Por Prof. Msc. João Oliveira
Uma situação de conforto e estabilidade pode dar um estranho rumo às vidas de algumas
pessoas: a entrada na etapa da “Zona Neutra”. Também chamada de zona de
conforto, este estado mantém o indivíduo sem movimentações, pois, ele acredita
estar no melhor que pode usufruir.
Limitante, este momento da existência pode se manter até os fins dos dias e, o
cotidiano, seja ele qual for, parece inalterado e seguro: não há riscos, não
existem alterações e, consequentemente, não ocorre nenhum crescimento do
sujeito em questão.
Um cidadão que mora embaixo de uma ponte não sairá de lá com facilidade. Ele
tem argumentos convincentes que, residir sob o concreto, é uma boa opção, até
por que ele não paga água, luz ou aluguel. Podemos afirmar que durante o
período das chuvas sua casa será inundada e, com certeza, ele irá nos dizer que
isto ocorre apenas uma vez por ano e que, portanto, vale a pena ter moradia de
graça por onze meses.
A mente consegue elencar defesas de todas as formas para confirmar a opção pela
Zona Neutra. Não há necessidade de mudanças, está tudo ótimo como sempre foi e
será.
Podemos perceber este movimento nas camadas sociais mais desprovidas de
recursos financeiros e que se abastecem dos programas sociais existentes (são
muitos). Uma estabilidade de subsistência é o bastante para uma vida simples –
e segura – sem o medo de perder algo que ainda não possuem. A própria
esperança passa ser algo similar a ficção: simplesmente não existe, pertence a
outra pessoa.
A Zona Neutra é um reflexo contido da baixa autoestima. O sujeito não acredita
ser merecedor de algo melhor e cria uma condição que o priva de todas as
chances de crescimento possíveis. Tal força se instala que uma visualização
criativa futura não vai além do fim de semana.
Pergunte, a uma pessoa estacionada na Zona Neutra, quais são seus planos para o
futuro. Ela irá falar do próximo fim de semana, da praia, churrasco, do show ou
qualquer outro tema de sua preferência. Não vislumbra um futuro maior que pode
ser alcançado em cinco anos, sua preocupação é o almoço, janta, aluguel,
namoro... O, além disto, está escondido em uma nuvem opaca – apenas não
existe para ele algo além do hoje e amanhã.
Como sair desta condição? Primeiro descobrir se você está ou não preso neste
lapso perceptivo – "sou assim?" – depois buscar os futuros possíveis
à sua realidade. Também não posso desejar ser atleta olímpico aos 51 anos de
idade sem nunca ter treinado nada a vida inteira – esta oportunidade está
perdida! Mas, tirando as potencialidades físicas fora deste contexto, quase
todo o resto é possível. Se, em minhas contas, posso ter à frente mais 10 anos
de vida, pelo menos, posso mudar (totalmente) e desfrutar de um futuro melhor.
Este mudar não precisa estar somente associado ao ato de fazer um curso ou uma
faculdade, aprender uma nova profissão. Pode, também, ser justamente o
contrário, abrir mão de um perfil funcional por uma vida mais simples. Claro,
não é obrigatório mudar! Pensar nisto, na possibilidade de viver mais e melhor,
já é, em si, uma saída da Zona Neutra. Pense nisso com carinho, todos podemos
fazer diferente ou decidir ficar igual.
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