Sei que Jung explica, mas mesmo assim assusta!
Estava dormindo, agora pouco, e tive, em sonho, todo o texto a seguir.
No sonho o texto estava em meio a imagens de um velório muito silencioso com ruas desertas, onde as lojas estavam vazias, escolas com as portas abertas e as carteiras vazias, auditórios abertos sem ninguém.
Acordei meio abatido tentando entender os símbolos envolvidos, quando recebo a notícia (por um amigo ao telefone) que uma pessoa querida da nossa sociedade campista havia falecido e me procuravam para ir ao velório.
Acredito então que o inconsciente coletivo da cidade está mais triste.
Minha parte, coletada neste plano invisível, esta aqui, do jeito que foi lida pela minha sensibilidade onírica.
Partida
As malas estão prontas, vazias.
Não há o que se levar.
Marmita fria para as formigas.
A esses bichos vão me entregar?
Preocupam-me os livros na estante...
Alguém, ao folheá-los pode pensar:
- Será que leu todos em quanto pode?
- Ou eram só de se fazer pose?
Preocupam-me os filhos errantes...
Alguém, ao olhá-los pode dizer:
- Será que são reflexos?
- Ou como o próprio: que se fez ao fazer?
Não me importa a hora,
(que não seja agora!)
E não me importa os outros,
Em cada consciência seu tolo.
Quem me leve agüente o peso.
E dizem: - Na vida pouco colheu!
Mas, se em contar segredos...
Importa apenas que viveu!
- Vai-se logo, chegou sua hora!
Deixe-me então contar a última prosa:
Ainda criança tive um sonho,
nele Deus disse: - Te espero, agora acorda!
- Estuda, educa, trabalha e faz.
Cuida, cria, perdoa e ama.
Peca, ora, Me adora e chama.
Somente Eu sei a tal hora.
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