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terça-feira, 28 de janeiro de 2014

RAZÃO




Por João Oliveira

               Sempre nos deparamos com situações onde temos absoluta certeza que estamos certos e a outra pessoa – mesmo errada – não abre mão do seu ponto de vista. Este é o exato momento em que se deve fazer uma pergunta a si mesmo: essa relação tem valor para mim?

               Algumas pessoas podem chegar a extremos para manter uma posição da qual não abrem mão. Podem alterar a voz ou, em situações fora da ordem emocional, serem violentas fisicamente. De uma forma ou de outra a sua relação com esta pessoa sofrerá uma modificação e, mesmo com desculpas posteriores, pode nunca mais voltar a ser igual, algo terá se perdido para sempre. 

               Por isso, é sempre bom avaliar até onde queremos ir, em um debate, onde a razão pode não ser a coisa mais importante em jogo. As relações humanas, tão difíceis de serem criadas nos tempos atuais, tem mais valor e – acredito – devem ser poupadas de opiniões individuais sem propósito maior.
               Verdade seja dita: as maiores brigas verbais são por assuntos débeis ou altamente subjetivos. Termos ligados à religião, futebol, política e (pasmem) meteorologia são os maiores pontos de atrito entre pessoas e, por consequência, geradores de embates. A filosofia também é uma grande produtora de matéria prima, da melhor qualidade, para discussões intermináveis.

               Como evitar situações de risco e ainda sair bem da história toda?

               Normal você procurar, junto com outra pessoa dirigindo, algum endereço. Se ela estiver dirigindo e, indo para um lugar errado, avise com educação, mas não teime nem se altere. Se perceber que ela não vai ceder apenas diga: “- Quando você estiver certo que está enganado estou pronto para auxiliar!” A junção das palavras certo e errado na mesma frase dá oportunidade à pessoa de tomar a decisão e alterar o rumo da prosa sem nenhuma vergonha de tê-lo feito afinal, ele tem “certeza” que está errado e, o aspecto positivo prevalece sobre o negativo.

               Assim, com pequenas estratégias verbais, você pode sair de um tema que gera atrito e solucionar a questão ou mesmo ir para outro tema mais ameno. Não vale à pena prejudicar um relacionamento de amizade por conta de ser a pessoa com “a razão”. Até porque ter opinião qualquer um pode ter, mas possuir estratégia de convencimento é para uns poucos habilitados.

               Sempre que temos treinamentos de persuasão, nos cursos de Análise Comportamental aprofundado, esta é uma das ementas mais concorridas. Acredito que alguns saiam decepcionados, pois, acreditam que vão aprender um jeito de convencer todo mundo do que quiserem. Isso e meia verdade, o que ocorre é que as técnicas fazem com que a outra pessoa é que deseje seguir uma linha de raciocínio – por você colocada –pensando que foi ideia dela e não sua! O truque é justamente você ser convencido, pelo outro, daquilo que você deseja.

               Hipnose Conversacional, gestos de apoiamento, jogo de olhar, tudo funcionando para que a razão esteja com o outro e o resultado positivo com você, mesmo que, para isto, você tenha de perder a discussão.

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