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domingo, 18 de fevereiro de 2018

A LIBERDADE APRISIONADA




Por Beatriz Acampora   

Certa vez Deus estava pensativo em como ofertar ao homem uma forma de poder fazer escolhas por si mesmo, sem que Ele, Deus, tivesse que tomar decisões por todos o tempo todo.

Ele já tinha criado tantas coisas e gostava, particularmente, de observar as luzes do Universo, isso verdadeiramente o fazia contemplar sua criação.

Olhando uma dessas luzes, brilhantes, solta no ar, teve a ideia de criar uma de suas filhas mais amadas: a LIBERDADE. Ele deu a ela características muito peculiares, tais como: brilho, intensidade, volume, autonomia, vontade, confiança e entrega.

LIBERDADE exercia sua vontade e fazia o que queria: corria com os animais, passeava com o vento, conversava com o mar, gostava de voar na direção do sol, sem importar em que galáxia estivesse.

Deus, vendo sua filha tão feliz, brilhante, com tanta vontade e confiança, decidiu multiplicá-la em muitas partes e colocá-la na alma de cada ser humano. LIBERDADE, com todo seu ímpeto, queria promover o seu melhor, instigando e provocando o homem a se lançar com confiança na vida.

No início havia muita esperança que isto desse certo e que LIBERDADE cumprisse seu propósito, mas com o passar do tempo, o que se detectou é que o homem não sabia escolher, queria prazeres imediatos e uma segurança com garantias de estabilidade, tornando-o distante da capacidade de ser livre: incoerências em relação ao crescimento e aprendizado que a vida requer.

E isso era exatamente o contrário do propósito de LIBERDADE. Ela ainda tentou de muitas formas diferentes mostrar que seu brilho, vontade, confiança e entrega poderiam fazer a diferença na vida de cada um, mas, em vão. O homem não a escutava.

LIBERDADE foi ficando sem espaço, seu brilho, intensidade e volume diminuíram, começou a duvidar da sua capacidade de fazer a diferença, de promover mudanças e entrega, de se lançar ao desconhecido. LIBERDADE estava aprisionada.

Ela, então, juntou suas últimas forças e pediu a seu Pai que lhe deixasse ser na sua forma original, que lhe deixasse ser sua máxima potência, inteira novamente, pois estava infeliz. Deus, pediu um segundo para pensar e decidiu que ela seria de novo inteira e ao mesmo tempo continuaria na alma de cada ser humano como uma força motriz que deveria ser conscientemente alavancada, dando ao homem a capacidade de tocá-la e vivenciá-la na sua plenitude. Para isso, cada indivíduo teria que marcar um encontro com LIBERDADE e fazer um pacto de propósito com ela.

E, assim, LIBERDADE recuperou todas as suas características e ao homem é facultada a possibilidade de escolher encontrar-se ou não com ela, voar em sua luz e se entregar à imensidão do existir.


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