Um belo texto do jornalista Ricardo André, para a matéria original, siga o link do título.
Teoria e Prática
O ex-governador Garotinho adora defender a ética na imprensa, mas só quando ele se acha vítima. Há poucos anos fez greve de fome para que as Organizações Globo lhe dessem espaço para se defender de uma série de matérias apontando irregularidades nos contratos do governo dele com diversas ONGs.
Ontem teve a oportunidade de mostrar que, na condição de radialista, pode agir de forma diametralmente oposta à que externamente defende.
Durante seu programa, na Rádio Manchete e reproduzido pela Diário FM, Garotinho comentava notícias que circulavam na blogosfera campista sobre um boato (não confirmado) da suposta prisão do vereador Marcos Bacellar (PTdoB) na operação "Alta Tensão". Minutos depois, Garotinho chamou um ouvinte, de Campos, que estava ao telefone e, para surpresa de todos o ouvinte se identificou:
— Garotinho, é Marcos Bacellar, Garo...
— Corta, tira do ar... agiu rápido o apresentador.
Logo depois o próprio Garotinho explicou que não permite que um ouvinte se apresente com um nome e na hora de falar é outra pessoa. E falou especificamente sobre a entrada de Bacellar no ar e voltou a dizer que o vereador estaria envolvido com um esquema de corrupção em Campos.
Ora, se o radialista Garotinho estava tão preocupado em saber se Bacellar estava ou não preso, por que não deixou que o mesmo se explicasse?
Independente de ter ou não culpa do cartório, Bacellar, Garotinho e qualquer outro cidadão tem direito de se defender quando citado em qualquer órgão de comunicação.
Garotinho, que quando vítima faz greve de fome, como algoz manda a ética às favas.
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