Endereços:

Instagram: @prospero.universo @dr.joao.oliveira.oficial Web: joaooliveira.com.br

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Semana da Psicologia Campus Ilha da Estácio 28/08/2012

Palestra sobre Análise Comportamental

Marcações nas salas e auditórios da Faculdade
João Oliveira e Beatriz Acampora participaram da Semana da Psicologia no Campus da Ilha do Governador da Universidade Estácio de Sá.

Oficina de Hipnose Clínica pela manhã
Mesa de Debates às 11h00


9h00 Oficina "ARTETERAPIA" com Beatriz Acampora

9h00 Oficina "HIPNOSE CLÍNICA" com João Oliveira

11h00 Mesa de Debates com Beatriz Acampora - Ney Vernon Vugman - João Oliveira, Tema: Atualidade e as Práticas Psicológicas com Mediação: Thais Oliveira 

16h00 Oficina "AUTOESTIMA E SAÚDE" com Beatriz Acampora

16h00 Oficina "ANÁLISE COMPORTAMENTAL" com João Oliveira


Semana da Psicologia Campus Ilha da Estácio 28/08/2012

João Oliveira e Beatriz Acampora participaram da Semana da Psicologia no Campus da Ilha do Governador da Universidade Estácio de Sá.

Oficina de Hipnose Clínica pela manhã
Mesa de Debates às 11h00


9h00 Oficina "ARTETERAPIA" com Beatriz Acampora

9h00 Oficina "HIPNOSE CLÍNICA" com João Oliveira

11h00 Mesa de Debates com Beatriz Acampora - Ney Vernon Vugman - João Oliveira, Tema: Atualidade e as Práticas Psicológicas com Mediação: Thais Oliveira 

16h00 Oficina "AUTOESTIMA E SAÚDE" com Beatriz Acampora

16h00 Oficina "ANÁLISE COMPORTAMENTAL" com João Oliveira


sábado, 25 de agosto de 2012

Morre Neil Armstrong


Acho que agora, ele corre pelo universo.

O astronauta e primeiro homem a pisar na Lua, Neil Armstrong, morreu neste fim de semana após realizar uma delicada cirurgia em seu coração. O comandante da missão Apolo 11, de 82 anos, sofria com o bloqueio de uma artéria no coração e não sobreviveu às complicações do procedimento no órgão vital.

Armstrong foi o primeiro homem a pisar no solo lunar, em 20 de julho de 1969. Mais informações em instantes.

É dele a épica frase: "este é um pequeno passo para o homem e um salto gigantesco para a humanidade". 
 
Que descanse em paz ao lado do Grande Arquiteto de Universo poderoso Ir:. M:.M:. Neil Armstrong .... as colunas se curvam durante sua passagem.

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

SÓ E FELIZ



            Um grande grupo de pessoas, em nossa sociedade atual, possui um conceito um pouco deturpado do que seja felicidade. Elas acreditam que este estado emocional deve ser igual ao da euforia. Provavelmente são essas pessoas que confundem amor com paixão, pois, não conseguem perceber que uma situação é um estado natural e duradouro e, o outro, completamente artificial e momentâneo. Assim, essa tal felicidade, também confundida com alegria, não é vivenciada plenamente, pois sempre se espera algo além do momento presente, como uma premiação na mega sena, um carro novo, férias ou alguém para completar a vida.

            Não nascemos para sofrer, isto é fato inquestionável. A tristeza surge como uma consequência em nossa existência, por uma série de fatores, sendo o principal o descontrole do desejo. Desejamos sempre mais que o necessário para sermos felizes. Faça uma análise rápida agora: você é feliz enquanto lê esse texto? Acredito que deveria ser, afinal não deve estar com fome, frio, dor, pois, se você está prestando atenção plena nessas palavras deve, também, vivenciar, como eu, ao escrever, um momento de felicidade!
            Simples: felicidade é um estado psicológico onde não há sofrimento ou dor e, mesmo que exista, não interfere no estado emocional geral. No entanto, e aí vêm problemas, existe o sofrimento mental.

            O sofrimento, sem real existência de um objeto ou situação que provoque o surgimento da angústia, pode complicar um pouco este nosso argumento e, podemos observar, ainda, dois tipos principais: um realmente padece de uma disfunção ou distúrbio mental e o outro não, o que apenas está aprisionado em conceitos sem possuir a capacidade de ressignificar valores de interpretação. 

            No caso das pessoas que nasceram ou adquiriram alguma doença mental,  somos levados a pensar que eles não possuem uma consciência dos estados emocionais como à maioria e, por isso, sem uma exata noção de mundo como nós, podem nem perceber a tristeza ou felicidade dentro dos conceitos aqui colocados. Mas, as pessoas que sofrem justamente por ideias instaladas, fatos passados ou ainda nem vivenciados, as que andam à beira de um precipício imaginário, essas podem sofrer ainda mais do que os seres em luto pela perda de um ente querido. A imaginação não tem tamanho e pode criar âncoras mais pesadas que todo o planeta Terra.

            Então este sofrimento não vem da falta. Ele surge do possuir instalações imaginárias, que podem até, em algum momento, terem partido um objeto real. Da mesma forma que possuem suas fortificações em estruturas imaginárias também podem ser desmontadas do mesmo jeito, alterando a maneira de ver o mundo. Nem pense em mudar o mundo para resolver seus dilemas. O mundo é isto mesmo e não vai deixar de ser o que é por causa de nenhum de nós.         

            E o sofrimento que vem da falta? Bom, essa fila é grande. Pense o seguinte: “Quem nada tem, com pouco se alegra!”- está certo este raciocínio? Sim, está! Agora podemos também pensar que aquele sujeito com muito de tudo, coisas materiais, já não encontra nada na loja que lhe traga alguma felicidade física. Meio paradoxo isto! Quando nada tenho, tudo quero! Quando tudo tenho, nada me serve?  Então o que a lógica insinua? Devemos aprender a se feliz com nós mesmos e isso significa, embora pouca gente vá entender de fato, que o melhor é ser feliz sozinho.

            Vamos imaginar que tenho, ao meu lado, uma pessoa que me é de boa companhia. Ele(a) troca carinho, dá suporte, apoio moral e incentivo. Este outro é cúmplice de vida, mas pode faltar.  Diferente disto: eu tenho um carro, que é o modelo do ano, ele corre, é confortável, gasta pouco combustível, mas o pneu pode furar. Estou bem alimentado (agora), mas à noite posso querer jantar.  Nada é perfeito! Nós devemos então buscar um olhar especial para o ser que não nos abandonará nesta jornada: nós mesmos!

            Não há como fugir de nós mesmos e por isso é necessário aprender a conviver conosco e ser feliz assim. Ressignificar – palavra que vale ouro – tudo aquilo que nos limita no caminho da equanimidade, não é necessário euforia, basta equilíbrio. Também devemos controlar os desejos materiais, eles sempre surgirão mais modernos, belos e eficazes antes mesmo de começarmos a usar o que compramos, somos impulsionados pela mídia ou ambiente social e se permitimos isto não terá fim.  Não é preciso tanto para ser feliz! E se vier outro partilhar comigo desta jornada?  Que venha! Seremos felizes juntos! Desejando muito, ambos, o crescimento interno, pois através dele seremos ainda mais felizes. E, se alguém algum dia lhe perguntar o que têm nas mãos de tão valioso para expor este sorriso que engole orelhas, diga: - A capacidade de sempre reconstruir a mim mesmo! 

            Hoje, em função de tudo que já sabemos de cor, perdemos a capacidade de ouvir o ruído da chuva fina que cai lá fora. Mas, de vez em quando, os trovões nos impõem medo. A felicidade é construída, mas existem pessoas que escolhem construir pontes para a tristeza, a doença e o fracasso. Ser feliz demanda da escolha de ouvir a alma e não se assustar com o mundo.

João Oliveira
Psicólogo


segunda-feira, 20 de agosto de 2012

João Oliveira na Rádio Roquete Pinto - Programa Painel da Manhã 20/08/2012

Nesta segunda-feira (20/08) com o tema: ENVELHECIMENTO DO CÉREBRO!

Convidados: João Oliveira - Psicólogo, professor e escritor; Dr. Luis Antonio - Psicólogo e Coordenador pedagógico Nacional da Universidade Estácio de Sá do curso de Psicologia e José Roberto Basto - Psicólogo e Psicanalista.


Apresentação: Jorge Ramos e Fabiano Albergaria

Produção: Alice Silveira
Colaboração: Alexa Archer, Maurício Schleder e Fabiano Albergaria
Operação de áudio: Bruno Alex e David Costa




Ouça aqui:

http://paineldamanha.podomatic.com/entry/2012-08-20T06_25_53-07_00



quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Adeus Sr. Aluysio Barbosa


E a vida se foi...

Foi? 


Não para quem viveu!
Para quem o ar respirou, água bebeu e escreveu.
E mais, escreveu, escreveu e escreveu.
A vida fica nas linhas.
Marcada no tempo pelo talento.
Desenhava paisagens nas letras pretas em fundo branco.
Não foi gênio, foi humano...
Seu legado caminha nas palavras finas.
Esteja com Deus e, acho, que até ele lhe leu.

Aluysio Barbosa (20/07/1936 -15/08/2012)

Esse não é o melhor lugar para homenagear alguém como Sr. Aluysio, mas é o que tenho no momento. Meus profundos sentimentos à família.

PROTOCOLO




                Estávamos em um voo de instrução em um ultravele, no comando o Capitão Careca, também conhecido como Marcos Antonio, mas o nome dele é Capitão Careca mesmo. Antes de sairmos do solo o Careca leu um checklist e revisou todos os itens da aeronave. Algo como flap direito, flap esquerdo, freio e outras coisas que não me recordo. Somente após esta checagem em que pediu permissão de decolagem no Aeroporto Bartolomeu Lizandro para que pudéssemos decolar.

                No alto percebi que havia me esquecido da câmera e, como era período de cheias do Rio Paraíba do Sul, pedi ao Capitão Careca que retornasse ao aeroporto para pegar o material para registrar nosso voo sobre a planície goitacá.  Feito! Com o material a tira colo, voltei ao assento e passei o cinto. Careca pegou o checklist e começou a revisar todos os itens novamente! Lógico que eu o questionei: “ – Para que isso? Acabamos de fazer essa checagem a menos de 10 minutos??” A resposta de Careca ainda está bem clara: “ – É protocolo da decolagem, não importa quantas vezes tenhamos feito a mesma coisa, pode ser que um dia, por relaxamento ou preguiça, venhamos a esquecer de verificar algum detalhe e, este pode ser o erro fatal em um voo”. Essa semana (14/08/2012) um piloto de asa-delta , com 15 anos de experiência, morreu ao cair logo após a decolagem por esquecer de se fixar a asa. Esquecimento ou seu cérebro lhe pregou uma peça fatal?

                Nossas vantagens acabam sendo nossos inimigos naturais: constância perceptiva e a economia neural. No entanto, sem essa facilidade que o cérebro adota para seus procedimentos, não conseguiríamos andar pelo mundo, nossa visão seria um emaranhado de informações tão grande que não seria possível decodificar o real à nossa frente. É um mal necessário. O mundo é reduzido a padrões para permitir que tenhamos uma consciência (plena?) ativa e possamos interagir com ele.

                Aquilo que fazemos constantemente e que seja, absolutamente, natural de fazermos está – comprovadamente – mais fadado ao erro que as coisas que não temos tanta experiência. Como explicar isso? Relaxamos quando nos sentimos muito a vontade e esquecemos os detalhes. Para isso existe uma solução: o protocolo.

                Criar protocolos parece ser algo como instalar um regime autoritário, no entanto isto pode ser útil para evitarmos erros já feitos ou economizar erros nas tarefas que repetimos com frequência. Anotar os erros cometidos e visualizar as possíveis falhas é o primeiro passo, o segundo é ler essas anotações antes de adotar tais procedimentos mais uma vez. É impressionante como cometemos o mesmo erro várias vezes.

                Imagine se construíssemos um protocolo para relações conjugais, algo como: sempre fazer carinho antes de propor sexo! Isso iria evitar algumas brigas. Claro que estou sendo satírico, mas, a frase “Errar é humano”, poderia ser usada como desculpas para as falhas menos vezes do que costumamos. 

                Não tenho dúvidas que muitas pessoas agora devem estar pensando de como isso é impossível, pois faz parte da natureza humana as falhas para o aprendizado. Isto está correto. Se você tem muito tempo de vida está tudo bem! Parabéns! Faça ou não seu protocolo de checagem. Eu não tenho uma longevidade que permite experimentar todos os erros possíveis para o melhor aprendizado. Então vou trapacear e me apoiar em protocolos de outras pessoas. Seres que viveram, erraram, aprenderam e escreveram sobre isso! Isso mesmo: livros!

                São os livros protocolos que resumem anos de experiências nessa ou, em outras épocas. Uma forma de economizar tempo e recursos, nos apoiando em outras vidas. Não se engane quanto a isso: em algum lugar ou em outro tempo, alguém já passou exatamente por isto que você está enfrentando agora. Se você soubesse o que lhe ocorreu e como conseguiu superar, já teria um protocolo de intenções preparado que você pode seguir ou não, mas, pelo menos, seria uma referência sobre o tema.

                Das pequenas atitudes aos comportamentos mais complexos que, por suas falhas podem ser fatais, nosso cérebro estará sempre pronto para se alimentar de novidades e, em contra senso, detesta mudanças. Vai entender isso!

João Oliveira
Psicólogo

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

O PRESENTE




                Um dia os Deuses estavam reunidos olhando os primatas em nosso planeta. Devo dizer que essa história têm milênios e, pode ser que você já pode ter ouvido ela em algum momento da sua vida, por isso tenha paciência e entenda que não é um mito, nem é uma história de verdade, trata-se de um conto, uma parábola, ou melhor: uma metáfora! 

                Lá estavam os Deuses – já disse isso? – observando aquele bando de seres primitivos se transformando em homens das cavernas, coitados sem cultura ou conhecimentos profundos da ciência ou filosofia, viviam e morriam de acordo com as forças da natureza. Caçavam, reproduziam, brigavam entre si, mas nada surgia ou crescia de fato entre eles. Um bando de macacos pelados sobrevivendo entre os animais naqueles tempos difíceis.

                Acho que, por pena, os tais Deuses resolveram dar um presente (ou será que foi roubado?). Algo que pudesse ajudar no desenvolvimento desta espécie. Era um objeto mágico, sempre usado pelos Deuses em suas peripécias de fazer surgir grandes universos e, era capaz de realizar proezas fantásticas ao tornar possíveis – matéria - pensamentos que só existiam dentro da mente deles, em formato de éter. Este objeto foi dado (ou roubado) e, o grupo que o recebeu começou a usar imediatamente. Deu certo! Realmente, tudo ficou diferente! Aqueles homens imundos das cavernas começaram a edificar e se organizar, graças a este maravilhoso objeto mágico, desenvolveram a cultura e uma sociedade organizada. Maravilhas eram criadas por este objeto: cidades inteiras, a medicina, os aviões, educação, carros... Tudo era possível através da magia deste objeto, as coisas surgiam no mundo físico através deste poderoso mecanismo dos Deuses.

                No entanto, não poderia demorar, este poder foi logo usurpado por um grupo que se nomeou dono deste objeto e, fez com que ele mudasse de nome várias vezes para que o povo acabasse se esquecendo de seu grande poder. Hoje, essa magia, pode estar bem diante do seu rosto e você nem perceber do que é capaz de fazer com tal artefato mítico.

                Que maravilhoso objeto mágico dos Deuses é esse que está bem à sua frente e você não vê o seu poder? 

                Trata-se da mesa! Isso mesmo, uma simples mesa que pode ser de madeira, aço, ferro, pedra, redonda, quadrada, alta ou baixa, com ou sem cadeiras, nada disto realmente importa! Ela apenas tem de reunir, à sua volta, homens querendo compartilhar seus pensamentos.

                Nem todas as coisas que a mesa gerou foram boas, guerras surgiram por causa deste objeto. Isso é por que a mesa tem uma incrível (mágica) capacidade amplificar tudo que colocamos sobre ela. O bom ficará ótimo e o ruim, nem é bom pensar. Ela transforma o que é fluido e disperso no ar em projetos organizados e físicos em seu tampão. A mesa unifica pensamentos e dá início ao processo de construção no mundo real.

                Nos dias de hoje, apenas alguns sabem o valor deste objeto e, estes, se aproveitam disso para manipular o presente e o futuro de todas as outras pessoas que continuam a pensar sozinhas sem compartilhar suas ideias e projetos sobre uma mesa.  Pode ser que você esteja agora, em uma mesa, mas, uma mente sozinha não permite à mesa mostrar todo poder que tem, ela precisa de mais cabeças e bocas exalando palavras para exibir seu potencial magnífico. Tente agrupar pessoas com ideias para serem encaixadas em torno dela, leve papel e lápis para que, sobre a mesa, se delineie traços de um projeto. Quem sabe o que deste encontro pode surgir? Quem sabe se, a partir disto,  nosso mundo possa ser alterado positivamente, mais uma vez.

                Toda magia tem um segredo e o da mesa é o conjunto movido pela intenção. Não basta sentar e papear signos linguísticos soltos no ar, isso podemos fazer de pé ou deitado ao luar. A mesa requer um ritual, um projeto para ordenar o ritmo do pensamento, uma pauta que diga qual a nossa intenção diante de seu poder. Seja lá o que for ela irá ajudar a tomar forma, ela se incumbe do papel aglutinador. Unificando o melhor ou o pior: eis o perigo da mesa. Por isso ela está quieta no meio da sala de jantar. Alguns ditadores temem a mesa e a evitam, procurando impor seus pensamentos individuais, amplificados pela própria garganta ou braços, outros a escondem em grandes palácios onde só os eleitos podem cruzar as pontes elevadiças. 

                Questiono esse poder, pois a mesa sozinha nada faz!

                Que se unam então as mentes querentes e participativas, que troquem seus projetos, que discutam suas carências e, após o ato e o sucesso alcançado, que voltem à mesma mesa, desta vez para comemorar!            

                Este conto eu ouvi em uma mesa de bar. Não era a melhor mesa possível para os homens de bem que nela proseavam sobre o futuro. Ela fez o seu papel unificando nossas ideias e, ao se revelar para nós, contaminou o ar com sua magia. Para seguir, temos agora a linha que surgiu em seu dorso naquele inesquecível dia. 

                Agradecimentos ao jovem Israel Costa (Vitória-ES) por criar a base fundamental desta bela parábola de improviso em nossa mesa.

João Oliveira
               

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

MOTIVAÇÃO



                O que motiva as pessoas?  Sabemos que algumas pessoas têm energia e vontade tão fortes que estão sempre buscando algo novo em suas vidas, ao contrário de outras que não se mobilizam tanto ou quase nada.  Pensando nisto, na década de 60 o psicólogo americano Abraham Maslow, apresentou sua proposta que os seres humanos são dirigidos por algumas necessidades em determinadas ocasiões específicas durante o percurso da vida. Argumentou também que elas são organizadas em uma hierarquia, partindo das mais urgentes às menos urgentes. Nascia assim a famosa pirâmide de Maslow que assinala, em cinco níveis, o que motiva as pessoas a agirem no mundo.

                Maslow afirma em sua teoria que a mobilização surge quando as necessidades não são atendidas. Então as pessoas agem na carência para suprir certas lacunas e sempre partem das necessidades básicas antes de se sentirem altamente motivadas a satisfazer outras.  Os cinco níveis, começando pela base da pirâmide e  indo para o topo, são:

1-      Necessidades Fisiológicas: Essas são as mais básicas e estão ligadas diretamente à sobrevivência do sujeito - fome, sede, sono, sexo - e constituem a base primária dos desejos. Somente a partir dessas estarem plenamente satisfeitas é que será possível, ao sujeito, perceber outros estímulos. Então, primeiro, se busca manter a sobrevivência.

2-      Necessidades de Segurança: Mais relacionadas à estrutura de segurança física como, por exemplo ter casa própria, mas também pode surgir como uma necessidade de segurança psíquica, onde o risco real não existe. As pessoas neste nível podem, por exemplo, economizar dinheiro numa poupança, ter planos de saúde, seguro de vida ou não sair de casa por medo de ser assaltado. Ela se movimenta para dar garantias à sua segurança.

3-      Necessidades Sociais:  Nesse plano surge a necessidade de sentimentos mais afetivos como pertencer à grupos, à família, ao clube, etc. Nos dias atuais (Maslow que me perdoe) essas necessidades podem estar sendo supridas de forma virtuais pelas atividades em redes sociais. Vemos aqui uma movimentação para ser aceito no grupo.


4-      Necessidades de Estima: Basicamente relacionado ao status social. Desejos de prestígio,  de reputação em seu ambiente, sucesso percebido e estima de seus pares. Essas pessoas podem buscar recursos para adquirir produtos como carros especiais, bebidas, jóias, pois, que estas coisas, estão relacionadas pela sociedade como benefícios de status. O sujeito neste degrau da pirâmide busca reconhecimento.

5-      Necessidade de Autorealização: Trata-se do nível mais elevado da pirâmide e também o que reúne o menor número de sujeitos, pois para se chegar neste patamar e necessário ter, todos os demais, satisfeitos. Aqui o indivíduo sente  necessidade de desenvolver suas potencialidades, procura o autoconhecimento e autodesenvolvimento ligados ao crescimento do homem como tal. Na pontinha final da pirâmide o homem se volta para dentro, ele quer ser completo consigo mesmo.  

                Esses cinco níveis são muito usados pela psicologia, por profissionais de recursos humanos e são amplamente divulgados como parâmetro de comportamento universal. Claro que não é uma fórmula química ou uma equação matemática, pessoas são universos restritos e podem ter variações desses níveis. Usamos como uma amostra geral.

                O que não se apresenta nessa teoria é porque algumas pessoas têm ausência de motivação mesmo sem terem solucionadas suas necessidades básicas. Não falamos de depressão doença que pode ser tratada com remédios e psicoterapia. Pensamos nas pessoas que colocam obstáculos imaginários à sua frente sempre que uma carência surge e, tornam impeditivos, qualquer movimento possível para sua elucidação.

                Provavelmente está leitura não toca nenhuma dessas pessoas pois elas dificilmente teriam interesse em ler tantas linhas, já estariam sonolentas logo nos dois primeiros parágrafos. Portanto, se realmente este não é  seu caso, olhe-se nos cinco níveis citados e descubra onde você está e o que falta para que possa escalar mais um. Caso já esteja no último, sinta-se privilegiado, principalmente se conseguiu isto tendo total condição de saúde para aproveitar o que a vida tem de melhor: a alegria de ser feliz olhando-se no espelho. São muitos poucos que conseguem tirar do vento motivos para prosseguir, a maioria, tenha certeza disto neste país em que vivemos, ainda está preocupada com o almoço e jantar.