- Ninguém é Santo!
Não é mesmo! Mas dentro, de cada um de nós (acredito), existe uma pulsão, uma vontade de fazer as coisas do modo correto. E aí, vale ressaltar, que correto é conceito moral, social e localizado. O que é certo aqui pode não ser lá do outro lado do oceano e vice-versa.
O homem nasce, segundo o que aprendemos nas primeiras aulas de qualquer religião, bom, puro de alma, limpo, inclinado a santidade. Será mesmo?
Darwin discorda e o autor de O Gene Egoísta, Richard Dawkins, também. Este tal altruísmo que tanto pregamos, quando existe é para facilitar a perpetuação da espécie, disse ele.
Então somos maus por natureza? Aparentemente sim! Poderíamos fazer de tudo para conseguir os nossos objetivos e, ser bom, é um esforço pessoal muito intenso. Se a corda for deixada frouxa vamos sempre tender para o pior lado possível.
Platão, em A República, já fala sobre isso quando narra a história de um pastor que ao encontrar, por acaso, um anel na mão de um morto, descobre uma mágica: virando a posição do anel, colocado em seu dedo, se tornaria invisível e, voltando a pedra de novo à sua posição original, voltaria a ficar visível. O pastor, conhecido como Giges, era um homem dito honesto e sério, mas, com o poder recém descoberto faz coisas horríveis até se tornar Rei. Chegou mesmo a seduzir a Rainha e assassinar o Rei que antes estava no poder.
Isso significa que se não houver julgamento sobre os nossos atos, ou seja, se ninguém vier a saber (de jeito nenhum) as coisas erradas que poderíamos fazer, nossa natureza genética, nos empurraria na direção do abismo moral.
Então, ser bom dá muito trabalho? É necessário uma constante autoavaliação dos nossos comportamentos. Se fosse fácil viver em um padrão de bondade e paz só haveria dois mandamentos: Amai a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo!
Pronto!
Amai ao próximo como a si mesmo! Estava tudo resolvido nesta colocação.
O que você quer ser de fato:
1) um ser vivo guiado por instintos ancestrais de sobrevivência a qualquer custo ou,
2) um ser humano na plenitude da palavra?
Sem a pretensão de estar se colocando em um altar, podemos de fato praticar uma vida de exemplos que podem até ser pequenos, mas constantes. Alguns já fizeram isso, uns poucos foram até reconhecidos, acredito que a grande maioria dos exemplos individuais ocorrem todo o tempo, mas são pouco percebidos por quem deveria. Mas, a condição de ressignificar tanto os atos alheios como os nossos, existe. O perdão, a compreensão, o amor (esse é tão falado) não podem ser apenas palavras perdidas em nosso vocabulário, devem existir nas relações diárias.
E, para terminar iniciando, um novo período de comportamento não precisa começar de comum acordo com todos, basta uma decisão.
A sua, caso queira, pode ser agora!
Vamos ser exemplos, senão para todos apenas para nós mesmos e já está de bom tamanho para quem de fato importa.
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