Endereços:

Instagram: @prospero.universo @dr.joao.oliveira.oficial Web: joaooliveira.com.br

quinta-feira, 6 de junho de 2013

SONHOS CRIATIVOS




Por Prof. Msc. João Oliveira

Os sonhos podem de fato nos ajudar em vários aspectos da vida. Pesquisas já comprovaram que dormir após estudar ajuda na retenção de conteúdo, o cérebro distribui melhor o material estudado para as áreas onde a memória de longa duração é mais eficiente. Sujeitos colocados em um labirinto se saíam melhor na tarefa depois de tentar por alguns minutos e dormir um pouco. Aqueles que sonharam com os corredores tiveram melhor resultado que os que não dormiram durante o experimento. Então os sonhos também nos ajudam a criar estratégias!

            Da mesma forma descobertas podem ser feitas através dos sonhos, vamos a alguns exemplos:

-  Paul McCartney  acordou numa manhã de 1965 com uma música na cabeça: Yesterday ! Ela veio tão completa em seu sonho que ele demorou em registrar como sua, pois acreditava ter ouvido em algum lugar antes e o sonho apenas havia recuperado a memória. Somente depois de mostrar para várias pessoas e comprovado que a melodia não existia é que teve coragem de gravar o que se tornou um dos maiores sucessos dos Beatles.

-  O romance Frankenstein, de Mary Shelley, foi inspirado em um sonho que a autora teve. Na verdade deve ter sido um pesadelo. Mas a estrutura do monstro e de seu criador o Dr. Frankenstein veio completa durante a noite e Mary pode, então, desenvolver a história, que se tornou universal, do monstro feito de pedaços de corpos, com uma alma pura.

- O inventor Elias Howe teve um sonho onde uma tribo de canibais usavam lanças com buraco nas pontas, isto foi o suficiente para ele desenvolver o sistema que permite o funcionamento das máquinas de costura. Na verdade ele foi dormir com este problema na mente, como solucionar o problema da linha no movimento de ir e vir da máquina que ele estava construindo. Levar a linha para ponta da agulha, e não no cabo como era até então, foi a solução apresentada pelo mundo onírico.

- Depois de um sonho com uma cobra comendo o próprio rabo, o cientista August Kekulé desenhou a estrutura química do benzeno (C6H6) o que, na época, seria impossível sem a tecnologia atual.

- Até mesmo a estrutura do DNA, descoberta pelos cientistas James Watson e Francis Crick em 1953, surgiu em um sonho com escadas em espiral.

- Em 1936 Otto Loewi ganhou o prêmio Nobel de medicina graças a um sonho que lhe inspirou a um experimento de como os impulsos nervosos trafegam pelo corpo. Na verdade foram dois sonhos. Ele tinha o costume de anotar os sonhos (excelente costume), mas na noite do sonho revelador ele escreveu tão rápido e, com sono, que no outro dia não conseguiu decifrar o que havia escrito e, portanto, não conseguiu lembrar dos detalhes. Na outra noite o sonho se repetiu e, desta vez, ao invés de anotar, Loewi foi direto para o laboratório tornar o conteúdo do seu sonho o experimento que fundamenta a teoria da transmissão química do impulso nervoso.
           
Estes são apenas alguns poucos exemplos. Em sala de aula, com nossos alunos de graduação em psicologia os resultados não foram diferentes, da mesma forma com os pacientes de psicoterapia: uma vez incorporada certas técnicas para o trabalho com os sonhos eles passam a ser ferramentas úteis no dia a dia.   

            Várias são as técnicas que podem nos auxiliar a direcionar os sonhos em prol dos diversos objetivos que pretendemos. Para memória, saúde ou mesmo apresentação de soluções para problemas cotidianos. Algumas são apresentadas em nosso livro “A Importância dos Sonhos” (Editora Wak 2013) e, já foram usadas em consultório e/ou ensinadas a pacientes com resultados satisfatórios. Na verdade quando se utiliza a psicoterapia agregada ao trabalho com sonhos o resultado é, por vezes, surpreendente.

            Porém, devemos começar trazendo os sonhos à memória. Observamos que uma grande parcela das pessoas reclama de não ter uma perfeita memória dos sonhos ou que, segundo elas, nem mesmo sonha. Na verdade é impossível não sonhar. O sonho pode ser deletado pelo sistema, como vimos antes, para poupar o sujeito de um problema adicional durante o dia. O conteúdo não lembrado pode trazer à tona emoções que criariam uma situação negativa e por isto, como o sistema é perfeito, ele é dissolvido como uma neblina ao amanhecer.

Para saber mais: “IMPORTÂNCIA DOS SONHOS, A - interpretação e práticas para a saúde plena.” Autores:  JOÃO OLIVEIRA e BEATRIZ ACAMPORA, Editora:  WAK EDITORA, ISBN:  978-85-7854-241-2 (http://tinyurl.com/cagkb64 )

terça-feira, 4 de junho de 2013

João Oliveira no Programa Sem Censura Tv Brasil 04/06/2013

Tema da entrevista: A Importância dos Sonhos e as posições de dormir - como podem revelar parte e nossas emoções



João Oliveira em Palestra na sede da Ipiranga Brasil 04/06/2013

Tema: Técnicas para manter o cérebro jovem ! Semana do SIPAT na Distribuidora de Produtos Petróleo Ipiranga S/A

sexta-feira, 31 de maio de 2013

RENÚNCIA




 Por Prof. Msc. João Oliveira

               

     Oferecer uma renúncia como prova de sacrifico em alguma negociação é algo relativamente comum em nosso ambiente social. Algumas pessoas fazem isto como forma de promessa para alguma deidade de seu íntimo relacionamento ou, um acordo entre amigos, parentes, sendo realmente mais comum, acredito, no aspecto religioso: – “Deus me dê isso que em troca eu deixo de fazer aquilo.”

     Posso estar enganado, mas é possível que existam duas coisas erradas nesta maneira de lidar com a renúncia: 1) Quando feita em forma de promessa, podemos estar colocando Deus em negociatas fora do interesse Dele e o colocando a nosso serviço. 2) Renúncia que gera sofrimento não deve funcionar bem, afinal, se gera angústia é porque existe desejo, então, não houve real desprendimento.

     Antes de tudo, devemos ressaltar se a renúncia ocorre como forma de devoção – um jejum, por exemplo, em datas específicas – fica fora deste contexto por ser ato de fé. O questionamento que trago é sobre a utilização deste mecanismo para pequenos negócios com o senhor do universo. Há alguns anos tive contato com uma pessoa que prometeu ficar um mês sem comer manteiga no pão se tirasse boas notas em uma determinada prova. Desculpe, mas isso me parece muito pouco para um esforço divino. E qual a vantagem – ou dor – envolvido em ficar um mês sem manteiga?

     Podemos até entender quando o esforço para a devolução de uma dádiva recebida se dá em direção ao próprio mundo. Pessoas que investem tempo em trabalho voluntário, criam fundações, fazem campanhas de alimentação para os pobres e tantas outras formar de colocar de volta no mundo aquilo que Dele recebeu. Isso me parece mais justo!

     O outro ponto é quando a tal renúncia não funciona no aspecto psíquico. A pessoa mantém seu voto, mas, por dentro, ocorre uma terrível luta por controle do desejo que não cessa de forma alguma. Lógico que isso não traz nenhum benefício, muito pelo contrário, irá criar danos que podem, até, chegar a doenças psicossomáticas. A pressão interna deve sair de alguma forma e, quando isto não é ressignificado, acaba por gerar sintomas físicos.

     Para a renúncia funcionar ela deve ser entendida como uma vitória cotidiana, dar alegria ao renunciado. Que ele possa vivenciar sua opção com orgulho e satisfação pela escolha dando, a si mesmo, prova de força e valor.

     Dois monges, renunciados ao sexo, estavam subindo uma montanha em direção ao mosteiro quando, um deles, percebe uma mulher em desespero em um rio se afogando. Ele se jogou na agua e retirou a mulher já desmaiada e com as vestes rasgadas pela luta contra a correnteza. Fez respiração boca-a-boca e conseguiu ressuscitar aquele pobre criatura em sofrimento.

     O outro que a tudo assistia ficou boquiaberto: - “Como você fez isso? Tocar em uma mulher seminua! Você colocou sua boca na dela! Você quebrou nossos votos!” – Falava a todo instante – “Quando chegar ao mosteiro eu contarei o fato para nosso líder. Você cometeu um ato abominável!”

     Aquele tom prosseguiu por toda a subida da montanha até quando chegaram às portas do mosteiro o monge nervoso falou mais uma vez: “-Um absurdo o que você fez: tocou as partes íntimas daquela mulher quebrando nosso voto de fé e sacrifício. Vou contar para nosso líder agora!”

     O outro, que havia salvado a mulher completou: - “Diga também por quanto tempo a mulher ficou em meus braços e há quanto tempo ela está dentro da sua cabeça.”

     Assim creio fica mais claro que ser renunciado, de fato, não é algo que se deixa de fazer com sacrifício. Trata-se de uma incorporação, uma maneira de viver sem sofrimento algum pela escolha e livre de qualquer ansiedade em relação ao tema.

     Um velho ermitão vivia isolado em sua caverna, bom homem, ele praticava curas e era muito sábio. Pessoas vinham de longe para estar com ele em busca de solução para os problemas da vida. Quando perguntavam o segredo de tal poder e sabedoria ele dizia simplesmente que a renúncia de tudo da vida material o havia dotado de tais capacidades. Na verdade, ele só tinha dois pertences: duas tanguinhas. Isso mesmo, ele só se vestia cobrindo parte do corpo, com uma pequena tanguinha, que revezava todos os dias.

     Um dia um visitante lhe disse que conhecia outro ser com tal poder, mas, que, ao contrário dele, se tratava de um rei muito rico que vivia lá embaixo da colina. Sem poder acreditar em tal coisa – alguém sem renúncia e poderoso? – ele desceu, levando sua tanguinha reserva e foi estar com tal personagem.

     Lá chegando enfrentou grande fila para falar com o rei, pessoas de todo o mundo vinham falar com ele em busca de cura ou conselhos, ele era realmente um ser poderoso e sábio. Questionou de pronto como seria possível ele ser rico e, ao mesmo tempo cheio de capacidades? O rei disse que não sabia como explicar e pediu que o sábio renunciado ficasse em seu castelo e observasse o dia a dia, quem sabe poderia encontrar uma resposta para tal mistério.

     Indignado por ver que seu sacrifício poderia ter sido totalmente evitado ele segue o rei em uma caçada durante o outono. Quando já distante uns bons 10 quilômetros, eles olham para trás e veem, com espanto, o castelo em chamas.

- “Meu Grande Senhor Do Universo! Seu castelo esta em chamas! Vamos voltar correndo!” – disse o mais pobre.

- “De nada adianta – falou o rei – as chamas já estão altas e o povo – veja a correria nos campos – já está fora de perigo. Nada resta a fazer... vai queimar tudo mesmo.” Completou.

- “Não! – gritou o sábio renunciado – Vamos voltar rápido! Ainda dá tempo! Vamos!”

- “Relaxe – disse o rei – Faremos outro castelo, não se preocupe, por que está tão nervoso assim? Estamos bem, a vida é o mais importante.”

- “Você não está entendendo? – gritou o sábio renunciado – Minha outra tanguinha ainda está lá dentro! Vamos rápido, temos de salvar minha tanguinha!”


              



quinta-feira, 23 de maio de 2013

A MOSCA QUE TOCAVA PIANO



Por Prof. Msc. João Oliveira

                A maior parte do tempo ela ficava pousada na cadeira onde o dono da casa sentava para tocar o piano. Os milhares de olhinhos brilhavam tentando entender aqueles símbolos estranhos que guiavam as mãos de forma melódica sobre as teclas: sonho impossível. Por mais que se jogasse, com toda força, sobre uma tecla jamais saiu som algum e, mesmo se conseguisse, como poderia executar tantas notas de forma simultânea já que, seu tamanho diminuto, impedia o trânsito por sobre a estrada de pedras brancas e pretas. Ficava sonhando apenas (já que nada custa) em ser a única mosca compositora da família.


                A música estava ali: dentro de sua cabeça! Melodias incríveis e bem melhores que as executadas pelo homem que, todas as tardes, passava horas enchendo o ambiente de magia e tranquilidade. Isso já se tornava um problema para todas as outras moscas que viviam na casa, nenhuma delas suportava este papo de mosca compositora.


                - “Onde já se viu?” – disse uma já bem velhinha – “- Daqui a pouco vai querer comer de garfo e colher!”


                - “Minha filha” – dizia a mãe – “Nós somos moscas, jamais seremos outra coisa. Esqueça isto e seja feliz!”


                Nada poderia mudar a ideia fixa que tinha dentro de sua alma. Essas músicas tinham que ganhar mundo, deixar de existir apenas na imaginação e se tornar algo físico, que invadisse mentes e corações. Melodias para transformar o clima, não só dos homens (que se acham eleitos para tal), mas dos animais também e, até mesmo os pequenos insetos – como ela – que podiam ouvir e sentir as boas vibrações que emanavam daquele velho piano.


                Um dia ela ouviu um zumbido melódico vindo dos fundos da casa, era uma fêmea humana que, com a boca fechada, entoava uma canção. Como ela fazia isso? A mosca parada sobre o varal de roupas observava atentamente a estranha técnica de produzir sons. Não havia nenhum instrumento e ela não usava a voz, apenas vibrava o ar internamente e conseguia fazer surgir tons musicais, aparentemente, pelo pescoço e nariz. 


                Deste instante em diante um universo se abriu: a música não estava confinada às teclas do piano! E um plano começou a ser elaborado pela compositora sem braços, finalmente havia um jeito de tornar real o que só existe no imaginário.


                Durante a noite, a pequena mosca pousou ao lado do ouvido esquerdo do homem que tocava piano e, no travesseiro, começou a bater suas asas de forma rápida e organizada sem sair do lugar. Ela estava, naquele momento, influenciando os sonhos do homem que tocava piano. A madrugada passou rápido, ela insistiu naquele som que saia de suas asas, o zumbido baixo parecia um violino, ao longe, executando uma bela melodia no cenário do mundo de Morpheus.


                Pela manhã, ao despertar, o homem correu ao piano antes mesmo de tomar o café. Uma música estava em sua mente, uma inspiração onírica que trouxe uma melodia jamais tocada. Ele executou de uma só vez a mesma música que havia sido produzida pelas asas da pequena mosca. Do alto do armário, sem créditos, mas realizada em sua missão, uma mosca estava ao piano.


                Muitas vezes, nosso trabalho e devoção podem servir como fonte inspiradora para outros seres transformarem o imaterial em produção física. A realização pessoal está além dos créditos e, podemos ver isto em várias profissões em nossa sociedade. Com certeza os professores e mestres podem ser sentir realizados vendo os feitos de seus antigos alunos. Como mercadores de informações também podemos, como pais e mães, nos realizarmos através de nossos filhos.


                Não se sinta impossibilitado de colocar à frente suas inspirações e, da mesma forma, jamais se julgue menor por outro levar adiante aquilo que seus braços não foram capazes de levantar. Para aquele que acredita no futuro basta provocar o novo pensar em outras pessoas e, isto pode ser alcançado de várias formas. 


Ter a possibilidade de contribuir para o crescimento de alguém já é uma fantástica forma de marcar pontos nesta existência.


LIVROS E CURSOS

Para comprar os livros 
Clique no ícone, você será direcionado a Editora WAK


Cursos e Treinamentos - clique no texto para mais informações

Presenciais:


Com Prof. Msc.  João Oliveira em Copacabana - Rio de Janeiro
Curso voltado para qualquer pessoa maior de 16 anos. 


Cursos para psicólogos ou estudantes de psicologia 
Testes Psicológicos com Profa. Msc. Beatriz Acampora

Psicodiagnóstico Infantil com Profa. Msc. Beatriz Acampora


EAD, cursos que podem ser feitos totalmente pela internet.
Sistema Prepara On Line


 
Ativando o Cérebro Para Provas e Concursos

 
Treinamento em Análise Comportamental


Palestra na Semana Cultural Científica - IBMR Campus Barra da Tijuca 22/05/2013

Muitos alunos do curso de psicologia

O tema foi Análise Comportamental

Após a palestra tivemos um momento para conversar com os alunos

Palestra no Baby Beef da Barra da Tijuca 20/05/2013

Na segunda dia 20/05 junto com o Cadu Freitas estivemos no Baby Beef da Barra falando sobre o novo livro: "A Importância da Interpretação dos Sonhos"

Jornal Folha Dirigida 23/05/2013