Nós, somos seres projecionistas ou projetistas, embora essa segunda palavra nos leve a pensar em projetos (o que seria muito bom, se todos tivéssemos). Mas o que significa isso? E porque isso é importante de ser conhecido?
O sujeito que é bom, em sua índole, pensa que os outros também têm o mesmo temperamento. As pessoas que têm, ou gostariam de ter um caso extra conjugal, mas repudiam a idéia, desconfiam que os outros possuem a mesma inclinação. Simplificando: nós vemos, nos outros, o que somos!
Não há como ver, fora de nós, algo que não possuímos. E isso não é errado. Mas, quando existe uma vocação para determinado padrão é necessário uma avaliação do que pode estar ocorrendo. Pois, em muitos casos, não temos consciência plena do que queremos e porque agimos dessa ou outra forma com as pessoas a nossa volta.
Ladrão acha que todo mundo vai roubá-lo. Santo tem fé que todos vão para o céu. E o que pensa que é esperto? Bom esse é um caso a parte, pois ele acha que todo mundo é burro e só ele é o sabido da história.
Não precisa muito esforço para entender isso. Veja, quando estamos tristes o mundo inteiro nos dá motivo para ampliarmos ainda mais o nosso sofrimento. No entanto, na contramão deste sentimento, podemos ver o mundo colorido e até nas desgraças nos comportamos como Poliana.
Qual o segredo então de uma vida perfeita? A auto avaliação constante, claro! Estarmos sempre prestando atenção aos nossos pensamentos recorrentes e, numa introspecção, tentarmos buscar a fonte original desta motivação. O que nos leva a pensar sobre? Qual o motivo que me faz criticar tanto o outro?
Não ter medo de encarar a si próprio e poder, sempre que possível, praticar mudanças em nosso projeto de vida, é prover saúde física e mental. A diferença entre o que queremos e que fazemos é o que nos faz adoecer.
Um último pensamento: quem fala, demais, que todos estão errados em suas ações, pode na verdade, ter inveja da coragem dos outros, pois, ela própria, não consegue fazer o que realmente quer.
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