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sexta-feira, 28 de setembro de 2012

João Oliveira na Revista PSIQUE Setembro 2012

Quando a idade pesa na mente 
De nada adiantam as intervenções estéticas. Manter o cérebro ativo é a receita para obter aparência e intelecto joviais e longevos, com cuidados e atividades que vão muito além da preocupação com a forma física

Acesse a matéria clicando aqui! 

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

EAD


                Ainda enfrentamos certo preconceito com o ensino a distância. Este modelo, também conhecido por sua sigla: EAD, gera alguns movimentos de rejeição como se fosse um novo elemento em nossa maneira de formar conceitos ou trocar conhecimentos.

                Provavelmente os mais novos não devem se lembrar do extinto Projeto Minerva, anos 70 e 80, que, pelas ondas do rádio, levava a didática do ensino de primeiro e segundo grau a milhares de brasileiros. Mais recentemente os Telecursos com ensino fundamental e médio prepararam, igualmente, um universo de pessoas para se certificarem em exames semestrais. Quantos trabalhadores, sem possibilidade de frequentar uma sala de aula tradicional, conseguiram alcançar um nível melhor de emprego e salário graças a este meio de contato com o saber?

                Não precisamos ser tão modestos ao falar de ensino a distância por que, até onde sei, além do ensino a distância física existe o ensino a distância no tempo e, com a aprovação de todos, ocorre de forma cotidiana em nossas vidas, pois, toda vez que pegamos um livro para ler pode ser que o autor já esteja morto a muitos anos. Isto também é, de forma bem simples, um formato EAD, só que além da barreira da vida. Platão ainda tem muito a nos dizer!

                Grandes percursos a percorrer nas grandes cidades, o estresse do dia de trabalho,  falta de tempo para família, apenas alguns impeditivos que vêm a mente das pessoas quando pensam em continuar seus estudos. Internet rápida, computadores mais baratos e investimento mais baixo em uma pós ou graduação EAD são os estímulos de um lado da moeda, do outro podemos elencar fatores como: baixo custo de sala de aula, energia elétrica, mobília, número de funcionários para manter uma estrutura física e, a maior vantagem para o empresário do saber, um número maior de alunos por classe.

                Tudo indica para uma vitória certa do ensino a distância e, aqueles que não estiverem preparados, com certeza, vão perder o bonde da história. Já podemos perceber algumas instituições de ensino sentido no bolso a entrada do EAD em graduações antes inquestionáveis de saírem porta afora. Esta é a grande mudança em um ambiente onde nada ocorreu nos últimos dois mil anos: a sala de aula.

                Claro que sair da rotina sempre dói e, pode ser muito difícil para uma estrutura antiga adotar novas posturas. Este medo de enfrentar alterações significativas nada mais é que comodismo e preguiça, dois fatores capazes de destruir qualquer empreendimento financeiro. Uma desculpa razoável seria acusar a falta de estrutura tecnológica, mas isso está sendo vencido a cada ano com a evolução dos produtos e os jovens que buscam conhecimento pois eles parecem já vir, do útero, com softwares integrados a personalidade pois não temem inovações.

                Desta forma os que não conseguirem surfar nesta onda de ensino a distância irão perecer rapidamente e, a aceitação dos profissionais gerados por este modelo, no mercado de trabalho, será natural, pois todos os dias surgem novas graduações EAD em todo mundo. Cursos livres, de formação e pósgraduações já podem ser encontrados no ambiente virtual em todos os formatos possíveis. Nada diferente daqueles antigos cursos por correspondência – lembra? – pois é, caso você queira saber como estão, basta fazer uma busca pelo nome no Google, todos agora, acredite, funcionam pela internet.

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Entrevista para a TV ALERJ 25/09/2012


Homenagem pelo dia do Hipnólogo Clínico



No dia 25 de setembro é comemorado do Dia do Hipnólogo em alguns estados brasileiros, mesmo sem uma data fixada no Estado do Rio o Dep. Marcelo Simão, ciente dos bons serviços prestados por esta categoria de profissionais de saúde, aproveitou esta data para agraciar, com uma Moção de Aplausos, alguns dos representantes mais destacados desta área em nosso estado.

Uma ferramenta valiosa para o cuidado com o ser humano a Hipnose Clínica é reconhecida por várias profissões da área de saúde como um elemento auxiliar em diferentes estratégias clínicas. Profissionais terapeutas e também: médicos, odontólogos, psicólogos, fisioterapeutas e enfermeiros fazem uso diário deste poderoso facilitador de acesso a cura do indivíduo. 

O Dep. Marcelo Simões entendeu que todas as categorias que prestam serviço a saúde pública precisam ser incentivadas, sempre que possível, para continuarem a prestar bons serviços a toda comunidade de nosso estado.

Ao lado do Deputado Marcelo Simão

Na mesa diretora das homenagens

Beatriz Acampora recebendo sua Moção

João Oliveira recebendo sua Moção das mãos do Deputado Marcelo Simão

Beatriz e João Oliveira

Todos que receberam a homenagem

terça-feira, 25 de setembro de 2012

Moção recebida da ALERJ no dia 25/09/2012

O Deputado Estadual, Marcelo Simão, prestou uma homenagem aos Hipnólogos que mais se destacaram na prática, divulgação e ensino da hipnose clínica no estado do Rio de Janeiro. Foram onze agraciados com moções de congratulações e aplausos pela ALERJ. Entre eles os psicólogos diretores do ISEC Beatriz Acampora e João Oliveira.


Beatriz é professora da Estácio de Sá e hoje ministra, entre suas ementas, Hipnose Clínica no Campus Rebouças.


João Oliveira é coordenador/professor do Curso de Pósgraduação em Hipnose Clínica do ISEC.

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

MEDO



MEDO

                O medo é uma emoção que visa proteger o corpo para a preservação da espécie. Funciona como um alerta ao perigo, um alarme, que dispara uma produção endócrina e direciona recursos internos para que o sujeito possa evitar, fugir ou paralisar diante de uma possível ameaça. Neste sentido o medo é positivo, pois protege o indivíduo de algo ameaçador. Pelo menos é desta forma que o medo deveria funcionar.

                Entre os sintomas físicos presentes no medo, podemos citar alguns como: aumento da pressão direcionado o sangue para músculos dos braços e pernas, sudorese, aceleração do batimento cardíaco e ciclo respiratório, estado de prontidão e alerta; quando é intenso e rápido, pode ocorrer vômito ou diarréia advindo do descontrole dos esfíncteres e, quando a ameaça é contínua e duradoura podemos ter uma diminuição da velocidade do metabolismo e o aumento de peso. Uma estratégia do corpo para parecer maior diante da ameaça.

                A paralisação do corpo também é uma das táticas que o medo se utiliza para a evitação do confronto. O problema deste modo é que, no mundo animal, sempre que um indivíduo usa desta estratégia diante de outro membro da mesma espécie a situação não finaliza de modo favorável para quem se finge de morto. Esta forma de defesa só tem êxito diante de confronto entre espécies diferentes.

                O grande problema é que as ameaças não são mais as mesmas de quando morávamos nas cavernas e, portanto o preparo para as reações de luta e fuga (corpórea) não são mais válidas e, para piorar um pouco as coisas, a evolução ainda não alcançou a sociedade moderna, onde as demandas são solucionadas no diálogo e sem agressões – ou pelo menos deveriam ser – e por isto esta emoção acaba por criar uma grande tensão no corpo que, sem uma ação que consuma o potencial energético criado, faz surgir sintomas variados comumente chamamos de estresse. Na verdade isto deve ser medo acumulado!

                Não é difícil de entender! Imagine um carro onde o motorista fica acelerando até o máximo o motor, mas não engata marcha alguma, não chega a sair do lugar, e o motor, claro, esquenta muito, consome gasolina e, se essas aceleradas forem muito violentas, pode vir até mesmo a trincar o motor. Então é mais ou menos assim: diante da ameaça o corpo se prepara para uma tomada de decisão que pode ser a fuga – correr ou subir em árvores – ou lutar – com socos, dentes e o que puder usar como arma, pedras, por exemplo. Se o medo evoluir para a raiva, o evento torna-se ainda mais catastrófico, pois surge a persona do animal acuado que é capaz de tudo para solucionar o impasse, ele vai lutar mesmo sem que tenha condições de vitória.

                Mas, nos dias de hoje essas opções de atitudes não são aceitas pela nossa sociedade e, toda essa energia que é direcionada para os músculos que deveriam entrar em ação vão acabar em outro lugar e, neste caso, toda pressão criada vai acabar se tornando um problema, na forma de algum sintoma que pode chegar à doença propriamente dita. 

                Como evitar?

                Use a lógica para achar a solução: o corpo quer ação! Então pratique alguma atividade física aeróbica para “queimar” toda produção interna e libere as tensões acumuladas pelos eventos diários. Não tenha vergonha de mudar o nome de ansiedade para medo, é a mesma coisa, os resultados físicos são os mesmos! O nome só mudou para você ficar mais confortável em expor o que sente sem ter de dizer que, diante do medo, não tomou uma atitude de resolução. Então, as diferenças que envolvem os conceitos de medo e ansiedade são apenas semânticos e o corpo não entende muito disso.

                Claro, não vá sair correndo, praticando a essa dica de hoje, quando se sentir ameaçado de perder o emprego ou levar o fora de uma garota. Se um evento deste perfil ocorrer tente, imediatamente, ressignificar a situação. Pense como daqui a cinco anos você estará se lembrando deste fato. Distanciar-se da situação, mesmo na imaginação, pode ter um bom efeito na diminuição do impacto emocional.

                Este assunto não se esgota aqui. Mas é um bom início de elaboração para que possamos pensar sobre o que nos provoca medo no dia a dia e porque reagimos assim? Quem sabe, a partir de hoje, você poderá lançar um novo olhar sobre tudo aquilo que lhe ameaça de uma forma ou de outra e não mais ter as mesmas reações corpóreas?

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

PSIQUE 80 - Agosto 2012 - Destaque On Line

Nesta Edição da Psique (número 80) A Matéria da Capa - Raiva: a melhor emoção - é assinada pelo João Oliveira e a Matéria - O Poder da Auto Estima - Pela Beatriz Acampora.

Link para ler a matéria da capa na integra: CLIQUE AQUI

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Vício



                Existem vários tipos de vícios entre os humanos e já está provado que até mesmo os animais podem adquirir comportamentos similares, principalmente quando se envolve substâncias químicas no processo de aquisição. Um comportamento inadequado pode também ser um vício mas, não é exatamente o comportamento que promove a repetição do ato e sim o que dele pode ser extraído.
 
                A palavra deriva do latim “vitium”  que significa falha ou defeito e sempre é usada quando o comportamento ou atitude acaba sendo prejudicial a quem pratica, embora o vício, muitas vezes, possa levar toda uma família para uma situação de confronto. Usa-se também de forma amena quando dizemos que fulano é viciado em futebol e por isso é necessário que o tipo de vício seja especificado já que a palavra sozinha não carrega sua tipologia.

                Existem vícios que ferem a moral e outros que surgem pela dependência de alguma droga. Podemos pensar que, alguns deles, misturam as duas coisas, pois o comportamento gera gratificação em produções químicas endócrinas (endorfinas/adrenalina) e o sujeito acaba por ficar dependente desta substância que é gerada pelo próprio organismo.

                Então a paixão é um vício?

                Pessoas ficam presas a outras de uma forma desesperada sem a mínima condição de sair da relação. Estão sujeitas a tudo, até mesmo a humilhação ou agressão, para partilharem de alguns momentos ao lado do objeto desejado. Trata-se então de um comportamento que gera prejuízo e dano a pessoa mesmo que exista, em certos momentos, uma gratificante e rápida injeção da própria química metabólica de satisfação. Portanto enquadra-se no conceito de vício.

                Como sair de um sistema como este? Sabemos que quando começamos um tratamento psicofármaco é necessário quinze dias para que a medicação comece a apresentar resultados que possam ser aferidos. Isso porque o metabolismo precisa se adequar a uma nova condição de receber algo, pronto, que ele deixou de produzir ou que não produz em qualidade ou quantidade adequada a normalidade. Claro que isto é uma forma simples de pensar, porém, serve como exemplo para o contrário do processo.

                Caso o processo da paixão esteja instalado e isso esteja causando maléficos de ordem perturbadora ao sujeito pensamos que o afastamento – de toda e qualquer forma – por quinze dias pode ajudar ao organismo a restabelecer suas produções internas originais. Lógico que isso não é a única medida, a ajuda de um profissional terapeuta ou apoio familiar também devem ser buscados.

                O raciocino me parece lógico! A cada encontro ou contato surge uma rápida e forte produção química interna, o corpo é, mais uma vez, alimentado com essa dose de satisfação e espera uma ainda maior. Afinal a cada nova dose o limiar de percepção aumenta tornando necessário sempre uma dosagem maior desencadeada pelo reforço de uma relação entre estímulo e o prazer químico. Para que o organismo possa reconhecer a normalidade seriam precisos alguns dias de afastamento total, sem nenhum tipo de contato, e com atividades  que proponham a ressignificação. Por isso, às vezes, o melhor caminho para um pessoa aprisionada por um forte vício é a internação, embora isto só seja uma medida extrema, de último caso, quando o risco de morte do sujeito ou seus pares, por conta de seu comportamento, está em jogo.

                A reestruturação passa pela semântica. Dotar o sujeito, enquanto permanece afastado do motivo viciante, de novas possibilidades de resolução. Caso exista motivação por parte dele e o comprometimento real, é possível uma nova realidade social. Todo vício nasce da busca pelo prazer e são procurados aqueles que o sujeito tem conhecimento, se o seu leque de oportunidades for ampliado ele poderá optar e a escolha pode ser melhor: para ele!
 

João Oliveira
Psicólogo

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Gravação para o Programa Comentário Geral da TV BRASIL 11/09/2012

O tema proposto: Sonhos - Interpretação Modelo Junguiano

O programa vai ao ar às quartas feiras no Canal Brasil às 19h30

O comentário é geral. Vários assuntos discutidos por personalidades da cultura, moda, arte, gastronomia, política, jornalismo, educação e economia.

Tem a Apresentação da Luiza Sarmento, Direção de Marcus Vinicius Cezar e Produção Executiva de Carlos Colla



quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Ressignificando Sempre



            A maneira mais saudável de se alterar o conteúdo de um trauma é a ressignificação. Este processo pode ser feito de muitas formas, mas o ideal é que seja elaborado pela própria pessoa e, para isso, é necessário a capacidade de aceitar, mudar o ponto de vista e, se possível, dar oportunidade ao contraditório. As pessoas que estão sempre cheias de razão e acreditam que estão sempre certas em seus pensamentos podem ter mais dificuldades e, em função disso, o sofrimento se prolonga.
            Sendo um termo largamente utilizado pela neurolinguística atual, a ressignificação de valores consiste em reescrever uma experiência, dando um novo entendimento, um significado emocional diferente, ou seja, alterar a forma da percepção conceitual interna. O fato em si, causador do dano, não muda. Nós é que alteramos nosso entendimento a respeito dele. Deixando bem claro que esse processo somente ocorre quando a pessoa deseja a mudança, por acreditar que seu modo de lidar com o trauma está lhe causando algum impedimento na vida. Se você acha que está tudo correto em sua estrutura emocional e, que não precisa mudar sua opinião sobre os fatos de sua vida, continue lendo mesmo assim, talvez você possa incentivar alguém a mudar!
            Importante também é ressaltar que as interpretações são baseadas em nossos conceitos conotativos e, como tal, sempre possíveis de serem reinterpretados, bastando para isso alterar, de forma consciente, o ponto de vista emocional do sujeito/paciente. No caso do profissional psicoterapeuta atuando, é papel dele oferecer oportunidades sem jamais fechar questão em algum ponto, isso fica por conta do sujeito/paciente que sempre saberá qual o melhor caminho. Em caso individual de verificação própria da trajetória de vida, temos de dar ao próprio sujeito através de sua vivência a possibilidade de se reinterpretar, refazer sua própria historia em ângulos variados, buscando entender o comportamento adotado em certos episódios e os resultados obtidos. Reavaliar a vida, buscando um roteiro atualizado que possibilite uma menor dissonância e, com isso, o caminhar para o equilíbrio interno.
            Essa tecnologia verbal na qual o Dr. Milton Erickson, o criador da Sociedade de Hipnose Clínica dos EUA e mentor da notória Hipnose Ericksoniana, era um grande mestre, é a arte de jogar as com palavras, com a semântica, usando um raciocínio rápido e de boa flexibilidade mental. Esse procedimento, que pode ser utilizado em literalmente qualquer circunstância sem os formalismos do ambiente terapêutico, pode expandir o mapa de acesso ao real de muitas pessoas direta ou indiretamente. A ressignificação é, por assim dizer, a maneira mais fácil de se ampliar o mapa de reconhecimento do mundo vivido. Pode-se mudar o enquadramento de uma situação ou, mudar seu significado. Seriam as alterações por contexto ou conteúdo. Explicando melhor:


A)    Ressignificação de Contexto: Neste perfil de ressignificação um comportamento que o sujeito acredite ser limitante, que impede o sujeito de ir além ou lhe causa sofrimento e angústia pode ser colocado num contexto mais apropriado. Na verdade todo sintoma tem um por quê. Buscamos, através de um trabalho de elaboração da psique, adequar nosso comportamento a contextos que consideramos apropriados e isso é muito subjetivo e particular. Basta, para isso, lhe dar uma oportunidade de se reenquadrar. Uma determinada pessoa, por exemplo, desenvolveu uma fobia social e não lhe é possível estar em lugares cheio de pessoas falantes, pois tem medo e, pode se achar inferiorizada por causa disso. Podemos trabalhar com ela afirmando que o medo é algo da evolução humana e existe para nos proteger dos perigos, hoje o homem evoluiu socialmente e, no entanto, seus padrões de ativação emocional continuam, ainda, iguais aos dos tempos das cavernas onde uma reunião de pessoas, desconhecidas, poderia significar algo ameaçador. Desta forma o sujeito em questão pode ter argumento para reavaliar sua fobia e ter um novo contexto da situação.

B)    Ressignificação de Conteúdo: Outra forma de lidar com conteúdos limitantes é mudar o próprio significado da afirmação original tratando de colocá-la menos ofensiva e mais positiva para quem afirmou. Muitas vezes a ressignificação de conteúdo e contexto podem ocorrer ao mesmo tempo. Quando a mudança se restringe ao entendimento lógico, semântico,  e não ao contexto de aplicação do comportamento, ato em si, então podemos afirmar tratar-se de uma ressignificação de conteúdo. Um exemplo é o pensamento: “Deus ajuda a quem cedo madruga!”. Acordar cedo todos os dias pode ser cansativo, mas amenizamos esse fardo ao pensar que alguma força superior pode estar olhando esse sacrifício e nos recompensará por isto. Esta tecnologia de abordagem verbal pode ser poderosa para fazer mudanças significativas nas estruturas cognitivas das pessoas.

            Pensar sobre o passado e ressignificar não é estar com o pensamento modelo “Poliana”, onde tudo que ocorre tem um sentido melhor escondido. Afinal existem episódios trágicos que precisamos superar pelo luto vivido e memórias ruins que servem como incentivo à mudança para que não ocorram de novo.  Assim, não é só uma alteração de significantes para termos uma nova reestruturação interna completa. O que, com certeza, altera nossas respostas comportamentais e sintomáticas é, antes de tudo, a vontade de mudar.