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quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012
sábado, 25 de fevereiro de 2012
Palestras On Line do ISEC - Terças 19h00 - com Beatriz Acampora
sábado, 18 de fevereiro de 2012
Interpretação de sonhos no modelo Junguiano
Nossos sonhos funcionam como um amigo leal que fala sobre você, para o seu bem, mas não sabe o nosso idioma e escreve muito mal. Pode ser ainda pior: nem sempre o que é bom para o inconsciente, expresso nos sonhos, é o melhor que pensamos, a nível consciente, para nós!
Para que serve a interpretação dos nossos próprios sonhos?
- Identificarmos e resolvermos os conflitos dentro de nós e que impedem a nossa maneira de agir.
- Reconhecermos as defesas que usamos para repelir ameaças imaginárias ou reais.
- Evitarmos a tendência à frustração.
- Ampliar a flexibilidade de comportamento.
"Os Sonhos são entidades misteriosas, com mensagens de um amigo desconhecido que é solícito mas objetivo. Sua caligrafia e linguagem são, por vezes, obscuras, mas nunca há qualquer dúvida quanto à preocupação subjacente com o nosso bem-estar fundamental – que pode ser diferente do bem-estar que imaginamos ser a nossa meta." – JUNG
Jung conceitua os sonhos como sendo processos psíquicos naturais, análogos aos mecanismos compensatórios do funcionamento corporal. Os sonhos, na sua função compensatória, funcionariam de três modos possíveis:
- O sonho pode compensar distorções temporárias da estrutura do ego.
- O sonho pode atuar como auto-representação da psique, colocando a estrutura do ego em funcionamento com a necessidade de adaptação ao processo de individuação.
- O sonho é uma tentativa para alterar diretamente a estrutura dos complexos sobre os quais o ego arquetípico se apóia para a identidade no nível mais consciente.
A compensação das visões distorcidas ou incompletas do ego vígil é, de acordo com a teoria junguiana, o propósito dos sonhos. Nossa forma vígil de encarar as coisas sempre é incompleta, razão pela qual sempre há espaço para a compensação. A origem teórica dos sonhos é o Si-mesmo, o centro regulador da psiquê.
Para Jung há três etapas principais para que se possa interpretar um sonho, são elas:
- uma compreensão clara dos detalhes exatos do sonho;
- a reunião de associações em ordem progressiva, em um ou mais de três níveis: pessoal, cultural, arquetípico;
- a colocação do sonho ampliado no contexto da situação vital e do processo de individuação da pessoa que teve o sonho.
Assim, para Jung, o sonho deve ser interpretado no contexto da vida corrente da pessoa que o tem. A aceitação do sonho como confirmação da atual posição consciente da pessoa pode fornecer informações sobre o caráter compensatório dos sonhos.
Para identificar nos sonhos as informações necessárias, no intuito de praticarmos mudanças nas nossas vidas, é necessário ter a capacidade de decodificação dos elementos oníricos. Isso não é tão difícil, mas é preciso muita atenção para não se fazer julgamentos precipitados e acabar tendo uma leitura equivocada.
Um exemplo claro disso é quanto temos sonhos de conjunção carnal. Às vezes podemos ficar perturbados, pois as pessoas envolvidas não poderiam, pela ordem moral, estar praticando tal ato e extraindo prazer dele. Isso pode criar, inclusive, angústia e sofrimento ao sonhador.
No entanto o sonho não se preocupa com o corpo físico e, do seu jeito, ele simboliza uma união de personalidades, um apego psicológico. Faz isso da maneira mais forte que tem em sua simbologia: sexo! Ou seja, sonhou que está fazendo sexo com alguém significa desejo de proximidade maior a nível psicológico, união de personalidades.
É possível ainda, segundo Jung, o psicodiagnóstico precoce de várias alterações psicológicas. O sonho alerta mesmo antes de surgirem no mundo vígil. Um exemplo é o sonho que você está chegando atrasado para uma prova ou não consegue chegar a tempo para embarcar em um trem, avião. Este sonho relata o nível de ansiedade que se avizinha. Algo em seu comportamento diário está causando forte pressão e precisa ser revisto antes que o dano seja mais evidente.
Sonho ruim é bom e sonho bom é ruim. As pessoas que estão próximas à morte sonham com coisas espetaculares. Mesmo não estando cientes da sua situação de comprometimento, por doenças, e que isto terá como consequência a morte em algum tempo, seus sonhos, relatados, dão conta de compromissos a longo prazo. Elas falam que sonham com casamentos, viagens longas, que estão entrando numa faculdade, que adotam uma criança e etc.
Óbvio que nem todo mundo que sonha com temas parecidos com estes está destinado a morrer em breve, mas isso demonstra o caráter compensatório dos sonhos. Eles vêm para apaziguar a mente, um conforto, já que nada mais pode ser feito pelo organismo.
O não lembrar dos sonhos é um elemento complicador, coisas da modernidade, de uma carga emocional tão grande que o mundo onírico, em suas elaborações, não dá conta de resolver. Claro que existe solução, mas isso é outra longa história.
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quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012
terça-feira, 14 de fevereiro de 2012
Medo e Culpa
Quase todas as pessoas da nossa cultura têm, instalados, dois elementos negativos na constituição psicológica: medo e culpa. São inibidores comportamentais, limitadores densos que impõem tetos baixos para os vôos do crescimento individual.
O medo está relacionado a finitude, ao processo natural de crescimento, envelhecimento e morte. Desta forma, para alguns, pesam os dias vividos, pois, a percepção de tempo, pode ser muito diferente para cada um de nós. Os que contam o tempo chegando não se importam com os dias corridos, mas aqueles que olham a ampulheta, temerosos com a chegada ao fim da areia, receiam o anoitecer.
O medo se espalha no organismo, de tal forma, que torna o ser humano que está preso a ele, incapaz de se arriscar em novos projetos de mudança. Investir energia com possibilidade de fracasso é jogar fora o único bem (precioso) que ele não poderá repor: tempo de vida.
O outro sentimento limitante é a culpa, que está relacionada a possibilidade de ser feliz em comparação aos outros, menos felizes, ao seu redor. Todo processo está ligado a empatia, possibilidade de se colocar no lugar de outras pessoas e presumir o que elas estão sentindo, isto é bom e, é o que nos faz humanos. Mas, em exagero, pode ser absurdamente limitante.
Pessoas “amarradas” neste complexo de culpa pensam que ser feliz na vida, vencer e alcançar a desejada realização, tendo ao seu redor pessoas infelizes e que não conseguiram obter êxito em seus sacrifícios, é um pecado, uma coisa errada, ou, ainda pior, que ela não fez por merecer.
Para auxiliar a quebrar estes dogmas – nas pessoas que os têm, claro – desenvolvemos dois atos simbólicos que propomos como exercício de imposição do sistema vígil sobre a programação instalada no inconsciente. Não espero sua plena aceitação à nossa proposta e, deixamos claro que, seu índice de rejeição, só irá afirmar o quanto você pode estar preso aos dois sentimentos de medo e culpa.
Ato simbólico é o mesmo que ritual, quer comunicar uma crença, neste caso quer derrubar uma crença calcificada no sistema psicológico que limita as possibilidades do ser humano a ela submetida. Antes de ler as duas propostas, se dispa de conceitos estabelecidos, lembre-se que você é livre para fazer ou não, isto é, se achar que é, de fato, necessário fazer algo para demonstrar, ao seu inconsciente, que existe um desejo de mudança.
1) MEDO - para fazer uma marcação, em ato simbólico, que você está livre do medo da morte, faça uma pequena oração antes de dormir. Quando já estiver deitado, próximo ao momento de adormecer, converse com o Senhor seu Deus e peça, durante o sono, sua libertação carnal caso sua missão já esteja completamente finalizada.
2) CULPA – durante a próxima refeição, pode ser no almoço ou jantar, caso se lembre deste texto, levante-se e jogue o resto da comida fora. Não importa em que estágio de consumo o prato esteja, levante-se, em ato contínuo, e jogue todo resto do alimento fora.
Pense alguns momentos antes de prosseguir a leitura. Analise o porque destes dois procedimentos tão brutais (para alguns) serem positivos no processo interno de mudança e aceitação de um novo ser em construção.
A explicação é simples para os dois atos.
Ao acordar, no dia seguinte, a mensagem está enviada ao sistema, ainda há o que se fazer pois nossa missão não está terminada. A morte não é um problema é a finalização do processo de vida. Não tem hora, nem lugar, mas, se estou vivo, devo prosseguir tentando acertar. Fazer, mudar, construir é parte desta espetacular estrada e, não é segredo, a longevidade é algo que não está em nosso domínio. Existe um ditado na Índia que diz: “Aquele que Deus quer matar não há remédio ou médico que possa salvar e, aquele que ele quer preservar, não há arma de flecha ou fogo que o possa derrubar”.
Para o alimento é mais complexo, pois envolve um simbolismo bem mais forte, acredite. A comida está relacionada, em nossa cultura, com o resultado do trabalho. Ela, portanto, é a materialização do prêmio. Quando você, mesmo com fome, consegue jogar fora o alimento, a mensagem simbólica é que você não está aqui pelo resultado e sim pelo prazer de estar presente ao jogo da vida. Não importa o lucro! Assim, fica mais leve receber o prêmio, afinal não é “só” por ele que vivemos neste plano. Antes que eu me esqueça, você pode voltar a comer apenas depois de uma hora de praticar o ato simbólico de jogar a comida fora. O sacrifício faz parte do ritual.
Espero que possa ter sido útil. Aos que estão revirando a cabeça agora, revoltados com as duas propostas, temo afirmar que, quando se acostuma com a escuridão, os olhos doem na presença da luz. Mas é só no começo...
Prof. Msc. João Oliveira
Psicólogo CRP 05/32031
Diretor de Cursos - ISEC
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quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012
segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012
Baile de Personas
Sabemos que Persona, termo usado pela psicologia analítica, é a máscara que usamos no dia a dia para podermos existir, enquanto ser relacional, no mundo real. Temos, portanto, múltiplas personas, várias facetas de uma mesma pessoa.
(...) como seu nome revela, ela é uma simples máscara da psique coletiva, máscara que aparenta uma individualidade, procurando convencer aos outros e a si mesma que é uma individualidade, quando na realidade não passa de um papel, no qual fala a psique coletiva. (JUNG,1985; p.32)
Quanto mais possibilidade de adaptação ao meio, maior sucesso terá o sujeito, ou seja, dispor deste arquétipo social com mutabilidade é a chave para o topo da saudável pirâmide da interação entre os humanos.
A pergunta que vem a seguir é: quem somos nós? Afinal se no processo de negociação diária somos obrigados a cedermos sempre, para o ganho posterior, qual é, afinal, nossa personalidade real? A resposta mais fácil é sempre a verdadeira: pode ser que isto não exista de fato!
O processo de individuação, proposto por C. G. Jung, não significa que estar “uno” consigo mesmo seja estar rígido com o mundo. Estar ciente das possibilidades e das dificuldades e, aceitar as possíveis mudanças ou encarar o que não pode ser alterado, com compreensão e sabedoria, é o segredo da vida.
Mudar é a única constante, constante na vida!
Pode tomar isto ao pé da letra, literalmente, e ainda acrescentar que aprender é outro verbo para viver. Aquele que só tem uma única máscara na vida está fadado ao sofrimento e desespero. Neste processo, já sabemos bem, surge o sintoma, a doença.
Podemos perder a conta das pessoas que se condenam por não acreditarem que uma mudança é possível. A angústia de ver o mundo não obedecer aos nossos desejos só pode ser apaziguada com uma ressignificação interna, outro olhar sobre o objeto que causa incômodo.
Toda importância que damos é nossa! Não do outro. O ouro não sente atração pelos humanos e o lixo não se incomoda com a nossa presença. Aquele que você odeia pode nem saber direito da sua existência. Será mesmo que você é tão importante assim no mundo para que “o outro” foque uma existência plena apenas no seu comportamento?
Quando percebemos que orgulho, razão e certeza podem dar lugar a empatia, compreensão e dúvida de nós mesmos, o mundo estará aos nossos pés, lugar onde sempre esteve. Somos humanos, dotados de uma capacidade ímpar de adaptação ao meio, por isto ainda estamos por aqui e tantas outras espécies desaparecem do planeta todos os dia, algumas, inclusive, por nossa incapacidade de lidar com o diverso.
Mudar é tentar. Fracasso ou sucesso é resultado desta tentativa. Olhar o ônibus passar e acreditar que o motorista sabe da nossa intenção de viajar e, por isso, nem ao menos tenta-se levantar o braço sinalizando o pedido de parada, é o mesmo que viver e deixar pessoas irem embora de nossa existência sem ao menos tentar sinalizar uma parada de reflexão conosco.
Vidas perdidas em solidão, raiva, ódio, angústia... faltando apenas palavras como: obrigado, por favor, perdão ou, a melhor expressão de todas: “- Eu te amo!” Palavras para acender a luz desta passagem, temporária e frágil, que todos nós estamos a percorrer. Uma viagem no tempo para cada um, mas só em uma direção e, com o final garantido, embora sem nenhuma garantia de tempo de duração.
Viver, portanto é ter mutabilidade, capacidade de trocar máscaras neste baile de personas.
sábado, 4 de fevereiro de 2012
sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012
terça-feira, 31 de janeiro de 2012
segunda-feira, 30 de janeiro de 2012
domingo, 29 de janeiro de 2012
A PRAGA
Para que este texto possa fazer o efeito desejado, tente se imaginar na pele do personagem principal, numa empatia construtiva com o pai, chefe de família que tem uma esposa e uma linda filha de cinco anos. Ao final, não apresse a leitura, procure elucidar o questionamento antes de ler a conclusão. Está história não é minha, ouvi ou li em algum lugar, mas faz tanto tempo que não consigo identificar a fonte, apenas estou recontando algo que me marcou e , acredito, pode ter o mesmo efeito em você. Boa leitura.
Naquela manhã, como de costume, você saiu cedo para trabalhar. No carro, no banco de trás, sua filha. No caminho para a faculdade, onde trabalha como professor, você a deixaria no colégio, como todos os dias. A pequena olhava pela janela descobrindo o mundo e se entusiasmando com tudo que estava ocorrendo lá fora. Sua atenção principal era com os cães, não era segredo que ela desejava ter um filhote, mas morando em um pequeno apartamento ter um animal não era uma opção.
No rádio uma noticia de uma doença que estava fazendo vitimas na África. Um tipo de gripe, chamado de Influenza Maledita era fatal em 48 horas a todos que a contraíam; já contavam dezenas de mortes em uma comunidade rural.
Quando chegou em casa, lá pelas 20h00 ainda ouviu algo na televisão sobre a tal doença. Agora a informação afirmava que uma decisão radical havia fechado os principais aeroportos da África, pois havia o risco do vírus migrar para outros países.
A semana passou rápido e as notícias só pioravam. Londres, Lisboa, Paris já apresentavam pacientes com o perfil desta nova praga. Alguns foram a óbito em menos de 24 horas. As pessoas não estavam mais transitando pelas ruas com medo de contraírem a tal Influenza Maledita. Mais de 1.500 vítimas na Europa.
Mesmo com todo o aparato de segurança a doença chegou aos Estados Unidos e se espalhou rapidamente, numa progressão exponencial não explicada pelos médicos. Aparentemente o vírus, que já havia contaminado as pessoas meses antes e estava latente, agora, por algum motivo não detectado, começa a se tornar visível na sua forma mais brutal. A conta, em todo o mundo, já passava de 30.000 mortos.
O mundo está em pânico. Não existe cura. O Brasil fechou todos os aeroportos e principais rodovias. Vítimas em capitais como Rio, São Paulo e Brasília sinalizavam para o trânsito de passageiros em aeroportos internacionais. O vírus havia sido importado e, sem estradas, ele não afetaria o interior. O país começa a sofrer sérias restrições de abastecimento.
Você está seguro em seu lar. Não há aeroportos onde mora e, até agora, nenhuma pessoa na cidade havia manifestado o vírus. Por motivo de segurança as escolas estavam fechadas e todos estavam em suas casas só saindo em situações emergenciais. As ruas estavam desertas, o medo imperava sobre todos.
Uma notícia na faculdade onde você dá aulas: - Os cientistas têm uma esperança!
No laboratório de ciências biológicas um doutor, conhecido seu, fala aos jornais e TV: “- Se pegarmos o sangue de alguém que apresente características genéticas refinadas, em relação ao perfil do vírus da Influenza, poderemos criar uma vacina!”
Que notícia ótima! O cientista pede a todos que se apresentem na faculdade para deixar uma amostra de sangue. Como a cidade ainda não havia apresentado nenhum caso da doença, a chance de se conseguir o tipo se sangue especial e o código genético intacto era grande.
Todos foram ao laboratório. As filas eram imensas de pessoas, com boa vontade, querendo ajudar. Você foi, levou sua esposa e filha e, depois de uma espera de duas horas, recebeu a notícia. Entre todos os 100.000 habitantes da cidade só uma pessoa tinha apresentado o sangue no perfil ideal para a base da fabricação da vacina: sua filha!
Esta era uma ótima notícia! No entanto o médico responsável pela coleta não compartilhava desta alegria: “- Ela é muito pequena, vamos precisar tirar todo o sangue para ter algum sucesso!”.
“- Qual é o problema? Façam isto rápido! Salvem o mundo.” – disse você entusiasmado com a possibilidade de cura – “ O que está errado? Não existe transfusão de sangue, tira-se um e colocasse outro...”
O médico finaliza: “- O senhor não está entendendo, isto não é possível, ela não irá sobreviver!”
Agora a alegria dá lugar ao desespero. Você e sua esposa se abraçam. O mundo precisa da cura; hoje o número de vítimas passa de dois milhões, não há um só país que não esteja na lista de infectados. O que fazer, como fazer?
Uma reunião ecumênica na sua casa reuniu pastores, padres e outros representantes que, de uma maneira muito gentil, não deram uma opinião final, não tentaram influenciar você e sua esposa numa decisão. Mas estava claro, sua filha iria morrer.
Você levou um pequeno filhote para ela, um cãozinho, que iria viver muito mais que sua pequena jóia. Linda e inocente, ela estava feliz com o tratamento que os médicos estavam dando a ela. Todos eram gentis e o foram até o final.
Sangue retirado, vacina feita, sucesso absoluto. Helicópteros enormes pousaram no pátio da faculdade levando esperança para milhões de pessoas. A corrida da morte estava cessando. O mundo estava curado.
Um ano se passou, hoje a ONU vai fazer uma homenagem à sua filha: pelo sacrifício de uma vida inocente e pela saúde de 7 bilhões de habitantes. Você se coloca diante da TV, afinal é uma transmissão em cadeia mundial, se senta com sua esposa no velho sofá ao lado da pequena cadela, lembrança sempre presente do carinho da sua filha.
Não é possível ouvir o som da televisão. Por mais que você aumente o som que vem da rua é muito alto. Uma música horrível está sendo executada em um nível alarmante. Você se coloca na janela e olha para baixo. Jovens, que bebem e dançam na rua, animados por um carro, com as portas abertas e o som no último volume.
Como isto é possível? Como essas pessoas não se importam com sua dor? Quem são estes animais que não respeitam um momento de respeito pela sua filha que foi a responsável pela cura da doença mais fatal enfrentada pela raça humana?
A pergunta, deste texto, que deve levar a uma pequena reflexão é: - Quem deve estar sentindo a mesma coisa que você agora? Quem deve estar, neste momento, compartilhando do mesmo sentimento? – pense um pouco antes de ler o próximo parágrafo.
Os seres humanos agem conforme seus interesses e é raro aquele que olha para fora de si com a intenção de beneficiar a todos, mesmo que isso o prejudique. A nossa condição de humanidade é o que nos eleva, mas também é o que nos declina.
Somente quem deu a vida de um filho para salvar o mundo pode sentir o mesmo: Deus. Ele deu todo o sangue se seu único filho, Jesus, para lavar os pecados do mundo e, no entanto, poucos são os que manifestam respeito por este sacrifício.
Obrigado pelo tempo dedicado a esta leitura, boa vida!
segunda-feira, 23 de janeiro de 2012
sábado, 21 de janeiro de 2012
50 Kms
No momento em que escrevo estas palavras estou me preparando para uma virada: 50 anos, que deve ocorrer em poucos dias (25/01). Claro que nestas épocas de início de ano, aniversários ou morte de alguém próximo, sempre existe uma reflexão sobre o caminho que estamos seguindo.
Justamente esta analogia, caminho, parece bem própria para exemplificar o raciocínio de hoje. Imagine, então, que a vida é realmente uma estrada do tipo da BR 101, cheia de buracos, curvas perigosas e acidentes fatais. Nosso destino, no instante da saída, estava a uns... 80 ou 85 Km. Um percurso razoável, tendo em foco as dificuldades que enfrentamos no caminho e que, a qualquer momento, podem mudar tudo, nos tirando da estrada literalmente.
Podemos concluir que, ao passar dos 40 Kms já estamos chegando ao destino. Portando, aos 50 Kms, o destino final está mais próximo do que antes. Neste momento, sabendo que vamos chegar em pouco tempo, é claro que dá vontade de olhar mais pela janela para observar melhor a paisagem que passa por nós na direção contrária, diminuir a velocidade, afinal a viagem pode ser mais agradável. Por que tanta pressa?
Nesta viagem onde a chegada não necessita de urgência (a sua precisa?) devemos tentar esticar o passeio. Andar mais lentamente e, quando possível, parar e relaxar. Numa aventura como essa não podemos permitir que aqueles que nos ultrapassam rapidamente, influenciem o nosso próprio limite estabelecido de velocidade. Quem já passou da metade do caminho tem todo direito de fazer o que deseja e não o que os outros, à sua volta, querem que seja feito.
A estrada é única para cada um.
Uma vez um amigo me disse que ficou meio perdido em seu trajeto e parou para pedir informações. A primeira pessoa que ele encontrou foi um frentista, em um posto de combustível. A informação dada pelo simpático rapaz foi mais ou menos assim: “- O Sr. segue em frente, depois que passar três postos de gasolina entra à direita.” Parecia uma orientação precisa e clara, mas por algum motivo ele errou o caminho e parou de novo para pedir novas orientações, desta vez a um dono de banca de jornais: “- O Sr. segue em frente – disse o homem - e depois que passar a segunda banca de jornais, vira à direita.” Mais uma vez ele não acertou o caminho. Parou agora em uma padaria, e o dono deste estabelecimento comercial, muito solícito, lhe disse: “- Amigo, não tem o que errar, siga em frente, depois da primeira padaria, pode virar à direita!”
Claro que, aos olhos de cada um, dependendo do seu foco na vida, a estrada tem marcos diferentes. Cada um olha para o que acredita ser mais importante “para si”. Quais são os seus referenciais até agora? Seriam as coisas boas ou as ruins que lhe aconteceram no caminho?
Para facilitar tenho um pequeno questionamento para provocar a possibilidade de uma ressignificação de conteúdos: você se arrepende de algumas coisas que fez ou, das ações que não teve coragem de implementar?
Sem querer aprofundar como isso pode influenciar nos seus pensamentos futuros, basta dizer que ainda existe tempo. A estrada continua por alguns quilômetros à frente e o sol ainda brilha, embora esteja quase oculto pelas montanhas seculares.
O velocímetro marca uma velocidade na estrada, mas, dentro de nós, aposto, existe outra mais veloz ainda, aquela, da vontade de aprender, realizar e ser feliz.
Obs. Parte deste texto foi inspirado na palestra proferida pelo Marahaja Chandra Mukha Swami na quinta feira dia 19 de janeiro de 2012.
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psicologia
sexta-feira, 20 de janeiro de 2012
quarta-feira, 18 de janeiro de 2012
Psicológica TV em 18/01/2012
Na Psicológica.tv dois temas Análise Comportamental e Emagrecimento pela palavra, para assistir:
Está no ar: CLIQUE AQUI
http://psicologica.tv/doispontos/analise_comportamental_e_emagrecimento_pela_palavra_com_joao_oliveira
Está no ar: CLIQUE AQUI
http://psicologica.tv/doispontos/analise_comportamental_e_emagrecimento_pela_palavra_com_joao_oliveira
segunda-feira, 16 de janeiro de 2012
Matéria no Portal de Notícias URURAU
16 de janeiro de 2012 · 10:31
Piscólogo João Oliveira foi destaque no 'Bom Dia Brasil'
Na manhã desta segunda-feira (16/01), o psicólogo campista, João Oliveira, foi destaque no Programa "Bom Dia Brasil", da Rede Globo, falando sobre análise de gestos e comportamento na ajuda de empresas para escolher os candidatos.
Você sabe quando alguém está mentindo? Se um sorriso ou um gesto é falso ou verdadeiro? Se a pessoa é segura ou insegura? As empresas estão usando, cada vez mais, a análise do comportamento para escolher os candidatos. O repórter Edney Silvestre mostra no que eles estão de olho.
Que um sorriso nem sempre é sincero a gente sabe. Mas você imaginava que cruzar os braços é sinal de rejeição? Quem diria que as pernas cruzadas significam que a pessoa quer chutar você? Com as mãos na cabeça, ele está dizendo: “Quem manda aqui sou eu”.
Cada gesto indica uma intenção. São sinais claros do que se passa por dentro de uma pessoa, acredita o psicólogo João Oliveira. “É possível você saber mais de uma pessoa olhando para ela no silêncio, deixando ela se movimentar, do que ela falando de si mesma. Parece que o nosso inconsciente não gosta muito de mentira”, explica o psicólogo.
A atração entre um homem e uma mulher, por exemplo, aparece em gestos quase imperceptíveis. Se ela passa a mão nos braços, por exemplo, isso pode querer dizer que está se interessando por ele. Entre mulheres, a conversa é frente a frente. Homens se falam a 45° um do outro. Ou seja: nada de intimidade demais.
É nas entrevistas para emprego que, muitas vezes, o corpo e o rosto dizem o que o candidato não quer revelar. Abaixar os olhos mostra timidez ou temor – não serve para chefe. Rosto apoiado nas mãos tem significados diversos.
“Se ela apóia a cabeça totalmente na mão significa desinteresse. Se você quer prestar atenção em alguém, você não faz isso. Quando você tapa a boca com a mão, significa absoluta submissão ao que está sendo dito à você”, explica o psicólogo João Oliveira.
Interpretar sentidos e sentimentos nos gestos não é novidade, mas ganhou força a partir da década de 1960. João Oliveira oferece treino para esse reconhecimento. “Apenas um movimento é suficiente”, explica.
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Imagens: Rede Globo
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