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sábado, 5 de agosto de 2017

LEITURA CORPORAL - NÃO SEJA MAIS ENGANADO

EU SABIA QUE VOCÊ MENTIA


Por João Oliveira


Espero que esse bilhete seja lido em um bom momento e que não lhe cause nenhum tipo de transtorno. Escrevo enquanto observo você e o seu jeito de ser. A sua linguagem não verbal é muito rica e por isso resolvi deixar por escrito tudo que consegui captar de você.

Você sempre é muito animado em suas conversas, seus movimentos as mãos e os braços, essa sua forma toda particular de colocar as palavras no ar, como se as mãos fossem parte de um vocabulário especial, esse é o seu charme secreto. Mas, só quem te conhece bem sabe que isto é parte de um esquematizado jogo de conquista. Hoje, isto não ocorreu.

Quando você estava narrando o seu dia, falando sobre o trabalho, seu corpo estava inclinado para à frente e suas mãos mostravam as palmas na minha direção. No entanto, quando eu comecei a falar sobre a sua nova funcionária seu corpo se recolheu e suas mãos se fecharam. Você encostou as costas na poltrona de tal jeito que ela chegou a afundar um pouco, parecia que sua intenção era sair da sala através de um buraco no sofá.

Eu insisti. Você cruzou os braços na frente do tórax, primeiro no alto, próximo ao osso esterno, isto (eu bem sei) significa que existia um desafio. Quando eu disse que sabia de tudo, que você estava tendo um relacionamento com ela, seus braços, ainda cruzados, abaixaram e ficaram na direção do abdômen. Sabe o que isso significa? Medo meu querido!

Sim, foi naquele instante eu tive a certeza que você mentia o tempo todo para mim. Você estava com medo. Deixa eu lhe explicar caso você desconheça: quando colocamos os braços cruzados abaixo do osso esterno, que cobre o peito, é um sinal claro que buscamos proteger uma área que, anatomicamente, não tem grandes proteções. Isto é da própria evolução natural da espécie humana! Não temos controle consciente sobre estes movimentos, são assim quase automáticos, compulsórios!

Claro que, você pode argumentar que isto é circunstancial e que pode ter ocorrido uma grande coincidência. Sim, porém, nas repostas que você dava ao meu inquérito, uma estranha coceira se apossou do seu rosto, lembra-se disto pelo menos?

Sabe, uma das coisas que sempre gostei na sua personalidade é esta sua sede de saber, por isto não me custa explicar por que ocorre esta sensação incômoda no rosto e pescoço. Quando uma pessoa mente, sabendo que esta mentira pode causar dano se descoberta, o sistema endócrino reage para uma possível situação de luta ou fuga e aumenta a pressão arterial fazendo o sangue fluir mais rapidamente. Os vasos periféricos da face são irrigados em grande velocidade e, este movimento faz surgir uma coceira real no nariz, canto da boca, olhos e pescoço. O corpo sempre vai delatar uma situação de estresse nessas circunstâncias muitas vezes com uma vermelhidão no rosto.

Preste atenção, não houve confissão expressa verbalmente, tudo foi inconsciente. Não se sinta culpado, embora seja. Como, por exemplo, a sua respiração lentificada. Quase não dava para notar se você estava vivo ou não, o ombro nem mexia, subindo e descendo como ocorre com todas as pessoas em estado de calma e tranquilidade. Ao final, com o estresse gerado pela nossa conversa, sua respiração estava rápida e curta: uma prova de nervosismo; assim como as piscadas dos seus olhos: mais rápidas que o normal. Não há como escapar de tantas evidências, você mentia sim e eu sabia disso o tempo todo, apenas me controlei.

Agora, tenho outra prova mais contundente ainda de sua elaboração fictícia, de sua estratégia falha de me enganar: seus olhos! Sim, meu amor, os seus olhos!

Todas às vezes que você respondia uma pergunta minha relacionada a ela, os seus olhos se movimentavam para o alto da testa do lado direito. Sendo você destro, é neste lado do cérebro que está o mecanismo da imaginação, então, todas suas falas, nestes momentos, eram criadas, imaginadas: pura mentira!

Mais uma coisa que eu quase me esqueço de falar: os seus lábios. Eles também me disseram mais que as palavras. Uma pessoa normal, destra, falando sem pressão ou emoção tende a movimentar mais o lado direito dos lábios, isto porque a região de Broca e área Wernicke, responsáveis pela movimentação motora e compreensão da fala, estão do lado esquerdo do cérebro. Você sabe que o lado esquerdo do cérebro movimenta o lado contrário do corpo, pois bem, no momento em que a emoção domina o orador este movimento mula de lado! Não é impressionante? Ah! Mas, impressionante mesmo foi ver seus lábios “sambarem” diante dos meus olhos.

Tenho de ir embora, não vou te ocupar mais falando sobre algo que já está claro. Neste momento os meus próprios pés apontam para a porta de nosso apartamento, por onde eu sairei e nunca mais voltarei. Meus pés estão tais quais os seus durante a nossa conversa, apontando para a porta. Isto também é um movimento inconsciente de quem deseja fugir de uma situação, afinal, os pés sempre apontam para a área de interesse e foi, justamente, por observar seus pés apontando para ela na festa da empresa, que eu decidi estudar mais sobre análise comportamental.

Tenha uma boa vida, a minha será!


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domingo, 2 de julho de 2017

UM POUCO DA HISTÓRIA DA HIPNOSE


A história da hipnose possui o seu início nos primórdios das primeiras civilizações, sendo considerada tão antiga quanto à própria humanidade, onde nas culturas antigas esta prática era usada como uma forma de cura utilizada pelos sacerdotes.

A hipnose é conhecida como um estado alterado da consciência que é caracterizado por ser focada em uma atenção extrema e um profundo relaxamento físico, permitindo assim o enfoque em relação a abordagem do subconsciente das pessoas.

Sendo considerado como um fenômeno universal, a hipnose ainda pode ser encontrada na história da humanidade, passando por diversas culturas diferentes de rituais, danças, expressões e forças da natureza advinda dos povos civilizados, onde todos seguiam e procurava um estado de consciência, o famoso transe.

Conheça mais sobre a história da hipnose

Pode-se dizer que a história da hipnose foi associada a diferentes ideias, onde ao longo do seu desenvolvimento foram surgindo diferentes momentos do seu uso e aplicações. Sendo assim, segue abaixo a utilização do estado hipnótico durante a história da humanidade.

·         Em 1500 A.C. nas culturas antigas, como no Egito, a Hipnose era uma das formas mais usadas de cura pelos sacerdotes. Entretanto, esta não era utilizada em termos formais de hipnose, mas sim na utilização de procedimentos hipnóticos para a cura de diversas dores e doenças.
Assim, a hipnose era utilizada na antiguidade envolvendo magia, misticismo e religiosidade como os principais objetivos de cura através da imaginação, profecias, captação de ideias e mensagens dos deuses.
·         Já no século XVIII e XX, a hipnose passou por um período de experimentação cientifica com Franz Mesmer, o qual era um médico austríaco que iniciou os seus estudos devido ao interesse no magnetismo animal  para se obter informações sobre a cura de dores e doenças.
 Entretanto, algum tempo mais tarde, Mesmer percebeu que o homem também era capaz de captar energia e passou a estudar o magnetismo humano, onde realizou várias cirurgias e anestesias sobre transe hipnótico.
 Assim, foi desenvolvida a expressão Mesmerismo, o qual teve um enorme destaque no meio científico e acadêmico, por mais que tenha alcançado muito sucesso e alguns fracassos. Por fim, Mesmer acabou sendo descreditado do seu trabalho no meio científico, mas os seus métodos ainda continuaram a ser utilizados até os dias de hoje.
·         No caso de James Braid, este era um médico inglês que quando assistiu a uma cirurgia efetuada por Mesmer com anestesia geral recorrendo a  hipnose se interessou e começou a estudar o processo, reformulando consequentemente a teoria de Mesmer.
 Além disso, por muitos anos a hipnose foi esquecida e mal interpretada por não ser compreendida na época devido à natureza e dinâmica dos seus fenómenos.
·         Em 1889 ocorreu o primeiro Congresso Internacional de Hipnose, o qual foi organizado pelo médico Jean Charcot contando com a participação de vários especialistas como William James, Lombroso e Sigmund Freud.
 A partir daí diversos livros passaram a ser escritos, onde as revistas científicas começaram a publicar artigos sobre hipnose. Além disso, William James ainda incluiu um capítulo sobre hipnose no seu livro Princípios de Psicologia, e Wilhelm Wundt, o qual é conhecido como o pai da Psicologia como Ciência, escreveu um livro sobre a hipnose.
·         A hipnose ainda foi estudada por Milton Erickson, que desenvolveu uma psicoterapia com diversas definições, principalmente devido as diferentes fases que viveu, onde até a década de 60, procurou utilizar vários dos conceitos psicanalíticos para uso e compreensão da hipnose.
Além disso, nas últimas duas décadas da sua vida, ele ainda desenvolveu uma abordagem de compreensão do ser humano, onde continha um vocabulário e técnicas como, inconsciente sábio, recursos para superação dos problemas, aprendizagens automatizadas, transe, técnica de confusão, sugestões indiretas, entremear, semeadura, mente consciente e mente inconsciente, utilização de anedotas, metáforas e tarefas.
·         Além desses, Sigmund Freud, um dos mais conhecidos até os dias de hoje, praticou a hipnose em seus tratamentos, mas depois de certo período abandonou esta prática, embora ainda continuasse a tirar proveito das suas descobertas.

Portanto, com a história da hipnose é possível concluir que este é um assunto que abrange diferentes ideias e opiniões desde a antiguidade, sendo considerado como um desenvolvimento e fortalecimento de uma verdadeira conexão de alma entre os seres humanos.
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