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quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

HIPNOSE É DOPING?


               
               
Por João Oliveira


No clássico de Heródoto Pheidippides, também conhecido como Fidípides, corre (no mínimo) 200 quilômetros indo e voltando entre Atenas, Esparta e Maratona em poucos dias. Por fim, para alertar aos Atenienses sobre a vitória da cidade de Maratona contra os Persas (eles estavam voltando com todas as forças restantes em direção aos Atenienses) ele percorre 42 mil metros correndo, chega cansado, dá o alerta da vitória e que os Persas estão chegando, morrendo em seguida ali mesmo. Graças a esse esforço os Atenienses conseguiram se organizar e vencer o inimigo nessa batalha que faz parte das Guerras Médicas. Hoje, em homenagem ao herói, temos a prova com os mesmos 42 quilômetros batizada com o nome da cidade. Será que tal capacidade teria sido alcançada graças a algum tipo de doping?

A primeira notícia oficial que se tem do uso de hipnose com a intenção de melhorar os resultados em competições esportivas ocorreu nos meados dos anos 50 entre os nadadores australianos.  Desde então a hipnose se difundiu no meio esportivo a tal ponto que o Comitê Olímpico Internacional inseriu, em sua longa definição de dopagem esse agente, embora, não deixe claro os meios que possam identificar sua utilização.

                A AMA, Agência Mundial Antidoping,  estabelece que doping é a utilização de substâncias ou métodos capazes de aumentar artificialmente o desempenho esportivo, sejam eles potencialmente prejudiciais à saúde do atleta ou a de seus adversários ou ainda contra o espírito do jogo. Quando duas dessas três condições se fazem presentes, caracteriza-se o doping.

Conhecido como intervenção psicológica para o aumento de performance, a hipnose, possui realmente eficácia em seu uso nos esportes pois: “- Essas estratégias de intervenção psicológica podem agir como recursos ergogênicos à medida que podem melhorar a performance do atleta”, explica Dr. Democh Junior, pós-graduando em Medicina (Endocrinologia Clínica) pela Universidade Federal de São Paulo, especialista em efeito do treinamento físico. Os procedimentos psicológicos não entram no contexto atual do doping com o mesmo destaque dos agentes químicos, simplesmente por não haver uma legislação específica e por ser uma área ainda de conceito incipiente.

São dois fatos que deixam a hipnose e a auto-hipnose fora do contexto do doping:

1)      A ausência de recursos para comprovação do seu uso.
2)      A hipnose não insere química no organismo: ela potencializa recursos próprios.

Dessa forma, se valer da hipnose pode ser um meio valioso para se alcançar metas de qualquer natureza dentro de uma perspectiva saudável. Conhecer os reais méritos dessa ferramenta fantástica pode fazer toda a diferença nas mais diversas áreas da atuação dos seres humanos. Afinal, a hipnose cria condições psicológicas para que nossa mente, órgãos e músculos possam efetuar suas funções com maior produtividade.

Agora, vamos ver possivelmente a mesma coisa só que por um outro ângulo.

Várias são as pessoas que possuem limitações impostas por traumas, recalques, muitas vezes, nem sabem que possuem tais estruturas limitando suas capacidades. A psicoterapia breve com hipnose clínica pode ressignificar esses valores de forma eficiente podendo liberar sujeito de todas as condições impeditivas de sua vida.

Assim, liberto das pressões internas que aprisionam suas potencialidades a pessoa pode agir com liberdade e maior capacidade obtendo, finalmente, resultados fantásticos – nunca antes alcançados – em qualquer atividade que atue.

Não se trata apenas de um comando hipnótico mas, de todo um processo onde a hipnose atua como ferramenta (e que poderosa ferramenta) de apoio a um tratamento global permitindo uma liberação de amarras. Dessa forma, o organismo passa de um sistema de defesa ultra ativado para um índice de equanimidade tornando o sujeito mais leve e capaz de ter uma ótima organização mental e física.
O ISEC, Instituto de Psicologia Ser e Crescer, está iniciando um novo curso de formação em Hipnose Clínica neste mês de abril na cidade do Rio de Janeiro. O curso, com 10 encontros mensais, sempre aos sábados, irá dotar os participantes das mais atualizadas informações de como agir, terapeuticamente, com a hipnose em consultório. O curso é direcionado para profissionais ou estudantes da área de saúde.

Todas as informações sobre este curso estão disponíveis no site: http://www.hipnose.com.br






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