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domingo, 1 de junho de 2014

O RETORNO



 Por João Oliveira

Ao sair sempre deixe a porta aberta. Esse tema, no universo corporativo, é quase uma regra que deve ser seguida com parâmetros bem rígidos. Jamais um colaborador deve se afastar – por qualquer motivo que seja – de uma instituição deixando lacunas que possam ferir sua postura como elemento produtivo.

Sempre que surge uma oportunidade melhor na vida profissional de alguém, seja uma oferta de maiores ganhos, reconhecimento ou mesmo de liberdade criativa em sua função, uma nuvem se forma, diante dos olhos do colaborador, criando elementos de distração no seu posto atual. Deste jeito, com o foco no futuro promissor, falhas podem ocorrer durante o período que ainda atua em sua instituição de origem. O resultado pode ser desastroso em múltiplos níveis.

Ocorre que ao perder o ponto de atenção principal – função atual – o colaborador pode deixar passar elementos importantes para a produtividade do corpo laboral onde atua. Assim, comprometendo sua estrutura, cria uma mácula que no futuro irá depor contra sua conduta profissional.

O que deve ser feito em uma situação similar e poder ofertar, nos últimos momentos de colaboração com a empresa que está deixando, o melhor de si. Atuar de maneira exemplar e produzir de forma assertiva acima de suas médias anteriores. Essa será a imagem que ficará fixada entre os gestores e seus companheiros de linha. Como certa vez disse Getúlio Vargas: “Um bom discurso deve ter sempre um final apoteótico pois, é disto, que sempre se lembrarão!”.

O planejamento para o desligamento deve ser feito de maneira harmoniosa, clara e honesta com todos os envolvidos no processo. A surpresa poderá gerar um sentimento de traição para os que sempre puderam contar com você. Pensando desta forma o colaborador estará permitindo um reingresso, caso necessário for, sem ressentimentos. Uma pessoa que sabe sair de um ambiente sempre será bem-vinda em qualquer tempo.

O pensamento a respeito de um futuro promissor, ter ambição de crescimento profissional, estar sempre em busca de novas oportunidades cria um elemento altamente produtivo e capaz de se atualizar constantemente no mercado. Não há nada melhor para uma instituição do que poder contar com pessoas assim: que não se acomodam nunca. Apenas o cuidado de não se afastar da realidade cotidiana deve ser mantido e, mesmo diante de uma promessa efetiva, é relevante manter os pés na plataforma de lançamento. Já reparou que as plataformas de lançamento de foguetes, esses que vão ao espaço, são estruturas muito firmes?

Não há como se lançar em novas conquistas sem sair de terra firme. Manter a estrutura original da melhor forma possível e poder contar com o retorno – mesmo que isso não faça parte de seus planos – é sempre a melhor estratégia para se alcançar uma forte aderência de boa reputação no meio institucional. Gestores usam recrutadores que se comunicam com o mercado o tempo inteiro não é uma folha de recomendação que abre as portas de uma empresa para novos colaboradores: é o seu passado produtivo. Mantenha sua linha histórica preservada e o futuro será mais promissor e fácil de ser alcançado.

Apenas lembre-se: mesmo as rodovias de mão única tem retornos em seu percurso.


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