campos - Abril

No dia 15 de abril de 1870 nasce o escritor e jornalista Múcio da Paixão.

No dia 15 de abril de 1968 a peça “A Moratória”, de Jorge Andrade, montada pelorêmio Casimiro Cunha, inaugurava o palco do Teatro de Bolso.

No dia 18 de abril de 1960 nasce o ex-governador e ex-prefeito Anthony Garotinho Matheus de Oliveira.

No dia 21 de abril de 1903 foi inaugurada a Biblioteca Municipal.

No dia 23 de abril de 1898 nasce o médico, deputado e prefeito Barcelos Martins.

No dia 23 de abril de 1952 foi inaugurada a Ponte General Dutra.

No dia 28 de abril de 1940 um objeto não identificado corta o espaço, às 21:30hs, provocando intensa luminosidade e uma explosão ao longe.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Última aula de Hermenêutica

Eu (Ressigficação pela palavra), Dra. Arlete (nossa orientadora), Ingrid (entrando agora no Mestrado), Lutiane (Monteiro Lobato) e Paulo (Cinema Ambiental).
Cada um com seu tema, no último dia de aula regular com Dra. Arlete Sendra.
Quando criança o última dia de aula era uma festa de libertação, para nós, no entanto, é um momento triste de separação de um grupo que trocou saberes e ampliou horizontes.
O que eu aprendi nestas tardes de quintas?
Não cabe nesta página. Quem sabe nesta vida.

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Vídeo 03 produzido por alunos do Sétimo Período de Psicologia do ISECENSA

Matéria: Psicologia e Marketing



Justificativa Teórica:O comportamento de compra de um indivíduo é perpassado por fatores culturais, sociais, pessoais e psicológicos.
O presente trabalho referente à disciplina “Psicologia e Marketing”, tem como objetivo desenvolver uma campanha pautada nos fatores já citados.
Sabe-se que a cultura é o determinante mais fundamental dos desejos do comportamento de compra de um indivíduo. E que, ainda, cada cultura divide-se em sub-culturas, que são responsáveis pela identificação mais específica e socialização de seus membros.
Sendo assim, foi valorizado as representações sociais da sociedade campista, sobre a instituição de ensino IseCensa, por anos ter primado pela qualidade.
Outro fator em destaque é o pessoal, que aborda questões sobre “estilo de vida”, “personalidade e auto-conceito”, que estão intimamente ligados ao produto que uma pessoa irá escolher.
Neste caso o público alvo escolhido foi o de mulheres de classe média, já que cada vez mais são as mesmas que têm preenchido a maior parte das vagas disponíveis nas universidades, e que no caso da Psicologia do Ise, a maioria dos alunos são ex-alunos do Censa (Centro Educacional Nossa Senhora Auxiliadora), que tem o mesmo espaço físico e administrativo da Instituição de Ensino Superior do Censa.
Ainda há os fatores psicológicos como a motivação e percepção que vão orientar as escolhas de um indivíduo.
Segundo o psicólogo Abraham Maslow, as pessoas são dirigidas por determinadas necessidades que se organizam hierarquicamente. Maslow classifica tais necessidades em cinco nívies, das quais destacou-se as necessidades de estima e as necessidades de auto-realização.
A necessidade de estima, para Abraham Maslow, nada mais é do que a busca pelo prestígio, sucesso, reputação, auto-estima, confiança, conquista, entre outros. E a necessidade de realização é o desejo de um indivíduo em desenvolver suas potencialidades, sua criatividade e espontaneidade.
É a partir desses conceitos, que o presente trabalho apontará a qualidade do curso de Psicologia do Ise e o que esta instituição oferece de diferencial das demais, como possibilidade de ter uma formação mais completa, e que consequentemente levará o indivíduo a uma realização pessoal e profissional.
A percepção como a motivação também é um fator psicológico que tem sido definida como sensações acrescidas de significados. É a maneira como entendemos, vemos e julgamos o mundo e as pessoas. Além disso, é sabido que cada pessoa utiliza canais sensoriais diferentes para ter essa percepção do mundo externo e de seu próprio mundo.
O comercial direciona-se não somente para pessoas visuais, como para auditivos e cinestésicos também, através de cores (foi destacado o azul, já que é a cor da saúde e da psicologia), sons e palavras de efeito (como “sinta” para os cinestésicos).
Além das técnicas de marketing o trabalho utilizou propaganda subliminar. Já que mensagem subliminar é a mensagem ou propaganda abaixo do limiar de percepção consciente. Ou seja, é a influência exercida sobre a atitude ou o comportamento de alguém por uma mensagem ou informação que não é percebida conscientemente.
Para trabalhar com mensagem subliminar o comercial mostra a foto da Irmã Suraya, (diretora do Censa e reitora do IseCensa) e o símbolo da psicologia. Já que a figura da Irmã Suraya exerce grande influência na sociedade campista. E o símbolo da Psicologia, que direciona o telespectador pra escolha da graduação de Psicologia.
Com a utilização de todos os conceitos fornecidos pela disciplina Psicologia e Marketing, o principal objetivo foi fazer uma campanha com objetivos bem demarcados, e procurando sempre trabalhar em cima destes de forma clara e coerente.

Grupo: Ana Carolina Cordeiro, Carolina Reis, Douglas Arêas, Luciana Eccard, Luiz Gustavo, Ricardo Avelino, Renatta Tinoco, Saulo e Tiago Tavares.