Todos, com raras exceções, queremos ter alguém em nossas vidas a idéia de ficar sozinho, de não construir uma família soa, para a grande maioria das pessoas, como uma vazio existencial. Fazer parte de algo é o que buscamos e, para começar este jogo, devemos encontrar alguém para compartilhar a vida. Mas como fazer isto?
Quais são as qualidades que você busca no outro? Melhor ainda, quais são as qualidades que você tem para oferecer ao outro. Todo mundo conhece a história do rapaz que procurava a mulher perfeita, rodou todo o mundo, durante muitos anos e, quando encontrou descobriu que ela também procurava o homem perfeito, só que este não era ele.
O início da busca deve estar, portanto, centrado em nós mesmos. Somos boa companhia para nós mesmos? Parece meio infantil questionar isto mas, sabemos quando alguém está em equilíbrio quando não se importa em ficar sozinho – literalmente em casa, sem ninguém – quando seus pensamentos não lhe perturbam e não tem medo nem angústia quando, por algum motivo, se vê sem ninguém a sua volta.
“Encontrar a minha metade da laranja!” Esta frase, e todas que derivam dela, estão erradas! Se você é uma metade e encontra a outra metade, forma uma única peça. Não são duas pessoas? Neste caso teremos duas pessoas, pela metade, que, para existir, dependem desesperadamente da outra. Não vai dar certo deste jeito.
Aliás um bom termômetro para saber se alguém está realmente pronto para uma relação duradoura, é quando a pessoa gosta mais de si do que do outro! Lógico! Pense, se você faz tudo pelo outro, por que gosta mais dele que de você mesmo, acaba fazendo coisas que não quer só para agradar o parceiro(a). Resultado: você se magoa.
O processo é simples para quem já está dentro dele e pode ser difícil de entender por quem nunca experimentou algo assim. O segredo do começo da busca é se encontrar primeiro e depois sim começar a procurar uma pessoa que possa compartilhar.
Muitos erros são cometidos neste processo, o mais comum é a busca por três coisas em alguém como sendo as mais importantes para nossa escolha: beleza, dinheiro e bom sexo. Essas três podem nos abandonar rapidamente. A beleza e o sexo mudam de formato com o tempo e, se formos criar comparações ficaremos loucos pois sempre haverá alguém mais belo e mais jovem. O dinheiro, esse então nem se fala, ninguém pode garantir nada dentro de uma cultura capitalista selvagem, hoje se tem muito. Amanhã, se não houver cuidados, pode ter a conta zerada no banco.
Agora, existem três coisas que devemos observar no outro: maturidade, inteligência e bom humor. Não se engane essas são as maiores riquezas que as pessoas podem ter, pois delas derivam tudo que pode tornar a vida mais agradável com o passar dos anos. A maturidade e a inteligência ajudam a resolver conflitos e, nada melhor do que o bom humor para essas horas.
Claro, se você encontrar as seis numa pessoa só, após ter encontrado a si mesmo, não perca tempo: você tirou a sorte grande!
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