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domingo, 23 de novembro de 2008

Woody Allen o Nelson Rodrigues da pós-modernidade


O Filme Vicky Cristina Barcelona, em cartaz neste momento nos cinemas do Rio, Woody Allen pode ser considerado o Nelson Rodrigues da nossa pós-modernidade. Se os nomes dos personagens principais fossem comuns ao nosso dia-a-dia e a trama se passasse em Santo Cristo, e não em Barcelona, poderíamos confundir com um conto qualquer do nosso autor, e diga-se lá, não seria um dos mais quentes.

Uma história que só seria possível numa mente submissa pelo sexo. Não que duas mulheres não possam fazer sexo, nem que três pessoas o façam na mesma cama, longe de mim pensar que seria difícil um homem transar com quase todas as personagens femininas. Mas é impossível, num mundo real, alguém terminar um relacionamento assim: “- Vamos nos lembrar dos bons momentos que tivemos juntos, numa memória respeitosa e sermos gratos por estes momentos!” Só pode ser brincadeira do Juan Antonio! Essa frase não combina com o resto do seu comportamento de matador da vez.

Salva-se a Vicky (Rebecca Hall) como grande estrela do filme. Sua presença é pura emoção. Não é necessário roteiro! Suas falas são desnecessárias, seu rosto e olhar se comunicam com a câmera de uma forma a levar a emoção inteira ao cinéfilo.

Barcelona, de Woody Allen, foi toda construída por Gaudi e este filme pode servir como guia turístico, embora Barcelona seja infinitamente maior em seu acervo histórico mundial. Uma boa comédia, belas mulheres, nada de abuso em cenas de sexo; pode levar a esposa: ela não vai querer deixá-lo após o filme, pois impera, ao final, a lição de moral bem americana.


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