Muitas coisas nos são invisíveis e,
por causa disto, podemos às vezes não acreditar na existência delas. Uma vez o
grande cientista Thomas Alva Edison, em uma de suas palestras a estudantes
universitários, começou a sacudir uma pequena vareta com sua mão direita e
perguntou: “- Vocês podem ver a vareta no ar e o som provocado pelo
deslocamento do ar?”. A resposta de todos foi positiva e, Edison continuou com
seu questionamento: “ – Agora, façam um pequeno exercício de imaginação, pensem
que eu sou capaz de sacudir essa vareta 20.000 vezes por segundo. Será que,
mesmo assim, vocês conseguiriam ver e ouvir? Bom, a resposta correta seria não!
O movimento rápido faria ela ficar invisível e o som, acima de 18 kHz, se torna
inaudível aos nossos ouvidos humanos.” Ele ainda completa: “-Então não é por
que você não vê e não ouve, que certas coisas não existem. Culpem a nossa
limitação sensorial.”
Com isso em mente podemos enumerar
um monte de coisas que não vemos, mas, acreditamos em sua existência, tal como:
rede de telefonia celular, ondas de rádio e Tv, radiação de uma forma geral, a
Lei da Gravidade, vírus e tantas e tantas outras coisas que, neste momento,
estão invisíveis também em minha memória. Aliás, a própria consciência é algo
invisível, o que a ressonância magnética funcional por contraste mostra é o
movimento do consumo da glicose e, até disto não temos absoluta certeza do significado:
essa iluminação é ativação ou inibição destes filamentos neurais dentro do
cérebro? Sim, pois o consumo mostra produção de neurotransmissores, e não sabemos
(ainda, janeiro de 2013, afinal as coisas mudam rapidamente neste campo da
ciência) se estes produtos endócrinos são para ampliar ou diminuir o trânsito
de informações.
Podemos focar em outro tipo de invisibilidade:
as emoções humanas! Isto sim, seria de grande utilidade caso pudéssemos ver,
nos outros, o que eles estão sentindo a nosso respeito no momento em que
interagimos. Será que estamos agradando este outro? Será que ele confia em
você? Como será que ele recebeu a notícia da demissão por dentro? Para todas
essas perguntas existem repostas visíveis na face da pessoa que está à sua
frente. No entanto, agora neste momento, pode ser que essas informações estejam
invisíveis, não perceptíveis, em nível consciente.
Alguns teóricos afirmam que somos
incapazes de ver o que não nominamos, ou seja, as coisas que não temos um nome
pronto para elas. Sempre ouvi dizer que os índios não conseguiam ver as
caravelas, pois era algo fora do universo de conhecimento deles e, isso, dava
uma vantagem aos espanhóis e portugueses. No caso específico das emoções, em
sua grande maioria, podemos afirmar que isso ocorre como verdade para a maior
parte das pessoas. Após se apresentar a expressão da face ao nome da emoção
correspondente, fica fácil de “ver” a indicação pontual da evolução, destas
emoções, na face do ser humano. E, de quebra, em alguns animais.
Seja dita a verdade: nem todas as
emoções são percebidas com tamanha facilidade mesmo após serem nominadas!
Algumas estão meio que abafadas pelo social e fazem parte de uma lista negra,
são as que o meio moderno considera negativas: medo e tristeza. Isto por que muitos
(nem todo mundo, entenda) acreditam que essas emoções são de fato ruins e, que
podem demonstrar fragilidade em quem as exibe. Todas as emoções são úteis e,
por isso mesmo, foram preservadas no processo evolucional. Por nos esforçamos
em não mostrar, acabamos por interferir, também, na capacidade de
interpretação. Seria como se algo em nós mesmos falasse: “– Não quero nem ver!”.
O índice nominal está presente no
sistema de todos os humanos, pelo menos aqueles que apresentam a cognição dita
como normal. Também sabemos disto por conta da facilidade que possuímos em
emergir essa capacidade de identificação destas expressões emocionais. Até
mesmo as chamadas microexpressões, que ocorrem em 250 milissegundos – muito
rápido -, podem ser, após alguns minutos de treino, reaprendidas pelo sistema
analítico consciente. As mulheres possuem certa facilidade, isto, pode ser
possível, acreditamos, pela memória filogenética do relacionamento com seus
filhos pequenos, recém-nascidos. Elas têm de entender se os bebes estão bem ou
não pela face e suas expressões, afinal eles ainda não falam. Mesmo as que
ainda não têm filhos apresentam uma boa velocidade na interpretação das emoções
expressas ou instaladas.
Infelizmente nosso tempo, momento
atual, exige pressa para tudo. O aprendizado deve ser acelerado em todos os
sentidos. O pragmatismo toma conta de cada centímetro de nossas vidas. Hoje
podemos encontrar muitos livros que abordam estes temas e alguns instrumentos
já foram disponibilizados para o treinamento deste perfil de análise
comportamental. Desenvolvemos um curso on line, que pode ser acessado pelo
sistema Prepara On Line ( www.preparaonline.com.br
) e, além dos textos e livros, ainda fazemos, periodicamente, treinamentos
presenciais no eixo Rio-SP (www.isec.psc.br
).
Não perca seu tempo acreditando que
você será transformado em uma máquina capaz de identificar a mentira no rosto
dos outros. Isso é irrelevante, pois muitas vezes o outro mente por medo ou
para lhe agradar. A mentira social – aquela que não contamos como uma mentira de
fato – inunda o sistema de tal monta que o melhor é se concentrar nas emoções
envolvidas no processo e, não na mentira propriamente dita. Queremos saber o
que leva o outro a mentir e, se isso é, ou não, prejudicial para nossa relação.
Toda e qualquer relação só tem a ganhar com isso: saber a hora de mudar a linha
de abordagem para chegar ao melhor resultado possível na comunicação.
Ainda existe outro ponto fantástico
nesta jornada, o fato de não sabermos nomear as nossas próprias emoções, que
sentimos a todo instante. As reações fisiológicas são tão parecidas que,
dificilmente, uma pessoa pode dizer exatamente o que sente e, como já deve
supor, isto se torna uma tarefa mais fácil para quem o observa (de fora) e
conhece o código das expressões das emoções que se manifestam na face e por
todo o corpo.
Nossa proposta não é findar, em
algumas horas, todo o conhecimento sobre o tema, isso é uma tarefa, acredito, impossível.
Mas, abrir a percepção para o básico, funciona como uma pedra que é jogada no
meio do lago: as ondas criadas se expandem em todas as direções, não importando
o tamanho do corpo hídrico. Uma vez iniciada a onda, ela se amplia a cada novo
segundo.
Prof. Msc. João Oliveira
Para
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