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segunda-feira, 15 de julho de 2013

A PIOR EMOÇÃO





Por Prof. Msc. João Oliveira

               Existe quem diga que a raiva é a pior emoção. Já debatemos sobre isto em outros textos e, alguns pesquisadores também concordam que, se bem direcionada a raiva funciona como combustível de foguete na obtenção de resultados. Também não creio que a tristeza seja a pior emoção, afinal nenhuma emoção natural (são seis) é ruim, todas estão a serviço da manutenção da espécie humana. Algumas perderam um pouco o sentido e são, em nossa sociedade, camufladas para não demonstrarem nossas fragilidades (tristeza e medo), outras surgiram e se tornam, a cada dia, mais universais (desprezo e desdenho). A verdade é que, a meu ver, a pior emoção foi igualmente desenvolvida no caminhar da espécie e se chama, em nossa língua: indiferença.

               O ódio sentimento forte e enraizado é diferente da raiva, emoção passageira. Por pior que seja, o ódio tem objeto, ou seja, reconhece algo ou alguém que é foco de sua atenção. É possível, inclusive com certa facilidade, reverter este sentimento caso o tal objeto faça algum esforço neste sentido. Exemplo, você mantém esse sentimento por alguém anos seguidos, um dia essa pessoa se reúne com você, pede perdão, se desculpa, paga um bom vinho e, tudo se acerta, pois, na verdade, o ódio nasce de um não reconhecimento de alguma situação. Resolvendo o ponto, pode-se prosseguir. Claro, existem pessoas incapazes de perdoar, mas, nesse caso, estamos falando de pessoas saudáveis.

               Já a indiferença é horrível afinal não reconhece objeto. É como se o outro sequer existisse no mundo. Um exemplo disto, que você pode ver ainda hoje, são os pedintes na rua. Algumas pessoas passam, ao lado, e não percebem a existência de um morador de rua, uma mãe com uma criança no colo ou um menor sendo mal tratado pela vida. Mais ou menos como se pertencessem à outra dimensão fora da percepção humana. Isto é indiferença.

               O grande problema reside na questão que a indiferença está ganhando espaço em quase todas as modalidades de atuação do seu humano. 

               Estamos nos tornando indiferentes a tudo: ilegalidade, violência, falta de pudor, risco a doenças, alimentação e, o mais importante, a outros seres humanos. Como se algo maior ocupasse todo o espaço de nossa humanidade. Claro que temos um nome para isso também, chamasse ego!

               A indiferença é, portanto, irmã gêmea (univitelina) do egoísmo. Quanto mais centrado em nós estamos, mais indiferentes a tudo ficamos, desde que, não venha a ferir alguma coisa que julgamos ser nossa por direito. A sociedade marcha para uma apatia extrema onde só os interesses pessoais (extremos) são percebidos pelo sujeito principal. Aliás, o mundo passa a girar em torno dele.

               Tente fazer uma pesquisa sobre isto usando apenas sua observação pessoal. Veja o movimento das pessoas nas ruas, a arrumação das filas, as conversas de elevador (existem?). Sim, o futuro nos reserva algo muito ruim se o ritmo continuar como está, porém, devo acrescentar, nem tudo está totalmente perdido.

               Outro dia estava indo para o consultório bem cedo e uma cena impressionante chamou a atenção de todos na Rua Barata Ribeiro quase esquina com Siqueira Campos em Copacabana (Rio). A Barata Ribeiro (tal qual a Av. Nsa. De Copacabana) têm um trânsito infernal a qualquer hora do dia ou da noite, pela manhã então nem se fala, é algo dantesco pela quantidade de ônibus, carros, caminhões e táxis. Raro mesmo é se ver uma bicicleta, coisa que é foco desta narrativa.

               Um senhor de idade estava atravessando, fora da faixa, empurrando uma bicicleta de carga cheia de laranjas. Havia uma pilha de laranjas acima no nível do compartimento de transporte. O sinal abriu! Ele estava no meio da rua e se assustou com as buzinas. A bicicleta caiu e dezenas de laranjas rolaram por toda extensão da Rua Barata Ribeiro. 

               Um momento de absoluta tensão. Um ônibus tinha acelerado violentamente, ao abrir no sinal, parou quase encostando ao pobre homem, que, trêmulo, acabou caindo sobre a bicicleta. O que se passou a seguir demonstra que ainda existe esperança para a raça humana. 

               O motorista desceu do ônibus para ajudar a catar as laranjas. Todo o trânsito parou, ninguém teve coragem de esmagar as frutas que ainda rolavam aqui e ali. Outros motoristas também deixaram seus carros para ajudar o velho senhor a se erguer com sua bicicleta, o guarda municipal deixou a movimentada esquina e se juntou ao mutirão de catadores de laranja.

               Confesso que a cena me paralisou de tal forma que nem ao menos me lembrei de filmar ou tirar um foto com o celular. Fiquei olhando, congelado no tempo, e, por alguns momentos, esqueci se estava indo ou, vindo de algum lugar.

               Todo episódio durou algo em torno de quatro ou cinco minutos no máximo. Todas as laranjas de volta a recipiente e o senhor tendo sua dramática travessia finalizada. Entretanto, acredito, irá permanecer para sempre na memória dos atores envolvidos e nos espectadores (como eu) que lá estiveram. 

               Claro que, alguns instantes depois, a rua se tornou novamente impessoal e a vida seguiu seu rumo. Quem sabe, com alguma correção na rota.
              
              

segunda-feira, 8 de julho de 2013

PROFUNDO




Por Prof. Msc. João Oliveira

               Ainda existe muito que se discutir sobre os estados emocionais. Principalmente pelo fato da ausência de palavras (isso em todos os idiomas) para a perfeita identificação do que sentimos e como expressamos. O problema semântico se agrava quando tentamos explicar em palavras algo que só existe internamente e, pode, ou não, estar manifesto nas expressões faciais. Para podermos dar uma noção da gravidade desse real problema, devemos, antes de tudo, diferenciar alguns desses estados emocionais:

O que são as ditas emoções? As emoções são reações rápidas a estímulos externos percebidos ou imaginados pelo indivíduo. Podem ter diferentes nuances de acordo com a interpretação que o sujeito tem da situação em particular. Os pesquisadores divergem sobre o que seria de fato uma emoção, a certeza que temos é que, todas elas, têm origem na tentativa da evolução humana de preservar a espécie. Os motivos para acionar o sistema endócrino são evolucionários, no entanto, as interpretações é que são culturais e, portanto, muito diferentes dos gatilhos originais vividos por nossos antepassados nos primeiros grupamentos humanos. Podemos, por exemplo, pagar para sentir medo ou ir a um cinema assistir um filme de terror, a reposta interna do susto pode ser idêntica a de um perigo real.

E os sentimentos, como se diferenciam das emoções? O sentimento é uma construção maior de uma estrutura emocional vivenciada em algum momento. Pode se tornar maior, se aprofundar, e permanecer no indivíduo por toda uma vida ou se transformar de modelo afetivo (amor x ódio, por exemplo) de acordo com experiências posteriores. Fazemos grande confusão com a nominação das emoções e sentimentos. Como já dissemos, trata-se de um problema semântico: faltam palavras para expressar tudo que sentimos. A grande maioria das pessoas acredita que emoção e sentimento é a mesma coisa: não é! Emoção se manifesta rapidamente e pode passar. Já o sentimento, que pode vir depois de uma emoção (ou não), é internalizado, racionalizado, dura muito mais tempo. Alguns podem, inclusive, se transformar em doença como uma tristeza depressiva, o nome é o mesmo para a emoção e o sentimento, mas, este último é extremamente duradouro.

O que vem a ser “Estado de Espírito”? A maioria dos cientistas acredita que os “Estados de Espírito” normalmente ocorrem por razões que a pessoa que os vivencia não compreende. Provavelmente gerados por alterações neuro-hormonais não diretamente relacionadas a um evento no ambiente, pode estar ligado (ainda é um real mistério) ao conteúdo onírico experienciado durante o sono e às vezes nem lembrado pelo sujeito. Explicando melhor: nos sonhos alguma emoção ocorreu por conta do conteúdo onírico, esta emoção disparou a produção de uma química interna que irá permanecer no modo vigil. Assim o sujeito desperta em um estado de espírito não vivenciado de uma forma real, porém instalado em seu sistema emocional. Quando estamos com o Estado de Espírito apreensivo, por exemplo, ficamos com medo. Com o Estado de Espírito irritado é fácil ficar enfurecido e isto pode durar o dia inteiro. Uma forma de sair de um Estado de Espírito é dormir por um breve período. Também se acredita que este estado pode ser mantido por retro alimentação. Uma pessoa que se julga triste pode elencar, na mente, várias situações onde esteve triste e, a lembrança destes fatos, pode ampliar o estado. Ou seja, o estado inicial, sem objeto específico aciona a memória e, por sua vez, a memória de fatos traumáticos, acaba influenciando a ampliação do estado inicial: retro alimentação!

               Sendo mais simples: Raiva é emoção, já o ódio é sentimento! Passar o dia de mau humor é estado de espírito.

               Pode parecer confuso a principio e, realmente é por um simples motivo: nós não somos muito bons em reconhecer as próprias emoções! Na maioria das vezes percebemos as alterações internas e, por estarmos desacostumados a expor as emoções (a sociedade não gosta muito de quem é passional) não nos damos conta que se trata de uma emoção e tratamos como se fosse algum sintoma (doença) se manifestando naquele momento.

               Saber administrar as próprias emoções passa pelo principio que é possível identificá-las assim que começam a surgir em nosso corpo. Todavia é mais fácil para um observador externo perceber (pelo código facial) do que para o próprio sujeito que as manifesta.          


segunda-feira, 1 de julho de 2013

CENA DO CRIME




 Por Prof. Msc. João Oliveira

               Quando olhou para o sofá percebeu que o corpo estava do lado esquerdo e que, só não havia tombado ao chão, por ter ficado escorado no braço de veludo muito mais alto que os normais. O prato de comida, na mesa de centro em frente a televisão, revelava que ele não havia terminado a refeição, estava pela metade. Apenas um orifício de entrada do projétil, do lado direito da têmpora, sem a saída visível, isto regulava com o perfil de uma bala de pequeno calibre: possivelmente ainda dentro da cabeça da vítima.

               - “O senhor viu que a arma está no sofá, do lado do corpo?” – disse o policial –“Nós não mexemos em nada. Está no mesmo lugar, próximo da mão direita dele. Como a arma é pequena não houve muito coice e caiu aí mesmo perto do corpo.”

               -“Claro, claro...” – O investigador continuou andando pela casa. Na cozinha americana encontrou um prato no escorredor junto a talheres limpos. Voltou ao local do corpo e agora olhou com mais cautela o prato que estava sobre a pequena mesa em frente ao provável suicida. 

               - “Estranho, quem planeja cometer suicídio não prepara um jantar...” Falou sozinho.

               - “Precisamos fechar as informações.” – falou apressado outro policial – “Fechamos com suicídio?”

               - “Não se trata disto, temos um caso de homicídio aqui. Mas podemos encontrar o principal suspeito sem sairmos desse andar.” – sorriu de forma estranha o investigador.

               -“Como você pode afirmar isto sem ao menos termos um papiloscopista aqui conosco? Você agora vê digitais com seu olho biônico?” – brincou outro policial que também acompanhava o desenrolar da cena.

               -“Não é isto, veja aqui: a vítima deixou a comida do lado direito do prato e os dois talheres estão do lado esquerdo, isto indica que ele era canhoto. Assim, ele não poderia ter atirado com na têmpora direita.” – continuou – “Veja, o lado do rosto esquerdo dele é maior que o direito, isto só reforça esta possibilidade. E mais, o assassino não está longe.”

               -“E como você pode saber disto?” – perguntou o mesmo policial.

               -“A pessoa que atirou nele estava jantando aqui e, após o tiro, para ocultar seu rastro, teve tempo de lavar o prato que comeu e os talheres, que estão secando na pia da cozinha.” – e completou – “Só uma pessoa com facilidade total de acesso a esse apartamento teria calma e tempo para fazer isso sem dificuldade. Como o porteiro afirma que ninguém estranho passou pela portaria esta noite ele só pode estar nesse prédio e, muito provavelmente, nesse mesmo andar.”

               - “Só falta você saber também o motivo...”

               - “Crime passional! Foi uma mulher!”

               -“Como????” – falou espantado o policial

               - “Cheiro o prato que está secando, a pessoa usou um desinfetante de limão. Você vê algum vidro aqui?” – mexendo na prateleira da cozinha – “Ache o recipiente deste desinfetante que achará a assassina. Nenhum homem teria este cuidado, este tipo de detergente é especial para não causar danos às mãos. É algo muito refinado e caro!”

               - “Interessante, como é o nome desta técnica que o senhor usa para analisar cenas de crimes?”

               - “Análise Comportamental amigo, o homem sempre se expõem, mais do que deseja, pelo seu modo de agir. Não há segredos quando você sabe onde olhar.”

               Naquela noite uma série de entrevista revelou que uma das moradoras havia abandonado a cidade, tornando-se assim a suspeita número um do crime. Uma vistoria autorizada em seu apartamento revelou que ela realmente tinha um estoque de detergente de limão na cozinha e que, pelos e-mails descobertos em seu computador, mantinha um secreto romance com a vítima. O caso estava praticamente encerrado.

terça-feira, 25 de junho de 2013

DEMOCRACIA X PRODUÇÃO







Por Prof. Msc. João Oliveira

               O principio básico da democracia é que todos têm os mesmos direitos e, solicitada a decisão da maioria, o rumo deve ser alterado. Isto realmente é válido e funciona em uma instituição onde a produção é foco principal? 

       Exemplificando: Uma tribo indígena estava sofrendo de um grande mal, uma doença que atingia as crianças e, em poucos dias, elas morriam com horrendas pústulas por todo o corpo. Um médico da cidade foi chamado por uma das mães preocupada com o destino do seu filho: ele ainda não havia demonstrado nenhum sinal da doença, mas era previsível que, em algum tempo, pudesse manifestar a mesma fatalidade.

          O médico, após um curto exame dos doentes, descobriu como imunizar todas as crianças que ainda não haviam manifestado os sintomas: uma vacina! Imediatamente ele mobiliza as mulheres da aldeia para que tragam seus filhos, pois o material para ser aplicado já estava em suas mãos.

      Para a surpresa de todos, o pajé se manifesta contrário e argumenta, com sua autoridade mística, que todas as pessoas que fossem furadas na pele pelo homem branco não seriam aceitas no reino pós vida e ficariam vagando, como almas perdidas, pela floresta sem rumo ou amparo, na chuva e no sol por toda a eternidade. Já aqueles que mantivessem sua fé nos trabalhos religiosos poderiam ser beneficiados com a cura do filho. Dito isto o pavor tomou conta de todos que se afastaram do médico. No entanto uma ou duas mães gostariam de vacinar seus filhos mesmo assim. O que fazer então?

          Líder da tribo, o cacique, chamou todos ao centro da aldeia para uma votação direta: os que desejassem vacinar seus filhos deveriam ir para o lado direito da praça central e os que fossem contra tal ato para o esquerdo. Foi uma esmagadora vitória contra a vacina e o médico teve de se afastar sem aplicar uma só dose. Aquela geração foi toda perdida, nenhuma criança escapou da morte e, em apenas três meses, as mães lamentavam não terem se posicionado  contra o pajé.

         Houve uma votação, ganhou a maioria! Então, isto é exercício pleno da democracia para o melhor desempenho do grupo. Mas o resultado não foi o melhor possível. Onde está o erro? No nível de informação e distribuição de responsabilidades.
 
       Não se pode querer que todos de uma empresa tenham voz ativa no direcionamento da instituição como um todo. Pois, possuem diferentes formações com conhecimentos restritos a uma parcela da estrutura onde estão inseridos. Para decisões complexas, de ordem global, é necessário que o grupo seja uniforme em conteúdo ou um profissional especializado em gestão, que reúna as características do Pajé, seja capaz de direcionar a todos com seu carisma e autoridade, o que também não é garantia do melhor resultado.

           Errado é tentar desfazer a crença na democracia. Porém, ela só funciona bem quando todos estão em consonância com as diretrizes da empresa e munidos de toda a informação possível, não só da própria instituição como também do mercado coorporativo. Ouvir os colaboradores e analisar suas ideias pode economizar muitas etapas no crescimento, mas em alguns momentos o que a maioria quer pode acabar sendo ruim para todos. Desta forma pode ser um erro querer implantar uma atitude de relacionamento político seguindo a máxima de transparência nas resoluções.

          Claro que a rigidez vertical também é falha e causa prejuízos quando encontra resistência nas bases onde realmente ocorre a produção, distribuição e (pior) relacionamento com os clientes. O sistema mais funcional é o multigerenciamento por células, ou seja: iguais se resolvem em seus núcleos. Uma instituição orgânica que permite flexibilidade operacional tende a dar respostas mais rápidas ao mercado com menor esforço gerencial. No caso da aldeia do exemplo dado, pelo menos alguns dos curumins seriam salvos da morte certa e parte daquela geração seria preservada. Isto, se a aldeia fosse divida em células autogerenciáveis.

       Simples e descomplicado: os grupos de trabalho se tornam responsáveis pelo processo de gerenciamento da linha de produção, de um bem ou serviço. São eles os senhores que ditam o direcionamento em busca das melhores oportunidades de clientes internos ou externos, fazendo as devidas correções de rumo com a possibilidade de alteração de rota quando necessário for.

       Com certeza os manuais de conduta ética desaprovam qualquer pensamento que vai contra o valor democrático. Isto por que, provavelmente, estes valores não foram escritos por gestores e sim por ideólogos sem experiência prática nos meios de produção moderna. Na verdade é uma questão de adaptação ao mercado e a velocidade em que isto deve ocorrer para poder dar certo e gerar retorno suficiente à instituição.

          Pode ser que hoje o gestor maior esteja em uma posição onde o campo de visão não permite ver o vale completo, mas se persistir na escalada poderá, em algum momento, olhar além dos verdes campos onde, nem sempre, existe um arco-íris. Por isto, o melhor que pode fazer é distribuir binóculos ao invés de microscópios aos seus colaboradores.

sexta-feira, 21 de junho de 2013

PSIQUE 90 - Nas Bancas JUNHO 2013

Estamos na edição de número 90 da Revista PSIQUE em dois textos. Na nossa coluna de RH falando sobre a relação da distância da moradia do funcionário e a sua produtividade e, em conjunto com a Profa. Beatriz Acampora, no artigo sobre o Universo dos Sonhos.

Lançamento do Livro "A Importância dos Sonhos" na FNAC do Barra Shopping 19/06/2013

Um bom momento para conversar com os leitores sobre a real importância dos sonhos em nossas vidas.