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quarta-feira, 27 de junho de 2012

OMISSÃO


Lavar as mãos, diante de uma situação onde você têm conceitos estabelecidos, não libera da responsabilidade do resultado final como se, não houvesse um apoio dado a um dos lados da contenda. A grande maioria das pessoas acredita que o ato de não se envolver é sábio e, mesmo diante de uma clara situação onde existe algoz e vítima não se pronuncia em nome da justiça.

Uma frase que resume bem a implicação da opção de não se envolver é esta: “Para que o mal triunfe basta que os bons não façam nada”. Foi o que nos disse Edmund Burke, filósofo irlandês no século XVIII, quando é visível a diferença de forças, onde percebemos que há uma intenção malévola agindo sobre uma pessoa ou situação em desvantagens de recursos, é nosso dever tomar partido para a resolução.

Podemos perceber que a sociedade moderna se afasta cada vez mais de suas responsabilidades sociais individuais, colocando todo peso da resolução de problemas, seja eles quais forem, nas mãos do estado, da entidade pública ou de Deus. Alias, a frase: “Deus sabe o que faz” livra muita gente de pelo menos tentar fazer algo por outra pessoa.

Pôncio Pilatos ficou famoso lavando as mãos diante de uma situação que ele sabia estar errada, não tomou partido mesmo tendo o poder de resolução e, nós sabemos o resultado desta história. A inação, ou não ação, é uma tomada de decisão. Não participar ativamente de uma resolução de conflito, tendo condições para isso e, permitir que o valor negativo prospere na situação é fugir da responsabilidade de agir contrariando a ética. Todos nós sabemos quando agimos assim, ninguém opera na ignorância de juízo critico e, se assim for, está livre de ônus.

A pergunta que vem a seguir é, que ônus seria este? Quando os participes de uma sociedade se omitem diante de injustiças a entidade negativa ganha forma e, com algum tempo, acaba por atingir todos deste ecossistema.  

Deixando a religião fora deste questionamento, podemos analisar outro ícone neste raciocínio. Na iconografia dos santos podemos ver a imagem da Nossa Senhora das Graças, também conhecida como Nossa Senhora da Medalha, onde ela se apresenta com o semblante plácido, calmo enquanto o pé esquerdo, desnudo, esmaga a cabeça de uma serpente. Seu rosto não aparenta raiva ou esforço envolvido no ato de, com força, pisar no animal rastejante.

O simbolismo é a luta do bem contra o mal. O sujeito não precisa se envolver, ruidosamente, no combate ao que considera injusto. Sua ação não necessita de envolvimento emocional apenas do posicionamento correto. O ato de tomar partido pelo injustiçado requer  distanciamento emocional até mesmo para salvaguardar o pensamento analítico que sempre fica prejudicado quando imerso em forte emoção.

Finalizando: omissão está mais próximo da covardia do que da imparcialidade. Caso cada um de nós agíssemos com vigor, todas as vezes que a injustiça fosse percebida como tal, os agentes do mal teriam menos espaço para expor suas intenções. 

João Oliveira
Psicólogo CRP 05/32031

terça-feira, 26 de junho de 2012

Radio Roquete Pinto 26/06/2012

Nesta terça-feira (26/06) o quadro Painel em Debate, do Programa Painel da Manhã da Rádio Roquete PInto 94,1 FM, trouxe o tema Crime Passional! COM: Alice Silveira - Produção; Fabiano Albergaria - Apresentação; Elias Lins - Psicologia, Psicanálise e Hipnose Terapêutica; Jorge Ramos - Apresentação; João Oliveira - Mestre em Cognição e Linguagem e autor do livro SAIBA QUEM ESTÁ À SUA FRENTE (WAK editora); Beatriz Acampora - Mestre em Cognição e Linguagem autora do livro 170 TÉCNICAS ARTETERAPÊUTICAS (WAK editora) e Alexa Archer - Produção Ouça todo Painel em Debate de Hoje

Veja um trecho do programa em vídeo

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Empreender é viver



                Existe no Pólo Norte uma lagarta conhecida como Lagarta de Fogo. Ela demora mais de 18 anos para se tornar adulta e, pelo processo da metamorfose, se tornar uma mariposa. Ocorre que a cada inverno, vários meses de escuridão total nesta região, ela literalmente morre congelada e, volta à vida de forma surpreendente, no degelo da primavera. Ano após ano, reunindo proteínas das folhas para estar forte o bastante e, em uma primavera muito especial, virar um casulo e evoluir como mariposa para viver, neste estado, apenas algumas semanas.

                Este exemplo é interessante, pois, é uma vida plena extremamente curta diante do esforço empreendido por quase duas décadas de trabalho árduo comendo folhas em uma velocidade vertiginosa.
                Vivemos, caso o infortúnio não cruze o sinal vermelho, uns bons 80 anos – vida saudável! – quanto tempo estudamos e trabalhamos em busca de um tal conceito de felicidade ou de vida realizada?
                Acho que período de estudos, levado a sério, com faculdade e pós-graduação: 25 anos de idade. Concorda? Seriam então 20 anos somente de estudos. Tempo relacionado ao trabalhando, para juntar dinheiro, construir patrimônio, ter uma aposentadoria digna. A aposentadoria no Brasil, para seres normais sem regalias de classes produtivas especiais, tem seu benefício, concedido pelo INSS, aos homens a partir dos 65 anos de idade e mulheres a partir dos 60.  Arredondando então para mais quarenta anos de vida: o que sobra?

                Mais 15 ou  20 anos para aproveitar a vida como sempre sonhou?
                Provavelmente o primeiro pensamento que lhe passa a cabeça é sobre as condições de saúde do seu corpo para aproveitar, da melhor forma possível, de toda euforia advinda desta fabulosa fase da vida que é a aposentadoria.

                Parou para pensar? Surgiu uma ponta de angústia?

                Tenha calma. Existe solução para tudo! O nosso cérebro é poderoso e muito obediente para quem sabe lidar com ele. Em primeiro lugar o que se busca de realização na vida?

                Este é o ponto chave da questão. Caso você esteja trabalhando, ou estudando, em algo que não lhe preenche, que não lhe traz alegria, pare imediatamente. Você está jogando seu tempo de vida útil fora e isto não tem retorno jamais. Segundo ponto: quem disse que você precisa esperar para ser pleno. Não somos como a lagarta do Pólo Norte, viver não é tão dispendioso assim, solucionar desejos sim. Isto é complicado.

                Nossas necessidades não são caras e qualquer pessoa, em seu estado normal de saúde e intelecto, pode prover, com algum esforço (claro), o suficiente para manter a estrutura física do corpo em atividade, ou seja, sobreviver. Como sobreviver, e com que grau de conforto e facilidades, vai depender de como a produção ocorreu em sua vida. Qual o período que você realizou com prazer atividades ditas lucrativas. Isto pode estar ocorrendo agora, ou você pode decidir fazer diferente a partir de hoje.

                Tome por base o que é necessário, financeiramente, para manter sua estrutura de vida. Não exagere em desejos materiais fúteis - o termo  “fúteis” vai depender do nível de entendimento do que seja realização, isto é de cada um, paciência. Com o cálculo pronto, observe ao seu entorno quais são as possibilidades da relação produção X renda acessíveis aos seus conhecimentos e competências. Trace o plano, coloque metas, coloque marcas temporais.

                O sistema existe para quem não pensa ir além, nivela todos como água parada, superfície lisa. Somos manifestações conscientes e mutáveis a todo segundo.  Insetos estão a mercê das forças da natureza, não pensam.

                Mas, como sempre, é bom dizer que tudo é uma questão de escolha. No pior resultado: de aceitação. Seja feliz se quiser e, caso contrário, como puder.

Prof. Msc. João Oliveira
Psicólogo Clínico CRP 05/32031
Diretor de Cursos do ISEC

sexta-feira, 15 de junho de 2012

Conformismo




                Todos os dias fazemos centenas de escolhas, hoje , por exemplo, você já fez várias: decidiu se ia ou não levantar naquele momento, se comia mais uma fatia de pão ou de bolo, de acelerava para passar o sinal amarelo ou se parava logo antes do vermelho... são pequenas escolhas mas, mesmo assim, causam dissonâncias.

                Uma dissonância cognitiva nos força a buscar o equilíbrio, criando uma justificativa mental para que a nossa escolha  tenha sido realmente a melhor, seja ela qual for. Um exemplo claro deste esquema é quando você comprar um carro vermelho e, a partir deste momento, você começa a reparar em todos os carros verdes – sua outra possibilidade de compra – que circulam pela rua. Sua mente começa a fazer comparações: “- Será que eu deveria mesmo ter comprado o carro vermelho?”

                Para resolver esse problema muitas justificativas são elencadas e colocadas à frente na consciência: os juros do vermelho são menores, ele veio com tapete e GPS, o verde não têm teto solar... pouco importa o que seja, ao final sossegamos a nossa dissonância e fica tudo bem.

                Lembre-se, isto vale para todas as escolhas, inclusive as grandes! E, é justamente aqui que reside o grande perigo de nossas vidas. Que justificativas nossa mente pode estar criando para nos adormecer frente a tomadas de decisões equivocadas feitas no passado? Será que podemos estar adormecidos, sem ímpeto para ações importantes por que criamos desculpas para a nossa realidade atual?

                A isto podemos dar outro nome: Conformismo. Neste caso o grupo social, onde o sujeito tem sua referência de vida faz toda a diferença pois, buscando uma justificativa para seu sucesso ou fracasso ele cria uma relação imaginária com seu entorno. Muitas vezes, quando isto não é possível, faz pior: colocando a responsabilidade pela situação que se encontra nas Mãos de Deus!

                Quando entramos neste estado psicológico perdemos a vontade de mudar, de realizar. A mente, com o seu poder criativo, montou uma estratégia de defesa justificando cada resultado ruim ou a falta de vitórias dando, ao sujeito, a impressão de merecimento deste estado atual: “- Sou pobre, mas vou para o céu!”

                Sem questionar a fé: o conformismo deveria ser pecado!

                Você pode detectar este estado nas pessoas, perguntando para elas o porque de estarem vivendo desta ou daquela forma quando poderiam buscar alternativas melhores. Depois de fazer este exercício com as outras pessoas, faça consigo mesmo. Descubra quais são as suas desculpas para não seguir em frente. Veja, ponto a ponto, o que é real e o que foi criado pela sua mente como forma de aprisionamento.

                Podemos estar presos agora em grades invisíveis que podem ser dissipadas com um sopro de pensamento. Tentar não custa nada.

João Oliveira
Psicólogo e Diretor de Cursos do ISEC

quinta-feira, 7 de junho de 2012

PROJETO DE VIDA




                O que podemos fazer com a vida? De que forma devemos buscar a realização da nossa existência? Desde que tomamos consciência que o nosso sistema cultural prega a vitória como uma exigência do quadro social, disparamos um projeto de vida ligado ao sucesso financeiro.

                Sobre pessoas que alcançaram êxito financeiro, temos muitas histórias de pleno sucesso, mas a que vamos ver agora é, no mínimo, interessante:

                Em 1923, nos conta Sidney Petrie e Robert B. Stone no livro “Como Ganhar Novas Forças Com a Ginástica Mental” (Editora Record – 1967), ocorreu uma reunião com os oito homens que controlavam o mundo financeiro daquela época, foi no  Edgewater Beach - um luxuoso hotel em Chicago-EUA. O grupo era um mito respeitado por todos. Juntos, aqueles homens possuíam mais dinheiro que todo o tesouro americano. Jornais e revistas noticiavam suas histórias fabulosas. Todos olhavam para eles como símbolos de sucesso e fortuna.

1 – O presidente da bolsa de valores de Nova York, Richard Whitney.

2 – O presidente da maior companhia de aço, Charles Schwab.

3- O presidente da maior empresa de serviços públicos, Samuel Insull.

4 – O presidente da maior companhia de gás dos EUA, Howard Hopson.

5- O mago da ocasião em Wall Street, Jesse Livermore.

6 – O presidente do Banco Internacional de Investimentos, Leon Fraser.

7- O milionário possuidor do maior monopólio dos EUA, Ivan Kruege.

8 – O integrante do gabinete presidencial americano Albert Fall.

                Próximo a 1948, cerca de 25 anos depois, o cenário era completamente diferente:  Jesse Livermore, da Wall Street, Leon Fraser, presidente do Banco Internacional  e Ivan Kruegar, do monopólio financeiro, cometeram suicídio. Howard Hopson estava louco e internado. Charles Schwab, presidente da companhia de aço, morreu na  miséria tal qual Samuel Insull da empresa de serviços públicos. Richard Whitney, da bolsa de valores de Nova Iorque, estava na prisão. Albert Fall, do gabinete presidencial, obteve permissão para deixar a prisão para morrer em casa.

                O que ocorreu de errado?  Por que estes homens que conseguiram vencer na vida destruíram tudo o que conquistaram, alguns dando fim a própria existência?

                Pode ser que exista uma diferença conceitual entre vencer e ser feliz. Principalmente quando a vitória está ligada ao externo e, o projeto de vida maior, ser feliz, é completamente abandonado. Tudo, por um alto custo, é feito para provar a sociedade que podemos ser melhores que todos. Ora, ser feliz não exige tanto assim ou, pelo menos, para viver de maneira mais tranquila. A busca incessante de lucros transforma o passeio em uma guerra onde todos ao final são perdedores. Uns perdem a saúde, outros o tempo com a família, alguns, menos afortunados ainda, não percebem o tempo passando e a vida sendo ceifada pela vigilância ao saldo bancário.

                Ter as necessidades básicas supridas é o mínimo que se espera. Possuir bens que possam dar segurança também não é nenhum absurdo.  O que pode destruir é a ganância desenfreada, a busca pelo poder absoluto e controle de todos que estão à sua volta.

                Não quero dizer com isto que buscar riquezas seja errado, claro que não, todos devemos procurar o melhor, mas com cuidado para não tornar esse desejo uma compulsão, uma doença que aprisiona e mata.

                Afinal, sabemos bem, todos vamos deixar este plano um dia e caixão não tem gaveta, nem defunto tira juros da poupança. O melhor é aproveitar os momentos que podemos compartilhar com pessoas que gostamos, e ter dedicação ao que realmente nos faz feliz. Viver não é difícil, escolher o que fazer da vida, isso sim, pode tornar esta estada infernal.

terça-feira, 5 de junho de 2012

Programa Painel da Manhã Rádio Roquete Pinto 05/06/2012

Terça feira, dia 5 de junho de 2012 o Programa Painel da Manhã, da Rádio Roquete Pinto, 94.1 FM, apresentou o tema AMOR PATOLÓGICO, com a participação de João Oliveira, Beatriz Acampora e Dr. Luis Antonio Campos. O programa é apresentado pelo Fabiano Albergaria e Jorge Ramos, com a produção de Alice Maria.

Estúdios da Roquete Pinto
Dr. Luis, Alice Maria, Fabiano Albergaria, Beatriz Acampora e João Oliveira

Jorge Ramos se juntou ao grupo

Beatriz Acampora e ao fundo Alice Maria, produtora do Programa
Jorge Ramos e Fabiano Albergaria no comando do Programa

Veja, em vídeo, alguns momentos do programa



terça-feira, 29 de maio de 2012

Sorte, ou azar?


SORTE, OU AZAR?


                Pessoas passam pela vida argumentando que são infelizes por não terem tido oportunidades ou por serem desprovidas de sorte. O que há de verdade nisto? Seria mesmo possível existir tais diferenças entre os seres humanos?

                Uma vez o exército de  Gengis Khan passava por uma fazenda ao norte da Mongólia, era o ano de 1180,  ele estava reunindo os clãs para mais uma luta contra os tártaros.  Um dos seus arqueiros montava uma égua que, prenha, tinha dado a luz a um potrinho. Gengis Khan não queria saber de distrações em sua tropa e ordenou que o pequeno animal fosse sacrificado. Ao invés de fazer isto, o arqueiro deu o potrinho para um menino, filho do dono da fazenda onde estavam alojados. A tropa seguiu viagem.

- “Menino de sorte este seu filho hein? Ganhou um potrinho de uma égua do exército de nosso Khan!” – disse o vizinho ao pai do menino.

- “Sorte ou azar, só o futuro dirá.” – respondeu o velho homem ajudando o menino a alimentar o fraco animal.
                O potrinho cresceu e, certa vez, a porteira da fazenda foi esquecida aberta durante a noite,  o jovem cavalo, cheio de energia e vontade de correr pelo mundo, fugiu.

- “Menino de azar esse filho seu, ganhou o potrinho, cuidou tão bem dele e, agora, o bicho foge!” – Disse o vizinho.

-”Sorte ou azar, só o futuro dirá.” – responde o idoso fazendeiro consolando o filho que chorava pela perda do animal.
                Passadas três semanas, eis que surge o cavalo correndo pelos campos e arrastando consigo vários cavalos da mesma raça que viviam nas frias espetes na forma selvagem. Toda a tropa entra na fazenda, seguindo o líder, foram direto para o cercado se alimentar.

- “Que menino de sorte este teu filho: ganhou um potrinho, o bicho cresce e foge e agora volta, trazendo mais oito cavalos! Isso é que é sorte!” 

-  “ Sorte ou azar – repetiu o velho – só o futuro dirá!”

                Um mês depois o menino estava adestrando os cavalos selvagens, montado em um deles o animal se assusta e tomba o rapaz quebrando seu braço. Uma época onde os tratamentos eram difíceis o menino acaba se curando, mas fica com o braço direito torto.

-  “Menino azarado este teu filho: ganhou o potrinho, que se torna uma cavalo e foge, retorna com vários outros e agora um deles deixa seu filho meio aleijado! Que azar não é?”

- “Meu querido vizinho, sorte ou azar, só o futuro dirá.” – disse o velho com o olhar triste sabendo que o filho não teria mais os movimentos perfeitos naquele braço.

                Os soldados de Gengis Khan voltaram. Desesperados ele precisavam de jovens para ser treinados como arqueiros. A batalha estava quase perdida e eles não tinham tempo a perder. Entravam nas casas e sequestravam os rapazes que tinham a idade certa para segurar o pesado arco. O filho do fazendeiro que vivia falando sobre a sorte do vizinho foi levado, mas o garoto que, após a queda,  tinha ficado com o braço torto, foi poupado, de nada ele serviria ao exército guerreiro, afinal jamais poderia manejar bem um arco e flecha. 

                Nas batalhas, o filho do fazendeiro vizinho morreu.

- “Azar mesmo – disse ele – teve foi o meu filho.”

                Não existe como avaliar uma situação no momento em que ela ocorre. Existem eventos ruins, em nossas vidas, que podem assinalar mudanças de planos, alteração de rota e que, no futuro, podem se tornar coisas realmente boas. Caso fiquemos ocupando o raciocínio tentando elucidar os fatos em dualidades – boa ou má – ou ainda se focarmos somente no passado que consideramos ruim, deixamos de observar o dia e planejar o futuro.

                 Existe a tragédia. Sim existem fatos que nos causam imensa dor. No entanto, se permanece a vida em nós, também existe a chance de mudar o porvir. Cuidar para que, os próximos passos, sejam produtivos e melhores do que os dias em que a tragédia nos colocou de joelhos.

                Viver não é somente contabilizar momentos agradáveis. A vida é feita de tudo o que há nela e não podemos apenas escolher. É necessário construir.