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quinta-feira, 15 de fevereiro de 2018

SELEÇÃO E MARKETING PESSOAL

Ilustração Mara Oliveira




Por Prof. Dr.  João Oliveira


A conhecida crise, em diferentes setores, se instalou de tal forma que somente os melhores conseguem se manter no mercado de trabalho tornando a recolocação uma difícil tarefa para indivíduos que só possuem a básica força de trabalho. Hoje, diferentes empresas ofertam acesso a vagas online, o que gera um oceano de currículos disponíveis para os selecionadores e, ao mesmo tempo, uma possibilidade de nivelamento, escolha ou exclusão de pessoas ao nível de “cliques” do mouse. Rapidamente pessoas são descartadas sem que, ao menos, exista uma análise mais aprofundada de suas capacidades.




Se destacar neste universo não é fácil. Passar pela primeira peneira – seleção de currículos – é apenas o primeiro passo na jornada pela vaga pretendida. Ainda existem dinâmicas de grupo, testes e as entrevistas que, para a maioria dos candidatos, é o momento mais difícil a ser enfrentado.


Assim, cada elemento que almeja alcançar um lugar de destaque, ser notado como competente e preparado, deve criar seu próprio marketing pessoal além dos conhecimentos práticos, certificações e experiência exigidas. Saber se comunicar, apresentar ser dotado de uma excelente inteligência emocional são requisitos que, muitas vezes, não constam no perfil exigido para o cargo nem muito menos fazem parte das responsabilidades na execução do mesmo.


Saber não é o suficiente: é necessário ter atitude também.


O início de tudo é alavancar um bom marketing pessoal que engloba um amplo espectro. Desde da aparência física/vestual até a linguagem não verbal exibida. Para isso, podemos listar alguns tópicos básicos para quem deseja realmente desenvolver o seu marketing pessoal:



1 - Desenvolva a autodisciplina: uma regra básica para ter sucesso em qualquer empreendimento é possuir autodisciplina e saber de suas próprias qualidades e deficiências para investir no desenvolvimento pessoal.


2 - Autoestima: sempre em alta e, caso não esteja, procure a melhor forma de cuidar disso, talvez um profissional psicólogo possa ajudar.  


3 - Objetivos claros com metas estabelecidas: sonhar não custa nada, diz o poeta, mas, no mundo real é necessário possuir um mínimo de bom senso e buscar objetivos que sejam tangíveis à sua realidade.

4 – Adaptação: em todos os sentidos. Vale a pena recordar que Darwin nunca disse que a espécie mais forte é a que sobrevive na natureza e sim a que melhor se adapta ao ambiente.


5 – Criatividade: ser criativo e inovador não é o mesmo que lançar moda nem jargões é, de fato, poder desprender a mente dos processos cotidianos e ir além da próxima esquina.


6 - Seja ético: absolutamente em tudo na vida. Seja no ambiente familiar, pessoas, social ou profissional. A ética deve estar incorporada no ser como a própria pele: sem ela é impossível viver em sociedade.


7 – Diga-me com quem andas... : Escolher bem as pessoas com quem tem mais proximidade. Esse é um tema polêmico porque, muitas vezes, são as pessoas que mais gostamos que nos prejudicam na estruturação emocional.


8 - Visível e disponível: quem não é visto não é lembrado. Para o marketing pessoal direto isso é extremamente relevante, mas, é preciso muito cuidado com as redes sociais, por exemplo. Os recrutadores, sempre que possível, olham o perfil de postagens dos candidatos. O comportamento moral, nos dias atuais, é um detalhe importante. Cuidado com o rastro que está deixando em sua história midiática.


9 - Networking: mandar imprimir cartões de visitas com nome, profissão, telefone, e-mail e todas os outros mecanismos de localização não custa caro e pode valer ouro. Conhecimento é poder e uma boa rede de contatos é algo realmente valioso.
Outros cuidados devem ser agregados a esses listados para o bom desenvolvimento do Marketing Pessoal como a construção de um bom currículo. Desde a foto que é exibida (que deve ser neutra, serena tirada em uma situação de boa iluminação) até os itens em destaque como formação e experiência, tudo deve estar colocado de forma clara, sem redundâncias.


Distribuir um único currículo pode não ser o ideal para todas as vagas ofertadas. Tendo em foco as qualificações exigidas para cada cargo, selecione (e tire) o que está em excesso.


A última dica é sobre o comportamento na hora da entrevista. De nada adianta toda uma construção pessoal se na hora mais importante as emoções fogem ao controle. Para isso existe uma simples prática que pode solucionar para sempre esse impacto emocional: treino.


Treine com seu amigos e parentes. Busque na internet as perguntas mais comuns feitas pelos entrevistadores nos processos de seleção. Ter respostas prontas na memória não resolve de todo o problema, mas, ajuda bastante a dar segurança ao candidato. Lembre-se que a sorte sempre está do lado do mais preparado. Então, desejamos um bom preparo! A sorte será consequência.

POSTURA DE VENCEDOR

Ilustração Mara Oliveira



Por Prof. Dr. João Oliveira




Uma das fobias sociais mais conhecida é o medo de falar em público. No universo corporativo esse distúrbio pode significar a diferença entre alcançar o sucesso ou se perder na multidão de colaboradores. Ocorre que, quem evita falar para grupos (grandes ou pequenos) de pessoas perde oportunidades de crescimento na instituição por não colocar suas ideias e projetos para a apreciação de seus pares ou gestores.

A pessoa introvertida, que prefere se afastar do convívio social e das relações com grupos, geralmente possui uma autocobrança exagerada aliada a uma baixa autoestima. Como isso funciona: o indivíduo deseja acertar, mas, teme a frustação por não se julgar competente o bastante.

O resultado disto, de uma forma geral, é a possibilidade desta pessoa apresentar uma voz que transmite insegurança. No entanto, o que a maioria das pessoas não sabe é que alguns ajustes posturais, por exemplo, podem ajudar bastante na aquisição de uma auto confiança e, como consequência, uma melhor desenvoltura não somente na voz, mas, além disso, em toda configuração da linguagem não verbal.

Uma pesquisa feita por psicólogos comportamentalistas alemães sobre o perfil da marcha (forma de andar) de pessoas com tendência à depressão revelou um aspecto curioso relativo a postura ao se locomover. Da mesma forma que a psicóloga de Harward, Amy Cuddy, provou em 2011 que a alteração da linguagem corporal altera a produção hormonal. E o mais recente estudo diz que a maneira como se anda (consciente ou não) interfere diretamente na formação do humor e estado de ânimo de uma pessoa.

Este estudo relevante aponta que o estado de humor afeta o modo de andar de uma pessoa e o contrário, como já foi provado, também é verdade. Michalak J., no artigo Embodiment of Sadness and Depression—Gait Patterns Associated With Dysphoric Mood, apresenta a diferença no modo de andar de pessoas depressivas, em comparação aos que não apresentam tal estado de humor: o movimento dos braços, a oscilação do corpo, os movimentos verticais, postura e velocidade.

A fórmula mais simples é fazer, conforme a pesquisa da Amy Cuddy, as posturas de poder por apenas dois minutos sempre que se estiver diante de um possível desafio, como falar em público. Basta se colocar nas seguintes posturas por dois minutos: a pose do super-homem ou mulher-maravilha com as mãos na cintura; postura do general com as mãos atrás do corpo; e as mãos no alto, entrelaçadas, se encontrando atrás da cabeça. Da mesma forma que a alteração da marcha, essas posturas irão influenciar diretamente em uma rápida mudança no perfil de produção hormonal, gerando mais autoconfiança.

A diferença é percebível, pois os depressivos apresentam menor movimento na oscilação dos braços, maior amplitude na oscilação do corpo, menor amplitude nos movimentos verticais, postura mais inclinada e menor velocidade ao andar. Em um segundo estudo, ainda dentro deste artigo, os pesquisadores induziram estado de tristeza e felicidade e não encontraram alterações significativas na marcha dos voluntários. A alteração do humor foi induzida por meio da audição de peças de músicas tristes e alegres; depois, ao sujeito foi solicitado que caminhasse por um tapete vermelho para a análise da marcha.

Esse estudo revela que pode ser possível, com uma técnica mais apurada, um diagnóstico do estado emocional ou sintomático de uma pessoa na observação do seu modo de caminhar, já que tristeza (estado de humor) e depressão (doença) apresentaram no estudo perfis diferentes na análise dos elementos que compõem a marcha do andar.

Sabemos que uma pessoa que não consegue se expressar de forma eloquente, pode ser tímida e isso pode ser percebido na maneira como se desloca caminhando. Caso ela mude, consciente e forçosamente, sua maneira de caminhar poderá influenciar na alteração da produção endócrina e, com isso, alterar seu estado de humor e ânimo. O resultado disso é uma melhora na desenvoltura social graças a uma alteração da disposição interna.

Bastam apenas dois minutos de preparação com as posturas e um pouco de atenção na forma de caminhar. O resultado pode ser notado imediatamente e, com certeza, as interações sociais irão se tornar mais agradáveis no dia a dia. Atualmente, técnicas como essas, são utilizadas por atores, políticos, advogados e até mesmo executivos de grandes empresas. Psicólogos estão começando a se especializar em uma nova tendência que surge derivada da análise comportamental em conjunto com a auto-hipnose.

A visualização criativa, por exemplo, prática de imaginar uma tarefa futura como realizada com êxito, já era usada na antiga União Soviética pelos atletas de elite e a própria Nádia Comaneci, ginasta romena das barras assimétricas responsável para implantação de mais um digito no placar de notas (antes dela a maior nota alcançada era 9), jamais escondeu a utilização desta técnica durante os treinos que antecederam a provas olímpicas que participou.

Assim, investir um tempo do seu dia em práticas posturais pode ajudar bastante no desenvolvimento pessoal e profissional da mesma forma que manter um pensamento voltado para a prospecção de eventos futuros realizados com sucesso: se imaginar sendo bem-sucedido nas tarefas cotidianas e em seus planos.

domingo, 11 de fevereiro de 2018

SOBRE NOVELAS E ESSA NOVELA




                Está uma polêmica doida aí por conta de uma novela, ou melhor, por conta do enredo de uma novela em que existe uma pessoa hipnotizando outra ou algo assim. Resolvi contribuir com o meu pensamento a respeito.



Nossa, como eu gostava de novelas! Lembro como se fosse hoje quando a Índia Potira caiu morta em cruz por cima do cadáver de seu amor Jerônimo Coragem. Como eu chorei nesse dia em 1971. Depois, fiquei ainda mais comovido quando João Coragem quebrou o diamante em mil pedaços em praça pública. Afinal, foi ele, o diamante, o causador de tamanha tragédia na família.

Acho que fiquei sem dormir várias noites pensando em pegar um pedaço daquele diamante e finalmente poder comprar uma cama só para mim. Na época eu dormia no sofá da sala.

Também acompanhei Pigmaleão 70, um ano antes de Irmãos Coragem, mas dessa eu só gostava mesmo da abertura inovadora com imagens de carros, motos, filmagens externas. Uma grande novidade na época. Não foi uma grande novela para mim, porque não me lembro de nenhum personagem ou enredo, só da abertura.

Mas, (posso te contar um segredo) foi o Beto Rockfeller, na TV TUPI, que mudou a minha vida. Ainda me lembro com clareza da primeira cena do primeiro capítulo: um avião pousando em um aeroporto. FANTÁSTICO! Avião era coisa de outro mundo para uma criança de seis anos de idade.

Sabe, o cara era bom de papo e conseguia tudo que queria na persuasão.  Acho que foi ele que, inconscientemente, me levou para a psicologia e ao doutorado em linguagem não verbal.
Cara! Olha só o que descobri agora? Uma novela em 1968 pode ter moldado o perfil do Prof. Dr. João Oliveira que temos hoje! Não é legal isso?

Por favor, não me chame de bobo ou de metido a intelectual por não assistir novelas atualmente.  São escolhas. Só isso. Se comprometer com uma novela é um contrato sério. Compromisso diário de, pelo menos, seis meses. Muitos casamentos não sobrevivem a isso.

Então, não posso falar nada sobre a novela que está no ar porque não vi nenhum capítulo. Não tenho mais tempo de ver televisão da forma como gostaria. Quando posso dispor de um tempo extra escolho o que vou ver, muitas vezes no Netflix ou no sistema NOW da Net. De fato, na verdade, coloco para gravar os programas que gosto. São humorísticos ou documentários na maioria das vezes. 

Uma coisa posso te dizer com certeza. Eu adorava novelas. Mas, na época eu era pequeno... bem pequeno.


Obs. Nunca recebi tantos e-mails e telefonemas de pessoas interessadas em Hipnose (mesmo sem saber do que se trata). Então, pela primeira vez no mês de fevereiro, temos uma demanda absurda. Obrigado REDE GLOBO por isso.


Ass. Prof. Dr. João Oliveira