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quinta-feira, 11 de outubro de 2012

OS CINCO AMIGOS






            Existiu um tempo onde o mundo não era percebido. Ora, o que não é visto, ouvido, sentido ou entendido não existe! Pensando nisso alguns deuses resolveram dar, a cinco entidades, poderes diferentes de sentirem o mundo. Eles foram enviados, aqui passaram alguns anos, e ao retornar a morada dos deuses cada qual chegou contando o que percebeu de um modo totalmente diverso do outro.

                O primeiro disse que o mundo era muito quente ou muito frio, o segundo que o mundo era claro ou escuro, o terceiro disse que tinha muito barulho e as vezes era silencioso, o quarto contou que era salgado, amargo ou doce e o último narrou, em detalhes, os horríveis odores dos vulcões e os agradáveis perfumes das flores.

                Afinal, Que mundo confuso é este? – se perguntaram os deuses abismados!

                A confusão estava armada. Talvez eu não tenha dito ainda, mas esses poderes foram dados por deuses diferentes e cada um deles queria puxar, para si, a autoria de melhor experimentação do mundo. A guerra estava quase armada quando alguém teve a feliz ideia de propor um novo esquema: - “Por que não juntamos todas essas experimentações e criamos uma experiência única e completa de mundo?”

                Proposta aceita. Nascia, assim, a consciência de percepção de mundo com os cinco poderes: visão, tato, audição, olfato e paladar. Estes cinco sentidos, que usamos a todo instante, são, em verdade, os responsáveis pela formação do mundo que temos em nossa mente. Sem eles o mundo não se formaria, todos os dias, diante de nossa presença.

                Acredito que seja necessário dizer que eles foram unidos, mas não estão uniformemente equilibrados em todos nós. Algumas pessoas valorizam mais algumas percepções que outras e, por conta disto, acabam por sentirem o mundo de forma distorcida e menor. Nossos sentidos devem ser calibrados de vez em quando, ou afinados de forma a permitirem uma aproximação maior com as particularidades que o universo ao nosso redor pode oferecer.

                Para isso é necessário um poder de introspecção e, um a um, ir isolando os sentidos e aproveitando o máximo que ele pode oferecer: ouvir um pássaro distante, sentir um aroma esquecido em nossa roupa, saborear uma gota de mel, perceber o calor do sol na pele do rosto e o toque de uma pétala de rosa em nossa pele.

                Devemos, portanto, fazer desta capacidade única um meio de interação com o ambiente e as pessoas que nos cercam. Uma interface biológica e neural capaz de transformar informação genérica em emoções internas. Viver é pegar cinco estranhos, que habitam em nós, e transformar em nossos melhores cinco amigos.

terça-feira, 9 de outubro de 2012

Palestra de Hipnose Campus Ilha do Governador - Estácio de Sá 08/10/2012

A convite da Coordenação do Curso de Psicologia da Estácio de Sá Ilha do Governador, o Prof. João Oliveira apresentou uma palestra sobre Hipnose Clínica nesta segunda feira dia 08/10/2012 às 19h30.


quinta-feira, 4 de outubro de 2012

ACASO, DESTINO OU SORTE?





                Uma vez , em 1983, estávamos numa encruzilhada em Santa Clara, praia hoje pertencente ao município de São Francisco do Itabapoana, norte do estado do Rio, não sabíamos se virávamos a esquerda ou a direita. Uma Kombi velha cheia de equipamentos de som e três jovens buscando oportunidades para ganhar algum dinheiro fazendo bailes. Não me lembro como foi tomada a decisão, mas viramos a esquerda. Depois de algumas ruas, viramos a direita de forma aleatória e paramos em um bar chamado Chaplin e, lá comecei a trabalhar como DJ naquele verão onde conheci e casei com a mãe de meus dois filhos.

                A pergunta é: onde estariam Victor e Maria, meu filhos, se tivéssemos virado a direita?

                Consequentemente todas as aventuras e desventuras de suas vidas e, o direcionamento da minha própria existência? Como seria a vida hoje – caso ainda houvesse – se uma simples decisão de dobrar uma esquina fosse feita de forma diferente?

               Quantas vezes você parou para esperar o sinal abrir ou avançou e mudou tudo que podia estar pronto para se desenrolar na sua vida? O ônibus que você perdeu? Aquele dia que faltou luz e você foi dormir mais cedo e não saiu para a balada? A prova do concurso que você chegou atrasado e não fez? Sua vida poderia ser totalmente diferente agora caso alguns passos fossem feitos de outra maneira.

                Existem pessoas que acreditam no destino, que todos nós somos predestinados a fazer algo em algum tempo e por isso estamos aqui. Mas muita gente também põe fé na sorte e, já ouvi muito isso, algumas dizem que eu, por exemplo, tenho muita sorte na vida. Não sei se tenho ou faço minha sorte, afinal se alguém entrar agora e me oferecer um emprego que remunera em R$ 30.000,00 por mês seria uma baita sorte não? No entanto, este mesmo emprego é para traduzir do Mandarim para  o Alemão e, como eu não conheço nenhum dos dois idiomas, não estarei apto para o trabalho. Então a sorte não encontrou o preparo!

                O acaso deve existir, pois mesmo com o grande número de pombos que voam por aqui onde moramos, nunca fui alvo de bombas de fezes mas, já vi gente, bem à minha frente, se atingido em cheio por estes bombardeiros de penas. Então isto deve ser obra do acaso, pois não há forma de evitar a não ser que não se saia de casa: até meteoritos podem cair na cabeça da gente! Mas,  um pensamento não foge da mente, quanto estudamos e treinamos mais sorte podemos ter!

                Não saberia dizer a diferença de acaso e destino, apenas que um deles tem importância menor, é coisa de momento, não passa de alguns instantes, já o destino deve ser algo maior de longo prazo. Minha mãe dizia: - “ Meu filho vai ser é professor!”, fui tudo que se possa imaginar nesta vida antes de chegar ao ponto programado por Dona Maria José afinal, já estava escrito mesmo no destino. Podemos complicar um pouco mais essa estória pois, se não houvesse o preparo de que adiantaria o tal destino? Ou, quem sabe, poderia estar dando aulas de outras coisas que não necessitam de tanto empenho e devoção de tempo.

                Vamos agora olhar para a sua linha temporal que está se montando. Faça-se uma pergunta: - “Para onde  está indo?”. Qual o destino que acredita ter esperando por você dentro de alguns anos? O que pode ser feito para acelerar o encontro com sua sorte?

                Lembro-me da história de um homem, com pouco dinheiro, que comprou cinco ternos novos, cada um para um dia da semana. Sem emprego e não tendo mais como se manter ele vestiu-se da melhor forma possível e ficou andando pelo parque em frente ao hotel onde estava. Era a década de 20 e, os EUA viviam um momento muito difícil. Ele caminhava e dizia a si mesmo:  - “Veja sorte, eu me preparei para te encontrar! Veja como estou bonito e elegante! Venha, estou te esperando!”. Dizia isto enquanto caminhava e, de vez em quando, sentava em um banco no meio do jardim, depois de alguns minutos voltava a caminhar e assim passava o dia, sempre repetindo o seu mantra de espera da sorte.  Todos os dias pela manhã ele estreava um dos ternos, afinal tinha de estar muito elegante para que a sorte o reconhecesse, porém já era quinta feira e a sorte ainda não havia dado sinais de sua presença.

                Sentou-se, já sem esperanças, ao lado de um velho senhor  que, de forma surpreendente lhe disse: - “ Tenho observado senhor todos os dias desta semana, homem fino, bem trajado e, pelo porte do andar, sei que se trata de alguém com muita autoestima. Preciso de alguém assim para gerenciar uma fábrica que tenho aqui em Nova Yorque, o senhor se interessaria?”  

                Vamos nos preparar para a sorte visando o nosso destino e, se o acaso permitiu que você lesse este texto, é por que algo já deve estar mudando em sua linha temporal.

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

João Oliveira na Revista PSIQUE Setembro 2012

Quando a idade pesa na mente 
De nada adiantam as intervenções estéticas. Manter o cérebro ativo é a receita para obter aparência e intelecto joviais e longevos, com cuidados e atividades que vão muito além da preocupação com a forma física

Acesse a matéria clicando aqui! 

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

EAD


                Ainda enfrentamos certo preconceito com o ensino a distância. Este modelo, também conhecido por sua sigla: EAD, gera alguns movimentos de rejeição como se fosse um novo elemento em nossa maneira de formar conceitos ou trocar conhecimentos.

                Provavelmente os mais novos não devem se lembrar do extinto Projeto Minerva, anos 70 e 80, que, pelas ondas do rádio, levava a didática do ensino de primeiro e segundo grau a milhares de brasileiros. Mais recentemente os Telecursos com ensino fundamental e médio prepararam, igualmente, um universo de pessoas para se certificarem em exames semestrais. Quantos trabalhadores, sem possibilidade de frequentar uma sala de aula tradicional, conseguiram alcançar um nível melhor de emprego e salário graças a este meio de contato com o saber?

                Não precisamos ser tão modestos ao falar de ensino a distância por que, até onde sei, além do ensino a distância física existe o ensino a distância no tempo e, com a aprovação de todos, ocorre de forma cotidiana em nossas vidas, pois, toda vez que pegamos um livro para ler pode ser que o autor já esteja morto a muitos anos. Isto também é, de forma bem simples, um formato EAD, só que além da barreira da vida. Platão ainda tem muito a nos dizer!

                Grandes percursos a percorrer nas grandes cidades, o estresse do dia de trabalho,  falta de tempo para família, apenas alguns impeditivos que vêm a mente das pessoas quando pensam em continuar seus estudos. Internet rápida, computadores mais baratos e investimento mais baixo em uma pós ou graduação EAD são os estímulos de um lado da moeda, do outro podemos elencar fatores como: baixo custo de sala de aula, energia elétrica, mobília, número de funcionários para manter uma estrutura física e, a maior vantagem para o empresário do saber, um número maior de alunos por classe.

                Tudo indica para uma vitória certa do ensino a distância e, aqueles que não estiverem preparados, com certeza, vão perder o bonde da história. Já podemos perceber algumas instituições de ensino sentido no bolso a entrada do EAD em graduações antes inquestionáveis de saírem porta afora. Esta é a grande mudança em um ambiente onde nada ocorreu nos últimos dois mil anos: a sala de aula.

                Claro que sair da rotina sempre dói e, pode ser muito difícil para uma estrutura antiga adotar novas posturas. Este medo de enfrentar alterações significativas nada mais é que comodismo e preguiça, dois fatores capazes de destruir qualquer empreendimento financeiro. Uma desculpa razoável seria acusar a falta de estrutura tecnológica, mas isso está sendo vencido a cada ano com a evolução dos produtos e os jovens que buscam conhecimento pois eles parecem já vir, do útero, com softwares integrados a personalidade pois não temem inovações.

                Desta forma os que não conseguirem surfar nesta onda de ensino a distância irão perecer rapidamente e, a aceitação dos profissionais gerados por este modelo, no mercado de trabalho, será natural, pois todos os dias surgem novas graduações EAD em todo mundo. Cursos livres, de formação e pósgraduações já podem ser encontrados no ambiente virtual em todos os formatos possíveis. Nada diferente daqueles antigos cursos por correspondência – lembra? – pois é, caso você queira saber como estão, basta fazer uma busca pelo nome no Google, todos agora, acredite, funcionam pela internet.