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sexta-feira, 17 de setembro de 2010

JUNG E A INTERPRETAÇÃO DOS SONHOS

Para que serve a interpretação dos nossos próprios sonhos?

- Identificarmos e resolvermos os conflitos dentro de nós e que impedem a nossa maneira de agir.



- Reconhecermos as defesas que usamos para repelir ameaças imaginárias ou reais.



- Evitarmos a tendência à frustração.



- Ampliar a flexibilidade de comportamento.

"Os Sonhos são entidades misteriosas, com mensagens de um amigo desconhecido que é solícito mas objetivo. Sua caligrafia e linguagem são, por vezes, obscuras, mas nunca há qualquer dúvida quanto à preocupação subjacente com o nosso bem-estar fundamental – que pode ser diferente do bem-estar que imaginamos ser a nossa meta." – JUNG



Jung conceitua os sonhos como sendo processos psíquicos naturais, análogos aos mecanismos compensatórios do funcionamento corporal. Os sonhos, na sua função compensatória, funcionariam de três modos possíveis:



- O sonho pode compensar distorções temporárias da estrutura do ego.



- O sonho pode atuar como auto-representação da psique, colocando a estrutura do ego em funcionamento com a necessidade de adaptação ao processo de individuação.



- O sonho é uma tentativa para alterar diretamente a estrutura dos complexos sobre os quais o ego arquetípico se apóia para a identidade no nível mais consciente.



A compensação das visões distorcidas ou incompletas do ego vígil é, de acordo com a teoria junguiana, o propósito dos sonhos. Nossa forma vígil de encarar as coisas sempre é incompleta, razão pela qual sempre há espaço para a compensação. A origem teórica dos sonhos é o Si-mesmo, o centro regulador da psiquê.



Para Jung há três etapas principais para que se possa interpretar um sonho, são elas:

- uma compreensão clara dos detalhes exatos do sonho;



- a reunião de associações em ordem progressiva, em um ou mais de três níveis: pessoal, cultural, arquetípico;



- a colocação do sonho ampliado no contexto da situação vital e do processo de individuação da pessoa que teve o sonho.



Assim, para Jung, o sonho deve ser interpretado no contexto da vida corrente da pessoa que o tem. A aceitação do sonho como confirmação da atual posição consciente da pessoa pode fornecer informações sobre o caráter compensatório dos sonhos.

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