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sexta-feira, 16 de março de 2012
quinta-feira, 15 de março de 2012
BUSCAR ALGUÉM
Todos, com raras exceções, queremos ter alguém em nossas vidas a idéia de ficar sozinho, de não construir uma família soa, para a grande maioria das pessoas, como uma vazio existencial. Fazer parte de algo é o que buscamos e, para começar este jogo, devemos encontrar alguém para compartilhar a vida. Mas como fazer isto?
Quais são as qualidades que você busca no outro? Melhor ainda, quais são as qualidades que você tem para oferecer ao outro. Todo mundo conhece a história do rapaz que procurava a mulher perfeita, rodou todo o mundo, durante muitos anos e, quando encontrou descobriu que ela também procurava o homem perfeito, só que este não era ele.
O início da busca deve estar, portanto, centrado em nós mesmos. Somos boa companhia para nós mesmos? Parece meio infantil questionar isto mas, sabemos quando alguém está em equilíbrio quando não se importa em ficar sozinho – literalmente em casa, sem ninguém – quando seus pensamentos não lhe perturbam e não tem medo nem angústia quando, por algum motivo, se vê sem ninguém a sua volta.
“Encontrar a minha metade da laranja!” Esta frase, e todas que derivam dela, estão erradas! Se você é uma metade e encontra a outra metade, forma uma única peça. Não são duas pessoas? Neste caso teremos duas pessoas, pela metade, que, para existir, dependem desesperadamente da outra. Não vai dar certo deste jeito.
Aliás um bom termômetro para saber se alguém está realmente pronto para uma relação duradoura, é quando a pessoa gosta mais de si do que do outro! Lógico! Pense, se você faz tudo pelo outro, por que gosta mais dele que de você mesmo, acaba fazendo coisas que não quer só para agradar o parceiro(a). Resultado: você se magoa.
O processo é simples para quem já está dentro dele e pode ser difícil de entender por quem nunca experimentou algo assim. O segredo do começo da busca é se encontrar primeiro e depois sim começar a procurar uma pessoa que possa compartilhar.
Muitos erros são cometidos neste processo, o mais comum é a busca por três coisas em alguém como sendo as mais importantes para nossa escolha: beleza, dinheiro e bom sexo. Essas três podem nos abandonar rapidamente. A beleza e o sexo mudam de formato com o tempo e, se formos criar comparações ficaremos loucos pois sempre haverá alguém mais belo e mais jovem. O dinheiro, esse então nem se fala, ninguém pode garantir nada dentro de uma cultura capitalista selvagem, hoje se tem muito. Amanhã, se não houver cuidados, pode ter a conta zerada no banco.
Agora, existem três coisas que devemos observar no outro: maturidade, inteligência e bom humor. Não se engane essas são as maiores riquezas que as pessoas podem ter, pois delas derivam tudo que pode tornar a vida mais agradável com o passar dos anos. A maturidade e a inteligência ajudam a resolver conflitos e, nada melhor do que o bom humor para essas horas.
Claro, se você encontrar as seis numa pessoa só, após ter encontrado a si mesmo, não perca tempo: você tirou a sorte grande!
terça-feira, 13 de março de 2012
segunda-feira, 12 de março de 2012
quarta-feira, 7 de março de 2012
domingo, 4 de março de 2012
QUEM SOU EU?
Provavelmente, em algum momento de nossas vidas, três perguntas vêm a mente:
1) De onde eu vim?
2) Quem sou eu?
3) Para onde vou?
Responder primariamente é fácil: - “Vim de lá, sou o João e vou para à praia (agora)!” O problema é que, como seres em desenvolvimento, queremos mais que isto. São questões transcendentais que fogem a esfera do pré frontal. A consciência busca, mas não toca, sequer, com seus dedos a superfície do tímido globo de uma laranja – obrigado Neruda!
Para abrir o campo e permitir a fluidez de um bom raciocínio, proponho uma metáfora para nos ajudar a elaborar as próprias respostas:
Numa manhã qualquer você se aproxima de um lago, límpido e calmo e retira, com as mãos, uma enorme carpa. Ela se debate, mostrando inquietação. O peixe se movimenta tornando o corpo côncavo e convexo várias vezes por segundo. Você nota o desespero do animal.
Existe uma maneira de apaziguar este nervosismo? Você faz o que é possível e, rapidamente passa para o nome do peixe um carro conversível zerinho, coloca-o no banco da frente, que é de couro, e o bicho continua a se debater.
Como isso é possível? Você acabou de dar a ele um carro zero! O que será que ele deseja? Hum, outra boa ideia surge em sua mente, você contrata acompanhantes (profissionais) e coloca-as no carro junto com o peixe. São mulheres belíssimas , com pouca roupa, e mesmo assim o peixe não sossega.
Bebidas! Sim é isso! O peixe quer cerveja, vinho, refrigerante... sei lá! Nada disto deixa o animal em paz. Joias, dinheiro ... você coloca no carro uma maleta com R$ 250.000,00 e o peixe nem olha para as notas de cem reais.
O que este peixe quer? Que animal insaciável é este?
Assim também Somos nós!
Como o peixe, que fora retirado do lago, nós estamos fora do nosso ambiente natural. Somos humanos em carne, é verdade, mas o que nos faz viver não é o corpo. Está dentro de nós e é imaterial. Você pode chamar de alma, espírito. Eu, por conta de minha profissão, chamo de psique – a estrutura psicológica do sujeito.
Se, pensem comigo, o que somos é de fato imaterial – minúsculos vórtices de faíscas eletroquímicas entre fendas sinápticas – e o que sentimos é falta – de onde nasce o desejo por um prazer nunca alcançado em plenitude – não há nada neste mundo que nos faça, realmente feliz: queremos é voltar para o lago!
Obviamente este propósito, voltar ao ambiente natural, terá suas interpretações de acordo com crenças pessoais. Não temos de discutir isto. Olhemos apenas para a questão principal: estamos voltando exatamente para o lugar de onde viemos. Então, duas perguntas já estão respondidas: De onde eu vim e para onde eu vou – para o mesmo lugar!
Falta saber quem eu sou.
Respondo por mim: sou um ser em construção, pedaço minúsculo de um corpo infinito na mais completa amnésia retrógrada: a pancada na cabeça, que originou o problema, foi quando nasci.
Que todos tenham uma boa estada e um excelente retorno.
quinta-feira, 1 de março de 2012
quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012
sábado, 25 de fevereiro de 2012
Palestras On Line do ISEC - Terças 19h00 - com Beatriz Acampora
sábado, 18 de fevereiro de 2012
Interpretação de sonhos no modelo Junguiano
Nossos sonhos funcionam como um amigo leal que fala sobre você, para o seu bem, mas não sabe o nosso idioma e escreve muito mal. Pode ser ainda pior: nem sempre o que é bom para o inconsciente, expresso nos sonhos, é o melhor que pensamos, a nível consciente, para nós!
Para que serve a interpretação dos nossos próprios sonhos?
- Identificarmos e resolvermos os conflitos dentro de nós e que impedem a nossa maneira de agir.
- Reconhecermos as defesas que usamos para repelir ameaças imaginárias ou reais.
- Evitarmos a tendência à frustração.
- Ampliar a flexibilidade de comportamento.
"Os Sonhos são entidades misteriosas, com mensagens de um amigo desconhecido que é solícito mas objetivo. Sua caligrafia e linguagem são, por vezes, obscuras, mas nunca há qualquer dúvida quanto à preocupação subjacente com o nosso bem-estar fundamental – que pode ser diferente do bem-estar que imaginamos ser a nossa meta." – JUNG
Jung conceitua os sonhos como sendo processos psíquicos naturais, análogos aos mecanismos compensatórios do funcionamento corporal. Os sonhos, na sua função compensatória, funcionariam de três modos possíveis:
- O sonho pode compensar distorções temporárias da estrutura do ego.
- O sonho pode atuar como auto-representação da psique, colocando a estrutura do ego em funcionamento com a necessidade de adaptação ao processo de individuação.
- O sonho é uma tentativa para alterar diretamente a estrutura dos complexos sobre os quais o ego arquetípico se apóia para a identidade no nível mais consciente.
A compensação das visões distorcidas ou incompletas do ego vígil é, de acordo com a teoria junguiana, o propósito dos sonhos. Nossa forma vígil de encarar as coisas sempre é incompleta, razão pela qual sempre há espaço para a compensação. A origem teórica dos sonhos é o Si-mesmo, o centro regulador da psiquê.
Para Jung há três etapas principais para que se possa interpretar um sonho, são elas:
- uma compreensão clara dos detalhes exatos do sonho;
- a reunião de associações em ordem progressiva, em um ou mais de três níveis: pessoal, cultural, arquetípico;
- a colocação do sonho ampliado no contexto da situação vital e do processo de individuação da pessoa que teve o sonho.
Assim, para Jung, o sonho deve ser interpretado no contexto da vida corrente da pessoa que o tem. A aceitação do sonho como confirmação da atual posição consciente da pessoa pode fornecer informações sobre o caráter compensatório dos sonhos.
Para identificar nos sonhos as informações necessárias, no intuito de praticarmos mudanças nas nossas vidas, é necessário ter a capacidade de decodificação dos elementos oníricos. Isso não é tão difícil, mas é preciso muita atenção para não se fazer julgamentos precipitados e acabar tendo uma leitura equivocada.
Um exemplo claro disso é quanto temos sonhos de conjunção carnal. Às vezes podemos ficar perturbados, pois as pessoas envolvidas não poderiam, pela ordem moral, estar praticando tal ato e extraindo prazer dele. Isso pode criar, inclusive, angústia e sofrimento ao sonhador.
No entanto o sonho não se preocupa com o corpo físico e, do seu jeito, ele simboliza uma união de personalidades, um apego psicológico. Faz isso da maneira mais forte que tem em sua simbologia: sexo! Ou seja, sonhou que está fazendo sexo com alguém significa desejo de proximidade maior a nível psicológico, união de personalidades.
É possível ainda, segundo Jung, o psicodiagnóstico precoce de várias alterações psicológicas. O sonho alerta mesmo antes de surgirem no mundo vígil. Um exemplo é o sonho que você está chegando atrasado para uma prova ou não consegue chegar a tempo para embarcar em um trem, avião. Este sonho relata o nível de ansiedade que se avizinha. Algo em seu comportamento diário está causando forte pressão e precisa ser revisto antes que o dano seja mais evidente.
Sonho ruim é bom e sonho bom é ruim. As pessoas que estão próximas à morte sonham com coisas espetaculares. Mesmo não estando cientes da sua situação de comprometimento, por doenças, e que isto terá como consequência a morte em algum tempo, seus sonhos, relatados, dão conta de compromissos a longo prazo. Elas falam que sonham com casamentos, viagens longas, que estão entrando numa faculdade, que adotam uma criança e etc.
Óbvio que nem todo mundo que sonha com temas parecidos com estes está destinado a morrer em breve, mas isso demonstra o caráter compensatório dos sonhos. Eles vêm para apaziguar a mente, um conforto, já que nada mais pode ser feito pelo organismo.
O não lembrar dos sonhos é um elemento complicador, coisas da modernidade, de uma carga emocional tão grande que o mundo onírico, em suas elaborações, não dá conta de resolver. Claro que existe solução, mas isso é outra longa história.
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quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012
terça-feira, 14 de fevereiro de 2012
Medo e Culpa
Quase todas as pessoas da nossa cultura têm, instalados, dois elementos negativos na constituição psicológica: medo e culpa. São inibidores comportamentais, limitadores densos que impõem tetos baixos para os vôos do crescimento individual.
O medo está relacionado a finitude, ao processo natural de crescimento, envelhecimento e morte. Desta forma, para alguns, pesam os dias vividos, pois, a percepção de tempo, pode ser muito diferente para cada um de nós. Os que contam o tempo chegando não se importam com os dias corridos, mas aqueles que olham a ampulheta, temerosos com a chegada ao fim da areia, receiam o anoitecer.
O medo se espalha no organismo, de tal forma, que torna o ser humano que está preso a ele, incapaz de se arriscar em novos projetos de mudança. Investir energia com possibilidade de fracasso é jogar fora o único bem (precioso) que ele não poderá repor: tempo de vida.
O outro sentimento limitante é a culpa, que está relacionada a possibilidade de ser feliz em comparação aos outros, menos felizes, ao seu redor. Todo processo está ligado a empatia, possibilidade de se colocar no lugar de outras pessoas e presumir o que elas estão sentindo, isto é bom e, é o que nos faz humanos. Mas, em exagero, pode ser absurdamente limitante.
Pessoas “amarradas” neste complexo de culpa pensam que ser feliz na vida, vencer e alcançar a desejada realização, tendo ao seu redor pessoas infelizes e que não conseguiram obter êxito em seus sacrifícios, é um pecado, uma coisa errada, ou, ainda pior, que ela não fez por merecer.
Para auxiliar a quebrar estes dogmas – nas pessoas que os têm, claro – desenvolvemos dois atos simbólicos que propomos como exercício de imposição do sistema vígil sobre a programação instalada no inconsciente. Não espero sua plena aceitação à nossa proposta e, deixamos claro que, seu índice de rejeição, só irá afirmar o quanto você pode estar preso aos dois sentimentos de medo e culpa.
Ato simbólico é o mesmo que ritual, quer comunicar uma crença, neste caso quer derrubar uma crença calcificada no sistema psicológico que limita as possibilidades do ser humano a ela submetida. Antes de ler as duas propostas, se dispa de conceitos estabelecidos, lembre-se que você é livre para fazer ou não, isto é, se achar que é, de fato, necessário fazer algo para demonstrar, ao seu inconsciente, que existe um desejo de mudança.
1) MEDO - para fazer uma marcação, em ato simbólico, que você está livre do medo da morte, faça uma pequena oração antes de dormir. Quando já estiver deitado, próximo ao momento de adormecer, converse com o Senhor seu Deus e peça, durante o sono, sua libertação carnal caso sua missão já esteja completamente finalizada.
2) CULPA – durante a próxima refeição, pode ser no almoço ou jantar, caso se lembre deste texto, levante-se e jogue o resto da comida fora. Não importa em que estágio de consumo o prato esteja, levante-se, em ato contínuo, e jogue todo resto do alimento fora.
Pense alguns momentos antes de prosseguir a leitura. Analise o porque destes dois procedimentos tão brutais (para alguns) serem positivos no processo interno de mudança e aceitação de um novo ser em construção.
A explicação é simples para os dois atos.
Ao acordar, no dia seguinte, a mensagem está enviada ao sistema, ainda há o que se fazer pois nossa missão não está terminada. A morte não é um problema é a finalização do processo de vida. Não tem hora, nem lugar, mas, se estou vivo, devo prosseguir tentando acertar. Fazer, mudar, construir é parte desta espetacular estrada e, não é segredo, a longevidade é algo que não está em nosso domínio. Existe um ditado na Índia que diz: “Aquele que Deus quer matar não há remédio ou médico que possa salvar e, aquele que ele quer preservar, não há arma de flecha ou fogo que o possa derrubar”.
Para o alimento é mais complexo, pois envolve um simbolismo bem mais forte, acredite. A comida está relacionada, em nossa cultura, com o resultado do trabalho. Ela, portanto, é a materialização do prêmio. Quando você, mesmo com fome, consegue jogar fora o alimento, a mensagem simbólica é que você não está aqui pelo resultado e sim pelo prazer de estar presente ao jogo da vida. Não importa o lucro! Assim, fica mais leve receber o prêmio, afinal não é “só” por ele que vivemos neste plano. Antes que eu me esqueça, você pode voltar a comer apenas depois de uma hora de praticar o ato simbólico de jogar a comida fora. O sacrifício faz parte do ritual.
Espero que possa ter sido útil. Aos que estão revirando a cabeça agora, revoltados com as duas propostas, temo afirmar que, quando se acostuma com a escuridão, os olhos doem na presença da luz. Mas é só no começo...
Prof. Msc. João Oliveira
Psicólogo CRP 05/32031
Diretor de Cursos - ISEC
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quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012
segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012
Baile de Personas
Sabemos que Persona, termo usado pela psicologia analítica, é a máscara que usamos no dia a dia para podermos existir, enquanto ser relacional, no mundo real. Temos, portanto, múltiplas personas, várias facetas de uma mesma pessoa.
(...) como seu nome revela, ela é uma simples máscara da psique coletiva, máscara que aparenta uma individualidade, procurando convencer aos outros e a si mesma que é uma individualidade, quando na realidade não passa de um papel, no qual fala a psique coletiva. (JUNG,1985; p.32)
Quanto mais possibilidade de adaptação ao meio, maior sucesso terá o sujeito, ou seja, dispor deste arquétipo social com mutabilidade é a chave para o topo da saudável pirâmide da interação entre os humanos.
A pergunta que vem a seguir é: quem somos nós? Afinal se no processo de negociação diária somos obrigados a cedermos sempre, para o ganho posterior, qual é, afinal, nossa personalidade real? A resposta mais fácil é sempre a verdadeira: pode ser que isto não exista de fato!
O processo de individuação, proposto por C. G. Jung, não significa que estar “uno” consigo mesmo seja estar rígido com o mundo. Estar ciente das possibilidades e das dificuldades e, aceitar as possíveis mudanças ou encarar o que não pode ser alterado, com compreensão e sabedoria, é o segredo da vida.
Mudar é a única constante, constante na vida!
Pode tomar isto ao pé da letra, literalmente, e ainda acrescentar que aprender é outro verbo para viver. Aquele que só tem uma única máscara na vida está fadado ao sofrimento e desespero. Neste processo, já sabemos bem, surge o sintoma, a doença.
Podemos perder a conta das pessoas que se condenam por não acreditarem que uma mudança é possível. A angústia de ver o mundo não obedecer aos nossos desejos só pode ser apaziguada com uma ressignificação interna, outro olhar sobre o objeto que causa incômodo.
Toda importância que damos é nossa! Não do outro. O ouro não sente atração pelos humanos e o lixo não se incomoda com a nossa presença. Aquele que você odeia pode nem saber direito da sua existência. Será mesmo que você é tão importante assim no mundo para que “o outro” foque uma existência plena apenas no seu comportamento?
Quando percebemos que orgulho, razão e certeza podem dar lugar a empatia, compreensão e dúvida de nós mesmos, o mundo estará aos nossos pés, lugar onde sempre esteve. Somos humanos, dotados de uma capacidade ímpar de adaptação ao meio, por isto ainda estamos por aqui e tantas outras espécies desaparecem do planeta todos os dia, algumas, inclusive, por nossa incapacidade de lidar com o diverso.
Mudar é tentar. Fracasso ou sucesso é resultado desta tentativa. Olhar o ônibus passar e acreditar que o motorista sabe da nossa intenção de viajar e, por isso, nem ao menos tenta-se levantar o braço sinalizando o pedido de parada, é o mesmo que viver e deixar pessoas irem embora de nossa existência sem ao menos tentar sinalizar uma parada de reflexão conosco.
Vidas perdidas em solidão, raiva, ódio, angústia... faltando apenas palavras como: obrigado, por favor, perdão ou, a melhor expressão de todas: “- Eu te amo!” Palavras para acender a luz desta passagem, temporária e frágil, que todos nós estamos a percorrer. Uma viagem no tempo para cada um, mas só em uma direção e, com o final garantido, embora sem nenhuma garantia de tempo de duração.
Viver, portanto é ter mutabilidade, capacidade de trocar máscaras neste baile de personas.
sábado, 4 de fevereiro de 2012
sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012
terça-feira, 31 de janeiro de 2012
segunda-feira, 30 de janeiro de 2012
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