No momento em que vivemos, existe uma necessidade urgente de aprimoramento das competências dos colaboradores para que, estes então, possam dar o melhor de si em suas funções laborais. Esse movimento pode ocorrer em dois sentidos: da empresa para o funcionário ou, do próprio indivíduo que busca uma melhor posição no mercado independente da função que ocupa atualmente.
Ocorre que muitas são as pessoas que não são capazes de vislumbrar seu real potencial e acabam por deixar de lado suas reais competências. Competência nada mais é que o resultado do conjunto de conhecimentos de uma pessoa mais suas habilidades pessoais e as próprias experiências de vida que podem qualificar uma pessoa para desempenhar um papel funcional, uma tarefa ou, como é dito normalmente: uma vocação natural.
Tornando o entendimento das competências mais didático, podemos dizer que ela pode ser dividida em três elementos principais: o conhecimento formal que pode ser adquirido normalmente com estudo e/ou treinamentos; saber-fazer que está ligado as habilidades pessoais de uma pessoa e os recursos disponíveis para sua atuação; e por último saber-ser que reflete as atitudes de uma pessoa diante das demandas apresentadas no dia a dia.
Quando não há um investimento por parte da instituição para que seus colaboradores possam melhorar ou até mesmo, descobrirem suas competências, é necessário que isso seja feito pelo próprio elemento que deseja alcançar um posicionamento melhor na empresa ou no mercado. Ocorre que as competências passaram a ser pré-requisitos exigidos por qualquer empresa atual no processo de recrutamento e seleção para suas vagas.
Diversos são os mecanismos existentes usados pelos selecionadores, que vão desde entrevistas até aplicação de dinâmicas e testes, afim de pontuarem as competências necessárias para determinado cargo. Não saber quais são as competências pessoais e/ou não aprimorar as que existem faz toda diferença na hora de se candidatar a um processo seletivo.
Conheça as dez principais competências que são mais requeridas nos processos seletivos para a maioria dos cargos. Dessa forma, você poderá analisar em quais possui um melhor desempenho e, quais são as que precisa melhorar. Vale a pena lembrar que, com um bom treinamento, tudo pode ser melhorado em um profissional. A ordem disposta não está ligada a importância de cada competência. Afinal, diferentes cargos vão exigir melhor desempenho em diferentes competências:
· Trabalho em equipe: provavelmente a mais requerida das competências. Trabalhar em grupo requer que o indivíduo possua uma boa inteligência emocional para poder lidar com os conflitos que sempre surgem nas equipes. São diferentes pessoas com diferentes personalidades e isso vai impactar no modo de cada um desempenhar seu papel produtivo. Administrar diferenças é o foco dessa competência.
· Ser Líder: O passo seguinte de saber trabalhar em equipe é se tornar um líder. Lembrando que existe uma diferença crucial entre ser o chefe e ser o líder. Para saber se você já é um bom líder, avalie seu papel nos cenários onde atua: família, amigos, colegas de trabalho. Como essas pessoas se relacionam com você e como você impactua essas pessoas com suas ideias e conceitos. Você é uma pessoa que exerce influência no ambiente onde está inserido?
· Autoconhecimento: Para que tudo isso funcione bem uma competência deve estar sempre sendo alvo de investimento: o autoconhecimento. Um profissional necessita conhecer seus pontos fortes e frágeis da mesma forma que deve descobrir o que realmente o motiva a crescer todos os dias.
· Visão de negócio: uma certa ambição sempre é importante e, para isso, é necessário que se tenha uma visão além de sua própria área de atuação. Conhecer bem todo o sistema que o rodeia na instituição (ou mercado) para perceber as oportunidades de crescimento. Ir além do que toca e vê diariamente, abrir horizontes.
· Atitude (o “A” do CHA): Todos os profissionais minimamente qualificados conhecem bem o significado do CHA (conhecimentos, habilidades, atitudes). Ter atitude diante do grupo de atuação com comprometimento e ética faz toda diferença na hora de ser lembrado pelas pessoas. Ser lembrado positivamente, como um elemento de atitude é um bom passo para o crescimento na instituição.
· Ser sociável: Não se trata de uma competência exclusiva do ambiente laboral. Hoje, ser sociável, é a mola mestra da cultura recheada de redes sociais. Nesse ponto, saber ouvir os outros é uma habilidade que deve ser alavancada. Afinal, lidamos com pessoas em múltiplos cenários o tempo todo, eles são: nossos companheiros de equipe, gestores, família e ambiente social.
· Foco na produtividade: De nada adianta ter inteligência emocional e se tornar um líder natural em sua equipe se não possui um foco voltado para a entrega de resultados. Qualquer instituição deseja que sua produtividade seja ampla e que o retorno financeiro ocorra para a manutenção de todos os processos envolvidos na produção. “Tempo é dinheiro” não é só um ditado popular, raras são as empresas que por algum motivo conseguem sobreviver no mercado com baixa produtividade.
· Capacidade de se adaptar a mudanças: A resiliência é uma competência altamente solicitada para suportar as pressões internas e externas no ambiente de trabalho. Darwin nunca disse que é a espécie mais forte que sobrevive. Ele sempre afirmou que é a que melhor se adapta ao ambiente. Dessa forma, a única certeza que temos é a mudança constante do mercado. Sem capacidade de adaptabilidade não haverá um futuro para ninguém.
· Capacidade de comunicação plena: Essa competência deve ser encarada como primordial em qualquer relação que se tenha da mesma forma que ser sociável. Em uma instituição uma falha no processo comunicacional pode gerar erros e prejuízos na produtividade, por isso, manter uma comunicação clarificada, sem dúvidas, é essencial no ambiente de trabalho.
· Capacidade de criar e manter agendas: Saber lidar com prazos, ser organizado e capaz de cumprir as metas estabelecidas no tempo certo é uma competência muito bem vista e, porque não dizer, essencial para as pessoas que desejam usufruir de um crescimento na instituição. Saber se programar e criar estratégias de resolução de demandas irá colocar qualquer pessoa na direção do sucesso na vida profissional.
Assim, observando as diversas competências podemos descobrir quais devemos trabalhar para melhorar e quais as que podemos usar em prol de conseguimos alcançar nossos objetivos. Sempre é possível aprimorar as habilidades que possuímos e aquelas que julgamos deficitárias podem ser alavancadas com treinamentos. O importante é ter consciência da real condição e usar isso como ponto de partida e nunca como uma condição finalizada.
Por Prof. João Oliveira
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