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quinta-feira, 4 de outubro de 2012

ACASO, DESTINO OU SORTE?





                Uma vez , em 1983, estávamos numa encruzilhada em Santa Clara, praia hoje pertencente ao município de São Francisco do Itabapoana, norte do estado do Rio, não sabíamos se virávamos a esquerda ou a direita. Uma Kombi velha cheia de equipamentos de som e três jovens buscando oportunidades para ganhar algum dinheiro fazendo bailes. Não me lembro como foi tomada a decisão, mas viramos a esquerda. Depois de algumas ruas, viramos a direita de forma aleatória e paramos em um bar chamado Chaplin e, lá comecei a trabalhar como DJ naquele verão onde conheci e casei com a mãe de meus dois filhos.

                A pergunta é: onde estariam Victor e Maria, meu filhos, se tivéssemos virado a direita?

                Consequentemente todas as aventuras e desventuras de suas vidas e, o direcionamento da minha própria existência? Como seria a vida hoje – caso ainda houvesse – se uma simples decisão de dobrar uma esquina fosse feita de forma diferente?

               Quantas vezes você parou para esperar o sinal abrir ou avançou e mudou tudo que podia estar pronto para se desenrolar na sua vida? O ônibus que você perdeu? Aquele dia que faltou luz e você foi dormir mais cedo e não saiu para a balada? A prova do concurso que você chegou atrasado e não fez? Sua vida poderia ser totalmente diferente agora caso alguns passos fossem feitos de outra maneira.

                Existem pessoas que acreditam no destino, que todos nós somos predestinados a fazer algo em algum tempo e por isso estamos aqui. Mas muita gente também põe fé na sorte e, já ouvi muito isso, algumas dizem que eu, por exemplo, tenho muita sorte na vida. Não sei se tenho ou faço minha sorte, afinal se alguém entrar agora e me oferecer um emprego que remunera em R$ 30.000,00 por mês seria uma baita sorte não? No entanto, este mesmo emprego é para traduzir do Mandarim para  o Alemão e, como eu não conheço nenhum dos dois idiomas, não estarei apto para o trabalho. Então a sorte não encontrou o preparo!

                O acaso deve existir, pois mesmo com o grande número de pombos que voam por aqui onde moramos, nunca fui alvo de bombas de fezes mas, já vi gente, bem à minha frente, se atingido em cheio por estes bombardeiros de penas. Então isto deve ser obra do acaso, pois não há forma de evitar a não ser que não se saia de casa: até meteoritos podem cair na cabeça da gente! Mas,  um pensamento não foge da mente, quanto estudamos e treinamos mais sorte podemos ter!

                Não saberia dizer a diferença de acaso e destino, apenas que um deles tem importância menor, é coisa de momento, não passa de alguns instantes, já o destino deve ser algo maior de longo prazo. Minha mãe dizia: - “ Meu filho vai ser é professor!”, fui tudo que se possa imaginar nesta vida antes de chegar ao ponto programado por Dona Maria José afinal, já estava escrito mesmo no destino. Podemos complicar um pouco mais essa estória pois, se não houvesse o preparo de que adiantaria o tal destino? Ou, quem sabe, poderia estar dando aulas de outras coisas que não necessitam de tanto empenho e devoção de tempo.

                Vamos agora olhar para a sua linha temporal que está se montando. Faça-se uma pergunta: - “Para onde  está indo?”. Qual o destino que acredita ter esperando por você dentro de alguns anos? O que pode ser feito para acelerar o encontro com sua sorte?

                Lembro-me da história de um homem, com pouco dinheiro, que comprou cinco ternos novos, cada um para um dia da semana. Sem emprego e não tendo mais como se manter ele vestiu-se da melhor forma possível e ficou andando pelo parque em frente ao hotel onde estava. Era a década de 20 e, os EUA viviam um momento muito difícil. Ele caminhava e dizia a si mesmo:  - “Veja sorte, eu me preparei para te encontrar! Veja como estou bonito e elegante! Venha, estou te esperando!”. Dizia isto enquanto caminhava e, de vez em quando, sentava em um banco no meio do jardim, depois de alguns minutos voltava a caminhar e assim passava o dia, sempre repetindo o seu mantra de espera da sorte.  Todos os dias pela manhã ele estreava um dos ternos, afinal tinha de estar muito elegante para que a sorte o reconhecesse, porém já era quinta feira e a sorte ainda não havia dado sinais de sua presença.

                Sentou-se, já sem esperanças, ao lado de um velho senhor  que, de forma surpreendente lhe disse: - “ Tenho observado senhor todos os dias desta semana, homem fino, bem trajado e, pelo porte do andar, sei que se trata de alguém com muita autoestima. Preciso de alguém assim para gerenciar uma fábrica que tenho aqui em Nova Yorque, o senhor se interessaria?”  

                Vamos nos preparar para a sorte visando o nosso destino e, se o acaso permitiu que você lesse este texto, é por que algo já deve estar mudando em sua linha temporal.

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

João Oliveira na Revista PSIQUE Setembro 2012

Quando a idade pesa na mente 
De nada adiantam as intervenções estéticas. Manter o cérebro ativo é a receita para obter aparência e intelecto joviais e longevos, com cuidados e atividades que vão muito além da preocupação com a forma física

Acesse a matéria clicando aqui! 

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

EAD


                Ainda enfrentamos certo preconceito com o ensino a distância. Este modelo, também conhecido por sua sigla: EAD, gera alguns movimentos de rejeição como se fosse um novo elemento em nossa maneira de formar conceitos ou trocar conhecimentos.

                Provavelmente os mais novos não devem se lembrar do extinto Projeto Minerva, anos 70 e 80, que, pelas ondas do rádio, levava a didática do ensino de primeiro e segundo grau a milhares de brasileiros. Mais recentemente os Telecursos com ensino fundamental e médio prepararam, igualmente, um universo de pessoas para se certificarem em exames semestrais. Quantos trabalhadores, sem possibilidade de frequentar uma sala de aula tradicional, conseguiram alcançar um nível melhor de emprego e salário graças a este meio de contato com o saber?

                Não precisamos ser tão modestos ao falar de ensino a distância por que, até onde sei, além do ensino a distância física existe o ensino a distância no tempo e, com a aprovação de todos, ocorre de forma cotidiana em nossas vidas, pois, toda vez que pegamos um livro para ler pode ser que o autor já esteja morto a muitos anos. Isto também é, de forma bem simples, um formato EAD, só que além da barreira da vida. Platão ainda tem muito a nos dizer!

                Grandes percursos a percorrer nas grandes cidades, o estresse do dia de trabalho,  falta de tempo para família, apenas alguns impeditivos que vêm a mente das pessoas quando pensam em continuar seus estudos. Internet rápida, computadores mais baratos e investimento mais baixo em uma pós ou graduação EAD são os estímulos de um lado da moeda, do outro podemos elencar fatores como: baixo custo de sala de aula, energia elétrica, mobília, número de funcionários para manter uma estrutura física e, a maior vantagem para o empresário do saber, um número maior de alunos por classe.

                Tudo indica para uma vitória certa do ensino a distância e, aqueles que não estiverem preparados, com certeza, vão perder o bonde da história. Já podemos perceber algumas instituições de ensino sentido no bolso a entrada do EAD em graduações antes inquestionáveis de saírem porta afora. Esta é a grande mudança em um ambiente onde nada ocorreu nos últimos dois mil anos: a sala de aula.

                Claro que sair da rotina sempre dói e, pode ser muito difícil para uma estrutura antiga adotar novas posturas. Este medo de enfrentar alterações significativas nada mais é que comodismo e preguiça, dois fatores capazes de destruir qualquer empreendimento financeiro. Uma desculpa razoável seria acusar a falta de estrutura tecnológica, mas isso está sendo vencido a cada ano com a evolução dos produtos e os jovens que buscam conhecimento pois eles parecem já vir, do útero, com softwares integrados a personalidade pois não temem inovações.

                Desta forma os que não conseguirem surfar nesta onda de ensino a distância irão perecer rapidamente e, a aceitação dos profissionais gerados por este modelo, no mercado de trabalho, será natural, pois todos os dias surgem novas graduações EAD em todo mundo. Cursos livres, de formação e pósgraduações já podem ser encontrados no ambiente virtual em todos os formatos possíveis. Nada diferente daqueles antigos cursos por correspondência – lembra? – pois é, caso você queira saber como estão, basta fazer uma busca pelo nome no Google, todos agora, acredite, funcionam pela internet.

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Entrevista para a TV ALERJ 25/09/2012


Homenagem pelo dia do Hipnólogo Clínico



No dia 25 de setembro é comemorado do Dia do Hipnólogo em alguns estados brasileiros, mesmo sem uma data fixada no Estado do Rio o Dep. Marcelo Simão, ciente dos bons serviços prestados por esta categoria de profissionais de saúde, aproveitou esta data para agraciar, com uma Moção de Aplausos, alguns dos representantes mais destacados desta área em nosso estado.

Uma ferramenta valiosa para o cuidado com o ser humano a Hipnose Clínica é reconhecida por várias profissões da área de saúde como um elemento auxiliar em diferentes estratégias clínicas. Profissionais terapeutas e também: médicos, odontólogos, psicólogos, fisioterapeutas e enfermeiros fazem uso diário deste poderoso facilitador de acesso a cura do indivíduo. 

O Dep. Marcelo Simões entendeu que todas as categorias que prestam serviço a saúde pública precisam ser incentivadas, sempre que possível, para continuarem a prestar bons serviços a toda comunidade de nosso estado.

Ao lado do Deputado Marcelo Simão

Na mesa diretora das homenagens

Beatriz Acampora recebendo sua Moção

João Oliveira recebendo sua Moção das mãos do Deputado Marcelo Simão

Beatriz e João Oliveira

Todos que receberam a homenagem

terça-feira, 25 de setembro de 2012

Moção recebida da ALERJ no dia 25/09/2012

O Deputado Estadual, Marcelo Simão, prestou uma homenagem aos Hipnólogos que mais se destacaram na prática, divulgação e ensino da hipnose clínica no estado do Rio de Janeiro. Foram onze agraciados com moções de congratulações e aplausos pela ALERJ. Entre eles os psicólogos diretores do ISEC Beatriz Acampora e João Oliveira.


Beatriz é professora da Estácio de Sá e hoje ministra, entre suas ementas, Hipnose Clínica no Campus Rebouças.


João Oliveira é coordenador/professor do Curso de Pósgraduação em Hipnose Clínica do ISEC.

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

MEDO



MEDO

                O medo é uma emoção que visa proteger o corpo para a preservação da espécie. Funciona como um alerta ao perigo, um alarme, que dispara uma produção endócrina e direciona recursos internos para que o sujeito possa evitar, fugir ou paralisar diante de uma possível ameaça. Neste sentido o medo é positivo, pois protege o indivíduo de algo ameaçador. Pelo menos é desta forma que o medo deveria funcionar.

                Entre os sintomas físicos presentes no medo, podemos citar alguns como: aumento da pressão direcionado o sangue para músculos dos braços e pernas, sudorese, aceleração do batimento cardíaco e ciclo respiratório, estado de prontidão e alerta; quando é intenso e rápido, pode ocorrer vômito ou diarréia advindo do descontrole dos esfíncteres e, quando a ameaça é contínua e duradoura podemos ter uma diminuição da velocidade do metabolismo e o aumento de peso. Uma estratégia do corpo para parecer maior diante da ameaça.

                A paralisação do corpo também é uma das táticas que o medo se utiliza para a evitação do confronto. O problema deste modo é que, no mundo animal, sempre que um indivíduo usa desta estratégia diante de outro membro da mesma espécie a situação não finaliza de modo favorável para quem se finge de morto. Esta forma de defesa só tem êxito diante de confronto entre espécies diferentes.

                O grande problema é que as ameaças não são mais as mesmas de quando morávamos nas cavernas e, portanto o preparo para as reações de luta e fuga (corpórea) não são mais válidas e, para piorar um pouco as coisas, a evolução ainda não alcançou a sociedade moderna, onde as demandas são solucionadas no diálogo e sem agressões – ou pelo menos deveriam ser – e por isto esta emoção acaba por criar uma grande tensão no corpo que, sem uma ação que consuma o potencial energético criado, faz surgir sintomas variados comumente chamamos de estresse. Na verdade isto deve ser medo acumulado!

                Não é difícil de entender! Imagine um carro onde o motorista fica acelerando até o máximo o motor, mas não engata marcha alguma, não chega a sair do lugar, e o motor, claro, esquenta muito, consome gasolina e, se essas aceleradas forem muito violentas, pode vir até mesmo a trincar o motor. Então é mais ou menos assim: diante da ameaça o corpo se prepara para uma tomada de decisão que pode ser a fuga – correr ou subir em árvores – ou lutar – com socos, dentes e o que puder usar como arma, pedras, por exemplo. Se o medo evoluir para a raiva, o evento torna-se ainda mais catastrófico, pois surge a persona do animal acuado que é capaz de tudo para solucionar o impasse, ele vai lutar mesmo sem que tenha condições de vitória.

                Mas, nos dias de hoje essas opções de atitudes não são aceitas pela nossa sociedade e, toda essa energia que é direcionada para os músculos que deveriam entrar em ação vão acabar em outro lugar e, neste caso, toda pressão criada vai acabar se tornando um problema, na forma de algum sintoma que pode chegar à doença propriamente dita. 

                Como evitar?

                Use a lógica para achar a solução: o corpo quer ação! Então pratique alguma atividade física aeróbica para “queimar” toda produção interna e libere as tensões acumuladas pelos eventos diários. Não tenha vergonha de mudar o nome de ansiedade para medo, é a mesma coisa, os resultados físicos são os mesmos! O nome só mudou para você ficar mais confortável em expor o que sente sem ter de dizer que, diante do medo, não tomou uma atitude de resolução. Então, as diferenças que envolvem os conceitos de medo e ansiedade são apenas semânticos e o corpo não entende muito disso.

                Claro, não vá sair correndo, praticando a essa dica de hoje, quando se sentir ameaçado de perder o emprego ou levar o fora de uma garota. Se um evento deste perfil ocorrer tente, imediatamente, ressignificar a situação. Pense como daqui a cinco anos você estará se lembrando deste fato. Distanciar-se da situação, mesmo na imaginação, pode ter um bom efeito na diminuição do impacto emocional.

                Este assunto não se esgota aqui. Mas é um bom início de elaboração para que possamos pensar sobre o que nos provoca medo no dia a dia e porque reagimos assim? Quem sabe, a partir de hoje, você poderá lançar um novo olhar sobre tudo aquilo que lhe ameaça de uma forma ou de outra e não mais ter as mesmas reações corpóreas?