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domingo, 30 de outubro de 2016

O ENCONTRO DOS MORTOS



Por João Oliveira
               
                

Você já ouviu dizer que as três pessoas que foram ressuscitadas por Cristo no Novo Testamento ainda estão entre nós? Parece que, como foi o Próprio Jesus Cristo que os tirou dos braços da Morte, ela nunca mais teve coragem de pegar de volta e por isso, esses três andam por aí desde então.


Ocorre que, de 10 em 10 anos eles se encontram na margem do Mar da Galileia, na margem oposta das antigas cidades de Betânia, Naim e Carfanaum de onde os três começaram a sua jornada nesse mundo. Sempre no mesmo local e, hoje, eles estão hospedados no Kinar Galilee, um pequeno hotel próximo a praia onde, a cada 10 anos, esse encontro ocorre.


Em pé na praia olhando a encrespada lamina d’água está um homem que aparenta uns 30 anos no máximo. Seu corpo é obeso, seu chapéu merecia uma cabeça maior. Ao longe ele percebe uma menina chegando e grita:


- Qual nome está usando desta vez?


- Voltei a usar Martha, é mais fácil de se pronunciar em qualquer idioma. E você?


- Eu voltei ao nome José, também, pelo mesmo motivo que os seu. Engraçado isso, mudamos o tempo todo e sempre voltamos ao mais fácil. Que vida...


- Horrível vida. Eu, presa nesse corpo de menina, com essa fome implacável por mais de 2.000 anos...


- Não diga isso, sei que você construiu um império na medicina e tem ajudado muita gente.


A pequena menina olha para a margem oposta do Mar da Galileia e sorri.


- Está vendo aquelas construções brancas do outro lado?


- Mais ou menos, a minha visão não está tão boa quanto as dos mais jovens.


- Não seja ridículo! Vê ou não?


- Sim, vejo, são fábricas?


- Não! São Universidades, tenho mais de 300 grandes Universidades pelo mundo, em todos os continentes, as indústrias farmacêuticas que criei agora estão em segundo plano. Descobri que o saber gera equilíbrio e o equilíbrio prove saúde e longa vida as pessoas.


- Lindo isso. Mas, você mesmo é uma pessoa sem controle algum sobre as próprias emoções. Conseguiu algum avanço?


A menina, filha de Jairo dirigente de uma sinagoga nos tempos de Jesus, citada no Evangelho de Lucas no capítulo 8, olha para o antigo filho de uma viúva, também personagem citado por Lucas, que em sua época morreu e foi ressuscitado por Cristo na cidade de Naim, hoje conhecido como José, e diz.


- Ainda tenho essa raiva que me consome. Vejo todos crescerem, terem uma vida adulta com os prazeres que esta oferece e eu, uma eterna criança. Só rezo para o dia da ressurreição venha logo...


- De nada irá adiantar para nós! – Grita um homem que se aproxima de nossos dois personagens.


- Porque diz isso Lazaro? – Fala o hoje denominado José.


- Por que, o Dia da Ressurreição é para ressuscitar os mortos e, como podem ver, nós estamos bem vivos. – Dito isso cai na gargalhada que contamina a todos o homem que tem sua história de ressurreição descrita no capítulo 8 do Evangelho de João.


- Você não presta mesmo! – Falou rindo o José.


- Não brinque com isso seu malcheiroso. – Também, rindo, disse a menina.


- Por falar nisso, minhas indústrias desenvolveram esse aparelho aqui – mostra um pequeno artefato eletrônico – que altera o campo magnético e perturba a percepção do odor direto no bulbo olfativo.


- Fantástico! – Disse José – A pessoas sentem cheiro de quê?


- De nada – respondeu Lázaro – Não é bacana isso? Resolveu o meu problema e vai resolver o de muita gente assim que for lançado no mercado.


- Nem acredito que aquele cheiro de morto da semana passada desapareceu. É verdade, não sinto nada – Falou a menina Martha.


- Quatro dias! Quatro dias! – Falou de forma imperativa o Lázaro.


- E como você anda Lázaro? – Perguntou José.


- Ainda sinto a culpa por tudo que aconteceu. Se Ele não tivesse me ressuscitado não teria sido crucificado. Caifás só renuiu o Sinédrio porque soube que eu estava morto há quatro dias e o Senhor me trouxe dos mortos.


- Nós também fomos ressuscitados! – Disse a menina.


- Mas, foi o meu evento que marcou o início de tudo. A tragédia se deu quando voltei a caminhar entre os vivos.


- Lázaro, não se culpe. Você foi o mais importante de nós, graças a você a história pode ser escrita como foi. - Falou José.


- Você é o único que nunca trocou de nome esses anos todos. – Disse Martha.


- Sim, meu nome é comum... não tenho motivos para esconder e, claro, ninguém sabe da verdade.


- A verdade? – Disse a menina – É que preferia estar morta do que viver com essa raiva dentro de mim. Não vivo plenamente, o Senhor mandou me darem de comer e isso me persegue, uma fome que não se sacia e a idade infantil que não avança.


- A verdade? – Disse Lázaro – é essa culpa que não me deixa dormir direito a dois mil anos. Sabendo que minha ressurreição foi o estopim de toda tragédia e dor que se abateu sobre Nosso Senhor.


- A verdade? – Falou o filho da viúva, hoje denominado José – É que agradeço ao Senhor todos os dias pela dádiva da vida e faço sempre o melhor que posso para ajudar as pessoas a viverem melhor. Assim como vocês dois. Um, em busca do crescimento se tornou uma mulher que criou vários medicamentos e hormônios para o crescimento, ajudando muitas pessoas com esse problema no mundo e, agora, está espalhando universidades por essa Terra.


Fez uma pausa, mas nenhum dos outros dois ousou falar.

- Mais verdades? Lázaro, nessa busca louca por acabar com o mal cheiro que exalava, criou vários perfumes e suas indústrias o tornaram rico, famoso e, da mesma forma que você Martha, também ajudou pessoas a se sentirem melhor. Eu – abaixou a cabeça – Não tenho indústrias, não construí faculdades. Tenho mais de quatrocentas graduações, sempre querendo aprender mais para ajudar o maior número de pessoas possível. Mas, de fato, a raiva e a culpa foram mais úteis à humanidade estando nos corpos de vocês dois.


Lá estão em silêncio aquelas três pessoas condenadas a eternidade. Cada um com sua interpretação do que seja viver. Nem todos estão gratos pela longa existência, mas, cada um deles, faz o melhor que pode com o tempo e a motivação que possuem.


Eles têm todo o tempo para errar e acertar, tentativas e erros que podem chegar ao infinito de anos. E nós? Quanto tempo ainda teremos para arriscar, acertar ou errar? Pensar nisso pode nos levar a fazer escolhas melhores no próximo minuto.




sábado, 1 de outubro de 2016

O EMPODERAMENTO DA MULHER


Por João Oliveira


Várias publicações podem ser encontradas orientando os profissionais de como é possível usar melhor a linguagem não verbal no local de trabalho. Detalhes que vão desde da roupa que se veste até o modo de arrumar uma mesa de reuniões. Os cuidados que devem ser tomados para evitar discordâncias entre a comunicação verbal e a não verbal também sempre são tópicos importantes destacados em artigos, livros e revistas que focam no tema.

Poucos são os conteúdos voltados especificamente para o universo feminino que hoje ocupa lugar de destaque garantido dentro das instituições em quase todos os países. O fenômeno da líder gestora que emana poder com sua presença não chega a ser uma grande novidade nas instituições ocidentais, mas, alguns cuidados podem ser tomados para manter sempre um elevado nível de reconhecimento pela sua equipe de trabalho.

O espaço das mulheres no mercado de trabalho se amplia a cada ano e as barreiras, antes levantadas pelo perfil dos cargos que poderiam ser ocupados, agora se demonstram invalidas graças a capacidade de adaptação a todo tipo de desafio imposto pelas demandas emergentes. Não há estrutura organizacional que não perceba a multiplicidade da forma de pensar e agir do sexo feminino.

Longe de ser o sexo frágil, as mulheres dispõem de uma interação entre os hemisférios cerebrais muito mais eficiente que os homens. Isso ocorre por conta de um volumoso corpo caloso, a estrutura que existe bem no meio do cérebro unindo os dois lados por meio de conexões neurais. Isso permite uma troca de informações entre as regiões analíticas e emocionais com extrema velocidade permitindo que a mulher possa lidar com múltiplas tarefas ao mesmo tempo, enquanto, os homens, estão limitados em apenas uma única elaboração mental por vez.

No entanto, ainda pode ser notado em algumas mulheres um perfil comportamental herdado, por uma provável memória filogenética, que pode ser percebido na assinatura exibida pela linguagem corporal. A renomada autora americana Carol Kinsey Goman (Phd) em seu texto de 2010: “10 Body Language Tips for Female Leaders” já ressaltava pequenas falhas na estrutura comportamental feminina que podem comprometer a imagem de uma líder diante de um grupo de colaborares masculinos, como relataremos adiante.

O universo corporativo solicita que seus gestores possuam líderes que transmitam: calor, empatia, simpatia e carinho. Em conjunto com a autoridade conquistada pela expressão do poder que surge com a credibilidade e o status alcançado. Claro que o compromisso com os atos da fala verbalizados deve ter seus correspondentes materializados no mundo real. Assim, tudo que o líder gestor (de ambos os sexos) diz quando declara algo ou solicita em suas petições ao grupo de colaboradores deve ter consistência para criar a credibilidade necessária à liderança.

A diferença na assinatura corporal, entre os sexos, pode ser corrigida com atenção a pequenos detalhes que, por serem absolutamente inconscientes, ainda podem ser percebidos em qualquer ambiente onde exista a interação entre homens e mulheres na organização. Alguns dos gestos e posturas são comuns aos dois sexos, mas, nem por isso devem ser menosprezados pela mulher que deseja polir sua imagem na instituição onde atua. Uma pequena lista pode ser útil para quem deseja alinhar a linguagem do corpo de forma a acrescentar qualidade aos talentos já existentes em uma líder gestora (GOMAN, 2010).

1 – As mulheres tendem a inclinar demasiadamente a cabeça para um dos lados quando se expressam através da linguagem verbal. Trata-se de uma forma de completar o que está sendo dito como uma afirmação ao conteúdo, mas esse gesto também sugere submissão.

2 – Outra tendência natural é uma necessidade inconsciente de diminuir em escala seus movimentos corporais. Aparentando uma vontade de ocupar um menor espaço no ambiente. A líder gestora deve buscar corrigir esse vício de linguagem corporal, mas, sem excessos.

3 – Muitos são os gestos de pacificação que funcionam como uma tentativa de diminuir a tensão e o estresse como: esfregar as mãos, tocar o pescoço, joias ou acariciar o próprio braço. Esses movimentos devem ser evitados sempre que forem percebidos.

4 - Mesmo querendo esbanjar simpatia, o que é muito bom, sorrir excessivamente pode diminuir a credibilidade principalmente quando se discute algo sério em alguma reunião no trabalho.

5 – Existe um movimento que é comum em homens e mulheres: balançar todo o corpo apoiado nos dois pés como um pêndulo. Esse jeito de reagir ao estresse é uma contramedida conhecida de momentos onde a ansiedade está presente. Também pode ser comparado a um balançar do berço do bebê. Claro, deve ser evitado, pois envia uma comunicação clara de nervosismo.

6 - Por ter uma voz mais aguda, as mulheres, de uma forma geral, procuram articular as frases aumentando o tom de voz ao final das frases que não são perguntas. Isso deve ser observado e pode ser corrigido (quando necessário) com exercícios de fonoaudiologia.

7 – Capaz de rápidas elaborações de pensamento, as mulheres, quase sempre, esperam mais tempo que os homens para articular sua fala durante uma negociação. Esse período de silêncio antes de voltar a falar dentro de uma conversação, especialmente no universo corporativo, pode parecer indecisão quando, na verdade, é o momento onde a mulher faz várias prospecções futuras sobre os resultados que podem ser alcançados.

8 - Quando deseja convencer alguém de suas ideias, tanto as mulheres quanto os homens, podem tender a usar gestos excessivos com as mãos, praticamente desenhando o que fala no ar com os braços. Isso não é aconselhável, pois podem ser confundidos com gestos de defesa ou ataque.

9 – Embora as diferenças de julgamento sobre o comportamento de homens e mulheres esteja diminuindo com o tempo, ainda existe um certo preconceito com o tipo de comportamento mantido pelas líderes. Os relacionamentos rápidos com membros da equipe ou que possam ser percebidos como tal podem diminuir o status de poder de uma líder gestora.

10 – Ter um aperto de mão delicado é natural das mulheres que são mais afetuosas. No entanto, esse gesto cortês também entrar na lista dos que podem sugerir submissão. Ter um aperto de mãos mais firme transmite confiança.

A preocupação de manter uma linguagem corporal que exiba um perfil de segurança e firmeza na atuação profissional não deve estará apenas centrada na figura feminina. Óbvio que o homem, igualmente, tem seus trejeitos inconscientes que contaminam suas palavras pela incongruência postural.

Apenas devemos lembrar que no ambiente corporativo todas as ferramentas que forem úteis ao crescimento pessoal devem ser absorvidas por quem almeja um desenvolvimento contínuo. Não é possível abrir mão de conhecimentos que podem ampliar a certeza, no meio do grupo de colaboradores, de estar sendo gerido por uma pessoa de competência ímpar.

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