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quarta-feira, 19 de setembro de 2018

SEGURANÇA NO AMBIENTE DE TRABALHO


               

Quando se fala em segurança no trabalho vem logo à mente questões relacionadas aos equipamentos EPIs, CIPA (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes) e divulgação de práticas saudáveis como exercícios laborais. Não é deste perfil de segurança que iremos tratar neste texto.

O momento atual gera um crescente aumento na preocupação das empresas quanto à segurança do patrimônio e de seus colaboradores diante da crescente violência nos grandes centros urbanos. Certas medidas de prevenção são tomadas e, algumas, podem acabar gerando constrangimento entre os funcionários, principalmente no momento de acesso às instalações ou na saída, ao final do turno.

Assim, novas medidas criativas e eficientes estão começando a surgir para tornar mais seguro o ambiente de trabalho e, ao mesmo tempo, criar maiores facilidades para os funcionários. Alguns exemplos e ideias inovadoras de como isso pode ocorrer unem a tecnologia atual e antigas práticas já esquecidas.

1 – Transporte diferenciado: está voltando a adoção de ônibus privados para o transporte de funcionários. Com rotas e horários bem planejados, esses veículos circulam pelos bairros onde residem a maior parte dos contratados pelas empresas. O interessante é que, para baixar os custos, começam a surgir empresas de ônibus que oferecem esse trabalho de forma consorciada. Assim, duas ou mais empresas rateiam os custos do mesmo veículo.

2 – Identificação por aplicativo: a criação de aplicativos se tornou algo de custo mínimo e qualquer empresa pode adotar um sistema de identificação e controle de frequência dos funcionários. Além disso outros recursos podem ser instalados permitindo a criação de grupos de trabalho, validação de acesso a determinadas áreas da empresa e etc.

3 – Uniformes e crachás com chip de reconhecimento: qualquer pessoa pode conseguir um uniforme até mesmo em lojas especializadas. Mas, com a ajuda da atual tecnologia o implante de chips nos tecidos e/ou crachás pode fazer toda diferença na validação da identidade de uma pessoa. Com proteção à prova d´agua, chips podem ser colocados em locais diversos, como o colarinho (por exemplo), tornando a validação eletrônica no acesso às empresas mais ágil do que o reconhecimento pela biometria.

4 – Treinamento comportamental: o que fazer em uma emergência de segurança? Diferente do treinamento de evasão coordenado pelas brigadas de incêndio é necessário a elaboração de protocolos de ações em caso de uma situação que possa colocar em risco a segurança dos funcionários. No Rio de Janeiro uma universidade criou corredores a prova de bala. Por estar próxima a uma comunidade violenta, em caso de troca de tiros os alunos devem se deslocar para determinados corredores que foram projetados para suportar tiros de alto calibre. Cada empresa deve ter um plano de ação e treinamentos de acordo com suas necessidades.

5 – Protocolo de privacidade: em um mundo onde as selfies reinam nas redes sociais nenhum espaço interno está realmente reservado somente aos que nele transitam. Assim, já encontramos empresas que solicitam aos seus funcionários que evitem tirar fotos das instalações onde trabalham, afim de limitar o mapeamento interno de pessoas mal-intencionadas. As inocentes selfies podem revelar janelas, portas, grades de segurança, equipamentos e outros detalhes que pessoas, fora desse ambiente, não teriam acesso. Recentemente, em um In Company, a empresa solicitou que as fotos da apresentação fossem somente direcionadas a mim e, de forma alguma, a nenhum participante do treinamento. Essa empresa proíbe, firmemente, que nenhum funcionário torne público onde trabalha. De fato, não é um lugar qualquer, trata-se de uma importante entidade financeira.

6- Ações comunitárias: boa parte da violência urbana está localizada no entorno das comunidades carentes. Geralmente os elementos mal-intencionados agem muito próximo do local onde vivem e isso ocorre pela facilidade na fuga e ocultação dos produtos roubados. Sendo assim, as empresas que se situam próximas às áreas de risco investem em ações comunitárias para criar uma linha de afeto com a comunidade. Isso resulta em um menor índice de ações contra os funcionários da empresa que transitam pela área e contra a própria empresa que passa a ser vista como parte integrante da comunidade.

Se adaptar à realidade é uma necessidade não só das instituições: todos os elementos que compõem uma empresa devem ter protocolos de segurança estabelecidos. Infelizmente o momento exige um pensamento além das demandas cotidianas solicitadas pelas responsabilidades corporativas.

Viver e trabalhar em grandes centros urbanos se tornou uma verdadeira aventura com riscos reais e muitas vezes impossíveis de serem evitados completamente. Estar preparado com ações educacionais promovidas pelas empresas é apenas um pequeno passo diante deste desafio crescente.

Por Prof. Dr. João Oliveira

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