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quarta-feira, 1 de maio de 2013

O PODER ESTÁ ESCONDIDO





Por Prof. Msc. João Oliveira

               Brama, primeira deidade da suprema trindade hindu, estava inquieto com o rumo que o universo estava tomando. Ele havia dado o poder total aos homens e estava tudo uma grande bagunça, pois, as emoções humanas (raiva, ódio, ambição, inveja) estavam tornando a criação um verdadeiro caos. Como precisava ir dormir – seu sono dura 4.320.000.000 anos – ele tinha de encontrar uma solução rápida para o problema.


               Sentado ao lado de Sarasvati, sua esposa e deusa da Sabedoria, todas as suas cinco cabeças demonstravam preocupação. Alguns outros deuses se aproximaram e começaram a dar algumas ideias de como ele poderia resolver este dilema.


               Shiva foi logo dizendo: - “Vamos destruir tudo logo e começar de novo!”. Apesar de ser uma boa opção Brama balançou a sua terceira cabeça de forma negativa e disse: - “Ainda não, eles têm tão pouco tempo que nem vale a pena.”


               - “Então esconda o poder deles!” falou Vishnu – “Coloque no fundo do mar, na mais profunda fenda abissal! Lá eles jamais irão encontrar.”


               Brama coçou seu segundo queixo e disse: -“Não... eles um dia vão inventar submarinos, sinos de mergulho, ROVs e, com certeza irão descobrir que o poder está no fundo do mar. Não é uma boa ideia.”


               Sarasvati que até então nada havia dito disse: -“Amor de minha eternidade, coloque no topo da mais alta montanha!”  Brama virou todas as cabeças na direção de sua esposa (até mesmo a que estava no alto apontada para o céu) e resmungou: -“Claro que não! Lá eles vão chegar fácil! Vão colocar suas bandeiras em todas as montanhas por mais alta que sejam”.


               Satrupa, primeira mulher criada por ele e responsável pelo surgimento de tantas cabeças, disse: -“Brama! Eu já sei! Coloque em algum outro planeta deste universo! Assim eles nunca poderão ter de novo o poder da criação”.


               Ele nem se mexeu e, já meio desolado falou: -“Não vai funcionar. Eles irão construir naves espaciais e, em algum tempo, estarão alcançando todos os planetas do universo. Pode demorar, mas irão fazer isto”.


               O clima já estava pesado. Ao longe se ouvia o som de explosões das guerras entre os humanos. Dotados de todo o poder eles destruíam montanhas, arrasavam cidades e se matavam, uns aos outros, como loucos. Brama já estava optando pela solução apresentada por Shiva quando seu filho, gerado por Satrupa, Suayambhuva Manu, disse: -“Pai! Não é sua responsabilidade, fui eu quem gerou a humanidade por isto eu tenho de prover a solução: vamos esconder o poder no único lugar onde o homem jamais irá procurar.”


               Todos se voltaram para Suayambhuva Manu com o olhar interrogativo e de espanto, como ele, que nem mesmo uma deidade era, poderia dar solução a um problema tão grave. Demonstrando humildade, ele falou em baixo tom se dirigindo a Brama: - “Pai, coloque todo o poder do universo dentro do coração deles! Como eles só olham para fora, só se veem nos outros e só desejam o externo, jamais irão encontrar o real poder que tudo move.”


               Suayambhuva Manu foi aplaudido por todos e Brama, imediatamente fez como ele havia dito.  Neste ponto do mito hindu Brama se deita e, até agora, esta dormindo, quando ele acordar este universo será destruído e tudo será refeito mais uma vez. No entanto, parece que não será nesta era o acesso dos humanos ao grandioso poder que habita bem no centro do coração de cada um. 


               A busca pelo poder material inibe a espiritualização do homem que confunde seus desejos e necessidades a todo instante. Quando o que está fora for silenciado o coração será ouvido e, a força que nela habita, poderá ser finalmente tocada.

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