A Raiva: a melhor emoção.
Muito
tem se dito sobre as emoções ao longo das eras e, com certeza, algumas tem sido
nominadas como melhores outras como piores. Na verdade todas são úteis e por
isso foram mantidas pelo processo evolucionário. Lógico que algumas perderam
sua função original e se adaptaram a nova realidade da civilização moderna.
A
estrutura do homem, basicamente, está preparada para caçar – para sobreviver –
e fazer sexo – para manter a espécie – o resto foi se acumulando ao longo dos
milhares dos anos e é o que somos criaturas com respostas emocionais onde, às
vezes, elas não seriam necessárias ou em dimensões desproporcionais. Caso você
duvide disto, pergunte a quem tem síndrome do pânico ou algum tido de fobia.
Sempre buscamos diferenciar as emoções, uma
das outras, e tentamos associar as
sensações orgânicas de acordo com a situação onde estamos envolvidos. Além das
diversas interpretações que cada um de
nós pode dar as diferentes situações, ainda existe a intensidade da emoção, as
vezes forte demais outras nem são percebidas adequadamente.
Os
mitos surgem e, uma frase que sempre ouvimos é: “- Só o amor constrói!”
Na
realidade outra emoção pode nos levar a construir bem mais rapidamente,
trabalhamos aqui as seis consideradas bases universais. Não estamos falando de
expressões faciais, percebidas externamente pelo outro, estamos focados nas
sensações percebidas e identificadas pelo próprio sujeito que as manifesta.
Alegria: pode vir
de um estado de satisfação, evoluir para o riso e, se for muito intenso pode se
transformar em euforia. Neste estado o sujeito para sua movimentação, deixa de agir, para
aproveitar o momento. Na alegria se estabiliza.
Tristeza: Pode vir de um desânimo , estado melancólico, letárgico e, se você não
fizer algo para mudar isso, pode se transformar numa aflição e mais tarde
evoluir para uma profunda depressão. Neste estado emocional existe um
rebaixamento, o sujeito vai cessando sua movimentação.
Espanto: Um foco de atenção, uma súbita admiração
e, se muito intenso, pode virar um estado de choque. Isto paralisa o sujeito
até que ele possa obter maiores informações do ambiente e migrar para uma nova ação
que pode ser a fuga ou ataque.
Medo: O medo e
pode passar de uma emoção que evita o perigo para o horror, o pavor total paralisante.
Caso o nível de informação sobre o perigo o mude pode evoluir para a raiva e,
desta junção, surge uma reação a brutal do animal acuado.
Nojo: Pode ser
alavancado pela aversão, se transformar em nojo e pode surgir, com a ampliação
do estímulo ou interpretação mais forte, a repugnância. Neste estado o sujeito recua,
tende a se afastar do objeto retirando os sentidos do ambiente.
Raiva: Pode se
iniciar num estado normal onde existe certa indignação por algo, aumenta para a
raiva propriamente dita e, se continuar evoluindo pode chegar à fúria. A raiva sempre
desloca recursos para a movimentação do sujeito. Se for direcionada
corretamente serve como estímulo, combustível, para se efetuar mudanças no
entorno. A raiva dá energia para realizar algo.
Então podemos simplificar as emoções quanto as ações:
Paralisantes –
medo, tristeza, espanto e nojo.
Recuo – tristeza,
nojo e medo.
Conjugação perigosa
– medo e raiva
Motivadora –
raiva
A raiva
só não serve como alavanca quando é internalizada. Algumas pessoas, por motivos
diversos, direcionam a raiva para si mesmo e a somatização é inevitável.
Doenças diversas podem se manifestar no sujeito algumas chegando a incapacitar
o sujeito de qualquer ação.
Claro
que é difícil identificar corretamente a emoção na qual estamos imersos, quando
ela se instala e se transforma em sentimento transformando por completo o nosso
estado de espírito, o melhor é buscar ajuda antes que o corpo pague por algo
que é, em verdade absoluta, pura interpretação.
Mude a
interpretação dos fatos e você mudará a realidade emocional em seu corpo.
Prof. Msc. João Oliveira
Psicólogo CRP 05/32031
Diretor de Cursos do ISEC
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