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sábado, 16 de novembro de 2019

FORÇA E PODER


Por Prof. Dr. João Oliveira

Qualquer indivíduo que atua profissionalmente em algum setor deseja, ao menos, se manter em sua posição. Já outros pensam em progredir, crescer dentro de sua área de conhecimento e, quem sabe, alcançar outras possibilidades de aplicação de suas habilidades: desenvolvimento profissional.

Já sabemos que para uma caminhada segura dentro de qualquer organização, e mesmo fora, é necessário um mínimo de organização e competência. Isso é o básico. Qualquer pessoa que preencher esses requisitos poderá desfrutar de uma vida produtiva e tendo os seus méritos por isso durante toda sua carreira.

Os que desejam mais devem ter em mente que uma progressão funcional só ocorre quando a organização, ou seu público alvo, percebe que existe uma diferença entre você e os demais que compõem seu grupo de trabalho ou concorrência.

O que faz essa diferença? Como ela pode ser percebida?

As estantes de autoajuda nas livrarias estão cheias de títulos que prometem o gigantismo de qualquer um em apenas algumas poucas lições. É fato que um protocolo bem estabelecido é muito bem-vindo e que também é possível moldar um comportamento para colher resultados.

No entanto, a prática pode ser difícil e regras conhecidas, mas não aplicadas no dia a dia não resolvem muita coisa. Mudar pode até ser fácil, por um dia, manter as melhorias no cotidiano, de forma inconsciente e natural, é o grande segredo.

Óbvio que isso tem tudo a ver com a personalidade de cada um. Algumas pessoas são naturalmente líderes e terão um caminhar mais suave no ambiente produtivo do que outras.

Então, antes de mais nada, é necessário saber o nível de comprometimento que uma pessoa pode dispor para um investimento em seu próprio desenvolvimento pessoal. Qual a capacidade de imprimir esforço e energia em prol de uma real mudança no escopo comportamental e emocional?

Nesse momento devemos separar dois conceitos que fazem toda diferença nos resultados: força e poder.

No começo de qualquer tipo mudança é necessário impor uma certa quantidade de força. Ocorre que nossa mente adora uma novidade, mas detesta uma mudança. O conformismo instalado após anos pensando: - “Somos assim!” quer persistir e dificultar a aceitação da afirmação mais verdadeira: - “Estamos assim!”.

Dessa forma, a imposição da força para estabelecimento de novas rotinas é fundamental para que em algum tempo ocorra a transformação que irá gerar o objeto desse esforço: o poder.

Quando se normatiza um modelo de ser, o entorno reage. A reação do mercado, dos colegas de trabalho, dos gestores, dos concorrentes, dos familiares e amigos será na igual medida da força empreendida para a real mudança. Será que vale o sacrifício?

De fato, qual o modelo que pretende alcançar? É necessário levar em conta o tempo necessário para o preparo das habilidades imprescindíveis. Alguns modelos podem levar anos para serem plenamente alcançados e as limitações de cada um devem ser levadas em conta.

Por isso, metas alcançáveis devem ser programadas até o objetivo final. Caso isso não seja mensurado a probabilidade de desistência do processo é muito alta. O que pode dar alívio aos que pretendem se aventurar com magnitude em uma real alteração de padrão é que, uma vez estabelecido, o modelo permanece.

Dificilmente um indivíduo que alcança patamares diferenciados, galgando degrau por degrau, retorna em queda livre. O crescimento sólido e custoso é sempre bem alicerçado. Já os que recebem, sem esforço, posições diferenciadas – por sorte ou azar – podem encontrar muita dificuldade de se manter no topo e, muitas vezes, a decadência ocorre com brevidade.

Não há modelo perfeito e nem existe padrão que não possa ser alcançado. Tudo vai depender da capacidade de comprometimento de cada um e a real vontade de mudar. O dia de amanhã terá a mesma quantidade de horas que todos os dias passados em nossas vidas. A diferença virá de acordo com a utilização desta plataforma de trabalho chamada tempo.

quinta-feira, 14 de novembro de 2019

O CASO DA EQUIVALÊNCIA



O CASO DA EQUIVALÊNCIA

O Rio não é para principiantes.

Isso nós sabemos e, como vivemos aqui, nos adaptamos a cada novo dia.

O caso que vou narrar agora oculta o nome dos personagens e alguns detalhes. Então, para facilitar, vamos chamar o protagonista de Fictício de Oliveira.

O Sr. Fictício de Oliveira desembarcou em um de nossos aeroportos vindo de uma cidade (nome também fictício) chamada São Pedro. Lá, em São Pedro, se trabalha muito e ele veio ao Rio com duas intenções: vir estar comigo no ISEC para algumas sessões e se divertir um pouco em Copacabana.

Ok! Desejo super válido para um Pedrista (é assim que se chama que nasce em São Pedro) que raramente visita a cidade maravilhosa.

Ocorre que ele é muito inteligente e, logo de cara, sacou que o preço do táxi estava muito caro no balcão de chegada e se dirigiu para o local de embarque para pegar um táxi que estava deixando algum passageiro.

Deu certo. Entrou no táxi e disse o estava vindo para Copacabana e o nome do Hotel. Tudo certo.

Do nada, o motorista faz essa pergunta no meio da viagem:

- O senhor é hétero ou é mais moderno?

Durou uns três segundos para ele analisar o que seria ser mais moderno, mas assim que percebeu respondeu apressadamente:

- Antigo, sou muito antigo...

- Ah que bom! – Disse o senhor Fictício da Silva (o motorista) – Pegue aqui esse folheto.

Era um fôlder que indicava um site na internet de garotas de programa. E ele continuou:

- Minha filha e a prima montaram esse negócio e estão indo muito bem. Só meninas sérias, super profissionais... não tem rolo não... elas investigam a vida de todas elas de cabo a rabo antes de colocar no site.

Óbvio que o Fictício de Oliveira ficou pasmo! Como assim? O pai divulgando esse tipo de trabalho da filha??? Que mundo louco é esse? Pensou ele.

Chegou no Hotel, deu uma caminhada na praia e depois ficou no quarto com o panfleto na mão. Olhou as fotos e, realmente, nasceu nele o desejo de conhecer uma daquelas senhoras das fotos.

Entrou no site, clicou em algum lugar e lá estava a relação contratual:

- Para marcar uma reunião com uma de nossas profissionais clique no botão abaixo.

Feito!

- Clique na foto de sua preferência.

Feito! Escolheu uma profissional belíssima a foto era digna de ser capa de revista.

- Essa profissional tem o valor de R$ 200,00. Veja a disponibilidade para agendamento na tabela abaixo e logo após clique para pagar R$ 50,00 e ter acesso ao contato direto com ela. Os R$ 150,00 restantes devem ser pagos em espécie na chegada da profissional no local marcado.

Feito!

Agora o Fictício de Oliveira estava ansioso e esperando a resposta da profissional.

Não demorou muito e já estava em uma conversa aberta com ela pelo WhatsApp e combinaram o seguinte: na chegada ao hotel ela diria que veio pegar as amostras do laboratório.

Tenho de dar mais detalhes sobre isso:

Ocorre que, existem várias senhas combinadas para não causar uma má impressão na recepção dos hotéis. Algumas dizem que vieram pegar os documentos da embaixada, outras que trouxeram os dados do processo e por aí vai.

Só que isso é tão comum que quase todos os recepcionistas de hotéis conhecem essas senhas. Penso que, em algum momento, vai realmente chegar uma profissional de algum laboratório, para de fato pegar as amostras e o recepcionista vai falar:

- Ralando muito essas pernas minha prima?

Voltando ao tema principal.

O interfone tocou, o recepcionista disse a senha combinada e ele autorizou que a senhora subisse até o quarto.

Foram minutos de ansiedade.

Tocou a campainha do quarto.

Quando ele abriu a porta tomou um susto! A senhora não se parecia em nada com a modelo sensual da foto do site.

- Mas, o que é isso? Houve algum engano! Não contratei a senhora!

- Sou eu sim. As fotos do site são de divulgação... está escrito isso no aviso legal da página.

- Não... não... a senhora me desculpe, mas não quero mais os serviços...

Os dois estavam em pé na porta do quarto e o Sr. Fictício estava totalmente alterado.

- Pode ir embora... por favor.

A menina (antes senhora) abaixou a cabeça com tristeza e disse:

- Vou precisar do dinheiro do táxi pelo menos... não tenho como voltar para casa.

Aí bateu uma pena e ele pegou R$ 100,00 da carteira e deu para ela.

Pronto! Problema finalizado.

Por curiosidade entrou no site novamente e viu que, em letras pequenas, tinha de fato um alerta embaixo de cada foto: AVISO LEGAL* --- Como tinha um asterisco ele começou a vasculhar o site para ver se encontrava o complemento dessa informação.

Estava no rodapé da página, também em letras bem pequenas:

AVISO LEGAL: As fotos deste site são meramente ilustrativas. Os produtos originais possuem as mesmas equivalências funcionais.

Dessa forma finalizo essa história também com um aviso legal: os fatos aqui relatados são meramente recreativos. O original possui uma certa (distante) equivalência dramática ou cômica (dependendo do leitor).