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segunda-feira, 8 de junho de 2015

OS DIAS DA SEMANA

           
Por João Oliveira – Psicólogo CRP 05/32031


Todos os dias nos levantamos com o propósito de ser ou fazer algo diferente, algo que seja perene e nos faça sentir útil, para tornar esse dia uma referência em nossas vidas. Se você não pensa assim deveria reestruturar sua forma de perceber o mundo pois, afinal, nosso período aqui é extremamente ínfimo e, cada dia que passa, é menos uma oportunidade de realizações.

Ocorre que nem sempre foi assim. Houve uma época em que os dias da semana não eram contabilizados e o homem não possuía uma expectativa de longevidade. Uma sucessão de claro e escuro, frio ou calor, sem a possibilidade de se fazer uma prospecção temporal. Essa, portanto, era a única realidade conhecida.

Porém, uma bela manhã, alguém se deu conta da presença de alguns padrões repetitivos como, por exemplo, as fases lunares. O seu formato parecia seguir uma ordem que se renovava em ciclos perfeitos. Além disso, as sombras das árvores e das montanhas nem sempre se moviam no solo na mesma direção, mas, de tempos em tempos (olha aí o padrão de novo) o movimento era exatamente igual.

Com certeza os indivíduos da comunidade onde esse grande observador vivia o chamaram de louco. Quem é que vai deixar de ir caçar para ficar observando coisas inúteis como sombras e o desenho da lua.

Justamente com a observação dos movimentos lunares nascia a primeira forma de contar, surge aí os primeiros passos da matemática, pois esse rudimentar astrônomo teve de juntar pequenas pedras para determinar a frequência das fases da Lua. Começou a traçar uma relação entre o número de fases e a presença do frio, da migração das aves, o aumento das chuvas e o brotar dos frutos nas árvores.

Agora existia uma linha reta que podia ser seguida. De posse dessas informações, o homem caçador/coletor era capaz de fazer suas previsões e estocar alimentos para o inverno, se deslocar para áreas com mais alimentos em determinadas épocas e, de acordo com a fase da Lua, prever uma boa ou má pescaria. A rotina mudou: a partir deste momento histórico o calendário estava estabelecido para sempre na vida da espécie humana.

Ainda existem padrões ocorrendo à nossa volta sem que estejamos cientes deles. Um amigo descobriu uma estranha relação entre a temperatura em que o dia amanhece em determinadas cidades do mundo e o volume de movimentação financeira no mercado de capitais. Não foi uma tarefa fácil. Segundo ele, foram anos de observações e muitas fórmulas matemáticas. Acredito que isso seja possível de existir de fato, afinal, ele é um expoente nesse tipo de atividade.

Quantos outros movimentos sincronizados estão acontecendo agora à sua volta sem que você esteja ciente deles?

As emoções das pessoas refletindo nas mais diversas formas de agir, como desejos de consumo. Será que isso pode ser um desses padrões previsíveis? A capacidade de antecipar necessidades não é algo que acontece por acaso é fruto, bem sabemos, de um profundo trabalho de análise comportamental.

Amanhã será um novo dia, diz o calendário que está colado com um imã na geladeira, pode ser algo totalmente novo ou apenas mais um vigoroso “X” feito com a caneta que elimina o tempo passado graficamente. Somente uma pessoa no mundo pode transformar isso, fazer com que seu dia seja memorável: você mesmo!



Olhe para onde ninguém está olhando, preste atenção nos detalhes que se movem rápidos ou devagar. Coisas novas surgem todos os dias de mentes observadoras. Não se importe com o que as pessoas pensam sobre o que você acredita, afinal, nem todos são capazes de ver além do claro e escuro que se sucedem diariamente.

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