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quinta-feira, 9 de maio de 2013

Eu sabia que você mentia...





Por Prof. Msc. João Oliveira

               Você sempre é muito animado em suas conversas e seus movimentos corporais, sua forma de colocar as palavras no ar, como se as mãos fossem parte de um vocabulário especial, é seu charme secreto: só quem te conhece bem sabe que isto é parte de um jogo de conquista. Mas, naquela noite, isto não ocorreu.

               Quando você estava narrando o seu dia, falando sobre o trabalho, seu corpo estava inclinado para à frente e suas mãos mostravam as palmas na minha direção. No entanto quando eu comecei a falar sobre a sua nova funcionária seu corpo se recolheu e suas mãos se fecharam. Você encostou as costas na poltrona de tal jeito que ela chegou a afundar um pouco, parecia que sua intenção era sair daquela sala através de um buraco no sofá.

               Eu insisti. Você cruzou os braços na frente do tórax, primeiro no alto, próximo ao osso esterno, isto (eu bem sei) significa que existia um desafio. Quando eu disse que sabia de tudo, que você estava tendo um relacionamento com ela, seus braços, ainda cruzados, abaixaram e ficaram na direção do abdômen: medo ! Sim, naquele instante eu tive a certeza que você mentia o tempo todo para mim, você estava com medo. Caso você desconheça, quando colocamos os braços cruzados abaixo do osso esterno, que cobre o peito, é um sinal claro que buscamos proteger uma área sem grandes proteções. Isto é da evolução! Não temos controle consciente sobre estes movimentos, são quase automáticos, compulsórios!

               Claro  que você pode argumentar que isto é circunstancial e que pode ter ocorrido uma grande coincidência. Sim, porém, nas repostas que você dava ao meu inquérito, uma estranha coceira se apossou do seu rosto, lembra-se disto pelo menos? Sabe, uma das coisas que sempre gostei na sua personalidade é esta sede de saber, por isto não me custa explicar por que ocorre esta sensação incômoda no rosto e pescoço. Quando uma pessoa mente, sabendo que esta mentira pode causar dano se descoberta, o sistema interno reage para luta ou fuga e aumenta a pressão arterial fazendo o sangue fluir mais rapidamente. Os vasos periféricos da face são irrigados em grande velocidade e, este movimento faz surgir uma coceira mesmo no nariz, canto da boca, olhos e pescoço. O corpo sempre vai delatar uma situação de estresse.

               Preste atenção, não houve confissão expressa verbalmente, tudo foi inconsciente. Como, por exemplo, a sua respiração lentificada. Quase não dava para notar se você estava vivo ou não, o ombro nem mexia, subindo e descendo como ocorre com todas as pessoas em estado de calma e tranquilidade. Ao final, com o estresse gerado pela nossa conversa, sua respiração estava rápida e curta: uma prova de nervosismo; assim como as piscadas dos seus olhos: mais rápidas que o normal. Não há como escapar de tantas evidências, você mentia sim e eu sabia.

               Agora, tenho outra prova mais contundente ainda de sua elaboração fictícia, de sua estratégia falha de me enganar: seus olhos! Sim, seus olhos! Todas às vezes que você respondia a uma pergunta minha relacionada a ela, os seus olhos se movimentavam para o alto da testa do lado direito. Sendo você destro, é neste lado do cérebro que está o mecanismo da imaginação, então toda sua fala, nestes momentos, eram criadas, imaginadas: pura mentira! Mais uma coisa que eu quase me esqueço: os seus lábios, eles também me disseram mais que as palavras. Uma pessoa normal, destra, falando sem pressão ou emoção tende a movimentar mais o lado direito dos lábios, isto porque a região de Broca e área Wernicke, responsáveis pela movimentação motora e compreensão da fala, estão do lado esquerdo. Você sabe que o lado esquerdo do cérebro movimenta o lado contrário do corpo, pois bem, no momento em que a emoção domina o orador este movimento pula de lado! Não é impressionante? Ah! Impressionante mesmo foi ver seus lábios “sambarem” diante dos meus olhos.

               Tenho de ir, não vou te ocupar mais falando sobre algo que já está claro. Neste momento os meus pés apontam para a porta de nosso apartamento, por onde eu sairei e nunca mais voltarei. Meus pés estão tais quais os seus naquela noite, apontando para a porta. Isto também é um movimento inconsciente de quem deseja fugir de uma situação, afinal, os pés sempre apontam para a área de interesse e foi, justamente, por observar seus pés apontando para ela na festa da empresa, que eu decidi estudar mais sobre análise comportamental. Tenha uma boa vida, a minha será!




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sábado, 4 de maio de 2013

Treinamento de Relacionamento Interpessoal no Ambiente Coorporativo na GENESYS - 04/05/2013

Galera no 1.000 na Empresa Genesys treinamento de 04/05/2013

Momentos de interação

Trocas de conhecimento

Grande atenção

Dinâmicas divertidas de interação

Sugestões para melhor interação

Soluções para demandas

Contribuição para melhor comunicação

Sempre uma boa ideia!


Comunicação foi o tópico mais discutido

Dinâmicas de apoio mútuo

quinta-feira, 2 de maio de 2013

Programa Atualidades na Rádio MEC - 02/05/2013 - com Cadu Freitas


João Oliveira e Beatriz Acampora no Programa Atualidades, apresentado pelo jornalista Cadu Freitas, na Rádio Mec em 02/05/2013 falando sobre o lançamento do Livro: "A Importância dos Sonhos: interpretação e práticas para a saúde plena"

quarta-feira, 1 de maio de 2013

O PODER ESTÁ ESCONDIDO





Por Prof. Msc. João Oliveira

               Brama, primeira deidade da suprema trindade hindu, estava inquieto com o rumo que o universo estava tomando. Ele havia dado o poder total aos homens e estava tudo uma grande bagunça, pois, as emoções humanas (raiva, ódio, ambição, inveja) estavam tornando a criação um verdadeiro caos. Como precisava ir dormir – seu sono dura 4.320.000.000 anos – ele tinha de encontrar uma solução rápida para o problema.


               Sentado ao lado de Sarasvati, sua esposa e deusa da Sabedoria, todas as suas cinco cabeças demonstravam preocupação. Alguns outros deuses se aproximaram e começaram a dar algumas ideias de como ele poderia resolver este dilema.


               Shiva foi logo dizendo: - “Vamos destruir tudo logo e começar de novo!”. Apesar de ser uma boa opção Brama balançou a sua terceira cabeça de forma negativa e disse: - “Ainda não, eles têm tão pouco tempo que nem vale a pena.”


               - “Então esconda o poder deles!” falou Vishnu – “Coloque no fundo do mar, na mais profunda fenda abissal! Lá eles jamais irão encontrar.”


               Brama coçou seu segundo queixo e disse: -“Não... eles um dia vão inventar submarinos, sinos de mergulho, ROVs e, com certeza irão descobrir que o poder está no fundo do mar. Não é uma boa ideia.”


               Sarasvati que até então nada havia dito disse: -“Amor de minha eternidade, coloque no topo da mais alta montanha!”  Brama virou todas as cabeças na direção de sua esposa (até mesmo a que estava no alto apontada para o céu) e resmungou: -“Claro que não! Lá eles vão chegar fácil! Vão colocar suas bandeiras em todas as montanhas por mais alta que sejam”.


               Satrupa, primeira mulher criada por ele e responsável pelo surgimento de tantas cabeças, disse: -“Brama! Eu já sei! Coloque em algum outro planeta deste universo! Assim eles nunca poderão ter de novo o poder da criação”.


               Ele nem se mexeu e, já meio desolado falou: -“Não vai funcionar. Eles irão construir naves espaciais e, em algum tempo, estarão alcançando todos os planetas do universo. Pode demorar, mas irão fazer isto”.


               O clima já estava pesado. Ao longe se ouvia o som de explosões das guerras entre os humanos. Dotados de todo o poder eles destruíam montanhas, arrasavam cidades e se matavam, uns aos outros, como loucos. Brama já estava optando pela solução apresentada por Shiva quando seu filho, gerado por Satrupa, Suayambhuva Manu, disse: -“Pai! Não é sua responsabilidade, fui eu quem gerou a humanidade por isto eu tenho de prover a solução: vamos esconder o poder no único lugar onde o homem jamais irá procurar.”


               Todos se voltaram para Suayambhuva Manu com o olhar interrogativo e de espanto, como ele, que nem mesmo uma deidade era, poderia dar solução a um problema tão grave. Demonstrando humildade, ele falou em baixo tom se dirigindo a Brama: - “Pai, coloque todo o poder do universo dentro do coração deles! Como eles só olham para fora, só se veem nos outros e só desejam o externo, jamais irão encontrar o real poder que tudo move.”


               Suayambhuva Manu foi aplaudido por todos e Brama, imediatamente fez como ele havia dito.  Neste ponto do mito hindu Brama se deita e, até agora, esta dormindo, quando ele acordar este universo será destruído e tudo será refeito mais uma vez. No entanto, parece que não será nesta era o acesso dos humanos ao grandioso poder que habita bem no centro do coração de cada um. 


               A busca pelo poder material inibe a espiritualização do homem que confunde seus desejos e necessidades a todo instante. Quando o que está fora for silenciado o coração será ouvido e, a força que nela habita, poderá ser finalmente tocada.

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terça-feira, 30 de abril de 2013

João Oliveira na Rádio Nacional em 29/04/2013 com Daisy Lúcidi


Me sinto orgulhoso de poder estar ao lado de uma lenda viva do Rádio Nacional: Daisy Lúcidi 84 anos !

Nossa participação agora será semanal, todas as segundas, na Rádio Nacional, no programa "Alô
Daisy" 

Revista Gestão de Negócios Maio/2013 - João Oliveira

Página 52, edição de Maio/2013

quinta-feira, 25 de abril de 2013

ZONA NEUTRA


Por Prof. Msc. João Oliveira

               Uma situação de conforto e estabilidade pode dar um estranho rumo às vidas de algumas pessoas: a entrada na etapa da “Zona Neutra”. Também chamada de zona de conforto, este estado mantém o indivíduo sem movimentações, pois, ele acredita estar no melhor que pode usufruir. 

               Limitante, este momento da existência pode se manter até os fins dos dias e, o cotidiano, seja ele qual for, parece inalterado e seguro: não há riscos, não existem alterações e, consequentemente, não ocorre nenhum crescimento do sujeito em questão.

               Um cidadão que mora embaixo de uma ponte não sairá de lá com facilidade. Ele tem argumentos convincentes que, residir sob o concreto, é uma boa opção, até por que ele não paga água, luz ou aluguel. Podemos afirmar que durante o período das chuvas sua casa será inundada e, com certeza, ele irá nos dizer que isto ocorre apenas uma vez por ano e que, portanto, vale a pena ter moradia de graça por onze meses. 

               A mente consegue elencar defesas de todas as formas para confirmar a opção pela Zona Neutra. Não há necessidade de mudanças, está tudo ótimo como sempre foi e será.

               Podemos perceber este movimento nas camadas sociais mais desprovidas de recursos financeiros e que se abastecem dos programas sociais existentes (são muitos). Uma estabilidade de subsistência é o bastante para uma vida simples – e segura – sem  o medo de perder algo que ainda não possuem. A própria esperança passa ser algo similar a ficção: simplesmente não existe, pertence a outra pessoa.

               A Zona Neutra é um reflexo contido da baixa autoestima. O sujeito não acredita ser merecedor de algo melhor e cria uma condição que o priva de todas as chances de crescimento possíveis. Tal força se instala que uma visualização criativa futura não vai além do fim de semana.

               Pergunte, a uma pessoa estacionada na Zona Neutra, quais são seus planos para o futuro. Ela irá falar do próximo fim de semana, da praia, churrasco, do show ou qualquer outro tema de sua preferência. Não vislumbra um futuro maior que pode ser alcançado em cinco anos, sua preocupação é o almoço, janta, aluguel, namoro...  O, além disto, está escondido em uma nuvem opaca – apenas não existe para ele algo além do hoje e amanhã.

               Como sair desta condição? Primeiro descobrir se você está ou não preso neste lapso perceptivo – "sou assim?" – depois buscar os futuros possíveis à sua realidade. Também não posso desejar ser atleta olímpico aos 51 anos de idade sem nunca ter treinado nada a vida inteira – esta oportunidade está perdida! Mas, tirando as potencialidades físicas fora deste contexto, quase todo o resto é possível. Se, em minhas contas, posso ter à frente mais 10 anos de vida, pelo menos, posso mudar (totalmente) e desfrutar de um futuro melhor.

               Este mudar não precisa estar somente associado ao ato de fazer um curso ou uma faculdade, aprender uma nova profissão. Pode, também, ser justamente o contrário, abrir mão de um perfil funcional por uma vida mais simples. Claro, não é obrigatório mudar! Pensar nisto, na possibilidade de viver mais e melhor, já é, em si, uma saída da Zona Neutra. Pense nisso com carinho, todos podemos fazer diferente ou decidir ficar igual.


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