Sabemos
pouco sobre nós mesmos e como nos comportamos em sociedade. A cada dia que
passa, descobrimos um pouco mais a respeito desta ciência em evolução chamada:
Análise Comportamental. Não é um foco recente da psicologia, alias é exatamente
disto que trata “toda” a psicologia. Mas o direcionamento e a intenção do uso
deste conhecimento é que faz toda a diferença, pois, não está voltado, apenas,
para o ambiente psicoterápico. Um exemplo disto é o que nos revela o estudo
feito pelo falecido Dr. Lee Salk, psicólogo infantil americano, autor de oito
livros sobre o tema e falecido em maio de 1992.
Salk apresentou um estudo sobre o porque
das mulheres terem preferência por carregar o filho do lado esquerdo. Isso não
depende de serem destras ou canhotas, aliás, elas até dão explicações bem
convincentes quando questionadas. As destras dizem que é para ter o braço
direito livre para servir alimentação ao bebê e as canhotas, por sua vez,
argumentam que, segurar o bebê com o braço esquerdo dá mais segurança, pois
estão segurando com seu membro mais forte.
Na verdade isso é apenas uma construção
mental para justificar um ato programado pela genética (segundo Salk). O estudo
revelou que 83% das mulheres davam preferência a este modo de segurar o bebê. Até
mesmo meninas pequenas possuem essa tendência. O estudo conduzido por ele deu
bonecas para meninas segurarem, e mais uma vez o lado esquerdo ganhou disparado
do direito, Neste ponto surge o questionamento: por que isto ocorre?
Salk descobriu o óbvio: as crianças se
acalmam ouvindo a pulsação do coração da mãe. O batimento cardíaco que elas
estavam acostumadas a ouvir durante nove meses dentro do útero. De uma forma
inconsciente as mães, mulheres de uma forma em geral, sabem disso, e acomodam
seus filhos de modo que, com o ouvido do lado esquerdo do peito, possam ouvir
seus batimentos cardíacos. Deste lado o som é mais potente.
O que fazer com essa informação, como
ela pode ser útil?
Grave os batimentos cardíacos da mãe em
um momento de tranquilidade, faça um Cd e coloque no quarto do recém-nascido rodando,
baixinho, no modo de repetição durante toda a noite. Ele terá um sono tranquilo
e saudável. Este experimento só não funciona em um caso muito específico, quando
o bebê e a mãe são afastados prematuramente. No caso dele ser tirado da mãe por
mais de vinte quatro horas logo após o nascimento, por exemplo. Neste caso o
estresse causado pelo rompimento do elo pode gerar sintomas logo nos primeiros
momentos de vida.
Isso nos coloca em outra questão: por
que os berçários dos hospitais não utilizam esta informação? Vários experimentos
já foram feitos nos EUA, na época em que Salk fez seus estudos e o resultado
foi amplamente satisfatório.
Estamos falando de um homem que faleceu
em 1992, estes estudos foram publicados na década de 80 e parece uma grande
novidade!
Bem vindo ao mundo da Análise
Comportamental! Muito já foi estudado e
comprovado, mas parece recém saído de um laboratório e, o que já foi testado e
publicado, ainda carece de divulgação para ser colocado em prática.
Por: Prof. Msc. João Oliveira - Psicólogo -
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