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quinta-feira, 29 de novembro de 2012

FUTURO




                    

                 Era o ano de 1965, mês de setembro, um senhor de 69 anos estava sentado na sombra de uma árvore no Central Parque em Nova Yorque. Ele cantava um mantra ao mesmo tempo que batia dois pequenos pratos de metal fazendo um ritmo monótono porem hipnótico. Alguns jovens hippies, movimento da contracultura daqueles tempos, sentaram à sua volta para ouvir tal música diferente e cativante.


            Um dos jovens, mais ousado, perguntou: “– Quem é o senhor? É algum músico aposentado?”. Altivo, o idoso respondeu: “- Sou  Srila Prabhupada, presidente da Sociedade Internacional para Consciência de Krishna!”. O jovem espantado questiona: “- Mas o que é isso?”. Srila Prabhupada responde sem perder o tom: “ – Trata-se de uma confederação mundial de mais de cem centros, escolas, templos, institutos e comunidades rurais. Contamos com mais de 50.000 adeptos em todo o mundo!”  Pasmo o jovem hippie finaliza meio descrente: “ – E onde está tudo isso?” – Prabhupada responde: “- No futuro meu jovem, está tudo pronto no futuro!”. Naquele dia Prabhupada tinha, em seu bolso, apenas um dólar e, pouco antes de morrer em setembro de 1977 seu futuro estava pronto e até um pouco maior que sua previsão inicial.


            A lição desta história é que o futuro pode mesmo estar pronto para quem acredita nele. Fazer planos, traçar metas, não deve ser algo que ative ansiedade e sim algo prazeroso de ser idealizado. O grande dilema dos dias atuais é o curto prazo para pequenas tarefas, elas ocupam a mente e bloqueiam um traçado mais apurado a longo prazo.


            Estamos preocupados com o almoço, o jantar, o final de semana, as provas, o salário, as prestações, nossos filhos... São tantos cenários que a mente não consegue, muitas vezes, focar no grande projeto existencial. Para tal, é necessário um distanciamento do mundo, um afastamento temporário para o questionamento maior sobre nosso trajeto neste plano: o que queremos da vida?


            Pense no chocolate mais gostoso da caixa. É o que você guarda para comer por último? Essa maneira de pensar coloca sempre para depois o melhor da vida. Algumas pessoas estão esperando se aposentar, juntar dinheiro, se formar e tantas outras desculpas que ocupam o tempo e não permitem usufruir da vida todos os chocolates deliciosos.


            Pare um minuto (pode demorar mais) e descubra o que lhe dá prazer e como pode conciliar isto no seu dia a dia. Agora se projete no futuro: O que você deseja? Qual o presente que você pode se dar para daqui a – sei lá? – vinte anos? Será que você merece algo de bom? Como pode construir isto, um pouco a cada dia?


            Preste atenção, pois são duas etapas distintas: viver o momento e projetar o futuro.


            Quando o futuro está em sintonia com o seu prazer no presente, a vida segue como um barco em mar sereno. Todos os dias a vontade de viver é renovada. Não são necessárias renúncias dolorosas para que o amanhã seja premiado. Mas também não devemos mergulhar no instante sem preservar algo para o nosso eu distante.


            Equilíbrio seria a palavra mais certa junto com a confiança de ter um desenho claro do caminho a seguir. Projetar, viver e seguir dão ao ser humano a capacidade de se reconstruir a cada dia.


            Faça planos, mire o futuro, mas não se esqueça de saborear o dia de hoje!


 Por: Prof. Msc. João Oliveira - Psicólogo -

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Mentira X Emoções

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Mentira X Emoções 



                A grande maioria das pessoas acredita que existe uma fórmula infalível de se descobrir a mentira na face dos outros apenas com algumas dicas como, por exemplo, os movimentos dos olhos para alto a direita. Isso não corresponde à realidade, pois outros fatores devem ser avaliados antes de julgar o conteúdo proferido por alguém. Um gesto, apenas, funciona como uma única palavra fora de um texto, não tem muito significado isolada, ela precisa estar dentro de uma frase para fazer sentido.

                A análise comportamental é uma ciência séria e ainda sofre muito com apressadas sentenças feitas por impulso e sem a devida profundidade. Não existe um único sinal na face que demonstre a mentira! O contexto como um todo, deve estar sendo avaliado e, mais ainda, existem mentirosos que conseguem se colocar sem deixar um único vestígio. Estes são os que acreditam no que estão dizendo, vivem suas fantasias.

                Para nós o importante é analisar as emoções que se manifestam nas expressões faciais (expressas ou instaladas), nas micro expressões e na linguagem corporal. Não sem antes avaliar se o sujeito à nossa frente é destro ou canhoto pela percepção de preferência de comando muscular (esquerdo ou direito) exposta pelo tamanho da face – um lado sempre é maior que o outro.

                São tantos detalhes envolvidos e a maioria deles ainda está sendo testada e comprovada ou não pelo método cientifico. A psicologia é uma ciência em desenvolvimento e todos os dias somos apresentados a novas descobertas sobre o funcionamento do cérebro. As propriedades da mente e, como elas influenciam o surgimento das emoções, ainda é um vasto campo de trabalho a espera de pesquisadores dedicados.

                Acredito que antes de se pensar em descobrir a mentira no rosto dos outros deveríamos estar preocupados em saber o porque alguém mente. A mentira social, por exemplo, é lubrificante social, sem ela todos seriam extremamente chatos só falando o que realmente pensam sobre os outros. Seria impossível a existência de políticos, embora muitos afirmem que só dizem a verdade.

                Outro fator que impede esta precisa análise da mentira é o grau de afeto entre as pessoas. Quanto mais próximas (ao contrário do que se pensa) menos a mentira pode ser percebida quando existe a intenção de trapacear. Um sistema interno parece querer preservar, em nós, a decepção diante de uma pessoa que amamos e cria – imediatamente – uma justificativa interna para abafar qualquer sinal externalizado da mentira que está sendo dita. Pense um pouco sobre isto.

                Conhecer a pessoa muito bem não é uma boa condição para uma análise comportamental isenta. Ao contrário, não ter uma formação ideológica sobre a personalidade de alguém, talvez seja um excelente pré-requisito. Óbvio que qualquer analista precisa traçar parâmetros e, para isto, precisa observar o sujeito se comunicando em diferentes níveis. Uma expressão ou manifestação verbal, fora de um cenário maior, não pode ser avaliada com precisão por ninguém.

                A única coisa que podemos afirmar com certeza, diante de uma conversação em andamento, são os perfis emocionais que estão ocorrendo nas micro expressões expostas pelo sujeito à nossa frente. Mas, mesmo assim, o que causa essas manifestações pode ser de ordem interna (Ex: imaginação/memória/lapso) ou externa (Ex: calor/frio/insetos/vento) e só mesmo o cuidado de ligar vários sinais apresentados pelo corpo, junto a estrutura comunicacional, para se chegar a uma possível decisão de mudança na linha de abordagem que está sendo desenvolvida. Ou seja: isso não é mágica nem jogo de adivinhação.

                A ciência da análise comportamental surge para auxiliar o homem a interagir melhor com o seu próximo. Facilitar a comunicação, levar as pessoas a um nível de entendimento maior com seus pares e não apenas como ferramenta de inquérito policial. Um bom comunicador deve ter, inclusive, maturidade para saber lidar com as emoções refratárias que poderá encontrar no dia a dia e possuir argumentos que possam levar a uma finalização positiva para todos.

                A mentira existe sim! Mas, são nas emoções que as movimentam onde vemos verdades!
  

Prof. Msc. João Oliveira
Psicólogo

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Jô Soares - Gravação no Programa do Jô em 20/11/2012

Foto do Ricardo Martins da Equipe de Produção do Programa do Jô

Entrevista sobre o livro: Saiba Quem Está à Sua Frente
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terça-feira, 13 de novembro de 2012

ISSO TAMBÉM VAI PASSAR





                A neblina estava baixando e os corpos dos soldados mortos na batalha contra os bárbaros se empilhavam. O braço sangrando e a perna imobilizada pelo corte da espada não doíam tanto quanto a honra de ter ficado escondido sob o escudo de bronze. Este escudo tinha uma história muito especial, ele havia sido um presente de um filósofo. Como General e líder de uma legião romana com mais de 3.000 homens, agora humilhado com a derrota, este escudo valia mais que toda filosofia. A inscrição que estava junto ao apoio, por trás do escudo, ardia em sua mente: Isto Também Passará!

                Quando os bárbaros começaram o ataque e foi ferido na perna e no braço direito, ficou sem ter como lutar, caído junto à roda de uma biga protegido pelo escudo enquanto seus soldados caiam ao seu lado. Ficou embaixo de um monte de corpos, isso salvou sua vida, mas enterrou sua honra. As palavras que o escudo exibia agora estão impressas em sua mente.

                A entrada em Roma pela Via Láctea não podia ser pior: mães, esposas e filhos, dos legionários mortos gritavam e lhe jogavam coisas. Mais uma vez o escudo foi útil, o levantou com o braço esquerdo e pode ler mais uma vez: Isto Também Passará!

                Os senadores não sabiam o que fazer. Claro que o seu nome era respeitado, mas perder uma legião inteira certificava que jamais voltaria ao campo de batalha, ainda mais manco de uma perna. Mas o exemplo de apoio deveria ser dado para que todos os outros generais e legionários soubessem que a senado sempre apoiaria o bom soldado. Foi lhe dado um cargo burocrático. Seria agora um meio de comunicação em o senado e todos os outros generais que comandavam as legiões. Alguns possuíam mais de 8.000 almas ao seu dispor e eram pessoas que gostavam de se comunicar com iguais, portanto nada melhor que outro general para fazer este papel de levar e trazer informações ao senado.

                Ao sair da casa de leis o sol estava forte, levantou o escudo e, como sempre, lá estavam as palavras: Isto Também Passará! Menino de recados do senado! Que fim de carreira.

                Os anos passam depressa, hoje seu nome é bem querido entre os generais, pois conseguiu grandes avanços nas relações entre este dois poderes. Mas, ninguém imaginava que o imperador iria ser assassinado! O fato em si revolucionou toda Roma, os generais estavam em pé de guerra determinados, cada um, a assumir o poder central. O momento era terrível, pois, várias legiões marchavam em direção a Roma, mas Victor, o senador cego, teve uma genial ideia, promover o contato do senado a Imperador de Roma, pois ele seria respeitado pelos generais e também possuía um bom trânsito no senado. Assim foi feito!

                A grande procissão de posse estava cheia de pompa, as pessoas atiravam flores em sua biga, a festa podia ser ouvida em todas as partes do império. As mesmas mães, esposas e filhos, que praguejavam contra sua vida, agora estavam aplaudindo o homem manco que se tornou  líder do império que dominava o mundo. Um escravo, para proteger seu amo dos raios do sol ergueu o escudo, lá permaneciam as palavras: Isto Também Passará!

                Nenhum de nós pode saber o amanhã, este mistério pertence aos deuses ou, para quem comunga Jung, ao inconsciente coletivo. O que hoje é glória, amanhã poderá ser memória e, o que hoje é dor, quem sabe, em um futuro próximo, poderá ser transformado em uma saborosa vitória. A vida, sem altos e baixos, seria monótona e não teria muito sentido. Não permita que um momento, apenas de um tom ruim ou bom, dê a totalidade de sua existência. 

                Afinal, a vida é feita de momentos. No plural...

Prof. Msc. João Oliveira 
Psicólogo

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Rádio MEC Programa Atualidades 13/11/2012

João Oliveira, Fernando Fenix e Cadu Freitas : tema Liguagem Corporal para a Sedução

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Programa Rio Melhor Idade CNT 11/11/2012

Cristiane Brasil entrevista João Oliveira sobre análise comportamental e seu Livro "Saiba Quem Está à Sua Frente"




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quinta-feira, 8 de novembro de 2012

O Senso Comum





            As pessoas sempre falam sobre o bom senso, isso já sabemos que não existe, cada um tem o seu bom senso que está diretamente ligado a cultura local – micro cultura melhor dizendo – e que difere de um quarteirão para o outro. Por sorte eu morei em vila na minha infância, um conjunto de casas coladas umas nas outras onde era possível ouvir as brigas de todos os vizinhos, até dos que moravam nas últimas casas, e isso ensina muito de como funciona esse tal de bom senso.

            Não há com existir bom senso que sirva pra todos, pois nossas vidas são diferentes e um conselho só pode ser útil para quem o dá! Claro! Pense bem, a nossas experiências são absolutamente diferentes. O que você sofreu e como interpretou fez de você o que é! Como pode a minha experiência de vida lhe ser útil?

            Lógico que não estamos tratando aqui nem de moral nem de ética, estamos falando daquela situação em que alguém pergunta: - “O que você faria se fosse eu?” Não existe resposta útil para esse tipo de pergunta.

            Disto podemos também inferir um pensamento a respeito do senso comum. Essa coisa de generalizar pensamentos e falsas metáforas. Vamos a um exemplo prático citado no livro Freakonomics (só não me pergunte qual dos dois, pois não me lembro mesmo) quando perguntado às mulheres destras o porque de terem preferência em segurar os filhos com o braço esquerdo elas respondiam que era para deixar o braço direito livre para pegar mamadeira e etc. Mas quando a pergunta era feita às canhotas, que igualmente preferem segurar os filhos com o braço esquerdo, a resposta era porque, com o braço esquerdo elas têm mais segurança e correm menos risco de deixar a criança cair.

            Na verdade, comprovou a pesquisa posteriormente,  elas fazem isso independente da razão consciente, pois se trata de uma programação genética – meninas pequenas também dão preferência a segurar bonecas com o braço esquerdo – segurando o recém nascido com o braço esquerdo ele fica com a cabeça mais próxima do ventrículo cardíaco esquerdo que (você não iria adivinhar) faz mais barulho, o som do batimento cardíaco! Ocorre que o feto durante nove meses ouve esse ruído e, fora do ventre, se sente incomodado com o novo mundo, ao ser colocado nesta posição ele tem acesso ao som novamente e – claro – se acalma!

            Então as explicações – senso comum – não tinham relação com a verdade! É mais ou menos por aí o resto de todas as coisas que costumamos arrumar uma explicação plausível sem base científica. O tal “achismo” impera sobre a realidade em quase tudo! Essa coisa de “- Eu acho que...” cria discórdias, atrapalha resoluções e impede o progresso da nação.

            Disto vem um pensamento um pouco mais complexo: existe democracia?  Pense numa tribo indígena onde as crianças estão com uma virose qualquer. O médico, branco, oferece a cura através de uma vacina onde, apenas uma dose aplicada por uma injeção, pode exterminar a doença que esta matando os mais novos da tribo. Mas o Pajé , aquele que detém o poder da cura pela mágica dos deuses, disse aos membros da tribo que todos os que tivessem a pele furada não seriam aceitos por Tupã. 

            Conclusão: a maioria optou por não deixar aplicar a vacina nos filhos! Sendo este um processo democrático, claro, o médico não pode exercer sua função! Todos os infectados morreram tendo a cura, todo o tempo, bem nas mãos do médico impossibilitado de agir pela votação na tribo.

            Solução?

            Sempre pergunte e questione qualquer verdade, até mesmo esta frase. Não existe verdade absoluta, tudo pode ter outra versão. Não existe senso comum, como também não existe consenso pleno e absoluto.  Somos seres únicos e minha verdade não serve para você, construa a sua ou observe o que já construiu.

            Filhos se revoltam com os pais justamente por isso. Os pais pensam que tem respostas, e isso é verdade, mas as perguntas foram diferentes. Espero ter contribuído para uma introspecção sobre dogmas, caso não tenha tido sucesso pergunte-se sobre o real significado da palavra fundamentalismo.

Prof. Msc. João Oliveira
Psicólogo

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segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Rádio CBN - Rede Nacional 06/11/2012

No ar esta madrugada com Alves de Mello na Madrugada CBN em rede nacional entrevista sobre o livro "Saiba Quem Está á Sua Frente".