Em muitos lugares, é comum os passarinhos serem colocados em gaiolas para que seus “donos” possam ouvi-los cantar diariamente. Em uma fazenda do interior, um senhor decidiu fazer um grande viveiro e para dar cor ao mesmo, adquiriu passarinhos das mais variadas cores e cantos.
Não se pode negar que o viveiro era bonito, atraía muitos olhares curiosos e as crianças eram as mais entusiasmadas com seus voos, cores e cantos. Dava trabalho cuidar do viveiro e havia um funcionário apenas para isso, pois os passarinhos precisavam se alimentar e também faziam muita sujeira.
Um desses passarinhos chamava a atenção pela sua postura, sempre de peito empinado, cabeça erguida e gostava de ficar no poleiro mais alto. Às vezes ele abria as asas e voava, mas, na maioria das vezes, subia saltitando: ganhava impulso e pulava de poleiro em poleiro até chegar ao topo. Poucos conseguiam seu feito. Ele parecia até o “rei do viveiro”.
Uma criança gostava de observar seu modo de agir e ficava se indagando porque ele agia dessa forma. Até que certo dia observando os outros passarinhos, percebeu que aquele que ficava no poleiro mais baixo era o mais sujo, ele levava em suas asas e na cabeça a sujeira que todos os outros passarinhos faziam.
E não era só ele, havia muitos passarinhos sujos, mas, aqueles que estavam mais no alto eram os mais limpos. E o mais limpo de todos era ele, o “rei do viveiro”, que ficava sempre no poleiro mais alto. Ele estava sempre limpo, imponente.
Naquele momento, a pequena menina se deu conta de aquele passarinho era o que mais se esforçava, pois tinha que pular mais, voar mais e nunca se acomodava ou deixava a preguiça dominar. Ele simplesmente parecia saber que para se manter limpo das fezes dos outros passarinhos, tinha que se esforçar mais.
E a menina decidiu, então, que iria tomar o exemplo do “rei do viveiro” como modelo, pois percebeu que todo esforço é recompensado, que não vale à pena deixar a preguiça ou a acomodação dominar, que o passarinho mais sujo era aquele que menos se esforçava. O que ela queria para si mesma era o brilho de canto e de cores que o passarinho do topo exibia.
Moral da história: Desconfie do caminho mais fácil. Sem esforço e dedicação não há movimento nem crescimento.
Lembre-se: passarinho feliz é passarinho livre.
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