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quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

E agora, acabou a folia?



Algumas pessoas devem estar mais tristes hoje, umas por efeito químico da ressaca. Outras pelo pensamento que a possibilidade de felicidade por quatro dias acabou.

Não há o que se dizer sobre o que seria felicidade na cabeça de cada um. Mas, com certeza, não é o que vemos manifesto em muitos foliões no Carnaval, que tem outro nome: euforia.
Existem pessoas que gostam do Carnaval e, de uma maneira interessante, algumas apostam que tudo tem que acontecer (de bom) nestes poucos dias.

O que seria esse tudo?

A festa da carne e da bebida, da folia e da brincadeira, mas acima de tudo da fuga da realidade. Não há nada no Carnaval que vá transformar o mundo de cada um, por mais ousado que seja o folião e por mais que possa ter aprontado, em prol dessa tal diversão. Agora ele se apresenta de novo ao senhor de todos os segredos e dores. Ele mesmo!

Então era ilusão? Assim como toda e qualquer fuga momentânea da realidade, e as drogas são um exemplo claro disso, a alienação desesperada só aumenta a dor do reencontro com a verdade no dia a dia.

Quem, ciente que a quarta feira estava chegando, aproveitou o tempo para relaxar ou traçar planos e metas para uma nova rotina de vida, pode ter saído melhor do Carnaval. Aqueles que buscaram fugir de tudo estão diante de um “tudo” ainda maior, e os que nada deixaram, bom estes devem ter boas lembranças dos bailes de máscaras.

Humano é isso! Estar errando, mudando ou não, não saber o que sente de fato, se está triste por este ou aquele motivo, tentar acertar, errar de novo! Não há uma regra escrita que funcione para todos. Cada um de nós deve desenhar seu próprio parapeito e caminhar sobre ele, mesmo na mais forte ventania.

Ser feliz é algo que se pode começar a construir agora! Não aquela felicidade que tem um “The End” nas letrinhas que sobem, mas uma que é feita de pedaços. Um pedacinho de felicidade por vez, sem tem que esperar até o próximo Carnaval para sentir euforia. Eu quero ser feliz aos pouquinhos e ser sempre, um pouquinho feliz!

João Oliveira - Psicólogo CRP 05/32031
Mestrando em Cognição e Linguagem - UENF

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