Matéria Origina em O Globo
BRASÍLIA - Durante a ditadura militar, o serviço de inteligência da Aeronáutica concentrou esforços na luta anticomunista, mas os interesses dos espiões não se limitavam a assuntos terrenos. Nos arquivos secretos da Força Aérea Nacional (FAB) constam mais de 700 documentos, com cerca de 2.500 páginas, sobre supostos contatos visuais com objetos voadores não identificados (Ovnis). Os documentos, que vinham sendo produzidos e mantidos em segredo desde a década de 50, estão liberados ao acesso público no Arquivo Nacional, em Brasília.
Alguns papéis foram liberados semana passada , quando o Arquivo Nacional abriu à consulta pública um lote de 50 mil documentos. Há registros de lavradores, advogados, estudantes, caminhoneiros, pilotos e militares que dizem ter vistos Ovnis.
Um dos relatos mais antigos é o de um piloto de um avião da Varig. O comandante Nagib descreve detalhes de um objeto resplandecente que diz ter visto no fim da tarde de 6 de agosto de 1954, no Paraná. "Na altura de Guaratuba avistei novamente forte luminosidade ainda à esquerda da aeronave, desaparecendo novamente. Após o través de Paranaguá, que se deu às 18h55 (local), avistei novamente a mesma luminosidade (aparentemente amarela) ainda à esquerda da aeronave", escreveu Nagib, que disse ter ficado impressionado com o fenômeno e resolveu pousar em São Paulo.
Em outro relatório, Maria Alice da Silva, Dineia Duarte Fayad e Clarice da Silva e Ruth Morais Santanna, alunas da Fundação Educacional de Bauru, disseram ter visto um Ovni na noite de 21 de agosto de 1970, ao deixar Bauru, num fusca, rumo a Agudo. No documento, os investigadores desenharam as formas do objeto, conforme as explicações das estudantes.
- Para os ufólogos, a liberação desses documentos é uma prova de que a Aeronáutica andou, de fato, investigando Ovnis - disse Pablo Franco, pesquisador do Arquivo Nacional.
Entre os documentos não constam as investigação sobre o ET de Varginha. Segundo Franco, essa apuração coube ao Exército, que não repassou os papéis ao Arquivo Nacional.
RIO - Foi liberada, a partir desta quarta-feira, a divulgação de uma listagem de 35 mil documentos de inteligência entregues por ordem do comandante da Aeronáutica, Juniti Saito, ao Arquivo Nacional em 2010. De acordo com reportagem do jornal "Folha de São Paulo", o material revela que as Forças Armadas monitoraram políticos, partidos e organizações de esquerda após o fim da ditadura militar. Durante os governos José Sarney (1985-1990), Fernando Collor (1990-1992) e Itamar Franco (1992-1994), cerca de 1.324 documentos foram produzidos pelo Centro de Informações e Segurança da Aeronáutica (Cisa).
Só no ano passado, um total de 50 mil documentos foram entregues pela Aeronáutica ao Arquivo. Até hoje, a instituição foi a única das Forças Armadas a liberar documentos de inteligência. Ainda restam 15 mil papéis que não poderão ser disponibilizados pois, segundo a instituição responsável pelo acervo, podem ser invasivos à vida privada, honra e imagem dos investigados.
Pela lista divulgada, a Aeronáutica investigava, entre outras coisas, as relações de ONGs com o governo de Cuba. As eleições do sindicato de metalúrgicos de Osasco, em São Paulo, também foram objeto de análise do Cisa, além das esquerdas de Chile e Bolívia.
No governo Sarney, trabalhadores do MST foram investigados, bem como a Comissão da Pastoral da Terra.
O acesso aos documentos será feito através de um requerimento e de um termo de responsabilidade pelo uso e divulgação das informações, disponíveis no site Memórias Reveladas , do Ministério da Justiça.
Um comentário:
Rapaz, e vc acham q os caças estao dando rasante na barra só para tirar onda??? srsrsrsrrsrs (o q sao dois pontinhos no céu subindo e descendo de um lado e para o outro??), se alquem dissesse eu nao acreditava. em campos tem de tudo. uahuahuahuahauh
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