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quarta-feira, 25 de junho de 2014
quarta-feira, 18 de junho de 2014
Múltiplos
Não
havia muito por onde andar. As águas haviam baixado e, o que antes era um vasto
continente, agora pareciam ilhas distantes. Numali, bela deusa dos antigos,
olhava com tristeza o passado glorioso de cidades estados que agora estavam nas
regiões abissais de um imenso oceano.
- Eu avisei! – disse ela aos
outros que estavam no barco – Eu disse que isso iria acontecer. Não ouviram...
agora não existem mais.
- Senhora, não se entristeça. –
falou uma jovem serviçal – Assim estava escrito nas tábuas dos antigos: “À água
tudo retornará! ”
Numali
baixou a cabeça, o ar de cansaço se confundia com a angústia profunda, caminhou
pelo convés vagorosamente e, de súbito, gritou com toda força:
- Onde está o nosso Mago
Engenheiro?
- Aqui estou Numali, pronto para
lhe servir!
Um
velho homem surgiu no ar em frente a Numali e trazia nas mãos cristais
coloridos.
- Veja, já localizei um outro
planeta com as mesmas condições do nosso! Olhe aqui em meus cristais sagrados
como os habitantes de lá vivem em alegria constante. Será um bom lugar para
começarmos de novo. – disse o Mago Engenheiro em euforia.
Numali
se curvou sobre os cristais e começou a ver várias cenas do tal planeta.
- Isto é uma máquina do tempo?
Estou vendo nosso passado aqui. O que eles estão fazendo todos reunidos em um
só local gritando como loucos? Não parece com os nossos antigos jogos de
guerra? – perguntou Numali.
- Ah...- disse o Mago – Isso se
chama futebol. Está ocorrendo uma disputa que reúne todos os reinos deste
planeta em uma mesma competição.
- Me diga Mago, o que o
território dos guerreiros vencedores recebe como tributo ao final do torneio?
- Na verdade não muita coisa. Pelo
que eu entendi, olhando os cristais, eles recebem uma grande taça de metal.
Tudo é muito simbólico por lá...
- Como simbólico? Veja como as
pessoas estão vestidas, histéricas, veja aqui: algumas estão sendo agredidas.
Eles estão em guerra como nós antes da catástrofe?
- A senhora mexeu nos cristais,
isso que está vendo agora são os trabalhadores que ensinam crianças solicitando
melhorias em seu labor.
- Mago? Neste lugar os que detém
o conhecimento são agredidos? Isso parece bem pior que o nosso passado. Tem
algo errado com os cristais...
- Não... tem algo errado no
planeta deles. Por isso, acredito ser uma excelente opção para o nosso destino.
Veja aqui... neste cristal menor como eles se encantam por qualquer coisa.
- O que é isso?
- São as fêmeas da própria
espécie com poucas indumentárias.
- Mago – disse Numali pálida –
Eles ficam paralisados diante de seres da própria espécie em situação de nudez?
- E não é só isso! Veja como são
frágeis e podem ser desligados com o mínimo esforço. São bolhas de líquido e
carne com ossos porosos. Imagine diante de nossos guerreiros invisíveis.
- Sim, seria fácil dominar pela força.
Vejo como morrem com facilidade... mas tenho um plano melhor para nos
apossarmos de tudo e ainda sermos adorados e bem servidos. Não é preciso
preparar nada. Partimos hoje!
Assim
o barco se transformou em uma grande nave espacial e todos os seus tripulantes
e passageiros, mais de 300.000 sobreviventes de um planeta submerso, começaram
uma jornada em direção a Terra.
- Mas, minha senhora, como espera
dominar todos de uma só vez?
- Nada, quando chegarmos, dentro
de alguns anos solares, pouco existirá desta espécie e, os que sobreviverem,
aceitaram qualquer oferta de esperança como tábua de salvação.
- E como a senhora sabe disso?
- Veja como o nosso planeta, como
se autodestruiu. Não éramos tão diferentes deles há alguns poucos anos. Tínhamos
histeria coletiva, apego a coisas banais e, você bem se lembra, brigávamos
entre nós por qualquer motivo que fosse. Pela distância que estamos deles, o
tempo da viagem será suficiente para encontramos escombros e seres famintos.
- Mas, senhora – disse o mago – é
justamente isso que somos agora.
- Sim amigo Mago, mas eles não
sabem disso!
O
pior tipo ignorância é a que acredita que conhece algo mas, que realmente nada
sabe sobre realidade dos fatos, por isso, é facilmente manipulável pelos que
distribuem as informações.
terça-feira, 17 de junho de 2014
FÉ E ESPERANÇA!
Em
alguns momentos da vida podemos nos pegar em situações onde acreditamos que não
existe saída para à situação que estamos imersos. O poço, de tão profundo, não
permite ver a luz que orienta à saída. Nesse instante pode ser que percamos a
fé e a esperança.
Condicionamos
essas palavras para esses momentos especiais de sofrimento e dificuldade. Nos
esquecemos que, para tudo na vida, em todos os instantes é necessária uma
extrema dose de fé e esperança em tudo que fazemos.
Estar
tranquilo, lendo este texto, requer uma pequena esperança que o final seja algo
engrandecedor e que possamos incorporar em nossas vidas. Também é preciso uma
forte crença que a luz vai continuar iluminando sua leitura até o momento final
ou, em pior escala, que a sua visão irá permanecer inalterada.
Atravessar
qualquer rua requer muita esperança. Mesmo sem nenhum carro vindo ao longe
pois, aviões e fios eletrificados podem cair dos céus. Aparelhos de ar
condicionado ou mesmo pessoas podem se projetar no ar do alto dos edifícios.
Sem falar em bueiros explosivos ou buracos escondidos. Sim! Sair de casa exige
muito de nós.
Mas
ficar em casa não é tão diferente. Lâmpadas podem explodir, espelhos podem
partir e --- cuidado --- aparelhos elétricos explodem sem dar nenhum sinal de
defeito anterior. No entanto sei que isso tudo parece um tremendo absurdo e,
para alguns, um pouco de paranoia de minha parte.
Se
você pensa dessa forma (que nada vai ocorrer de errado nos próximos minutos) é
sinal que possui os elementos necessários para enfrentar, de frente, qualquer
problema em sua vida. Afinal, provamos com elementos sólidos, que você possui
fé e esperança.
Assim,
quando estiver pensado que tudo está no fim apoie-se no básico. O sangue que
corre em suas veias e o seu batimento cardíaco já são um certificado que algo
maior está no comando garantindo a possibilidade de mais um passo em qualquer
direção. Caso seja sua opção ficar paralisado, sem ação, ou retroceder em sua
caminhada esse sistema irá prover exatamente aquilo que deseja.
Por
isso, foque em resultados em médio e longo prazo com total fé e esperança. Faça
seus movimentos acreditando nesta real possibilidade. Caso não dê totalmente
certo do jeito que você desejou, tente mais uma vez e quantas vezes forem
necessárias. O mundo foi feito do nada, apenas a palavra existia antes de
qualquer matéria hoje, já existe provas científicas, o pensamento é capaz de
alterar até mesmo o DNA de nossas células.
Não
se trata, apenas, de uma fé cega. Deve existir estratégia comportamental
alterando tudo que já foi feito e deu errado. Atentar para os caminhos já
percorridos como forma de eliminar erros futuros é parte do processo de
crescimento. O homem pode errar várias vezes em seu percurso de aprendizado,
mas deve evitar cometer o mesmo erro duas vezes.
Devemos
também saber separar a fé em Deus da dependência Dele para os nossos
resultados. A frase: “Se Deus quiser! ” pode inertizar pessoas que esperam
dádivas que caiam do céu, entrem pela janela e os alcance embaixo do cobertor.
Não vai funcionar assim pois, nem a chuva toca nossas cabeças dentro de casa.
sexta-feira, 6 de junho de 2014
A FORÇA
Por
João Oliveira
Algumas pessoas possuem uma força incrível para se movimentar em nosso ambiente
social e/ou profissional. Uma motivação natural que sempre está presente em todas
as atividades nas quais estão envolvidas. De onde será que surge essa energia
que impulsiona, todo o tempo, um seleto grupo de indivíduos? Qual seria a
origem de tanta vontade de realizar seus objetivos?
O que vemos é um extrato da personalidade. Não há como saber, pela ação
presente, como se originou o movimento que percebemos sendo finalizado. Da
mesma forma que é errado supor que pessoas nascem e morrem com o mesmo perfil
emocional. Sim, pessoas são diferentes umas das outras e, acredite nisso, podem
se tornar diferentes, delas mesmas, ao longo da vida.
São diferentes possibilidades de experiências vividas que podem se tornar
gatilhos para perfis comportamentais distintos. Às vezes a mesma experiência,
impressa em duas pessoas simultaneamente, gera atitudes diferentes e a longo
prazo, acabam por se tornar referenciais opostos de justificativas
comportamentais.
Dessa forma, podemos pensar que não existe, de fato, um protocolo para
trilharmos e obtermos resultados satisfatórios. Essas tais experiências podem
ser variadas, boas ou ruins, percebidas ou não como gatilho comportamental.
Resumindo: cada pessoa é um universo de probabilidades.
Verdade é que, sorte ou azar, só o futuro dirá. O que hoje parece ser algo
extremamente ruim pode ser a alavanca para o sucesso em algum tempo à frente.
As emoções existem como respostas para as situações que enfrentamos todos os
dias, elas podem elencar recursos de diversas maneiras. Como aplicar esses recursos
(ataque ou fuga) já é outra questão.
Uma possibilidade seria a ressignificação contínua dos problemas que surgem
como barreiras impeditivas ao nosso desenvolvimento. Olhar para essas paredes
como algo que deve ser escalado e não como algo que deve ser derrubado ou
parada final de percurso.
Veja bem à sua volta como as pessoas que obtém sucesso em suas ações reagem a
intempéries. Tente notar se elas culpam alguém (ou a si mesmo) e de que forma
colocam a energia resultante do descontentamento em prol da resolução do
problema.
Claro que nem todo mundo será capaz de alterar significados imediatamente.
Principalmente as que possuem um autoconceito deficitário. Para que isso seja
trabalhado, o melhor que pode ser feito é buscar auxílio profissional. Existem
vários perfis de profissionais habilitados para tal, dentre eles o psicólogo.
Todos nós possuímos a mesma estrutura interna. O que diferencia nos resultados
que obtemos é a forma como interpretamos e devolvemos ao universo
domingo, 1 de junho de 2014
O DESEJO DE PRODUZIR
Por Beatriz Acampora
Em uma vila, perto de uma mina de carvão, nasceu uma criança, um menino muito esperto, com um desejo muito grande de realizar, de mover o mundo. Enquanto criança ele corria, pulava, construía objetos.
Logo que entrou na adolescência seu pai o colocou para trabalhar na mina de carvão, como todos os outros homens da família faziam. Ele aprendeu o ofício de ser mineiro e trabalhava com vontade.
Sentia dentro do peito um desejo de fazer algo diferente, mas não sabia o que era. Tinha alma de pintor, mas nunca tinha sido apresentado a pincéis, telas e tintas. E toda sua energia acumulada, toda a sua força interna era colocada no trabalho na mina.
Em alguns momentos se sentia frustrado sem saber o porquê e queria explodir aquela energia contida. E corria pela mina com o carrinho de carvão, tão rápido e até mesmo agressivamente, que foi considerado o mineiro mais rápido e que trabalhava mais.
Outras vezes sentia uma angústia de não estar produzindo algo diferente, canalizando seu desejo de outro modo, e batia com a marreta com mais força, escavava com mais velocidade do que todos os seus companheiros e, mais uma vez, se destacava.
Tudo o que ele queria era produzir, mas não sabia o que, nem como, não entendia porque aquela energia imensa que morava em seu peito tinha vontade de sair, de contagiar, de explodir.
Se sentia feroz e trabalhava mais, incessantemente, tentando aliviar seu peito, esvaziar sua vontade de fazer algo. Muitas vezes era visto como revoltado, agressivo, mas o que ninguém sabia é que nem ele mesmo conhecia suas potencialidades, suas habilidades adormecidas.
Potencialidades que nunca despertaram e, assim, foram transformadas em um outro tipo de produção: os olhos das pessoas da vila nunca viram quadros pintados por ele, mas conheceram o melhor e mais rápido mineiro daquelas terras.
Nem sempre os dons são revelados! Por falta de oportunidade, potencialidades ficam adormecidas. Mas a produção é outra coisa: para direita ou para a esquerda, para frente ou para trás, para cima ou para baixo, ela sempre ocorre.
Cada um pode extrair da vida aquilo que a força da sua alma impulsionar. Fazer, realizar, produzir mais e melhor com o que é dado. Se for plausível, buscar novas possibilidades. Se for improvável qualquer mudança de rumo, aceitar a natureza das coisas e direcionar as forças para fazer de modo eficaz aquilo que lhe cabe nesse momento.
Onde quer que esteja, a sua natureza irá se sobrepor a todas as possibilidades presentes e sua energia será vista, ressaltada, porque a força da alma e o desejo de realização não ficam inertes, movimentam e contaminam.
O RETORNO
Ao sair sempre deixe a porta
aberta. Esse tema, no universo corporativo, é quase uma regra que deve ser
seguida com parâmetros bem rígidos. Jamais um colaborador deve se afastar – por
qualquer motivo que seja – de uma instituição deixando lacunas que possam ferir
sua postura como elemento produtivo.
Sempre que surge uma oportunidade
melhor na vida profissional de alguém, seja uma oferta de maiores ganhos,
reconhecimento ou mesmo de liberdade criativa em sua função, uma nuvem se
forma, diante dos olhos do colaborador, criando elementos de distração no seu
posto atual. Deste jeito, com o foco no futuro promissor, falhas podem ocorrer
durante o período que ainda atua em sua instituição de origem. O resultado pode
ser desastroso em múltiplos níveis.
Ocorre que ao perder o ponto de
atenção principal – função atual – o colaborador pode deixar passar elementos
importantes para a produtividade do corpo laboral onde atua. Assim,
comprometendo sua estrutura, cria uma mácula que no futuro irá depor contra sua
conduta profissional.
O que deve ser feito em uma
situação similar e poder ofertar, nos últimos momentos de colaboração com a
empresa que está deixando, o melhor de si. Atuar de maneira exemplar e produzir
de forma assertiva acima de suas médias anteriores. Essa será a imagem que
ficará fixada entre os gestores e seus companheiros de linha. Como certa vez
disse Getúlio Vargas: “Um bom discurso deve ter sempre um final apoteótico
pois, é disto, que sempre se lembrarão!”.
O planejamento para o desligamento
deve ser feito de maneira harmoniosa, clara e honesta com todos os envolvidos
no processo. A surpresa poderá gerar um sentimento de traição para os que
sempre puderam contar com você. Pensando desta forma o colaborador estará
permitindo um reingresso, caso necessário for, sem ressentimentos. Uma pessoa
que sabe sair de um ambiente sempre será bem-vinda em qualquer tempo.
O pensamento a respeito de um
futuro promissor, ter ambição de crescimento profissional, estar sempre em
busca de novas oportunidades cria um elemento altamente produtivo e capaz de se
atualizar constantemente no mercado. Não há nada melhor para uma instituição do
que poder contar com pessoas assim: que não se acomodam nunca. Apenas o cuidado
de não se afastar da realidade cotidiana deve ser mantido e, mesmo diante de
uma promessa efetiva, é relevante manter os pés na plataforma de lançamento. Já
reparou que as plataformas de lançamento de foguetes, esses que vão ao espaço,
são estruturas muito firmes?
Não há como se lançar em novas
conquistas sem sair de terra firme. Manter a estrutura original da melhor forma
possível e poder contar com o retorno – mesmo que isso não faça parte de seus
planos – é sempre a melhor estratégia para se alcançar uma forte aderência de
boa reputação no meio institucional. Gestores usam recrutadores que se
comunicam com o mercado o tempo inteiro não é uma folha de recomendação que
abre as portas de uma empresa para novos colaboradores: é o seu passado
produtivo. Mantenha sua linha histórica preservada e o futuro será mais
promissor e fácil de ser alcançado.
Apenas lembre-se: mesmo as
rodovias de mão única tem retornos em seu percurso.
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