Endereços:
Instagram:
@prospero.universo
@dr.joao.oliveira.oficial
Web:
joaooliveira.com.br
segunda-feira, 2 de julho de 2012
quarta-feira, 27 de junho de 2012
OMISSÃO
Lavar as mãos, diante de uma situação onde você têm
conceitos estabelecidos, não libera da responsabilidade do resultado final como
se, não houvesse um apoio dado a um dos lados da contenda. A grande maioria das
pessoas acredita que o ato de não se envolver é sábio e, mesmo diante de uma
clara situação onde existe algoz e vítima não se pronuncia em nome da justiça.
Uma frase que resume bem a implicação da opção de não se
envolver é esta: “Para que o mal triunfe basta que os bons não façam nada”. Foi
o que nos disse Edmund Burke, filósofo irlandês no século XVIII, quando é
visível a diferença de forças, onde percebemos que há uma intenção malévola
agindo sobre uma pessoa ou situação em desvantagens de recursos, é nosso dever
tomar partido para a resolução.
Podemos perceber que a sociedade moderna se afasta cada vez
mais de suas responsabilidades sociais individuais, colocando todo peso da
resolução de problemas, seja eles quais forem, nas mãos do estado, da entidade
pública ou de Deus. Alias, a frase: “Deus sabe o que faz” livra muita gente de
pelo menos tentar fazer algo por outra pessoa.
Pôncio Pilatos ficou famoso lavando as mãos diante de uma
situação que ele sabia estar errada, não tomou partido mesmo tendo o poder de
resolução e, nós sabemos o resultado desta história. A inação, ou não ação, é
uma tomada de decisão. Não participar ativamente de uma resolução de conflito,
tendo condições para isso e, permitir que o valor negativo prospere na situação
é fugir da responsabilidade de agir contrariando a ética. Todos nós sabemos quando
agimos assim, ninguém opera na ignorância de juízo critico e, se assim for,
está livre de ônus.
A pergunta que vem a seguir é, que ônus seria este? Quando
os participes de uma sociedade se omitem diante de injustiças a entidade
negativa ganha forma e, com algum tempo, acaba por atingir todos deste
ecossistema.
Deixando a religião fora deste questionamento, podemos
analisar outro ícone neste raciocínio. Na iconografia dos santos podemos ver a
imagem da Nossa Senhora das Graças, também conhecida como Nossa Senhora da
Medalha, onde ela se apresenta com o semblante plácido, calmo enquanto o pé
esquerdo, desnudo, esmaga a cabeça de uma serpente. Seu rosto não aparenta
raiva ou esforço envolvido no ato de, com força, pisar no animal rastejante.
O simbolismo é a luta do bem contra o mal. O sujeito não
precisa se envolver, ruidosamente, no combate ao que considera injusto. Sua
ação não necessita de envolvimento emocional apenas do posicionamento correto.
O ato de tomar partido pelo injustiçado requer
distanciamento emocional até mesmo para salvaguardar o pensamento
analítico que sempre fica prejudicado quando imerso em forte emoção.
Finalizando: omissão está mais próximo da covardia do que da
imparcialidade. Caso cada um de nós agíssemos com vigor, todas as vezes que a
injustiça fosse percebida como tal, os agentes do mal teriam menos espaço para
expor suas intenções.
João Oliveira
Psicólogo CRP 05/32031
terça-feira, 26 de junho de 2012
Radio Roquete Pinto 26/06/2012
Nesta terça-feira (26/06) o quadro Painel em Debate, do Programa Painel da Manhã da Rádio Roquete PInto 94,1 FM, trouxe o tema Crime Passional! COM: Alice Silveira - Produção; Fabiano Albergaria - Apresentação; Elias Lins - Psicologia, Psicanálise e Hipnose Terapêutica; Jorge Ramos - Apresentação;
João Oliveira - Mestre em Cognição e Linguagem e autor do livro SAIBA
QUEM ESTÁ À SUA FRENTE (WAK editora); Beatriz Acampora - Mestre em
Cognição e Linguagem autora do livro 170 TÉCNICAS ARTETERAPÊUTICAS (WAK
editora) e Alexa Archer - Produção Ouça todo Painel em Debate de Hoje
Veja um trecho do programa em vídeo
quarta-feira, 20 de junho de 2012
Empreender é viver
Existe no Pólo Norte uma lagarta
conhecida como Lagarta de Fogo. Ela demora mais de 18 anos para se tornar
adulta e, pelo processo da metamorfose, se tornar uma mariposa. Ocorre que a
cada inverno, vários meses de escuridão total nesta região, ela literalmente morre
congelada e, volta à vida de forma surpreendente, no degelo da primavera. Ano
após ano, reunindo proteínas das folhas para estar forte o bastante e, em uma
primavera muito especial, virar um casulo e evoluir como mariposa para viver,
neste estado, apenas algumas semanas.
Este exemplo é interessante,
pois, é uma vida plena extremamente curta diante do esforço empreendido por
quase duas décadas de trabalho árduo comendo folhas em uma velocidade
vertiginosa.
Vivemos, caso o infortúnio não
cruze o sinal vermelho, uns bons 80 anos – vida saudável! – quanto tempo
estudamos e trabalhamos em busca de um tal conceito de felicidade ou de vida
realizada?
Acho que período de estudos,
levado a sério, com faculdade e pós-graduação: 25 anos de idade. Concorda?
Seriam então 20 anos somente de estudos. Tempo relacionado ao trabalhando, para
juntar dinheiro, construir patrimônio, ter uma aposentadoria digna. A
aposentadoria no Brasil, para seres normais sem regalias de classes produtivas
especiais, tem seu benefício, concedido pelo INSS, aos homens a partir dos 65
anos de idade e mulheres a partir dos 60.
Arredondando então para mais quarenta anos de vida: o que sobra?
Mais 15 ou 20 anos para aproveitar a vida como sempre
sonhou?
Provavelmente o primeiro
pensamento que lhe passa a cabeça é sobre as condições de saúde do seu corpo
para aproveitar, da melhor forma possível, de toda euforia advinda desta
fabulosa fase da vida que é a aposentadoria.
Parou para pensar? Surgiu uma
ponta de angústia?
Tenha calma. Existe solução para
tudo! O nosso cérebro é poderoso e muito obediente para quem sabe lidar com
ele. Em primeiro lugar o que se busca de realização na vida?
Este é o ponto chave da questão.
Caso você esteja trabalhando, ou estudando, em algo que não lhe preenche, que
não lhe traz alegria, pare imediatamente. Você está jogando seu tempo de vida
útil fora e isto não tem retorno jamais. Segundo ponto: quem disse que você
precisa esperar para ser pleno. Não somos como a lagarta do Pólo Norte, viver
não é tão dispendioso assim, solucionar desejos sim. Isto é complicado.
Nossas necessidades não são
caras e qualquer pessoa, em seu estado normal de saúde e intelecto, pode
prover, com algum esforço (claro), o suficiente para manter a estrutura física
do corpo em atividade, ou seja, sobreviver. Como sobreviver, e com que grau de
conforto e facilidades, vai depender de como a produção ocorreu em sua vida.
Qual o período que você realizou com prazer atividades ditas lucrativas. Isto
pode estar ocorrendo agora, ou você pode decidir fazer diferente a partir de
hoje.
Tome por base o que é
necessário, financeiramente, para manter sua estrutura de vida. Não exagere em
desejos materiais fúteis - o termo
“fúteis” vai depender do nível de entendimento do que seja realização,
isto é de cada um, paciência. Com o cálculo pronto, observe ao seu entorno
quais são as possibilidades da relação produção X renda acessíveis aos seus
conhecimentos e competências. Trace o plano, coloque metas, coloque marcas temporais.
O sistema existe para quem não
pensa ir além, nivela todos como água parada, superfície lisa. Somos
manifestações conscientes e mutáveis a todo segundo. Insetos estão a mercê das forças da natureza,
não pensam.
Mas, como sempre, é bom dizer
que tudo é uma questão de escolha. No pior resultado: de aceitação. Seja feliz
se quiser e, caso contrário, como puder.
Prof. Msc. João Oliveira
Psicólogo Clínico CRP 05/32031
Diretor de Cursos do ISEC
sexta-feira, 15 de junho de 2012
Conformismo
Todos
os dias fazemos centenas de escolhas, hoje , por exemplo, você já fez várias:
decidiu se ia ou não levantar naquele momento, se comia mais uma fatia de pão
ou de bolo, de acelerava para passar o sinal amarelo ou se parava logo antes do
vermelho... são pequenas escolhas mas, mesmo assim, causam dissonâncias.
Uma
dissonância cognitiva nos força a buscar o equilíbrio, criando uma
justificativa mental para que a nossa escolha
tenha sido realmente a melhor, seja ela qual for. Um exemplo claro deste
esquema é quando você comprar um carro vermelho e, a partir deste momento, você
começa a reparar em todos os carros verdes – sua outra possibilidade de compra
– que circulam pela rua. Sua mente começa a fazer comparações: “- Será que eu
deveria mesmo ter comprado o carro vermelho?”
Para
resolver esse problema muitas justificativas são elencadas e colocadas à frente
na consciência: os juros do vermelho são menores, ele veio com tapete e GPS, o
verde não têm teto solar... pouco importa o que seja, ao final sossegamos a
nossa dissonância e fica tudo bem.
Lembre-se,
isto vale para todas as escolhas, inclusive as grandes! E, é justamente aqui
que reside o grande perigo de nossas vidas. Que justificativas nossa mente pode
estar criando para nos adormecer frente a tomadas de decisões equivocadas
feitas no passado? Será que podemos estar adormecidos, sem ímpeto para ações
importantes por que criamos desculpas para a nossa realidade atual?
A isto
podemos dar outro nome: Conformismo. Neste caso o grupo social, onde o sujeito
tem sua referência de vida faz toda a diferença pois, buscando uma
justificativa para seu sucesso ou fracasso ele cria uma relação imaginária com
seu entorno. Muitas vezes, quando isto não é possível, faz pior: colocando a
responsabilidade pela situação que se encontra nas Mãos de Deus!
Quando
entramos neste estado psicológico perdemos a vontade de mudar, de realizar. A
mente, com o seu poder criativo, montou uma estratégia de defesa justificando
cada resultado ruim ou a falta de vitórias dando, ao sujeito, a impressão de
merecimento deste estado atual: “- Sou pobre, mas vou para o céu!”
Sem
questionar a fé: o conformismo deveria ser pecado!
Você
pode detectar este estado nas pessoas, perguntando para elas o porque de
estarem vivendo desta ou daquela forma quando poderiam buscar alternativas
melhores. Depois de fazer este exercício com as outras pessoas, faça consigo
mesmo. Descubra quais são as suas desculpas para não seguir em frente. Veja,
ponto a ponto, o que é real e o que foi criado pela sua mente como forma de
aprisionamento.
Podemos
estar presos agora em grades invisíveis que podem ser dissipadas com um sopro
de pensamento. Tentar não custa nada.
João Oliveira
Psicólogo e Diretor de Cursos do ISEC
segunda-feira, 11 de junho de 2012
sexta-feira, 8 de junho de 2012
quinta-feira, 7 de junho de 2012
PROJETO DE VIDA
O
que podemos fazer com a vida? De que forma devemos buscar a realização da nossa
existência? Desde que tomamos consciência que o nosso sistema cultural prega a
vitória como uma exigência do quadro social, disparamos um projeto de vida ligado
ao sucesso financeiro.
Sobre
pessoas que alcançaram êxito financeiro, temos muitas histórias de pleno
sucesso, mas a que vamos ver agora é, no mínimo, interessante:
Em
1923, nos conta Sidney Petrie e Robert B. Stone no livro “Como Ganhar Novas
Forças Com a Ginástica Mental” (Editora Record – 1967), ocorreu uma reunião com
os oito homens que controlavam o mundo financeiro daquela época, foi no Edgewater Beach - um luxuoso hotel em Chicago-EUA.
O grupo era um mito respeitado por todos. Juntos, aqueles homens possuíam mais
dinheiro que todo o tesouro americano. Jornais e revistas noticiavam suas
histórias fabulosas. Todos olhavam para eles como símbolos de sucesso e fortuna.
1 – O presidente da bolsa de
valores de Nova York, Richard Whitney.
2 – O presidente da maior
companhia de aço, Charles Schwab.
3- O presidente da maior empresa
de serviços públicos, Samuel Insull.
4 – O presidente da maior
companhia de gás dos EUA, Howard Hopson.
5- O mago da ocasião em Wall
Street, Jesse Livermore.
6 – O presidente do Banco
Internacional de Investimentos, Leon Fraser.
7- O milionário possuidor do
maior monopólio dos EUA, Ivan Kruege.
8 – O integrante do gabinete
presidencial americano Albert Fall.
Próximo
a 1948, cerca de 25 anos depois, o cenário era completamente diferente: Jesse Livermore, da Wall Street, Leon Fraser,
presidente do Banco Internacional e Ivan
Kruegar, do monopólio financeiro, cometeram suicídio. Howard Hopson estava
louco e internado. Charles Schwab, presidente da companhia de aço, morreu na miséria tal qual Samuel Insull da empresa de
serviços públicos. Richard Whitney, da bolsa de valores de Nova Iorque, estava
na prisão. Albert Fall, do gabinete presidencial, obteve permissão para deixar
a prisão para morrer em casa.
O
que ocorreu de errado? Por que estes
homens que conseguiram vencer na vida destruíram tudo o que conquistaram,
alguns dando fim a própria existência?
Pode
ser que exista uma diferença conceitual entre vencer e ser feliz.
Principalmente quando a vitória está ligada ao externo e, o projeto de vida
maior, ser feliz, é completamente abandonado. Tudo, por um alto custo, é feito
para provar a sociedade que podemos ser melhores que todos. Ora, ser feliz não
exige tanto assim ou, pelo menos, para viver de maneira mais tranquila. A busca
incessante de lucros transforma o passeio em uma guerra onde todos ao final são
perdedores. Uns perdem a saúde, outros o tempo com a família, alguns, menos
afortunados ainda, não percebem o tempo passando e a vida sendo ceifada pela
vigilância ao saldo bancário.
Ter
as necessidades básicas supridas é o mínimo que se espera. Possuir bens que
possam dar segurança também não é nenhum absurdo. O que pode destruir é a ganância desenfreada,
a busca pelo poder absoluto e controle de todos que estão à sua volta.
Não
quero dizer com isto que buscar riquezas seja errado, claro que não, todos
devemos procurar o melhor, mas com cuidado para não tornar esse desejo uma
compulsão, uma doença que aprisiona e mata.
Afinal,
sabemos bem, todos vamos deixar este plano um dia e caixão não tem gaveta, nem
defunto tira juros da poupança. O melhor é aproveitar os momentos que podemos
compartilhar com pessoas que gostamos, e ter dedicação ao que realmente nos faz
feliz. Viver não é difícil, escolher o que fazer da vida, isso sim, pode tornar
esta estada infernal.
terça-feira, 5 de junho de 2012
Programa Painel da Manhã Rádio Roquete Pinto 05/06/2012
Terça feira, dia 5 de junho de 2012 o Programa Painel da Manhã, da Rádio Roquete Pinto, 94.1 FM, apresentou o tema AMOR PATOLÓGICO, com a participação de João Oliveira, Beatriz Acampora e Dr. Luis Antonio Campos. O programa é apresentado pelo Fabiano Albergaria e Jorge Ramos, com a produção de Alice Maria.
Estúdios da Roquete Pinto |
Dr. Luis, Alice Maria, Fabiano Albergaria, Beatriz Acampora e João Oliveira |
Jorge Ramos se juntou ao grupo |
Beatriz Acampora e ao fundo Alice Maria, produtora do Programa |
Jorge Ramos e Fabiano Albergaria no comando do Programa Veja, em vídeo, alguns momentos do programa |
terça-feira, 29 de maio de 2012
Sorte, ou azar?
SORTE, OU AZAR?
Pessoas
passam pela vida argumentando que são infelizes por não terem tido
oportunidades ou por serem desprovidas de sorte. O que há de verdade nisto?
Seria mesmo possível existir tais diferenças entre os seres humanos?
Uma vez
o exército de Gengis Khan passava por uma fazenda ao norte da Mongólia, era o ano
de 1180, ele estava reunindo os clãs
para mais uma luta contra os tártaros.
Um dos seus arqueiros montava uma égua que, prenha, tinha dado a luz a
um potrinho. Gengis Khan não queria
saber de distrações em sua tropa e ordenou que o pequeno animal fosse
sacrificado. Ao invés de fazer isto, o arqueiro deu o potrinho para um menino,
filho do dono da fazenda onde estavam alojados. A tropa seguiu viagem.
- “Menino de sorte este seu filho hein? Ganhou um potrinho
de uma égua do exército de nosso Khan!” – disse o vizinho ao pai do menino.
- “Sorte ou azar, só o futuro dirá.” – respondeu o velho
homem ajudando o menino a alimentar o fraco animal.
O
potrinho cresceu e, certa vez, a porteira da fazenda foi esquecida aberta
durante a noite, o jovem cavalo, cheio
de energia e vontade de correr pelo mundo, fugiu.
- “Menino de azar esse filho seu, ganhou o potrinho, cuidou
tão bem dele e, agora, o bicho foge!” – Disse o vizinho.
-”Sorte ou azar, só o futuro dirá.” – responde o idoso
fazendeiro consolando o filho que chorava pela perda do animal.
Passadas
três semanas, eis que surge o cavalo correndo pelos campos e arrastando consigo
vários cavalos da mesma raça que viviam nas frias espetes na forma selvagem. Toda a tropa entra na fazenda,
seguindo o líder, foram direto para o cercado se alimentar.
- “Que menino de sorte este teu filho: ganhou um potrinho, o
bicho cresce e foge e agora volta, trazendo mais oito cavalos! Isso é que é
sorte!”
- “ Sorte ou azar –
repetiu o velho – só o futuro dirá!”
Um mês depois
o menino estava adestrando os cavalos selvagens, montado em um deles o animal
se assusta e tomba o rapaz quebrando seu braço. Uma época onde os tratamentos
eram difíceis o menino acaba se curando, mas fica com o braço direito torto.
- “Menino azarado
este teu filho: ganhou o potrinho, que se torna uma cavalo e foge, retorna com
vários outros e agora um deles deixa seu filho meio aleijado! Que azar não é?”
- “Meu querido vizinho, sorte ou azar, só o futuro dirá.” –
disse o velho com o olhar triste sabendo que o filho não teria mais os
movimentos perfeitos naquele braço.
Os
soldados de Gengis Khan voltaram.
Desesperados ele precisavam de jovens para ser treinados como arqueiros. A
batalha estava quase perdida e eles não tinham tempo a perder. Entravam nas
casas e sequestravam os rapazes que tinham a idade certa para segurar o pesado
arco. O filho do fazendeiro que vivia falando sobre a sorte do vizinho foi
levado, mas o garoto que, após a queda, tinha ficado com o braço torto, foi poupado,
de nada ele serviria ao exército guerreiro, afinal jamais poderia manejar bem
um arco e flecha.
Nas
batalhas, o filho do fazendeiro vizinho morreu.
- “Azar mesmo – disse ele – teve foi o meu filho.”
Não
existe como avaliar uma situação no momento em que ela ocorre. Existem eventos
ruins, em nossas vidas, que podem assinalar mudanças de planos, alteração de
rota e que, no futuro, podem se tornar coisas realmente boas. Caso fiquemos
ocupando o raciocínio tentando elucidar os fatos em dualidades – boa ou má – ou
ainda se focarmos somente no passado que consideramos ruim, deixamos de
observar o dia e planejar o futuro.
Existe a tragédia. Sim existem fatos que nos
causam imensa dor. No entanto, se permanece a vida em nós, também existe a
chance de mudar o porvir. Cuidar para que, os próximos passos, sejam produtivos
e melhores do que os dias em que a tragédia nos colocou de joelhos.
Viver
não é somente contabilizar momentos agradáveis. A vida é feita de tudo o que há
nela e não podemos apenas escolher. É necessário construir.
Assinar:
Postagens (Atom)