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terça-feira, 19 de julho de 2016
sexta-feira, 8 de julho de 2016
terça-feira, 5 de julho de 2016
sábado, 18 de junho de 2016
A LOJA DOS ELEMENTOS HUMANOS
Por João Oliveira
- Boa tarde meu senhor, tudo bem? Veja só, minha esposa mandou uma lista de elementos humanos para eu comprar. Será que o senhor tem dessas coisas aqui para vender?
- Sim, claro! É justamente o que mais vendemos aqui em nossa humilde loja, em que posso lhe ser útil, meu senhor?
- Bom, primeiro ela pediu que eu comprasse um pouco de opinião. O senhor tem?
- Claro! Vendemos isso demais por aqui. Olha, antigamente eu vendia opinião a dúzia, agora, com essas novidades de redes sociais, Facebook, Instagram e etc, eu vendo somente sacos fechados com cem opiniões cada.
- Ela não disse aqui quantas eu deveria levar...
- Pela minha experiência, deixe-me pensar um pouco, duas pessoas, hoje é sábado.... Pode levar quatro saquinhos de cem que vai dar para uma semana inteira e isso é só porque não estamos em período eleitoral ainda.
- Obrigado. E razão? O senhor tem razão por aí com um bom preço?
- Sim, qual dos dois tipos o senhor vai querer levar?
- Como assim? Dois tipos?
- Tem a genérica, com base na opinião dos outros e a fundamentalista, que só se apoia no próprio pensamento.
- Qual a mais barata?
- Claro que é a genérica. Temos uma promoção: a cada dois pacotes de cem opiniões o senhor ganha um cheio com cinquenta novas razões.
- Excelente. Então, para completar o enredo coloca mais dois pacotes de cem razões fundamentalistas cada um aí para mim, fazer o favor.
- Claro, senhor. E o senhor vai querer mais alguma coisa? Mais algum elemento humano aqui de nossa pequena lojinha?
- Olha, ela escreveu uma coisa aqui, mas, a letra está meio complicada. Acho que só ela mesmo para entender essa letra.
- Deixa eu ver. Pera aí... Claro: prepotência. Por isso o senhor não entendia, só ela mesmo para entender o que escreveu.
- Mas o senhor leu com muita facilidade.
- Porque eu sou uma pessoa preparada entende? Como eu existem poucos no mundo. Um momento que vou ver aqui... tenho somente uma unidade, mas, não tenho como lhe vender de jeito nenhum.
- Por que?
- É de uso pessoal. Somente pessoas especiais, assim como eu, podem usar tal elemento humano.
- E autoestima? Isso o senhor pode vender, não é? Está muito cara?
- Alta ou baixa?
- Ih... tem de dois tipos? Eu não sabia disso. Me desculpe senhor. Eu sou tão ignorante para certas coisas.
- Então o senhor precisa levar a de alta. Fique tranquilo que não tem erro, sua esposa vai ficar satisfeita com sua escolha.
- Hum... ela pediu inteligência também.
- Ah... tenho aqui sim. Afinal: todo mundo tem inteligência. Nem consideremos no comércio como um produto que se vende no varejo. Mas, só um momento, não sei onde guardei a minha. Bom, ninguém usa isso mesmo. Tem tempo que não vejo a minha aqui no balcão. Estranho né? Todo mundo possui inteligência e não usa. Justamente por isso, pensa que não tem e quer comprar a dos outros.
- Humildade o senhor tem?
- Claro que não. Nem sei que produto é esse.
- Remorso?
- Isso depende. É para católico ou protestante?
- Só tem mais um item aqui que ela pediu.
- O senhor me desculpe, mas eu nem perguntei: é para entregar em casa?
- Sim, mas nem tudo. Algumas coisas ela pediu para eu já sair usando daqui.
- Uma dessas coisas seria a coragem?
- Isso mesmo! O senhor sabe tudo mesmo.
- Estou nesse ramo há muito tempo. Algo mais que freguês vai querer?
- Sim, vergonha, isso é muito importante, ela até grifou no papel em vermelho. O senhor tem?
- Tenho, mas acabou! Foi logo assim quando começou esse negócio de delação premiada.
sexta-feira, 17 de junho de 2016
A DESPEDIDA
Por João Oliveira
Ver você ainda em seus instantes finais transforma toda a percepção de longevidade que tinha em minha vida. Todos os bons momentos que foram vividos por mim, em sua bela companhia, se tornam flashes de milissegundos. Grandes momentos, cheios de emoções positivas, agora se tornam mais importantes do que pareceram ser quando ocorreram de fato.
Não é interessante como damos importância às coisas quando vemos elas partirem? Você, sempre presente em todos os dias de minha vida, nem sempre teve o real destaque de merecimento. Acho que não lhe retribuí de forma adequada sua presença em minha existência.
As pessoas são assim mesmo: dão pouco valor ao que têm. Saber cuidar daqueles que estão ao seu lado, corresponder a expectativa do outro de afeto e atenção, são coisas que deixamos de fazer apenas porque estamos acostumados a ter, todos os dias, sua proximidade. É fato, deixamos de amar o que pensamos possuir.
Trata-se de uma confusão interna que mistura as emoções e as trata como percepção territorial: o que já é meu não necessita de investimento. Claro que isso está errado. Só percebemos o erro quando a percepção de posse é substituída pela de perda.
Como eu gostaria de estar diante de meu falecido pai, mesmo que fosse para ouvir seus sermões que, na época, pareciam ter pouco sentido. Hoje, mais maduro, saberia encontrar encaixe em cada uma de suas sabias palavras. Perdi muito pela arrogância de pensar ser o dono da verdade. Algo, inclusive, que hoje duvido que exista de fato.
Assim, te ver partir, diante de meus olhos de forma lenta e dolorosa, me chama a atenção para tantas outras perdas que já tive e ainda terei nessa existência curta de mão única. Todos os dias morremos um pouco. Uma prestação lenta e quase impercebível, com juros que crescem exponencialmente para, em um único momento, cobrar toda a nossa dívida sem nenhum pudor, sem nenhum aviso prévio. Apenas vem e nos tira de tudo e de todos.
Também seremos lembrados?
Não há como olhar seu poder, seu brilho, sua força sendo sugado para a escuridão sem notar sua tristeza também. Parece que queria fazer mais pelo mundo e não teve tempo suficiente nessa sua pequena jornada. Sei que muitos nem terão percebido que você esteve aqui, mas, em mim, sua marca está colocada como símbolo da capacidade de influenciar e, todo mudar, sem ao menos levar o algum crédito por isso. Mesmo assim cumpriu o seu papel, sem se importar com o reconhecimento das pessoas que tocou e, de alguma forma, exerceu sua força.
Como se estivesse cerrando os olhos me preparo para ficar sem você. Tenho algumas certezas que estarão comigo a partir deste momento: irei ser melhor com todos os perecíveis afetos que me circundam. Tentarei perenizar, consolidando os afetos positivos na forma de reconhecimento explícito. Eles precisam saber que são importantes ao menos para mim.
Nem todos são como você, astro rei, que renasce todos os dias pela manhã. Boa noite sol, amanhã estaremos juntos se a natureza (da morte ou vida) assim me permitir.
quinta-feira, 9 de junho de 2016
sábado, 4 de junho de 2016
AS AVES LÁ DO ESCRITÓRIO
Por João Oliveira
Todos sabemos como as metáforas e analogias possuem um forte efeito de insights nas pessoas. Saber utilizar desses recursos facilita o fluir das informações relacionadas ao autodescobrimento. Na verdade, quando as analogias são diretas e fortes, como essas que vamos apresentar aqui, não devem ser colocadas em público para que não venha ocorrer brincadeiras que podem constranger um ou outro colaborador e sim distribuídas em house organs, ou por lista de e-mail. Nada que possa facilitar a interação como nos grupos de WhatsApp.
A criatividade no setor de RH, de qualquer empresa, é a chave para uma boa cultura organizacional. Claro que de nada adianta uma boa produção sem a capacidade de distribuição de conteúdo. A comunicação, portanto, deve ser muito bem estruturada para que as ideias não morram no nascedouro.
Criar elementos comparativos que podem despertar a consciência e recuperar colaboradores que não estão adequados à realidade de produção de uma instituição não é somente uma questão de entretenimento, como muitos gestores podem pensar. Não deve ser apenas um texto poético ou agradável de ler, muito além disso ele deve provocar a intenção de uma leitura de si mesmo e de suas ações na instituição.
Como primeiro exemplo, temos a analogia chamada: As Aves do Escritório.
No nosso escritório temos muitas pessoas que se parecem com aves e podem assim ser classificadas:
GALINHAS – São os funcionários que, como as galinhas, ficam ciscando aqui e ali. Não reclamam de nada e sempre que existe algum risco, essas criaturas se afastam em desespero, pois não querem se comprometer de modo algum. Fazem o que deve ser feito sem inovação e nunca procuram chamar a atenção para si, afinal temem ser notados e com isso, avaliados.
GAVIÃO – Fica observando parado no ar esperando o melhor momento para se apresentar como responsável por algo que deu certo. Tal qual a galinha não quer aparecer muito: só no momento certo e sempre se aproveitando de alguém com uma personalidade mais fraca que não reivindica seu feito. Assim, o gavião, muitas vezes pode parecer um elemento produtivo, mas, na verdade, outro colaborador quase sempre é o responsável pelos feitos que ele afirma serem de sua autoria.
FALCÃO – Fiel ao líder e certeiro em suas ações. Extremante rápido quando está determinado a finalizar uma tarefa e, raramente erra em seus projetos. O falcão também funciona como olheiro do chefe dentro da repartição ele é capaz de investigar os colegas e produzir relatórios sobre quem faz o que na ausência do gestor maior. Diferente do famoso puxa-saco ele é produtivo mas, por ter baixa autoestima, procura fazer além do devido para manter uma forte relação com o patrão.
ÁGUIA - Esse é muitas vezes o perfil de um chefe imponente e que se coloca como um líder generoso capaz de ter todas as respostas possíveis sobre tudo e todos. Realmente causa impacto, pois sabe usar da sua influência entre os colaboradores para conseguir o melhor da equipe. Não é um mal gestor, mas, pode estar exagerando no que diz respeito ao protecionismo da equipe.
POMBOS – Provavelmente a pior categoria dentro do escritório. São aqueles que ficam de cabeça baixa reclamando pelos cantos da empresa. Quase sempre andam em grupos pequenos e parecem estar elaborando algum tipo de complô contra alguém. Não são produtivos de fato, fazem o que é ordenado e pronto: o resto não é responsabilidade deles.
GALO – Esse tipo fala alto com os outros e sempre se anuncia como o melhor. Na verdade, sempre fica esperando a solução dos problemas para depois subir no pódio e cantar vitória. Rival do gavião o galo teme perder sua posição e por isso está sempre contando vantagens sobre suas ações na empresa aos seus superiores.
PAVÃO - Exibicionista que, diferente do Galo, não se anuncia com a palavra e sim com sua forma de vestir, uso de alta tecnologia e abuso de selfies nas redes sociais. Sua mesa muito bem pode estar ornada de souvenir coletados em suas espetaculares viagens pelo mundo. Mas, na verdade, cumpre mal sua missão de colaborar com a produtividade da empresa. Perde muito tempo cuidado da autoimagem.
BEIJA FLOR – Silencioso e veloz o elemento que se parece com o beija-flor resolve tudo de forma rápida e correta. Ele não reclama pelos cantos, não se exibe e nem canta vitória sobre seus feitos, mas sua presença ilumina o escritório, pois, todos confiam nele como capaz de solucionar os problemas mais complexos. Seu índice de produtividade é alto. O beija-flor é daqueles indivíduos que tem a liderança natural conquistada pelo exemplo que dá com suas ações.
Essas são as aves no nosso escritório. No seu também tem? Qual delas você seria hoje?
Assim, você pode terminar essa analogia que, com um pouco de imaginação pode migrar para o universo dos: metais, minerais, das forças da natureza, das frutas, animais selvagens e etc. Apenas tenha o cuidado de não usar somente os perfis negativos, deixe pelo menos um deles ser o ideal de um bom colaborador na empresa.
A outra forma de se levar o leitor ao pensamento sobre si mesmo é a metáfora. Que é uma história de fundo moral e ético. Existem centenas que podem ser usadas no ambiente empresarial. Vamos a um curto exemplo.
Todos os dias o jardineiro conversava com suas flores enquanto cuidava delas. O carteiro, que sempre passava pelo local, um dia perguntou porque ele fazia isso. O jardineiro responde que estava mostrando às flores o seu amor e carinho por elas e que, muitas vezes, cantava ou recitava poemas afetuosos.
O carteiro riu muito e perguntou como ele podia saber se elas estavam entendendo o que ele dizia. O jardineiro se levantou e abriu os braços apresentando um jardim espetacularmente florido: - “Assim, disse ele, se tornando o melhor que podem. Cada uma do seu jeito!
Podemos muitas vezes receber o retorno de nosso esforço de forma diferente da que fazemos. Isso se dá porque as pessoas possuem diferentes formas de apresentar sua produtividade, seu agradecimento ou seu afeto. Um bom gestor deve ser igual a um jardineiro, jamais esperar que uma rosa se transforme em uma margarida, mas, saber que cada uma delas está fazendo o melhor de si para retribuir o que recebe. Cabe ao gestor, escolher o canteiro certo para cada espécie de flores.
Dessa forma, podemos nos utilizar de várias formas de conteúdo para facilitar a comunicação com o corpo institucional. Da mesma forma que essa metáfora traz o pensamento que o gestor é o responsável por colocar o profissional certo no cargo exato onde ele poderá ter sua produtividade máxima, o setor de RH pode se valer de outras que devem servir como elementos facilitadores de um processo de reflexão para um melhor desempenho.
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sábado, 28 de maio de 2016
CURSO DE CULINÁRIA VEGETARIANA
CURSO DE CULINÁRIA VEGETARIANA
Dia 02/07/2016 De 09h00 as 13h30Local: ISEC de Copacabana
Aprenda na prática!
Feijoada vegetarianaLasanha de legumes (com massa sem glúten)
Panqueca com creme de espinafre (sem glúten e sem lactose)
Estrogonofe de palmito
Hambúrguer de lentilhas
Hambúrguer de legumes
Caldo verde de inhame com tofu defumado
Creme de milho com couve-flor
Nuggets veganos
Molho de tomate natural
Extra:
Receitas de diversos pratosReceitas de saladas diversas
Receitas de sucos naturais
Dicas de alimentação saudável
Valor R$ 250,00
Apenas 6 vagas
Para detalhes e fazer sua inscrição: clique aqui
Obs: cada participante deverá levar alguns ingredientes que serão enviados por e-mail no ato da inscrição, bem como 1 pote (tupperware), pois, ao final, será servido o almoço, e nada ficará nas panelas. Será uma manhã para aprender e se divertir!
quinta-feira, 26 de maio de 2016
O CASTELO DAS MIL PORTAS
Por João Oliveira
Provavelmente não existiriam algarismos suficientes no mundo se alguém quisesse escrever o número exato de anos de existência do castelo. Ele sempre existiu. O tamanho também era outro mistério pois, parecia aumentar quando uma tempestade noturna recheava a madrugada com seus trovões e, sempre, quando isso ocorria, uma de suas centenas de portas amanhecia aberta.
Posso explicar melhor essa situação estranha: algo, ou alguma coisa, saía do castelo após uma tormenta de raios.
Devo também alertar que essa história se passa em um lugar no futuro que aconteceu há muito tempo atrás e que as todas as pessoas, que moravam nas aldeias próximas ao castelo das mil portas, eram muito afetadas pelas notícias de novas portas abertas.
Lembro de um dia, logo cedo pela manhã, quando um habitante de umas das aldeias chegou assustado trazendo a notícia que uma porta havia amanhecido aberta. Todos ficaram muito apreensivos imaginando o que de lá teria emergido:
- Com certeza é um monstro que vai devorar nossas galinhas.
- Pode ser pior – disse outro – E se for a própria morte que vem nos pegar durante a noite?
Foram dias perturbadores até que todos novamente tomassem suas rotinas no campo novamente. Embora, posso lhe confessar, nunca mais foram os mesmos e sempre que algo estranho e desconhecido ocorria em suas vidas eles facilmente se assustavam.
Em outra ocasião, foi uma criança que trouxe o alerta, logo após uma noite de tormenta, que uma nova porta havia sido aberta no castelo. Nesse dia a surpresa causou comoção positiva, afinal, estava um dia de sol tão bonito que só poderia ter saído algo bom do castelo:
- Será que é um anjo que veio nos trazer suas bênçãos?
- Pode ser que seja a própria sorte que saiu para andar entre nós: sinal de boa colheita este ano.
Passados uns quinze dias, nada de fato grandioso ocorreu, e a vida seguiu seu rumo costumeiro. Mas, de fato, eles se tornaram mais alegres deste dia em diante.
Estranho foi quando o senhorio da vila próxima ao rio chegou a cavalo alardeando que uma porta enorme havia amanhecido aberta. As pessoas ficaram indignadas com a notícia e demonstraram isso com aspereza:
- Essas portas também vivem abrindo e de lá nada de fato sai. Nada de útil para nós.
- Devíamos é tocar fogo nesse castelo inútil.
Claro, que, como pode imaginar, em poucas semanas a rotina absorveu esses pensamentos e, de resto, posso afirmar que eles (até hoje) ainda se irritam com algo que os incomoda.
É possível que você já tenha percebido que, nessa curta metáfora, foram as emoções que surgiram após as diferentes tempestades. E, se possui uma imaginação fértil, já fez a conexão entre o castelo e as pessoas que mantém os corações com suas portas fechadas.
Não há como aprisionar as emoções. Elas foram criadas para serem vivenciadas e, com o tempo certo, cada uma delas irá se tornar parte da memória. Boa ou má, a emoção será internalizada e se tornará parte do que somos e sempre seremos.
Manter as portas do coração fechadas até que uma tempestade as abra fazendo surgir uma forte emoção não é o melhor que podemos fazer. É lógico também pensar que ninguém possui as chaves para entrar e sair quando quiser e, é certo que, alguns arrombamentos e explosões irão ocorrer. No entanto, é justamente isso que nos faz humanos: sermos capazes de vivenciar e superar mesmo as emoções negativas mais marcantes em nossas vidas.
quarta-feira, 27 de abril de 2016
CANAL SENSORIAL PREFERENCIAL EM RH
Por João Oliveira
Ter conhecimento dos sistemas representacionais tem uma enorme importância no ambiente corporativo, pois potencializa a comunicação em um nível de excelência. Caso a sigla PNL lhe cause estranheza tenha bastante atenção nessa leitura, afinal, trata-se de uma forma de mudar a maneira de como vemos e entendemos o mundo.
A PNL, Programação Neurolinguística, tem sua atenção voltada para três pontos da estrutura perceptiva humana:
1) Programação - entende que todos nós possuímos, como um computador, uma programação que formata o mundo como percebemos ao nosso modo. Assim, as experiências de vida, modelo familiar, religião e muitos outros aspectos de nossa existência, acabam modelando quem somos e como entendemos a realidade ao nosso redor.
2) Neuro – Parte do princípio que todos temos um sistema neural dotado de cinco sentidos capazes de codificar o mundo para ser analisado e interpretado pelo cérebro. É a parte do que seria o hardware nos computadores.
3) Linguística – Forma de acesso à essa programação que pode ser verbal ou não verbal. A estrutura interna só é alterada através de estratégias linguísticas além das próprias experiências.
Tendo isso como pano de fundo podemos focar nos Canais Sensoriais Preferenciais. Algumas pessoas especializam o modo como absorvem as informações. Algumas são visuais, outras sinestésicas e, outras ainda possuem o canal auditivo muito apurado. O ideal é que, para ser um bom comunicador, o profissional de RH tenha uma distribuição equilibrada entre esses três canais sensoriais.
Ocorre que grande parte das pessoas acaba se tornando, por um motivo ou outro, muito especializada em apenas um canal. Dessa forma, podemos encontrar pessoas que são altamente visuais deixando de lado os elementos da comunicação sinestésica e auditiva. Algumas que, por serem muito sinestésicas, acabam valorizando apenas aquelas que lhe interessam e deixando todo resto das informações de lado e, por último, as auditivas que também podem sofrer perda de conteúdo relativas aos outros canais menos significativos para elas.
Nem todas as pessoas apresentam enorme divergência entre os canais. Podemos encontrar profissionais que lidam muito bem com todo o perfil de inputs e, por isso, podem desfrutar de mais recursos na hora de lidar com situações de escolha. Afinal, eles entendem a comunicação que chega com mais detalhes que outras pessoas. O mundo fica maior.
O visual prefere ter as informações por escrito, aprecia gráficos, cores e apresentações de slides bem elaboradas. Já o sinestésico irá apreciar mais o toque nos objetos, nesse caso ter miniaturas, maquetes ou o próprio produto irá potencializar o entendimento. O auditivo, claro, prefere uma comunicação oral bem detalhada já que sua memória nessa área é excelente.
O grande desafio do profissional de RH é saber como lidar com todos de forma a não criar ruídos no processo comunicativo permitindo que a informação chegue clarificada para todos os perfis de sistema representacionais. Na prática, agradar gregos e troianos.
Ao montar a estratégia de intervenção, o profissional pode se valer de uma escuta ativa usando algum colaborador como referencial em determinado canal. Como fazem as grandes empresas quando solicitam uma pesquisa qualitativa: pequenos grupos de pessoas apreciam e discutem sobre o produto com ou sem interferência do pesquisador. No caso específico da empresa que propõe uma ação comunicativa para todo o corpo laboral, o ideal é que elementos já percebidos como expoentes em um único canal sensorial sejam submetidos ao conteúdo e, após isso, dê o feedback à equipe para que seja aferido o grau de entendimento.
Assim, o RH pode eliminar falhas na raiz e propiciar uma maior facilidade de acesso ao estado natural de interpretação de cada um. As imagens mentais, o self-talk, sensações e sentimentos podem ser barreiras ou aliados se os blocos de informações forem bem elaborados. Cuidar para que o corpo laboral entenda o que a linha está propondo já faz toda diferença no resultado.
Muitas vezes o conteúdo está colocado de forma impecável para um elemento receptor altamente visual. Mas, deixa muito a desejar para o entendimento de um auditivo que pode ter uma compreensão errada e ter atitudes contrárias às pretendidas pelos profissionais que elaboraram o material.
Todo o cuidado é pouco quando se lida com um grupo, mesmo que pequeno, de pessoas. Vale a premissa: “comunicação não é que se fala, é o que se entende”. Os outros, que são tocados pelo conteúdo que geramos, podem receber aquilo que falamos e fazemos através dos seus mapas mentais personalizados. Sempre que alguém ouve de forma distorcida o que para nós é claro, nos permite uma correção na forma como colocamos nossos pensamentos no mundo.
Mesmo fora do ambiente institucional esse conhecimento é valioso. Perceber como o outro entende e, principalmente, quais são nossas próprias falhas perceptivas. Saber qual é o canal mais forte e, se existem canais representacionais menos potentes, nos alerta para a possibilidade de tentar melhorar nossa capacidade de coletar dados informacionais do ambiente.
Trazendo para o dia a dia, muitos casamentos ou amizades podem ter pouca durabilidade simplesmente porque os elementos envolvidos não conseguiram adaptar seus processos representacionais do mundo de forma a poder alcançar o outro em seu entendimento.
Existem vários testes on line disponíveis na internet para quem quiser descobrir qual o seu canal sensorial preferencial. Não se preocupe com resultados que apontam diferenças absurdas pois, não há nada que não possa ser alterado com treinos utilizando a neuróbica. Nossa mente possui uma incrível capacidade de mudanças, principalmente quando assim queremos.
terça-feira, 26 de abril de 2016
OS PARISIENSES SOLTAM PUM NA RUA?
Por João Oliveira
Percebemos uma falha no questionamento título desse texto: “ Os parisienses soltam pum na rua? ”. Óbvio que não podemos partir do princípio que todos humanos têm a mesma fisiologia para justificar um comportamento que pode ser cultural ou não. Além disso, essa pergunta é um tanto aberta é necessita de certos ajustes para que possamos aplicar uma metodologia científica de pesquisa de campo afim de apurar se o fato é real ou não.
Em primeiro lugar como podemos definir “parisienses”? São os nascidos na cidade de Paris, capital da França ou simplesmente os que lá residem há muito tempo? Vale também a pena saber se os naturalizados estão inclusos nesse mesmo grupo e, se as pessoas que receberam títulos de cidadãos honorários desta mesma cidade, podem também figurar no espectro de parisienses.
Imposta essa limitação, que deve estar clara logo no início, outros parâmetros precisam ficar bem definidos para que não existam discrepâncias nos resultados possíveis.
1 – Entra em jogo a idade da população entrevistada? Isso é relevante, pois, como sabemos, as crianças e adolescentes, sem a devida maturidade, podem lidar com essa função fisiológica de diversas formas, o que pode comprometer a apuração dos dados.
2 – A alimentação será questionada? Sim, afinal, certos alimentos são mais propensos a gerar gases que outros. Dessa forma, é possível que alguns indivíduos pesquisados possam ter comportamentos únicos, diferente de seus pares, apenas por um almoço com maior volume de feijão ou batata doce.
3 – O que é considerado “rua” pelo pesquisador? Notamos que a cidade de Paris possui muitas vielas e ruas sem tráfego de automóveis, bairro Latino, por exemplo, como esses caminhos serão considerados? As áreas livres em condomínios fechados estão abarcadas na categoria rua? O questionamento é pertinente, afinal, com base simplista, estar fora de casa – seja onde for – já pode ser considerado como “rua”.
Podemos ainda questionar como os dados serão coletados. Uma simples pesquisa de opinião pode não revelar a pura verdade. Diante de tal questionamento, pode ser grande a possibilidade de um constrangimento ao responder positivamente ao pesquisador. Principalmente se o mesmo for do sexo feminino. O ideal seria a utilização de equipamentos acoplados ao corpo do pesquisado, em posicionamento preciso, para coletar a emissão de gases durante o dia e depois confrontar com o mapeamento do GPS. Somente assim seria possível um mensuramento mais preciso.
A ciência que existe hoje só ocorreu porque alguém tinha uma pergunta sem resposta. A busca pela verdade é algo que sempre moveu o homem em sua escalada da construção de uma sociedade dotada de um maior número de recursos. Porém, devemos ter cautela ao dispor nosso tempo em determinados temas que podem, ou não, serem de fato significativos para a evolução do homem, como espécie dominante do planeta ou como indivíduo em busca de seu próprio crescimento pessoal.
Resumindo: algumas perguntas não merecem respostas.
domingo, 17 de abril de 2016
O AÇOUGUEIRO QUE AMAVA AS VACAS
Por João Oliveira
O expresso transiberiano já estava começando a cruzar o deserto de Gobi na Mongólia quando os dois homens se encontraram em um dos luxuosos vagões restaurante do trem. O espaço estava lotado e, para se sentarem ao lado da janela os dois estranhos tiveram de dividir a mesma mesa.
As feições revelavam as origens, um claramente chinês, provavelmente voltando para casa em Pequim e o outro um moscovita de primeira classe, isso facilmente percebível pelo tom avermelhado de suas gordas bochechas. O chinês contemplava a imensidão do deserto quando o outro iniciou a conversa em seu próprio idioma:
- Não é lindo o vazio iluminado pelo pôr do sol?
Para sua surpresa o que deveria ser uma frase solitária e sem retorno recebeu resposta em uma fala carregada de sotaque, mas, perfeitamente compreensível:
- Sim! Nossos países são separados por tantas coisas diferentes e aqui o que nos separa é o nada: apenas areia.
- O senhor fala russo muito bem? Trabalha em Moscou? – Perguntou de forma solene.
- Na verdade aprendi a falar russo na China mesmo. Na adolescência tinha planos de morar em seu país. Mas, a vida me levou para outros caminhos. Hoje sou açougueiro em Pequim e tirei uns dias de férias em Moscou.
- Mas que grande coincidência! – Exclamou em alto tom o russo – Eu também sou açougueiro!
- Que grande coincidência mesmo: dois companheiros de facas se encontrando para jantar. O senhor é de Moscou mesmo?
- Sim, sou e o senhor?
- Sou do sul da China da região de Yulin.
- Sim! Já ouvir muito falar! – Exclamou com empolgação – Dizem que lá existe um festival onde o prato principal é a carne de cachorro. Que coisa terrível com esses pobres animais.
- Senhor. – Falou o chinês com o rosto pálido- Eu sou especializado em corte canino, sou açougueiro de carne de cachorro, um dos mais famosos em meu país.
O clima da mesa mudou radicalmente, mas, mesmo intimidado pela fala do chinês o açougueiro russo continuou o seu ataque:
- É um absurdo que a china ainda mate e coma cães e gatos. Esses são animais carinhosos e fieis aos homens.
Sem mudar sua postura e começando a saborear o jantar o açougueiro chinês falou em tom macio;
- Caro companheiro de facas. Não só a China aprecia os sabores das carnes de cães e gatos. No Canadá, Havaí, Suíça, Vietnã, Coreia do Sul e nas Ilhas Polinésias cães e gatos são servidos como carne de alto nível nas mesas mais exigentes.
- Como??? Isso não é possível! O mundo civilizado não teria esse comportamento absurdo! – Espantou-se o açougueiro russo – Carne para se comer só mesmo de vacas, porcos, galinhas, cabritos, perus, ovelhas ...
- A lista é grande não é mesmo? Eu, por exemplo, não como carne bovina. Tenho um apreço especial por esses animais. Na verdade, em nossa casa no campo, crio vacas para leite e seria incapaz de matar uma delas para comer.
O russo, naquele momento, parou de respirar por alguns segundos. Olhando firme nos olhos do chinês disse:
- Está me dizendo que você tem vacas como animais de estimação?
- Sim! Acho que sim, todas têm nome, andam soltas pelas nossas terras... delas só extraímos o leite mesmo. – Falou calmamente o chinês que já estava quase terminando o seu prato enquanto o russo ainda não tinha experimentado uma única colherada da sopa servida a bordo.
- Como isso pode ser possível? - Questionou boquiaberto o russo. – Esses animais são criados para se comer! Já os cães e os gatos são animais diferentes.
- Essa é uma fala que merece um grande destaque amigo de facas: qual seria o animal criado para se comer? Existe alguma diferenciação entre esses animais?
- Claro que sim: é uma questão de amor! Não se come um bicho que você ama.
- Isso – disse o chinês- Isso mesmo. Eu amo as vacas, o senhor ama cães e gatos. Isso define o que pomos na mesa para comer e o que decidimos tratar com carinho e respeito. Apenas isso.
Lá fora o tom laranja do deserto foi dando lugar a um azul escuro. Os dois açougueiros, sentados à mesma mesa, saboreavam uma sopa de legumes, algo que não causava nenhum distúrbio cultural sobre suas preferências de corte.
terça-feira, 12 de abril de 2016
O NOVO MENTORING
Por João Oliveira (Psicólogo CRP 05/32031)
A velocidade de mudanças que ocorrem no mercado acaba por imprimir um determinado perfil de resolutividade nas instituições que desejam se manter no ambiente de competitividade. Torna-se necessário ter profissionais qualificados disponíveis para atender as demandas que se tornam cada vez mais urgentes. Os profissionais devem possuir agilidade nas resoluções dos problemas que surgem com assertividade: a empresa não pode parar para pensar muito.
Uma forma de preparar esses profissionais para uma atuação com menor taxa se erros é manter, de forma contínua na empresa, o Mentoring Interno bem atuante. Profissionais mais experientes que passam conhecimento para os mais novos auxiliando na formação profissional no perfil mais adequado àquela empresa.
No Brasil enfrentamos algumas dificuldades quanto a plena atividade do Mentoring em alguns perfis profissionais. Por um lado, alguns veteranos temem passar seus conhecimentos e serem substituídos pelos colegas mais novos e, pelo outro, os jovens querem propor mudanças radicais para implementarem estilo próprio e marcarem território.
Em muitas outras instituições onde a comunicação é clara e a estabilidade para o elemento produtivo é garantida, o mentoring consegue se estabelecer e dá bons frutos. Nos países onde esse processo faz parte da estrutura normal de trabalho, o resultado é aferido pelos lucros alcançados. A General Eletric do Jack Welch talvez seja o exemplo mais presente de como uma companhia pode crescer rapidamente usando o mentoring como estratégia de preparação profissional. O próprio Welch preparou o seu sucessor e, enquanto esteve à frente da G.E. atuou como mentor, diretamente, com 750 executivos da companhia.
No entanto, existe um outro perfil de mentoring que não fica retido entre as paredes da instituição: o mentoring externo. Empresas que possuem interesses comuns, e que não são concorrentes entre si, podem se auxiliar mutuamente provendo conhecimento específico umas às outras que podem alavancar produtividade, dando lucratividade aos dois lados da mesa.
As vantagens são muitas para as empresas que conseguem estruturar esse tipo de relação com outra instituição:
1 – Ampliação da rede de mercado: os clientes de uma empresa podem também se beneficiar dos serviços ou produtos da outra.
2 – Sinergia: novas ideias de atuação no mercado sempre surgem quando existe um mentoring eficiente. Até mesmo novos produtos podem ser lançados com a participação de duas ou mais empresas.
3 – Especialidades se completam: produção, distribuição, pontos de venda, treinamento de equipes, atendimento... os ramos de atuação são inúmeros e, quando existe confiança entre as partes as ações são exponencialmente ampliadas.
4 – Credibilidade no mercado: quando as empresas se apresentam no mercado no formato de compartilhamento das soluções ampliam suas estruturas de confiança. Afinal, o cliente agora pode contar com dois gestores capazes de solucionar possíveis problemas com o produto/serviço.
5 – Melhores profissionais: em todo intercâmbio sempre existe grande troca de conhecimentos e experiências. Mentoring externo apresenta outros pontos de vista sobre o mercado e pode acrescentar muito aos profissionais envolvidos.
Existem várias maneiras de criar uma relação de mentoring externo entre as instituições. Isso vai depender, em grande parte, do perfil das instituições envolvidas. Um tipo muito comum é o da assistência técnica. Uma empresa cria um produto que será distribuído em uma grande área, mas, não possui uma estrutura de atendimento ampla e, por isso prepara pequenas empresas para serem credenciados em determinadas áreas no que tange ao atendimento do cliente.
O segundo mais comum é a rede de distribuição seguido de perto pelos pontos de venda especializados. Da mesma forma uma indústria foca seus esforços na preparação do produto e, compartilha esse produto com suas especificidades para outras empresas que fazem o processo de distribuição e outras que adotam a exclusividade de vendas desse mesmo produto.
O mundo de hoje dá preferência aos profissionais e empresas especialistas. Até aceita os generalistas, mas, sempre que comparados, os que se apresentam como voltados exclusivamente para um produto/serviço acabam levando vantagem. Nesse ponto o valor do produto/serviço pode ser até um pouco mais caro, desde que o cliente perceba que o fornecedor é capaz de solucionar qualquer situação de revés no futuro em relação ao que está sendo adquirido.
Provavelmente a relação de mentoring mais antiga é a que dá nome a esse processo; Mentor foi deixado por Ulisses, rei de Ítaca, para que instruísse seu filho, Telémaco, até sua volta da guerra de Troia. A história, contada por Homero em “A Odisséia”, coloca Mentor na posição de responsável pela educação de Telêmaco e pela formação de seu caráter ensinando valores para que este adquirisse sabedoria em suas decisões.
A força dessa relação e a posterior renovação da mesma história em 1699 pelo escritor francês François de Salignac, que escreveu “As Aventuras de Telêmaco”, acabou por dar projeção ao personagem Mentor ao ponto de ser criado um verbo: mentorear. Assim, de forma semântica correta, é possível mentorear e ser mentoreado.
Estar sempre aberto as novas possibilidades de crescimento sendo capaz de analisar os conceitos envolvidos para, com sabedoria, aproveitar o melhor que o outro possui para nos ofertar pode ser o diferencial que o sistema de mentoring nos apresenta. Se ainda não esteve dentro deste sistema, se prepare, ele com certeza está cada vez mais próximo de todos nós que queremos avançar em nossas atividades profissionais.
quinta-feira, 24 de março de 2016
NÃO SEI SE ME FAÇO ENTENDER
Por João Oliveira
Haja vontade de agir e mudar! Diante de tanta dificuldade não me mudo, e fico mudo aqui sentando sobre a mesa questionando sobre a vida e pensando em comer uma sobremesa antes do almoço. Uma vez quase comprei uma grande serra, sonho de grandeza, serrar ao meio a Serra de Teresópolis, mas, tenho de ser franco, não iria subir tão alto só para melhorar minha autoestima então, é melhor cerrar essa janela que dá de frente para o cerrado e não ver o sol poente. Afinal, a mente, mente profundamente para a gente, a não ser que você seja um agente treinado para isso, e isso sim pode mudar tudo de fato. Claro, caso você tenha provas físicas que fez as provas e tirou boas notas no treinamento, tenha tudo escrito em notas e tenha pago o curso em notas válidas, reais, de cem reais.
Nem todo mundo que tem um par, como companhia, está realmente à par disso. Algumas pessoas possuem um forte complexo de inferioridade, coisa que pode atrapalhar se elas atuam em complexos de comunicação. É simples, nem é tão complexo assim. Apenas não force a barra se estiver comigo na Barra e quiser lanchar em uma lancha na lagoa próxima ao Barra Shopping, pois, bem cedo eu cedo, afinal, quando for para bandas de lá tocar com minha banda de rock decerto você irá comigo e tudo dará certo. Deus me livre de não pensar assim: sou uma pessoa livre!
Nunca fui de jogar e talvez por isso tenha perdido aquele dado que você havia me dado. Foi exatamente no dia que sujei a manga da camisa branca chupando manga. Deveria ter sugado o suco. Mas, como pode ver, estou são e vocês todos não são as melhores pessoas para me dizer algo sobre isso. Hum.... Um momento só: preciso ficar só pois, vou acender um incenso porque quero ascender minha alma à um nível superior que sei que há. Pode acentuar isso nos seus escritos, terei futuro assento ao lado de alguma divindade (essa palavra tem acento?). Afinal, eu tenho apreço pela religiosidade e não preciso me apressar para alcançar uma elevação que não tem preço. Nem fico caçando essas coisas, aliás, se você escreveu isso nos seus papéis eu posso mandar cassar essas palavras.
A vida não é uma cela e esses é um dos motivos que eu sempre monto em uma sela, de um belo cavalo, e sigo em frente em busca de minhas verdades. Posso fazer uma cessão para você, sim posso! Sente-se aqui ao meu lado e vamos dar início a uma sessão de psicoterapia no final eu te dou uma seção, pequena, dos meus ricos predicados. Ouça, enquanto eu conserto nossas vidas alguém, em algum lugar, está tocando um concerto de Mozart. Bem, pregue esse boleto da Taxa municipal na parede ali ao lado, use essa pequena tacha para deixar bem firme onde possamos ver no final do mês. Sinto que esse é o momento de todos apertarmos os cintos, coser as próprias roupas e cozer as próprias refeições. É uma real crise. Bote a calça, calce as botas e as luvas e vamos à luta.
Veja tantas pessoas fazendo serão até tarde no trabalho, eles nunca serão ricos, porém, mesmo assim continuam trabalhando. No atual estado em que estou não poderia assumir funções assim e, como sabemos, isso não é comum aqui no Estado do Rio de Janeiro, parece que aqui as pessoas não gostam muito de trabalhar. Outro dia, estando eu no escritório, mandei um funcionário aplicar cera no assoalho do auditório e ele ficou o dia inteiro fazendo cera. Temos ainda outras situações que comprovam nossas particularidades, como por exemplo, o tratamento especial para pelo do cachorro nas lojinhas de cuidados caninos. Eu, pelo menos, não tenho animais domésticos, contudo, há quem curta isso e, muito diferente disso, existem pessoas que preferem ficar vendo as saias curtas das mulheres com tudo em cima, sem que isso saia da esfera do respeito. Faz parte da cultura! O milho, outra boa situação para ser citada, é responsável por quase 50% da composição de toda cultura vegetal dos EUA. Uma vez, uma composição carregada se soltou, num acidente de trem que estava correndo muito, e o milho que caiu cobriu toda esfera dourada símbolo da cidade de Salzburg. Isso daria até uma composição musical visto tamanha impossibilidade desse fato realmente ocorrer.
Só tenho certeza de uma coisa: a única constante na vida é a mudança constante na vida!
quarta-feira, 23 de março de 2016
NEGOCIAÇÃO: HABILIDADE EM FOCO
Por João Oliveira
Quando Darwin discorria em sua obra sobre a evolução das espécies deixou claro que são aquelas que melhor se adaptam no ambiente que sobrevivem e que, necessariamente não são as mais fortes. No momento atual, agregar valores e diluir conflitos é um ponto importante em qualquer instituição e, embora isso seja, culturalmente falando, uma atribuição do gestor, também deve ser uma constante na mente de cada colaborador.
Quase sempre estamos dependendo do outro para alcançar nossos objetivos. Por isso, a negociação está presente no dia a dia em todos os ambientes através de situações simples como decidir onde será a reunião dessa semana, ou complexas, onde postos de trabalhos podem ser suprimidos. Assim, estar dialogando com os elementos de uma instituição é um exercício de clarificação da comunicação e assertividade, principalmente no quesito emocional.
Dessa forma saber negociar para obter os melhores resultados possíveis é uma qualidade indispensável para quem desejar alcançar sucesso no ambiente corporativo. John Nash, matemático americano, recebeu um prêmio Nobel graças à sua participação na elaboração na Teoria dos Jogos. Essa teoria, hoje aplicada em quase todos os ramos onde exista interação entre humanos, fala sobre a possiblidade de se obter o melhor resultado possível de forma que todos os participantes envolvidos na disputa obtenham resultados positivos também. Seria como uma troca de concessões, onde todos os lados pudessem sair ganhando.
Todas as organizações de uma maneira geral dependem da cooperação entre os seus colaboradores e outras instituições para obterem resultados positivos no mercado. O processo comunicacional é o elemento fundamental para se estabelecer trabalho conjunto efetivo e o conflito é a quebra de pacto pela produtividade.
No entanto, existem diferentes características de personalidades, diversas estruturas socioculturais de onde se originam os integrantes da estrutura e, isso, vai definir suas atitudes, e a natureza de seus relacionamentos, tipos de acordos possíveis e o compromisso posterior com as decisões formadas. Não se trata de uma regra matemática onde diferentes valores, quando somados repetida vezes, irão apresentar os mesmos resultados. O ser humano é complexo e demanda certa flexibilidade de estratégias quando se deseja o sucesso na negociação.
Podemos elencar três características básicas necessárias para uma boa argumentação durante a negociação: conhecimento, habilidades e atitudes. Não se pode entrar em uma negociação onde o tema é desconhecido ou se têm poucas referências e, negociar também depende de uma certa dose de habilidade conversacional. Por último, é necessária a atitude de querer alterar o processo final. Resumindo: trata-se de uma habilidade que pode ser desenvolvida, pois é importante em qualquer estrutura.
Sempre teremos opiniões divergentes de como solucionar demandas. Um gestor, mesmo tendo autoridade para as intervenções, também deve ouvir outros posicionamentos que podem apresentar criativas soluções ou argumentos convincentes. Reconhecidamente, nos dias atuais, a questão da mobilidade e flexibilidade são imperativas no universo corporativo. Sem a devida atenção, oportunidades podem ser desperdiçadas e interesses contrariados. A necessidade do olhar global, e não só nos próprios interesses, é uma premissa básica para uma competitividade saudável.
O então Ministro do Comércio e Desenvolvimento Internacional da Inglaterra disse certa vez em 2007: “No século XX, a potência de um país era medida pelo que ele poderia destruir. No século XXI, a força deve ser medida pelo que somos capazes de construir juntos”. Para isso a negociação é a ferramenta mais importante: aglutinar valores.
Manter a ética profissional e o respeito aos posicionamentos diversos também é um exercício de empatia: a capacidade de se colocar no lugar do outro. Até mesmo em uma entrevista de recrutamento e seleção, antes de adentrar ao ambiente corporativo, já é avaliada a capacidade do possível futuro colaborador em lidar com conflitos e qual o seu nível de habilidade em negociação.
Na verdade, qualquer diálogo já é um pequeno exercício de negociação. Seja em um momento social ou familiar, longe das decisões profissionais, ter a capacidade de lidar com antagonismos, sem criar dicotomias, limitando-se apenas a dois posicionamentos (certo ou errado) deve alavancar melhores relacionamentos. Sendo assim, aprimorar as táticas de conversação e a capacidade de aceitar o diferente como parte de um procedimento em busca da solução deve ser um caminho para o sucesso na contemporaneidade.
Sabemos que o departamento de RH de qualquer empresa deve funcionar como um coração que bombeia sangue renovado para todo organismo. Ser um desses profissionais requer atenção a fluidez da comunicação entre as partes integrantes de uma estrutura organizacional. Lançar mão de treinamentos e dinâmicas onde partes opostas interagem em busca de recursos para solucionarem tarefas é um bom meio de criar sinergia. Onde existe uma boa sinergia ocorrendo entre os colaboradores existe também a certeza de sucesso à frente.
terça-feira, 15 de março de 2016
sábado, 12 de março de 2016
MUNDO JUSTO
Por João Oliveira (Psicólogo CRP 05/32031)
Existe nos seres humanos uma constante tentativa de dar ordem ao caos. Essa arrumação do mundo faz parte de uma estratégia do cérebro para lidar com muitas informações ao mesmo tempo de forma que não sobrecarregue o sistema. Assim, nos é mais fácil acreditar que existe uma lógica reinante em nosso universo físico e que sempre teremos um bom resultado se formos éticos e bondosos com todos os outros seres que também habitam o nosso planeta.
Infelizmente isso não é verdade. Pessoas boas podem sofrer perdas, adoecem e morrem. E alguns canalhas vivem bem até o último dia de vida, sem nunca serem incomodados por nenhuma força contrária ao seu bem-estar. Ou seja, a tal justiça, que deveria prevalecer de fato, não faz parte da realidade.
A falácia do mundo justo sempre foi implantada em nós pelas religiões ocidentais. No universo filosófico, mais presente no oriente, não é tão forte essa necessidade de receber benefícios vindos graciosamente das mãos de seres onipotentes só porque está se agindo corretamente em relação ao seu ambiente social. Ser correto, sério, honesto, ético e agir dentro da moral reinante é o mínimo que se espera de qualquer um de nós e isso não pode ser considerado uma moeda de troca.
Todos nós estamos sujeitos ao acaso e isso tanto pode significar a chamada sorte quanto o temido azar. Não há garantias de uma vida sem dor ou sofrimento para nenhum ser vivo por mais que ele tenha comportamentos louváveis e cheios de boas intenções para com seus semelhantes.
O interessante é que podemos ter uma expectativa de como pensa e age uma nação inteira baseada, apenas, na conduta de alguns de seus representantes. Assim, ao observarmos os japoneses retirando o lixo no Maracanã deixado pelos brasileiros ao final de algumas partidas da última copa, podemos ter uma ideia de como esse povo se comporta em sua própria nação. Dessa forma, o estereótipo de um país, com milhões de habitantes, está seriamente vinculado à observação do padrão comportamental de apenas algumas dezenas de pessoas.
No Brasil possuímos várias condutas, que estão organicamente inseridas em nossa cultura, que algumas leis são necessárias para impor atitudes éticas e assertivas em relação aos nossos semelhantes. O preconceito é um exemplo de como os seres humanos pensam de uma forma e agem de outra, pois existe em todo o mundo e no Brasil são tantos tipos de preconceito quanto podemos pensar: raça, religião, altura, obesidade, idade, sexualidade, beleza e a lista aumenta se incluirmos classe social, regionalidade, grau cultural e muito mais. A imaginação é o limite.
Importante lembrar que os que pensam estar acima do limiar de contato do pensamento alheio e que nunca serão alvos de preconceito ainda não experimentaram morar fora do Brasil. Existem locais onde os brasileiros geralmente são até bem tratados, mas, somente quando estão travestidos de turistas. Pode-se sentir na pele o peso do preconceito nos países europeus, principalmente os nórdicos, que tratam os residentes estrangeiros da mesma forma que muitos aqui se relacionam com os que consideram de castas inferiores inclusos nas categorias já citadas.
Mas, a roleta russa do preconceito não para por aí. Esses mesmos nórdicos, quando aqui estão, são tratados pelos nativos como vítimas portadoras de câmeras fotográficas na orla de Copacabana. Assim, o ciclo se fecha, preconceituoso um dia e vítima no outro. O mundo é muito estranho mesmo.
O grande problema que enfrentamos de uma maneira geral é a espera de retorno pelas boas atitudes praticadas. Sem querer introduzir nenhum aspecto religioso, apenas pense o seguinte: porque motivo estamos aqui de fato? Será que somos parte de um grande jogo entre o bem e o mal e, se atuarmos corretamente, teremos vantagens que nos colocarão em destaque acima dos que não agem da mesma forma?
Isso até poderia existir se as relações que podem ofertar ou retirar benefícios não fossem administradas por seres humanos e, se a natureza pudesse parar o tempo nos mantendo jovens e saudáveis. Dessa forma, o mundo não é justo. Ele é tão humano quanto os que nele vivem.
Mudar a estrutura de um país para tornar o mundo em que vivemos mais equilibrado depende de ações que muitas vezes podem ir contra a uma composição já assimilada como normal. São atitudes comportamentais já totalmente inseridas como parte da cultura e entendidas como “o jeito de ser” do povo. Não são poucas as pessoas que aceitam a corrupção como algo institucional e que o pagamento de propinas faz parte de um negócio já estabelecido. Pode ser que muitos desses indivíduos se assustem ao ver alguma mudança de cenário e um pensamento ordeiro querendo impor normas que são, pelo menos no papel, legítimas.
Não dá para esperar o mundo (pelo menos o nosso) se ajustar naturalmente. Isso pode levar mais anos do que temos de vida. Nem devemos apenas rezar para que todo o planeta se torne amigável e sereno como gostaríamos que fosse. Torna-se necessário apoiar o respeito pelas leis, dar o exemplo com nossas atitudes e experienciar ser ético apenas porque é assim que devemos ser. Sem esperar as estrelinhas de premiação no final da aula.
O mundo que pode ser justo começa com um único sujeito justo. Cada um de nós fazendo a sua parte nas mínimas coisas, mesmo quando não há ninguém observando. Da autonomia individual nasce o respeito ao próximo dentro da soberania nacional. Muda não só o personagem, mas, a imagem de toda uma nação.
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