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quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Ressignificando Sempre



            A maneira mais saudável de se alterar o conteúdo de um trauma é a ressignificação. Este processo pode ser feito de muitas formas, mas o ideal é que seja elaborado pela própria pessoa e, para isso, é necessário a capacidade de aceitar, mudar o ponto de vista e, se possível, dar oportunidade ao contraditório. As pessoas que estão sempre cheias de razão e acreditam que estão sempre certas em seus pensamentos podem ter mais dificuldades e, em função disso, o sofrimento se prolonga.
            Sendo um termo largamente utilizado pela neurolinguística atual, a ressignificação de valores consiste em reescrever uma experiência, dando um novo entendimento, um significado emocional diferente, ou seja, alterar a forma da percepção conceitual interna. O fato em si, causador do dano, não muda. Nós é que alteramos nosso entendimento a respeito dele. Deixando bem claro que esse processo somente ocorre quando a pessoa deseja a mudança, por acreditar que seu modo de lidar com o trauma está lhe causando algum impedimento na vida. Se você acha que está tudo correto em sua estrutura emocional e, que não precisa mudar sua opinião sobre os fatos de sua vida, continue lendo mesmo assim, talvez você possa incentivar alguém a mudar!
            Importante também é ressaltar que as interpretações são baseadas em nossos conceitos conotativos e, como tal, sempre possíveis de serem reinterpretados, bastando para isso alterar, de forma consciente, o ponto de vista emocional do sujeito/paciente. No caso do profissional psicoterapeuta atuando, é papel dele oferecer oportunidades sem jamais fechar questão em algum ponto, isso fica por conta do sujeito/paciente que sempre saberá qual o melhor caminho. Em caso individual de verificação própria da trajetória de vida, temos de dar ao próprio sujeito através de sua vivência a possibilidade de se reinterpretar, refazer sua própria historia em ângulos variados, buscando entender o comportamento adotado em certos episódios e os resultados obtidos. Reavaliar a vida, buscando um roteiro atualizado que possibilite uma menor dissonância e, com isso, o caminhar para o equilíbrio interno.
            Essa tecnologia verbal na qual o Dr. Milton Erickson, o criador da Sociedade de Hipnose Clínica dos EUA e mentor da notória Hipnose Ericksoniana, era um grande mestre, é a arte de jogar as com palavras, com a semântica, usando um raciocínio rápido e de boa flexibilidade mental. Esse procedimento, que pode ser utilizado em literalmente qualquer circunstância sem os formalismos do ambiente terapêutico, pode expandir o mapa de acesso ao real de muitas pessoas direta ou indiretamente. A ressignificação é, por assim dizer, a maneira mais fácil de se ampliar o mapa de reconhecimento do mundo vivido. Pode-se mudar o enquadramento de uma situação ou, mudar seu significado. Seriam as alterações por contexto ou conteúdo. Explicando melhor:


A)    Ressignificação de Contexto: Neste perfil de ressignificação um comportamento que o sujeito acredite ser limitante, que impede o sujeito de ir além ou lhe causa sofrimento e angústia pode ser colocado num contexto mais apropriado. Na verdade todo sintoma tem um por quê. Buscamos, através de um trabalho de elaboração da psique, adequar nosso comportamento a contextos que consideramos apropriados e isso é muito subjetivo e particular. Basta, para isso, lhe dar uma oportunidade de se reenquadrar. Uma determinada pessoa, por exemplo, desenvolveu uma fobia social e não lhe é possível estar em lugares cheio de pessoas falantes, pois tem medo e, pode se achar inferiorizada por causa disso. Podemos trabalhar com ela afirmando que o medo é algo da evolução humana e existe para nos proteger dos perigos, hoje o homem evoluiu socialmente e, no entanto, seus padrões de ativação emocional continuam, ainda, iguais aos dos tempos das cavernas onde uma reunião de pessoas, desconhecidas, poderia significar algo ameaçador. Desta forma o sujeito em questão pode ter argumento para reavaliar sua fobia e ter um novo contexto da situação.

B)    Ressignificação de Conteúdo: Outra forma de lidar com conteúdos limitantes é mudar o próprio significado da afirmação original tratando de colocá-la menos ofensiva e mais positiva para quem afirmou. Muitas vezes a ressignificação de conteúdo e contexto podem ocorrer ao mesmo tempo. Quando a mudança se restringe ao entendimento lógico, semântico,  e não ao contexto de aplicação do comportamento, ato em si, então podemos afirmar tratar-se de uma ressignificação de conteúdo. Um exemplo é o pensamento: “Deus ajuda a quem cedo madruga!”. Acordar cedo todos os dias pode ser cansativo, mas amenizamos esse fardo ao pensar que alguma força superior pode estar olhando esse sacrifício e nos recompensará por isto. Esta tecnologia de abordagem verbal pode ser poderosa para fazer mudanças significativas nas estruturas cognitivas das pessoas.

            Pensar sobre o passado e ressignificar não é estar com o pensamento modelo “Poliana”, onde tudo que ocorre tem um sentido melhor escondido. Afinal existem episódios trágicos que precisamos superar pelo luto vivido e memórias ruins que servem como incentivo à mudança para que não ocorram de novo.  Assim, não é só uma alteração de significantes para termos uma nova reestruturação interna completa. O que, com certeza, altera nossas respostas comportamentais e sintomáticas é, antes de tudo, a vontade de mudar.



terça-feira, 4 de setembro de 2012

Palestra no SESC Copacabana 04/09/2012

Dentro do Projeto Só Para Maiores apresentamos hoje, às 14h00, a Palestra Análise Comportamental no SESC Copacabana.

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Rádio Roquete Pinto 03/09/2012

Hoje, 03/09/2012, estivemos no Programa Painel da Manhã na Rádio Roquete Pinto 94,1 FM participando do quadro Painel em Debate com o tema: CRACK.
O programa tem a apresentação: Jorge Ramos e Fabiano Albergaria com produção de Alice Silveira. Na mesa de debates estiveram comigo: Dr. Luis Antonio Campos e Josá Roberto Bastos.
Foi um excelento momento de aprendizado e troca de conhecimento.



sexta-feira, 31 de agosto de 2012

O TEMPO DO CORPO




                A cada dia que passa a vida torna-se mais dinâmica e veloz. Hoje temos, entre outras facilidades, internet no celular e as redes sociais que não permitem que você fique off line por muito tempo sem sofrer danos em perdas de valiosas informações sobre seus amigos e suas proezas humanitárias. A cada minuto novas notícias sobre o mundo, uma sempre mais importante que a outra, chegam de todas as partes inundando nosso cérebro de informações sem nos permitir uma análise mais profunda sobre os temas e, para piorar ainda mais, nada que vá mudar a nossa vida e, caso realmente o for, certamente, não será para melhor. No entanto, todo o tempo que temos para viver é tomado de nós.

                Então, todo este compromisso é com o externo. Fatos que ocorrem no ambiente do qual sua interferência direta terá pouca ou nenhuma valia. O que sobra de tempo para você mesmo? Será que, em algum momento do dia, você tem reservado para um encontro especial e solitário consigo mesmo? Não estou falando de um complexo método de meditação ou de algo muito transcendental, também não seria terapia ou análise, até por que, assim não seria solitário. 

                Pense em algo mais simples: dois minutos em silêncio dedicado ao seu corpo! Apenas dois minutos, 120 segundos! Olhos fechados, respiração compassada e introspecção. Sentindo o corpo, as pernas, braços, barriga, rosto... Tente sentir a sola dos pés dentro do sapato/tênis/sandália. Perceba a distância que existe entre os dedos dos pés, procure imaginar a curva superior da orelha esquerda. Faça um passeio pelos contornos do seu corpo mapeando seus limites. Deixando claro o que é fora e o que está dentro, o que é mundo e o que é você.

                Tente tomar seu corpo, com suas fronteiras e, fique ciente que a sua participação neste mundo depende exclusivamente dele ao menos, acredito eu, neste momento. Uma interface biomecânica de atuação no plano físico tridimensional que costumamos chamar de realidade. Nossos sentidos, os cinco principais, devem ser explorados neste momento. Ouça ruídos distantes, absorva o aroma do local, sinta a temperatura e a brisa no ambiente ... Faça isso por não mais que dois minutos.

                Como resultado é bem provável que a sua produção endócrina seja restabelecida aos níveis normais com todas as substâncias químicas, que prezam pelo bom funcionamento do corpo, distribuídas harmonicamente e, seu sistema imunológico agradecerá com o seu metabolismo caminhando numa direção saudável. Não pense que isso é conversa de esquina. Isso é ciência pura! Já está provado! Faça isso duas vezes ao dia e as mudanças serão notadas quase que imediatamente na sua vida. Todas aquelas coisas que atrapalham o dia a dia como nervosismo, ansiedade, dores de cabeça sem motivo algum serão as primeiras candidatas a sumirem do mapa dando lugar ao equilíbrio e tranquilidade.

                Não espere mais! O investimento é tão pouco e o retorno é imenso sem nenhuma contra indicação. O único perigo, que pode haver nesta prática, é você evoluir para atividades mais elaboradas como o Yoga, por exemplo, e, convenhamos isto não seria ruim! Produza sua própria saúde e sucesso, não se esqueça de que nós já temos um destino traçado onde, ao final, estaremos todos em uma mesma condição, é só uma questão de tempo.

                Existiu um tempo onde pessoas sentavam em cadeira nas calçadas para conversar e, pode parecer mentira agora, elas se olhavam umas nos olhos das outras. Também, eu me lembro, crianças brincavam de esconde-esconde, algumas às vezes iam ao chão e ralavam os joelhos. Hoje temos jovens brancos e apáticos desde os primeiros momentos da adolescência e cada vez mais escravos da informação desmedida proporcionada pelos meios eletrônicos e sem emoção real.  Parar e sentir o corpo faz parte do começo de um processo para a ativação das emoções adormecidas. Equilibrar o organismo é permitir que ele possa elaborar sobre o presente sem receber pronta uma análise digital.

                Essa avalanche informacional despersonaliza o sujeito de tal forma que, aos poucos, deixamos de reconhecer nossas próprias emoções.  Quando sentimos algo atualmente, não conseguimos nominar, o corpo está se esquecendo de que possuímos como parte de nossa natureza humana um conjunto de sensações físicas que estão ligadas a motivações de fundo psicológico: amor, ódio, paixão, medo, raiva, tristeza ... Até mesmo a alegria está perdendo seu brilho em meio a essas rajadas de imagens e textos rápidos. Coisas que surgem e somem sem que possamos ter uma introspecção do seu real sentido.

                Pare! Sinta que você é um ser orgânico capaz de perceber o mundo só por que está aqui agora. E o mundo pode ser maior e pesado ou menor e melhor! Pelo menos esteja ciente que fez uma escolha.

João Oliveira
Psicólogo

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Semana da Psicologia Campus Ilha da Estácio 28/08/2012

Palestra sobre Análise Comportamental

Marcações nas salas e auditórios da Faculdade
João Oliveira e Beatriz Acampora participaram da Semana da Psicologia no Campus da Ilha do Governador da Universidade Estácio de Sá.

Oficina de Hipnose Clínica pela manhã
Mesa de Debates às 11h00


9h00 Oficina "ARTETERAPIA" com Beatriz Acampora

9h00 Oficina "HIPNOSE CLÍNICA" com João Oliveira

11h00 Mesa de Debates com Beatriz Acampora - Ney Vernon Vugman - João Oliveira, Tema: Atualidade e as Práticas Psicológicas com Mediação: Thais Oliveira 

16h00 Oficina "AUTOESTIMA E SAÚDE" com Beatriz Acampora

16h00 Oficina "ANÁLISE COMPORTAMENTAL" com João Oliveira


Semana da Psicologia Campus Ilha da Estácio 28/08/2012

João Oliveira e Beatriz Acampora participaram da Semana da Psicologia no Campus da Ilha do Governador da Universidade Estácio de Sá.

Oficina de Hipnose Clínica pela manhã
Mesa de Debates às 11h00


9h00 Oficina "ARTETERAPIA" com Beatriz Acampora

9h00 Oficina "HIPNOSE CLÍNICA" com João Oliveira

11h00 Mesa de Debates com Beatriz Acampora - Ney Vernon Vugman - João Oliveira, Tema: Atualidade e as Práticas Psicológicas com Mediação: Thais Oliveira 

16h00 Oficina "AUTOESTIMA E SAÚDE" com Beatriz Acampora

16h00 Oficina "ANÁLISE COMPORTAMENTAL" com João Oliveira


sábado, 25 de agosto de 2012

Morre Neil Armstrong


Acho que agora, ele corre pelo universo.

O astronauta e primeiro homem a pisar na Lua, Neil Armstrong, morreu neste fim de semana após realizar uma delicada cirurgia em seu coração. O comandante da missão Apolo 11, de 82 anos, sofria com o bloqueio de uma artéria no coração e não sobreviveu às complicações do procedimento no órgão vital.

Armstrong foi o primeiro homem a pisar no solo lunar, em 20 de julho de 1969. Mais informações em instantes.

É dele a épica frase: "este é um pequeno passo para o homem e um salto gigantesco para a humanidade". 
 
Que descanse em paz ao lado do Grande Arquiteto de Universo poderoso Ir:. M:.M:. Neil Armstrong .... as colunas se curvam durante sua passagem.