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domingo, 23 de maio de 2010

Essa série eu gosto ...

Meia Idade

É quando acreditamos ter todas as respostas, mas ninguém nos pergunta nada.

É quando apagamos a luz por economia, e não para fazer um clima romântico.

É o momento que o pai Tempo começa a pegar de volta tudo que a mãe Natureza nos deu.

Bom domingo !

sábado, 22 de maio de 2010

Roxy 3D - Fúria de Titãs

O problema é que esses novos filmes 3D viciam a gente. O Roxy é uma opção fora dos shoppings. Mas se você quiser mesmo saber sobre mitologia é melhor procurar um bom livro, pois o filme bagunçou tudo... só salva a belíssima Medusa, até eu virei pedra!

Aula de RH no Mallet Soares em Copacabana

Na parte da tarde sou eu quem estará ensinando técnicas de
entrevistas.

quinta-feira, 20 de maio de 2010

A Experiência de Quase Morte de Carl G. Jung


Trecho de "Memórias, Sonhos, Reflexões" de 1961, que terminou de escrever seis dias antes de morrer em 6 de junho.

“No início de 1944, fraturei um pé e logo depois tive um enfarte cardíaco [aos 69 anos]. Durante a inconsciência tive delírios e visões que começaram quando, em perigo de morte, administraram-me oxigênio e cânfora. As imagens eram tão violentas que eu próprio concluí que estava prestes a morrer.


Disse-me minha enfermeira mais tarde: “O senhor estava como que envolto por um halo luminoso”… Eu tinha atingido o limite extremo e não sei se era sonho ou êxtase. Seja o que for, aconteceram coisas muito estranhas.


Parecia-me estar muito alto no espaço cósmico. Muito ao longe, abaixo de mim, eu via o globo terrestre banhado por uma maravilhosa luz azul. Via também o mar de um azul intenso e os continentes… sob os meus pés estava o Ceilão e na minha frente estendia-se o subcontinente indiano.


Meu campo visual não abarcava toda a Terra, mas sua forma esférica era nitidamente perceptível e os contornos brilhavam como prata através da maravilhosa luz azul… Bem longe, à esquerda, uma larga extensão – o deserto vermelho-alaranjado da Arábia. Adiante o Mar Vermelho…


Evidentemente via os cumes nevados do Himalaia, cercados de brumas… Não olhava “à direita”. Sabia que estava prestes a deixar a Terra.


Mais tarde informei-me de que distância dever-se-ia estar da Terra para abarcar tal amplidão: cerca de l.500 km! O espetáculo da Terra visto dessa altura foi a experiência mais feérica e maravilhosa de minha vida”.


“Após um momento de contemplação eu me voltei… Parecia-me agora virar em direção ao sul. Algo novamente surgiu no meu campo visual. A uma pequena distância percebi no espaço enorme bloco de pedra, escuro como um meteorito… A pedra flutuava no espaço e eu também.
Vi pedras semelhantes nas costas do Golfo de Bengala. São blocos de granito marrom escuro, nos quais às vezes se escavavam templos. Minha pedra era como um desses escuros e gigantescos blocos”.


“Uma entrada dava acesso ao pequeno vestíbulo; à direita, sobre um banco de pedra estava sentado em posição de lótus, distendido e repousado, um hindu de pele bronzeada vestido de branco. Esperava-me sem dizer palavra. Dois degraus conduziam ao vestíbulo: no interior, à esquerda, abria-se o portal do templo.


Vários nichos cheios de óleo de coco, ardiam em mechas cercando a porta de uma coroa de pequenas chamas claras. Isso eu vira em Kandy na ilha do Ceilão, quando visitava o templo do Dente Sagrado; lâmpadas a óleo cercavam a entrada.


Quando me aproximei dos degraus…do rochedo, ocorreu-me algo estranho: tudo o que tinha sido até então se afastava de mim. Tudo o que acreditava, desejava ou pensava, toda a fantasmagoria da existência terrestre se desligava de mim ou me era arrancada – processo extremamente doloroso.


No entanto, alguma coisa subsistia, porque me parecia então ter ao meu lado tudo o que vivera ou fizera, tudo o que se tinha desenrolado a minha volta. Poderia da mesma maneira dizer: estava perto de mim, e eu estava lá; tudo isso, de certa forma, me compunha. Eu era feito de minha história e tinha a certeza de que era bem eu. “Eu sou o feixe daquilo que se cumpriu e daquilo que foi”.


Esta experiência me deu a impressão de uma extrema pobreza, mas ao mesmo tempo de uma extrema satisfação. Não tinha mais nada a querer nem a desejar; poder-se-ia dizer que eu era objetivo; era aquilo que tinha vivido.


No princípio, dominava o sentimento de aniquilamento, de ser despojado; depois, isso também desapareceu. Tudo parecia ter passado, e o que restava era um fato consumado sem nenhuma referência ao que tinha sido antes. Nenhum, pesar de que alguma coisa se perdesse ou fosse arrebatada. Ao contrário: eu tinha tudo o que era e tinha apenas isso.


Tive ainda uma outra preocupação: enquanto me aproximava do templo, estava certo de chegar a um lugar iluminado e de aí encontrar o grupo de seres humanos aos quais na realidade pertenço.


Então finalmente compreenderia – isso também era para mim uma certeza – em que relação histórica me alinhava, eu ou minha vida. Eu saberia o que houvera antes de mim, porque me tornara o que sou e para o que minha vida tenderia…


Minha vida parecia ter sido cortada por uma tesoura numa longa corrente e na qual muitas perguntas ficaram sem resposta. “Por que aconteceu isso? Por que trouxera comigo tais condições prévias? Que fizera eu dela? O que resultaria?”


Eu tinha certeza de que receberia uma resposta a todas essas perguntas, assim que penetrasse o templo de pedra. Aí compreenderia porque tudo fora assim e não de outra maneira. Eu me aproximaria de pessoas que saberiam responder à minha pergunta sobre o antes e o depois”.


“Enquanto pensava nessas coisas, um fato atraiu minha atenção: de baixo da Europa, ergueu-se uma imagem: era meu médico, ou melhor sua imagem, circundada por uma corrente de ouro ou por uma coroa de louros dourada. Pensei imediatamente: “Ora veja! É o médico que me assistiu! Mas agora aparece em sua forma primeira…a encarnação temporal da forma primeira, que existe desde sempre. Ei-lo agora em sua forma original”.


Sem dúvida eu também estava na minha forma primeira… Não cheguei a percebê-lo, somente imagino que deva ter sido assim. Quando ele chegou diante de mim, pairando como uma imagem nascida das profundezas, produziu-se entre nós uma silenciosa transmissão de pensamentos.
Realmente meu médico fora delegado pela Terra para trazer-me uma mensagem: protestavam contra a minha partida. Não tinha o direito de deixar a Terra e devia retornar. No momento em que percebi essa mensagem a visão desapareceu.


Decepcionei-me profundamente; tudo parecia ter sido em vão. O doloroso processo de “desfolhamento” tinha sido inútil: não me fora permitido entrar no templo, nem encontrar os homens entre os quais tinha o meu lugar.


Na realidade, passaram-se ainda três semanas antes que me decidisse a viver; não podia alimentar-me, tinha aversão pelos alimentos. O espetáculo da cidade e das montanhas que via do meu leito de enfermo parecia uma cortina pintada com furos negros ou uma folha de jornal rasgada com fotografia que nada me diziam.


Decepcionado, pensava: “Agora é preciso voltar ‘para
dentro das caixinhas!’”. Parecia, que atrás do horizonte cósmico, haviam construído artificialmente um mundo de três dimensões no qual cada ser humano ocupava uma caixinha. E de agora em diante deveria de novo convencer-me que viver nesse mundo tinha algum valor!


A vida e o mundo inteiro se me afiguravam uma prisão e era imensamente irritante pensar que encontraria tudo na mesma ordem. Apenas experimentara a alegria de estar despojado de tudo e eis que de novo me sentia – como todos os homens – preso por fios dentro de uma caixinha. Quando estava no espaço não tinha peso e nada podia me atrair. E agora tudo terminado!


Sentia resistência contra meu médico porque ele me conduzira à vida. Por outro lado, inquietava-me por ele: “Por Deus, ele está ameaçado! Não me apareceu sob a forma primeira? Quando alguém chega a essa forma é que está para morrer e desde então pertence à sociedade de “seus verdadeiros semelhantes”.


Tive repentinamente o terrível pensamento de que ele deveria morrer – no meu lugar! Procurei fazê-lo entender, mas não compreendeu… Era minha firme convicção de que ele estava em perigo porque eu o vira em sua forma original.


E, com efeito, fui seu último paciente. Em 4 de abril de 1944 – sei ainda exatamente a data – fui autorizado pela primeira vez a sentar-me à beira da cama e neste mesmo dia ele se deitou para não mais se levantar. Pouco depois morreu de septicemia [estado infeccioso]. Era um bom médico; tinha algo de gênio, senão não teria aparecido sob os traços do príncipe de Cos”. [Cos, foi onde nasceu Hipócrates e lugar famoso na Antigüidade, por causa do templo de Esculápio]. [.]
Obs. Iuri Gagarin disse a mesma coisa, só que em 12 de abril de 1961.

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Sérgio Cabral tem 41% de intenções de voto em pesquisa do Vox Populi

Em pesquisa realizada pelo Instituto Vox Populi, encomendada pela "Band" sobre as eleições a governo do Estado do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB) aparece na frente com 41% de intenções de voto. Em seguida, Fernando Gabeira (PV) tem 19%. Anthony Garotinho (PR) figura na lista em terceiro, com 18%.

Em janeiro, Sérgio Cabral tinha 39%, Gabeira 18% e Garotinho 20%. A margem de erro é de 3,5% para mais ou para menos. Foram feitas entrevistas pessoais e domiciliares, entre os dias 8 e 11 de maio.

Fonte: Site de Notícias Ururau

BRT da Avenida Brasil é tema de seminário na Secretaria Estadual de Transportes




A reestruturação do tráfego da principal via de acesso ao Rio de Janeiro foi tema do II Seminário Técnico do Corredor Expresso da Avenida Brasil, no auditório da Secretaria Estadual de Transportes, em Copacabana. O BRT (Bus Rapid Transit) é um sistema comparado a um metrô sobre rodas e será responsável pela redução de 55% no número de ônibus que circulam atualmente na Avenida Brasil. Os trabalhos foram abertos pelo secretário estadual de Transportes, Sebastião Rodrigues, que falou sobre os benefícios logísticos e financeiros que este sistema trará ao estado do Rio.

Durante a apresentação, o engenheiro Joaquim Ortiz – representante do consórcio responsável pelos estudos de viabilização e implantação do BRT – expôs três diferentes conceitos de operação analisados. Após estudos detalhados, os especialistas optaram por um modelo que ligaria o Trevo das Margaridas, na altura do cruzamento com a Rodovia Presidente Dutra, ao Terminal Américo Fontenele, no Centro do Rio, com cinco terminais e 14 estações ao longo de 20 quilômetros da via. Atualmente, 47 mil pessoas passam pela Avenida Brasil por hora nos períodos de pico. O estudo chegou a conclusão de que 58% deste público transita pelas pistas seletivas, ou seja, faz ligações diretas entre a cidade do Rio e outros municípios. Considerando a área de influência direta do Corredor, o sistema atenderá a 27 bairros, que representam uma população de aproximadamente 1.100.000 habitantes, contabilizando 760 mil trabalhadores ativos.

- O sistema contará com serviço de ônibus paradores e expressos. Os intervalos de espera poderão variar entre 60 e 180 segundos. Serão 240 veículos articulados, dotados com monitoramento via satélite, ar condicionado, isolamento termo-acústico e acessibilidade total a pessoas com necessidades especiais de locomoção. Estas modificações elevarão a Avenida Brasil a níveis internacionais de escoamento de tráfego, contribuindo para o desenvolvimento de diversos segmentos na região - explicou Joaquim Ortiz.

Outra medida anunciada foi a transferência de terminais rodoviários, como os da Avenida Chile, do Castelo e da Praça Tiradentes para o Américo Fontenelle, a fim de reduzir o excesso de ônibus no Centro e concentrar o local de partida das linhas intermunicipais. Todas as intervenções propostas estão sendo aprovadas pela Fetranspor, cujos associados terão grandes reduções de custo operacional, em decorrência da racionalização de linhas e de cerca de 950 veículos. Os cinco terminais rodoviários que atenderão ao BRT (Trevo das Margaridas, Trevo das Missões, Terminal Galeão, Fiocruz e Américo Fontenelle) serão equipados com centros de controle operacional, ar condicionado, escadas rolantes e elevadores.

- Podemos dizer que o que vamos fazer na Avenida Brasil agrada a gregos e troianos. Esta intervenção do Governo do Estado será uma grande solução tanto para a população, que passará a utilizar um transporte muito mais confortável, seguro e ágil, como para os empresários, que poderão reduzir os custos de suas operações. Nossa parceria com a prefeitura do Rio está sendo fundamental para a elaboração deste projeto, assim como a contribuição da população pesquisada, que nos ajuda a identificar as deficiências deste trecho da Avenida Brasil – contou o secretário Sebastião Rodrigues.

Grande incentivador do uso do BRT, o ex-secretário Estadual de Transportes Julio Lopes apresentou o sistema ao Comitê Olímpico Internacional – COI, na escolha da sede das Olimpíadas de 2016. Para preparar este projeto ele visitou cidades na Colômbia e foi também a Curitiba buscar casos de sucesso e exemplificar os benefícios do BRT.
O seminário contou com a presença de representes da Secretaria Municipal de Transportes, da Coderte, do Detro, do Consórcio Systra/Setepla, e do BID, financiador das pesquisas que estão sendo desenvolvidas na Avenida Brasil.

Foto: Fabio Ferreira

terça-feira, 18 de maio de 2010

Ralf Brás fala aos alunos de Psicologia

Ele cuida do marketing e da publicidade da rede de Super Mercados
Super Bom. Mais de 1.700 funcionários em nove lojas na cidade de
Campos. Os alunos de psicologia e marketing estão preparando vts para
a verificação final.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Fringe 02.22

Noam Chomsky é barrado por Israel

Publicada no Globo On Line em 16/05/2010 às 23h40

RIO - O linguista e filósofo americano Noam Chomsky teve neste domingo sua entrada em Israel barrada por funcionários da imigração na fronteira com a Jordânia. Reportagem publicada no GLOBO desta segunda-feira mostra que ele atravessava a Ponte Allenby, sobre o Rio Jordão, quando foi impedido de passar por policiais israelenses que aparentemente implicaram com o fato de ele ter sido convidado a dar uma palestra na universidade palestina Birzeit e no Instituto para Estudos Palestinos, em Ramallah, na Cisjordânia.

O legislador palestino Mustafa al-Barghouti, que convidou Chomsky a dar a palestra, indignou-se e disse que o episódio configurava "uma ação fascista, uma supressão da liberdade de expressão".

A porta-voz do Ministério do Interior israelense, Sabine Hadad, disse que os funcionários da fronteira entenderam que Chomsky também visitaria Israel, por isso teriam impedido sua entrada. Chomsky, no entanto, só estava de passagem.

- Estamos tentando contactar o pessoal de fronteira para esclarecer os fatos, mas, partindo do pressuposto de que não havia nada contra ele, não há motivos para impedir que entre - disse Sabine Hadad.

O intelectual americano, ferrenho crítico da política israelense em relação aos palestinos, explicou que faria uma série de palestras pela região e que sua agenda estava muito apertada para tentar entrar novamente na Cisjordânia. A palestra estava marcada para esta segunda.


Obs. de João Oliveira: Se você não entendeu o porquê desta posição de Israel, leia: Controle da Mídia os Espetaculares Efeitos da Propaganda, livro de Chomsky publicado em 2003.

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Parábola da Raposa

" - A gente só conhece bem as coisas que cativou, disse a raposa.

- Os homens não têm mais tempo de conhecer coisa alguma. Compram tudo prontinho nas lojas, mas como não existem lojas de amigos, os homens não têm mais amigos. Se tu queres um amigo, cativa-me!

- O que é preciso fazer? perguntou o principezinho.

- É preciso ser paciente.- respondeu a raposa.- Tu te sentarás primeiro um pouco longe de mim, assim, na relva. E eu te olharei com o canto do olho e tu não dirás nada. A linguagem é uma fonte de mal-entendidos. Mas, a cada dia, te sentarás mais perto...

Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas"

Saint-Exupéry