Por Prof. Dr. João Oliveira
Qualquer indivíduo que atua profissionalmente em algum setor deseja, ao menos, se manter em sua posição. Já outros pensam em progredir, crescer dentro de sua área de conhecimento e, quem sabe, alcançar outras possibilidades de aplicação de suas habilidades: desenvolvimento profissional.
Já sabemos que para uma caminhada segura dentro de qualquer organização, e mesmo fora, é necessário um mínimo de organização e competência. Isso é o básico. Qualquer pessoa que preencher esses requisitos poderá desfrutar de uma vida produtiva e tendo os seus méritos por isso durante toda sua carreira.
Os que desejam mais devem ter em mente que uma progressão funcional só ocorre quando a organização, ou seu público alvo, percebe que existe uma diferença entre você e os demais que compõem seu grupo de trabalho ou concorrência.
O que faz essa diferença? Como ela pode ser percebida?
As estantes de autoajuda nas livrarias estão cheias de títulos que prometem o gigantismo de qualquer um em apenas algumas poucas lições. É fato que um protocolo bem estabelecido é muito bem-vindo e que também é possível moldar um comportamento para colher resultados.
No entanto, a prática pode ser difícil e regras conhecidas, mas não aplicadas no dia a dia não resolvem muita coisa. Mudar pode até ser fácil, por um dia, manter as melhorias no cotidiano, de forma inconsciente e natural, é o grande segredo.
Óbvio que isso tem tudo a ver com a personalidade de cada um. Algumas pessoas são naturalmente líderes e terão um caminhar mais suave no ambiente produtivo do que outras.
Então, antes de mais nada, é necessário saber o nível de comprometimento que uma pessoa pode dispor para um investimento em seu próprio desenvolvimento pessoal. Qual a capacidade de imprimir esforço e energia em prol de uma real mudança no escopo comportamental e emocional?
Nesse momento devemos separar dois conceitos que fazem toda diferença nos resultados: força e poder.
No começo de qualquer tipo mudança é necessário impor uma certa quantidade de força. Ocorre que nossa mente adora uma novidade, mas detesta uma mudança. O conformismo instalado após anos pensando: - “Somos assim!” quer persistir e dificultar a aceitação da afirmação mais verdadeira: - “Estamos assim!”.
Dessa forma, a imposição da força para estabelecimento de novas rotinas é fundamental para que em algum tempo ocorra a transformação que irá gerar o objeto desse esforço: o poder.
Quando se normatiza um modelo de ser, o entorno reage. A reação do mercado, dos colegas de trabalho, dos gestores, dos concorrentes, dos familiares e amigos será na igual medida da força empreendida para a real mudança. Será que vale o sacrifício?
De fato, qual o modelo que pretende alcançar? É necessário levar em conta o tempo necessário para o preparo das habilidades imprescindíveis. Alguns modelos podem levar anos para serem plenamente alcançados e as limitações de cada um devem ser levadas em conta.
Por isso, metas alcançáveis devem ser programadas até o objetivo final. Caso isso não seja mensurado a probabilidade de desistência do processo é muito alta. O que pode dar alívio aos que pretendem se aventurar com magnitude em uma real alteração de padrão é que, uma vez estabelecido, o modelo permanece.
Dificilmente um indivíduo que alcança patamares diferenciados, galgando degrau por degrau, retorna em queda livre. O crescimento sólido e custoso é sempre bem alicerçado. Já os que recebem, sem esforço, posições diferenciadas – por sorte ou azar – podem encontrar muita dificuldade de se manter no topo e, muitas vezes, a decadência ocorre com brevidade.
Não há modelo perfeito e nem existe padrão que não possa ser alcançado. Tudo vai depender da capacidade de comprometimento de cada um e a real vontade de mudar. O dia de amanhã terá a mesma quantidade de horas que todos os dias passados em nossas vidas. A diferença virá de acordo com a utilização desta plataforma de trabalho chamada tempo.
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