Ainda
enfrentamos certo preconceito com o ensino a distância. Este modelo, também
conhecido por sua sigla: EAD, gera alguns movimentos de rejeição como se fosse um
novo elemento em nossa maneira de formar conceitos ou trocar conhecimentos.
Provavelmente
os mais novos não devem se lembrar do extinto Projeto Minerva, anos 70 e 80,
que, pelas ondas do rádio, levava a didática do ensino de primeiro e segundo
grau a milhares de brasileiros. Mais recentemente os Telecursos com ensino
fundamental e médio prepararam, igualmente, um universo de pessoas para se
certificarem em exames semestrais. Quantos trabalhadores, sem possibilidade de
frequentar uma sala de aula tradicional, conseguiram alcançar um nível melhor
de emprego e salário graças a este meio de contato com o saber?
Não
precisamos ser tão modestos ao falar de ensino a distância por que, até onde
sei, além do ensino a distância física existe o ensino a distância no tempo e,
com a aprovação de todos, ocorre de forma cotidiana em nossas vidas, pois, toda
vez que pegamos um livro para ler pode ser que o autor já esteja morto a muitos
anos. Isto também é, de forma bem simples, um formato EAD, só que além da
barreira da vida. Platão ainda tem muito a nos dizer!
Grandes
percursos a percorrer nas grandes cidades, o estresse do dia de trabalho, falta de tempo para família, apenas alguns
impeditivos que vêm a mente das pessoas quando pensam em continuar seus
estudos. Internet rápida, computadores mais baratos e investimento mais baixo
em uma pós ou graduação EAD são os estímulos de um lado da moeda, do outro
podemos elencar fatores como: baixo custo de sala de aula, energia elétrica,
mobília, número de funcionários para manter uma estrutura física e, a maior
vantagem para o empresário do saber, um número maior de alunos por classe.
Tudo
indica para uma vitória certa do ensino a distância e, aqueles que não
estiverem preparados, com certeza, vão perder o bonde da história. Já podemos
perceber algumas instituições de ensino sentido no bolso a entrada do EAD em
graduações antes inquestionáveis de saírem porta afora. Esta é a grande mudança
em um ambiente onde nada ocorreu nos últimos dois mil anos: a sala de aula.
Claro
que sair da rotina sempre dói e, pode ser muito difícil para uma estrutura
antiga adotar novas posturas. Este medo de enfrentar alterações significativas
nada mais é que comodismo e preguiça, dois fatores capazes de destruir qualquer
empreendimento financeiro. Uma desculpa razoável seria acusar a falta de
estrutura tecnológica, mas isso está sendo vencido a cada ano com a evolução
dos produtos e os jovens que buscam conhecimento pois eles parecem já vir, do
útero, com softwares integrados a personalidade pois não temem inovações.
Desta
forma os que não conseguirem surfar nesta onda de ensino a distância irão
perecer rapidamente e, a aceitação dos profissionais gerados por este modelo,
no mercado de trabalho, será natural, pois todos os dias surgem novas graduações
EAD em todo mundo. Cursos livres, de formação e pósgraduações já podem ser
encontrados no ambiente virtual em todos os formatos possíveis. Nada diferente
daqueles antigos cursos por correspondência – lembra? – pois é, caso você
queira saber como estão, basta fazer uma busca pelo nome no Google, todos
agora, acredite, funcionam pela internet.
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