Estrada faminta e miserável!
Se alimenta de almas.
Quando será minha vez?
Não se iluda!
Temos chances: eu e você!
Impiedosa não vê sexo, tamanho,
Não se iluda!
Temos chances: eu e você!
Impiedosa não vê sexo, tamanho,
compromissos inadiáveis e a pressa.
Ao viajar de tudo se despeça.
Ela é negra e fica vermelha.
Listrada, muito venenosa.
Oleosa engana a si mesma.
Ao viajar de tudo se despeça.
Ela é negra e fica vermelha.
Listrada, muito venenosa.
Oleosa engana a si mesma.
O pedágio, pago no crédito.
Pois, no meu azar, pode ser,
que ela nunca receba.
Pois, no meu azar, pode ser,
que ela nunca receba.
Nos dias que chove, gente morre.
No calor, presos nas ferragens, dor.
E o socorro rápido vem.
As vezes, para ninguém.
A Br mata a vista resolvendo na hora.
E a prazo, busca no leito, cobrando juros de mora.
Mesmo sem carro paga-se caro.
Levando a vida, do pedestre desavisado.
Antecipadamente a mãe chora.
Se o filho viaja para o rio, niterói ou vitória...
Estrada que leva a um outro universo
e a cada passagem, eu aumento dois versos.(03/06/2010 + +)
Na chuva os buracos na água nivelados
Não se sabe se são largos, fundos ou rasos. (04/06/2010 +)
Pela estrada, de moto, fica família agora
Pela vida, que vai, é o filho quem cobra. (13/06/2010 +)